Se formos fazermos uma pesquisa nos livros, internet e perguntarmos a algumas pessoas sobre o que elas entendem pelo termo Liturgia cristã, encontraremos muitas afirmações em comum, mas com algumas diferenças; dentre elas, algumas que seguindo a linha ortodoxa da Igreja responda com mais piedade, respeito e grande carinho pelos ritos. Outros vão responde com tom de alegria, louvor, páscoa, encontro, renovação, inculturação, etc., chegando até a negar ou abolir a alguns concílios para terem como sustentação suas afirmações. Aqui, vamos entender o que realmente vem a ser a liturgia católica em sua pureza, sem muitos enfeites, nem muitas sobriedades.
A liturgia é o culto da Igreja. O culto é essencialmente honra – manifestação da excelência divina; reverência – protestação da submissão interior da criatura à superioridade e domínio de Deus. Ela tem como finalidade específica quatro vias:
Adoração O adorador cala-se, funde-se, apaga-se, abisma-se na presença do ser que adora, confessando que o objeto do seu culto tem todas as perfeições, todos os direitos, todo o ser enfim; de tal modo que, comparado com Ele, tudo o mais é como se não existisse.
Ação de graças Os agradecimentos das criaturas são os elos de ouro que vão encadeando num rosário sem fim os inúmeros dons da liberalidade divida.
Impetração Inclinado, dobrado diante da Majestade divina, o homem pede. A sua súplica é a confissão da própria indigência e o reconhecimento da munificência de um Deus bem-feitor.
Propiciação O homem pecou. A sua culpa exasperou a divindade. Então, o sacrifício é sua reconciliação com Deus.
Mas o sacrifício não é apenas o ato principal da liturgia; mas é o ato central. Qual luz cintilante que, encerrada numa urna de alabastro, da relevo aos contornos do vaso, o Sacríficio, colocado no centro da Religião, como o altar no ponto de encontro de todas as linhas arquiteturais do templo, esclarece todos os seus elementos, desde as mais elevadas verdades do dogma até às práticas mais humildes da moral.
Em volta do Sacrifício gravita a Oração oficial da Igreja, erguendo-se ao céu em suaves ondulações, em ascendentes espirais de louvor; desenrolam-se, num ciclo admirável, a Encarnação a Redenção, a Eucaristia, a Igreja, a graça, todas as verdades sobrenaturais – sublimes manifestações do Sacrifício, pois a verdade é o fulgor da sua chama.
O que precisamos entender é que não existe e nem haverá outro meio pelo qual conseguiremos viver em plena comunhão com Deus, a não ser pelo meio do santo Sacrificio da Missa, momento especial onde somos nutridos de todas as formas para permanecermos em plena comunhão com Ele.
No sacrificio fazemos uma oferenda de algo a Deus, uma vez oferecida, a coisa cessa de pertencer ao homem; e o instinto do homem não tarda em descobrir-lo. É a inutilização da oferta – cremação duma substância sólida, efusão dum líquido, morte de um animal.
É justamente aqui que vemos a diferencia entre o Santo Sacríficio da Missa e um sacrifício pagão, onde não há mais animal que oferecido a Deus para ser sacrificado, mas, o próprio Deus Filho faz as vezes do cordeiro, onde ele se torna Sacerdote, Altar e Cordeiro. Por isso que a Santa Missa é o ato principal de toda liturgia, onde tudo converge a Deus, Princípio e Fim de todas as coisas, visíveis e invisíveis.
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