Estimadas Mães Cristãs, é
com espírito de oração que iniciamos a nossa meditação de hoje, fixando o olhar
de nosso coração na manifestação de Deus realizada na vida de Santa Mônica. O
silêncio de uma mãe usado no momento certo, na grande maioria das vezes ensina
mais do que inúmeras palavras de ordem repetidas. Por quê? Porque deixam o
esposo e os filhos pensarem, refletirem. Vemos na história de vida da mãe de
Santo Agostinho, que ela desde muito pequena foi educada a ser uma mulher sábia
e prudente. “Desse modo, educada no pudor
e na sobriedade, e submissa por ti a seus pais, mais que por seus pais a ti,
quando chegou à idade de casar-se, foi dada a um marido, a quem serviu como
senhor. Procurava consquistá-lo para ti... Suportou infidelidades conjugais,
sem jamais hostilizar, demonstrar ressentimento contra o marido por isso.
Esperava que tua misericórdia descesse sobre ele, para que tivesse fé em ti e
se tornasse casto. Embora de coração afetuoso, ele se encolerizava facilmente.
Minha mãe havia aprendido a não contrariar com atos ou palavras, quando o via
irado.”[1]
A exemplo de Santa Mônica, lembro-me de um
testemunho muito interessante que certo dia ouvi de uma mãe nordestina,
abandonada por seu marido, que rezava muito pelos seus filhos, um deles estava
envolvido com as drogas e em caminhos obscuros. Ela não conseguia dormir
enquanto o filho não chegasse, mas, quando ele chegava, sua ansiedade e
pavor pelo que poderia ter lhe acontecido, surgiam com o discurso de sempre e
muita discussão. Seu filho estava afastado da Igreja, pois havia recebido todos
os sacramentos da Iniciação cristã e ela insistentemente o lembrava de como ele
poderia retornar ao Caminho. Foi em uma manhã de mais uma espera, que essa mãe
lutadora e cheia de fé decidiu usar o silêncio. Ele chegou assustado e quando
entrou em casa pensando que novamente a mãe iria repreendê-lo, ele se
depara com uma cena que o tocou profundamente, ela estava de joelhos rezando
por ele. Ela encerra a oração e vê o seu filho ali, parado, já há alguns
minutos, perplexo, observando-a. A mãe olha para ele, o cumprimenta com um
simpático bom dia! O convida para tomar o café que iria preparar, sem mais nada
falar. O filho com o coração totalmente quebrantado, refletiu, segundo ela: “Meu
Deus! O que estou fazendo? O que eu estou causando a minha mãe, que já não tem
o meu pai para sustentar a casa? A partir de hoje eu vou mudar!” no dia
seguinte foi procurar o Sacramento da Reconciliação, fez um pacto com Deus e aquela mãe pôde ver ainda antes de
partir, seu filho ser infinitamente mais do que sonhou. Isto não foi de uma
hora para outra, mas aconteceu no tempo de Deus. Quando esta mulher procurou
seguir o exemplo de Santa Mônica, este fato extraordinário aconteceu em sua
vida.
Dicas Práticas
para realiza-las durante esses dias:
Procura imitar, quando for
necessário, o exemplo de Santa Mônica na administração de tuas palavras. Têm
coisas nesta vida que obrigatoriamente temos que falar para evitar um mal pior,
por exemplo, advertir os filhos para que não andem com pessoas erradas, nem vão
a lugares reprovados pela doutrina da fé cristã. Porém, o silêncio quando temperado,
é a melhor resposta para certas circunstâncias da vida. Aprenda isso!
José Wilson Fabrício da Silva, crl
[1]
AGOSTINHO, Santo. Confissões. . 5ª Ed. São Paulo, Paulus. 2010. Livro IX, pág.
252.
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