No ano sacerdotal, vimos muitas definições, exortações e declarações a cerca do sacerdote e sua missão aqui na terra. Agora podemos imaginar quem é verdadeiramente cada sacerdote que cruzamos pelos trabalhos pastorais, confessionários e igrejas nas celebrações e rituais próprios de nossa Santa Religião.
Hoje queremos olhar para Jesus que comunica o seu amor em cada sacerdote. Pois sabemos que cada ministro ordenado empresta seu corpo e sua voz á ação do Espírito Santo nos momentos em que ele fala, vive e aconselha em nome da Igreja. Vimos também em catequeses passadas que a tríplice missão sacerdotal de ensinar, santificar e reger, é atualizada todas as vezes que uma alma devota se aproxima do servo ordenado de Deus para implorar a sua benção ou para enviar as suas preces por meio do sacerdote, pelo qual, temos como criatura que traz o Céu até nós na Santíssima Eucaristia.
Já nos ensina o Concílio Vaticano II que, pelo sacramento da Ordem, os presbíteros são configurados com Cristo sacerdote, na qualidade de ministros da Cabeça, para construir e edificar todo o seu corpo que é a Igreja, como cooperadores da ordem episcopal. Os sacerdotes, porém, estão obrigados por especial motivo a atingir tal perfeição, uma vez que, consagrados a Deus de modo novo pela recepção do sacramento da Ordem, se transformaram em instrumentos vivos de Cristo, eterno Sacerdote, a fim de poderem continuar através dos tempos sua obra admirável que reuniu com suma eficiência toda a família humana. Como, pois, cada sacerdote, a seu modo, faz as vezes da própria pessoa de Cristo, é também enriquecido por uma graça especial, para que, no serviço dos homens a ele confiados e de todo o povo de Deus, possa alcançar melhor a perfeição daquele que representa, e para que veja a fraqueza do homem carnal curada pela santidade daquele que por nós se fez Pontífice santo, inocente, sem mancha, separado dos pecadores (Hb 7,26). (Do Decreto Presbyterorum ordinis)
Então podemos entender que a santidade do sacerdote deve transmitir Cristo, exalar o perfume de Cristo e há de ser Cristo em tudo o que o sacerdote realize . Por isso que a Igreja dedicou aos sacerdotes um ano da graça do Senhor, para que inspirados em São João Maria Vianey, todos os santos sacerdotes e nos santos fundadores das comunidades religiosas, possam seguir se identificando com Jesus Sacerdote e a cada dia de configurando-se em tudo nEle. Sabemos que os santos são tábuas vivas do Evangelho aqui na terra, tomando o exemplo deles, possam os sacerdotes sentirem-se fortalecidos nesta caminhada tão difícil. Que o liberalismo, o consumismo e o ecletismo religioso não venham a embeber os nossos sacerdotes. Que todos sejam guardiões da Palavra e da Tradição, onde a valentia de guardar a Santa Liturgia seja conservada em sua pureza, sem misturas de culturas religiosas, nem protestantizadas.
Que os sacramentos sejam conferidos a pessoas dignas deles e que o acolhimento a todos os fiéis no redil da Igreja seja a prioridade pastoral de cada sacerdote. Onde fazendo a leitura da Palavra de Deus, possam tomar como imitação aquilo que o autor sagrado nos exorta dizendo: “Lembrai-vos de vossos dirigentes, que vos pregaram a palavra de Deus, e, considerando o fim de sua vida, imitai-lhes a fé. Jesus Cristo é o mesmo, ontem e hoje e por toda a eternidade. Não vos deixeis enganar por qualquer espécie de doutrina estranha”. (Hb 13, 7-9ª).
Espero que todos os presbíteros vivam intensamente o ministério sacerdotal, não trocando por nada desse mundo um ministério tão elevado, mais que os anjos diante de Deus. Que suas vidas sejam santificadas com o Corpo da Igreja, onde São Paulo a descreve como o corpo de Jesus Cristo, sendo o próprio Cristo a Cabeça. Outras referências são encontradas em Romanos 12:5, Efésios 3:6 e 5:23, Colossenses 1:18 e 1:24.
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