Já conversei com muitos casais que resolveram em um determinado momento na caminhada familiar, dizer que não querem mais continuar vivendo com o (a) companheiro (a), naquela casa, por causa de tais problemas particulares. Isto é muito comum hoje! As vezes pensamos que isto só acontece na casa do visinho e, quando nos deparamos, a “desunião familiar” está em nossa casa. Os motivos são quase que unânimes: falta de amor, de diálogo, um filho que não é mais controlado pelos pais por causa de certas amizades, das drogas, prostituição e etc. E, é justamente nos piores momentos que os cônjuges resolvem acatar algumas decisões que às vezes não são boas. Este fenômeno vai continuar até que todos percebam que o gosto, a força motriz que gera consistência, o ingrediente principal para a durabilidade vocacional familiar é a aceitação da presença de Deus na família.
Toda a união matrimonial deve nascer, crescer e perseverar no amor a três, não a dois. Quem é a terceira pessoa? É Deus! É dEle que dimana todos os meios necessários para toda e qualquer empresa: 1º espiritual, 2º familiar e 3º material. Percebam que há uma hierarquia de valores! O que passa é que, as pessoas invertem esta sequência que é base da estrutura familiar. E, ao agir assim, tudo desaba. Porque em Deus, somente “Nele, vivemos, nos movemos e existimos” (At 17, 28).
Em meio às dificuldades, passado o alvoroço da discórdia é que se deve tomar uma decisão, respeitando o diálogo desarmado, sempre na calma, sem a elevação das vozes e sem abafar o dom do ouvir, claro, regados pela oração. Falo da oração porque Santo Agostinho disse que “Rezar sempre resolve! Pois, a oração é a força do homem e a fraqueza de Deus”.
No evangelho de S. João no capítulo II, encontramos uma dica capaz de consertar e santificar um casamento, porque diz o autor que, os noivos convidaram Maria, Jesus, e os discípulos (os santos) para fazerem parte da alegria do casal. E em meio a uma falência na festa (quer dizer no desenrolar da festa matrimonial), na hora certa, uma convidada (Maria), pediu a Jesus que não deixasse faltar o vinho. Hoje, Nossa Senhora faz a mesma coisa nas famílias que pedem o seu auxílio. Ela intercede, juntamente com os santos, a Jesus por nós, para que o Senhor não nos deixe viver sem o vinho do amor, do perdão, da paciência, do silêncio, da saúde, do emprego e da união. É este o remédio para todas as enfermidades que assolam muitas famílias em nossos dias.
É comum que em uma família ocorram situações que fujam de nosso controle! Somente com a insistência de nossas preces, pedindo sempre os dons do Espírito Santo (Is 11, 2ss) é que conseguiremos dizer: “Esta dificuldade tem uma saída!”. Entendamos que, a vida familiar não é uma estrada reta! Tem ela suas curvas, seus túneis, seus precipícios e certas vias interditadas que podem ser superadas com a ajuda das mãos de Deus. O homem tem que deixar de comandar certas situações que somente o Senhor pode resolver, inclusive, a restauração de nossas famílias.
Aos casais – só o amor sólido é capaz de vencer a divisão. Quando o amor dos pais é traduzido em diálogo, carinho e dedicação; ele se torna grande. E não há obstáculo intransponível para está família. Como conta um autor desconhecido que o verdadeiro amor é capaz de fazer uma mãe ser mais forte do que a fúria de um leão, porque ele torna o ser humano capaz de fazer coisas acima de seus limites. Autor: José Wilson Fabrício da Silva
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