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segunda-feira

Cônegos Regulares Lateranenses: Espiritualidade e Vida


Como recebemos a Regra de Santo Agostinho?



   



Os Cônegos Regulares de Santo Agostinho da Congregação do Santíssimo Salvador Lateranense, antes chamados de Cônegos Regulares de Santa Maria de Frigionáia, nasceram a partir de uma fusão com outra ramificação conêga chamada "Renana", a pedido do Abade Vicente Garófali em 1.823. Mas o seu início se deu nos primórdios da Igreja Católica, em decêndencia direta da vida simples e comum dos apóstolos. Portanto, os Cônegos Regulares eram apenas padres comuns, muito ligados a comunidade local juntos com sacerdotes que serviam a diocese. Após o Sínodo de Latrão, houve a divisão entre os Religiosos Cônegos e os Padres Diocesanos em meados do Século XI. Ao se organizar as diferentes linhagens Canônicas, algumas Ordens acataram a Regra de Santo Agostinho doada por São Gregório VII. Passaram assim a ser Regrantes, ou Regulares.

Com a carta apostólica Caritatis unita, de 4 de maio de 1959, o Papa João XXIII fundou a Confederação dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, no 900.º aniversário do Primeiro Sínodo de Latrão. Como seu predecessor, o Papa São Gregório VII, quis promover a vida canonical no mundo contemporâneo. A Confederação é uma união de caridade que agrupa nove congregações de cônegos regulares pela recíproca ajuda e suporte.



Séc. IV e V d. C.



Hoje somos convidados a olhar para Santo Agostinho como um orientador ativo em nossas comunidades canonicais. Mesmo que estejamos a 1582 anos de distância, desde a páscoa de Santo Agostinho até os dias de hoje, ele continua vivo em cada um de nós que o reconhecemos como Legislador e pai.

Conservamos o seu espírito, sua característica, seu jeito de falar, de administrar, de ser homem de oração e seu pastoreio na Igreja de Deus.

Com a conversão de Santo Agostinho, a Igreja ganha um cristão diferente de todos os demais, pois além de querer ser consagrado ao Senhor, quer também consagrar os que desejam fazer a diferença na vida batismal.

Ao fundar o seu mosteiro, coloca como base fundamental o amor a Deus em primeiro lugar e logo em seguida, o amor comunitário. Seria uma imitação autêntica as primeiras comunidades católicas, como reza em Atos 2, 42-47. Agostinho se faz monge após 24 de abril de 387, alguns de seus amigos o seguem neste ideal.

Aqueles que outrora se reunia para debater assuntos filosóficos, agora debatem os assuntos de Deus. Mesmo após sua ordenação sacerdotal que se deu em 02 janeiro de 391 e sua sagração episcopal, cinco anos após, o idealismo de não abandonar a vida monástica o seguiu. Antes de sua sagração, alega ao Bispo São Valério de Hipona que só aceitaria o convite de ser o seu Bispo coadjutor se ele (Agostinho) não abandonasse sua comunidade religiosa, trazendo-a para dentro da casa episcopal. Aceito o pedido do santo monge, é sagrado Bispo. Com isto, podemos afirmar, que aqui inicia o carisma agostiniano que no séc. XI será entregue aos cônegos pelo Papa.

O ideal monástico de Agostinho não ficou limitado há seu tempo, nem a sua diocese. Mas, pelo contrário, ultrapassou todos os limites territoriais do norte da África, recebendo adeptos tanto no oriente, como no acidente. Conta-se que só Agostinho havia fundado cinco mosteiros pessoalmente. E sua comunidade foi-se expandindo passo a passo através dos séculos e em diferentes lugares.

Após a sua morte que se deu em 28 de agosto de 430, seu amigo São Posídio escreveu uma biografia sobre este homem de Deus, testemunhando sua santidade e exemplo de vida. Dizendo ele: “dos mosteiros de Agostinho saíram mais de dez Bispos”, mostrando assim a seriedade, santidade e o ideal de Agostinho em seus seguidores. A formação que Agostinho dava aos seus monges não tinha segredo, mas tinha um grande amor. Seu desejo de formador era fazer que os seus formandos amasse a Mãe Igreja, sentir-se por Ela, chorasse e sorrir-se com ela, tendo o objetivo de gerar novos cristãos na fé e de alimentá-los com a Palavra e a Eucaristia. Por isso que o seguidor era convidado a estudar e rezar a teologia. Uma prova disso encontramos na Regra, quando ele escreve: “Quanto aos livros, haja uma hora certa todos os dias em que podem ser pedidos. Quem pedir fora da hora, não seja atendido”. (Regra cap. 5, 39)






                                     Do séc. VI ao XI





Após a morte de Agostinho, no mesmo ano, algumas cidades – dentre elas estava Hipona – foram invadidas pelos bárbaros. Mosteiros foram saqueados e destruídos. E com este incidente, acontece a diáspora dos seguidores de Agostinho, onde os mosteiros foram desmontados, monges dispersados e o ideal agostiniano, passado de comunitário a privado, levado pelos fugitivos. 

Podemos afirmar categoricamente que acontece aqui um eclipse na ideal religioso agostiniano, onde não vamos ter registros históricos de comunidades, que se dizem oficiais, que vá do século VI ao XI.  Aos poucos o ideal agostiniano foi ressurgindo, florescendo e se expandindo. A tal ponto de no séc. XI, ser fato de que vários clérigos estiverem vivendo, segundo eles, no estilo de Santo Agostinho. Principalmente da Itália, Inglaterra e Espanha.

E foi aí que iniciou-se a História da Ordem dos Cônegos Regulares Lateranenes. Quando São Gregório VII, Papa, no ano de 1059, convocou o Sínodo Lateranense, em Roma e solicitou o clero a viver mais radicalmente a missão de consagrados, à adotarem a Regra de Santo Agostinho, já que existiam muitos grupos de sacerdotes separados por toda a redondeza de Roma que afirmavam ter Agostinho por idealizador de vida. Com este pedido, o Papa regula os cônegos que querem abraçar a Regra aconselhada por ele. Pois esta santa Regra os convidava a viver uma vida, tendo como núcleo essencial o amor, a comunhão do coração e de bens, a conservação da humildade, a prática da oração, a santa castidade de corpo e de mente, o perdão fraterno, a santa obediência aos superiores e a boa administração dos bens da Igreja; não vendo neles como algo particular e de direito próprio.



Isto foi muito louvável para Igreja, pois se participamos do Corpo Místico de Cristo que é Puro, Santo e Imaculado, os seus ministros teriam por obrigação de viver uma radicalidade parecida com a de seu Fundador.

Parece-me que o Papa observou que é contraditório, os ministros ordenados predicarem sobre a humildade cristã, o sacrifício, a obediência de Cristo, sua pobreza, sua castidade, seu modelo de oração, seus exemplos de desapego familiar e material e seu amor pelos irmãos, e estiverem como que, vivendo totalmente ao contrário de tudo o que é predicado.

Entendo eu, hoje, que se for assim, Cristo não tem sentido de ser seguido e imitado, apenas estudado, pois ele se resume em um fato histórico e revolucionário que aconteceu e que merece ser atualizado em nossos dias. Por isso que Santo Agostinho já escrevia a Regra.

Santo Agostinho foi um amantíssimo da Igreja, defendendo-a de todos os ataques doutrinários e materiais; ele não queria que o escrito de Ezequiel 34, 1-11, não se aplicasse a ele, nem a sua comunidade religiosa que acabara de nascer. Por isso ele dizia: “Devemos ir aonde a Igreja necessite”. Acrescento eu, – procurando da melhor forma viver como Cristo, Casto, Pobre e Obediente. Não se preocupando “com quer comer, com que vestir, nem com o dinheiro na cintura”. Pois isto é fato experimentado; na medida em que se torna a preocupação principal do missionário a economia, os frutos da missão não vêm, nem o missionário vai. Pois o medo de não ter o suficiente para a sobrevivência, denuncia que este missionário é um descrente da Palavra do próprio Cristo que disse: “Não vos preocupeis”, quer dizer, “Confiai-vos na minha providência”.

Esta é a grande barreira que a Igreja esta enfrentando hoje! Não é a falta de sacerdotes, nem de religiosos que está fazendo com que a Igreja perca sua dinâmica progressiva, mas a falta de compromisso contínuo, de amor pelo Ide e Pregai a Todos por parte da maioria dos são consagrados e ordenados. Quando a preocupação na Igreja deixar de ser como prioridade a economia, iremos nos tornar uma comunidade missionária de verdade, onde veremos que “Ir aonde a Igreja necessite”, renderá muitos frutos, pois serão as ovelhas do Bom Pastor que sentirá a proteção, a palavra e o ânimo de sua Mãe Igreja perto de si. E então acontecerá o milagre da multiplicação do rebanho, “do leite, da lã para o vestido do pastor, da alimentação” (Ez 34,3), onde não comerão, nem vestirão com remorso, pois não se sentirão culpados de não serem maus pastores. É isso que este grande Doutor da Eclesiologia quer que compreendamos, quando pede que os seus seguidores deverão “Ir aonde a Igreja necessite”.

Vivendo como regulares, quer dizer, baixo a uma disciplina, uma regra de vida, um conselho permanente, somos convidados a voltarmos, por obrigação, a leitura de tudo aquilo que foi escrito na Regra, para que o relaxo não os domine. Santo Agostinho no Capítulo VIII, escreve dando por conclusiva a Regra, dizendo:

Conceda-vos o Senhor observar todas essas prescrições com disposições de amor, como enamorados da beleza espiritual e exalando, através de vossa boa convivência, o bom perfume de Cristo, não como escravos debaixo da lei, mas como pessoas livres, estabelecidas sob a graça.

Este livreto seja para vós como um espelho em que possais vos refletir. E para que não descuideis alguma coisa por esquecimento, seja lido em comunidade uma vez por semana.

E onde reconhecerdes ter sido fiéis às suas prescrições, daí graças ao Senhor, dispensador de todo o bem.

Onde, ao contrário, alguém se achar em falta, “arrependa-se do passado, previna-se para o futuro, rogando a Deus que lhe perdoe a ofensa e não o deixe cair na tentação”.

                (Regra de Santo Agostinho, cap. VIII)  



            Eu vos convido a meditar e rezar a Regra desse grande servo de Deus, ele não fala de coisas impossíveis para que a comunidade faça. Apenas que viva a originalidade de Cristo, nas coisas simples do dia, para que possamos ir se assemelhando a Cristo o Bom Pastor.

                               







Voltemos à história do nosso estilo de vida religiosa agostiniana...



Depois de muitos sacerdotes aceitarem o novo estilo de vida que o Santo Padre Gregório VII havia proposto, passaram a se chamar (os que aceitaram, pois nem todos quiseram mudar seu estilo de vida, que já vinham levando como ministro ordenado) de Cônegos Regulares de Santo Agostinho, quer dizer, sacerdotes regidos pela Regra de Santo Agostinho. Os que não quiseram ser regidos por ela, passaram a ser chamados de Cônegos seculares ou Padres Diocesanos.

A preocupação do Santo Padre aqui não era os bens materiais da Igreja, mas a santidade dos seus ministros. Podemos observar claramente no curso da história eclesiástica que a partir de 1059, surgiu uma multidão de santos, cada um com uma história de vida heróica, tornando-se assim tábuas vivas do Evangelho, graças à santa Regra, após a reforma gregoriana.



                                    Séc. XII e XIII





Séculos XII e XIII, acontecem um avivamento espiritual da Igreja. Grandes santos, homens e mulheres que marcaram a história como pessoas que deixaram em suas vidas transparecer o próprio Cristo Jesus. Aqui entendemos o que vem a ser: se configurar com Cristo. Graças a essa santidade sem fingimento dos Santos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, o Santo Padre lhes confia todo o serviço pastoral da sua igreja sede, a Basílica de São João de Latrão. Passando a ser chamados de Cônegos Regulares Lateranenses. Passaram a servir aos Santos Padres por dois períodos na história. Também, acontece aqui uma dilatação, um crescimento de vocações a vida canonical e por isso vieram à conquista de novas terras, contando assim nas Crônicas dos Cônegos Regulares, várias congregações, dentre elas se destacaram as Congregações de:

S. Jorge em Alga de Veneza;

S. Cruz de Mortara;

S. Marcos de Mântua;

S. João em Monte de Bologna;

S. Maria em Porto de Ravenna;

S. Frediano de Lucca;

S. Maria de Reno e S. Salvador de Bologna.

Graças ao impulso do Espírito Santo, os Cônegos Regulares de Santo Agostinho implantaram na Igreja uma vida de oração e de trabalho pastoral equilibrada, onde não só rezavam, nem só trabalhavam, faziam as duas coisas sem afetar ambas partes, lembrando as palavras do Doutor da Graça que dizia: “Ninguém pode falar de Deus, antes de conhecer-Lo e amar-Lo”.

Os Santos Cônegos respeitaram e executaram a Sagrada Liturgia com grande amor e esmero na Basílica de Latrão. Fazendo tudo o quanto estava ao seu alcance para melhor dignificar o Culto Sagrado e o amor pelo Sucessor de Pedro. Tudo isto sem esquecer a prioridade da vida canonical era a vida comum no seguimento da Regra e a interioridade agostiniana; vivida junto aos Bispos e catedrais com fidelidade a Liturgia, tão desejada e difundida na reforma gregoriana.

Podemos lembrar aqui grandes homens e mulheres que seguindo a Regra de Santo Agostinho alcançaram a perfeição. Por exemplo: o grande São Gilberto de Sempringhamque, perseguido por causa da justiça e seu amor pela vida consagrada. É fundador de uma Ordem feminina, entregada aos cuidados de São Bento e sua Regra e uma Ordem masculina, entregada aos cuidados de São Agostinho e sua Regra, tendo por fim, um coração inquieto que desejava descansar no Senhor, como o Doutor da Graça, realizando o seu desejo no ano de 1189, entregando sua vida ao Bom Pastor.

Não esquecendo a São Guarino, Cardeal de Pavia e Palestrina; do português São Teotônio, muito estimado por São Bernardo, que saiu difundindo a Ordem Canonical por volta dos anos 1150; São Guilherme Tempério, Bispo, o santo das virtudes. Que recebeu um grande sofrimento por causa da justiça, onde foi um santo agostiniano, imitador de seu pai perto de Poitier, na França ano 1197; São Gauquêrio, Sacerdote, amante dos estudos e da vida austera, que entrega sua vida ao Deus Imortal em 1140 na França. Santa Catarina Thomas, Virgem, amante da humildade, consumida pela oração, trabalho e mortificação em Mallorca, Espanha; etc.; etc.; etc.; ...  todos foram  homens e mulheres que souberam imitar o Bom Pastor na França, Itália, Espanha, Inglaterra, Polônia, Uruguai, Congo, Porto Rico, Holanda, Bélgica, Estados Unidos, Argentina, Portugal e Brasil. Muitos deles já foram esquecidos na memória do povo, mas nós que fazemos parte da Ordem que tem a honra de ter-los como irmãos primeiros, não devemos jamais deixar de proclamar as maravilhas que Deus realizou na vida desses nossos irmãozinhos mais velhos na congregação. A história de Santo Agostinho continua viva naqueles que seguem sua Regra e querem ser configurar com Cristo Casto, Pobre e Obediente.



Séc. XIV a XXI



Muitas Ordens religiosas buscaram como ponto de orientação (bússola) a Santo Agostinho, o humano mais santo e o santo mais humano que conhecemos. Todos são filhos dele e tomam parte de sua herança espiritual do mesmo jeito. Até hoje, mesmo após o Concílio Vaticano II, surge novas comunidades tomando como guia de vida a Regra de Santo Agostinho. Não importa a cor do hábito, da batina. O que importa é que podemos dizer com todo o orgulho que fazemos parte da grande família agostiniana, sendo milhares em todo o mundo católico, tanto na Igreja peregrina, como na Igreja triunfante. O maior presente que daremos a Deus e a Santo Agostinho é quando chegarmos ao final do combate de nossas vidas, onde poderemos dizer, auxiliado pela graça do Espírito Santo, como São Paulo: "Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé". (2Tm 4,7). E só assim poderemos descansar com o coração quieto, pois encontramos e propagamos a Verdade. Que todos os santos cônegos, agostinianos, dominicanos, irmãos de S. João de Deus, gilbertinos, etc, etc e etc.; intercedam por nós que estamos buscando, assim como eles buscaram, a perfeição de vida.



Depois do Concílio Vaticano II



O Santo Padre João Paulo II, escrevendo aos religiosos em Vida Consagrada, chama a atenção de todos os consagrados a serem fiéis ao seu carisma, vendo em seus santos fundadores um modelo a ser imitado. Afirma também que hábito é a identidade do religioso. Quando voltamos na história de nossas origens somos convidados a retomar os trabalhos começados, com o mesmo empenho e amor por aquilo que somos e temos.

Somos obrigados a retomar as nossas crônicas, escritos e ordenanças primarias de nossas Ordens ou já não participamos, ou não assumimos o carisma próprio de cada uma. Devemos ser muito cuidadosos nesta parte para não estarmos trocando o estilo de vida (carisma) que assumimos no dia da nossa profissão religiosa pelo meu próprio estilo de vida particular. 

Santo Agostinho em um dos seus sermões já dizia: “Quando se volta à fonte, vamos encontrar uma água limpa e pura que não passou por contaminação no caminho”. Significando que: quando nos interessamos em estudar a nossa origem, o que fazíamos, aprendemos e assumimos, deixamos, como que esquecido por nosso próprio capricho.

Por isso, Santo Agostinho escreveu na Regra no capítulo I, que devemos primeiro do que tudo viver em só coração e em uma só alma, voltados para Deus e não tendo nada próprio, mas tudo seja posto em comum primeiro. Significando que a forma de vida da comunidade deve está por cima de minha vontade. As vezes não quero fazer aquilo que não gosto, mas por caridade devo fazer, pois assumi este compromisso diante de Deus e de meus superiores.  



                                                             

Autor: Cônego José Wilson Fabrício da Silva, OCRL



Espiritualidade Canonical



A espiritualidade da Ordem é eminentemente agostiniana. A bússola que orienta o estilo de vida canonical são os Evangelhos, a Regra de Santo Agostinho e as Constituições.

Dois são os elementos essenciais da Ordem: o ser Cônego e o ter a Regra de Santo Agostinho. O primeiro elemento nos faz descendentes, herdeiros e continuadores da vida canonical; o segundo nos comprometem a viver uma vida comunitária, no trabalho litúrgico, e na vida apostólica.

Um cônego lateranense cultiva em si os aspectos que alimentaram a vida espiritual do Bispo de Hipona, já que segue a sua Regra:

1. Elemento Cristológico: Cristo era para Agostinho o centro de sua vida. Quando leu o Hortensio se desilusionou porque não encontrou nele o nome de Cristo. Quando aparecem os maniqueus se adere a eles porque prometem ajudá-lo a buscar a verdade.

2. Elemento eclesial: Agostinho após seu batismo que se deu na noite santa de 24 de abril de 387, se coloca a serviço da Igreja; de primeiro momento não quis ser sacerdote, mas aceitou porque os fieis lhe pediram; tampouco desejava o episcopado e aceitou por obediência. Desejava viver unicamente uma vida de comunidade com seus irmãos, porem, dedicou-se primeiramente ao cuidado de sua diocese de Hipona, sem nunca deixar de viver em uma comunidade de irmãos.

3. Elemento da caridade: no entendimento e vivência dele como virtude que modera todos os exercícios de ação e contemplação. Daí a insistência do santo em ter uma só alma e um só coração dirigidos para Deus.

4. Elemento comunitário: Agostinho está inspirado para uma vida em comum. Ser comunidade é algo essencial para os seguidores da Regra, por tanto, viver em comunidade deve ser sua principal aspiração.



5. Viver a Espiritualidade Canonical

É ser pessoa de vida fraterna que professa os conselhos evangélicos dentro de um Carisma, englobando uma vida litúrgica, unida a vida apostólica. A comunidade orientada pela Regra e as Constituições, é convidada a oferecer um ambiente que permita o cônego a entrar dentro de si, onde encontra a Deus esperando-o e, iluminado por Cristo, Mestre interior, se transcende a si mesmo, renova-se segundo a imagem do homem novo que é Cristo e se pacifica na contemplação da Verdade. Para o alcance de tal meta, a grande via é pelo estudo permanente da Sagrada Escritura e da Tradição, ouvindo sempre o Magistério da Igreja, alimentado sempre dela Eucaristia.

A vocação canonical lateranense é uma contínua conversão a Cristo. Só com ajuda de Cristo, mediante uma purificação pela humildade, o homem pode entrar dentro de si mesmo onde encontrará os valores eternos, reencontra Cristo e reconhece nos irmãos. Esta interiorização é o principio de toda piedade.



6. Consagração dos irmãos

O chamamento e a consagração comprometem o cônego a uma doação total a Deus, a uma imitação e a um seguimento mais livre e mais radical de Cristo, vivendo mais para ele e para seu Corpo, que é a Igreja.

Os religiosos da Ordem, em comunhão de caridade com os irmãos, caminham para a consagração perfeita, que será a comunhão com o Pai e com o Filho Jesus Cristo.



7. Comunidade que Reza e Celebra

A oração ajuda os cônegos a descobrir a presença misteriosa de Deus no coração dos homens, para amá-los como irmãos. O Espírito de Jesus faz perceber, por meio da oração, as manifestações do amor de Deus na trama dos acontecimentos; desta forma, conseguir-se-á a síntese necessária entre oração e vida.

A celebração da Eucaristia é o ato principal de cada dia, no qual a comunidade dos irmãos encontra-se reunida diante do altar de Cristo e anuncia a morte e ressurreição do Senhor.

Cada cônego é convidado a amar filialmente e procura imitar a Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, em cuja proteção se apoia a Ordem dos Cônegos Regulares Larenenses, sobre o título de Mãe do Salvador.

Também celebramos as memórias dos Santos de nossa Ordem, como sinal de comunhão com toda a família canonical. Muito nos alegram em saber que os nossos confrades alcançaram a salvação. Ao celebrar as suas datas comemorativas, renovamos o convite à perfeição de vida.





 8. Comunidade penitente

A virtude da penitência exercita-se principalmente no cumprimento fiel e constante do dever, na aceitação das dificuldades que dimanam do trabalho e do contato com os homens e finalmente suportando com paciência e amor as vicissitudes desta vida transitória, da enfermidade e da morte.

Os Cônegos fazem todos os dias seu exame de consciência, no momento da oração das Completas e é convidado a aproximar-se frequentemente do sacramento da Penitencia. Também, reza nas Constituições que se façam três celebrações penitencias comunitárias nas canônicas: na véspera da Solenidade do Natal do Senhor (25/12), na sexta feira Santa e na véspera da Solenidade de Santo Agostinho (28/08).

Ouvindo a Jesus Cristo que convida a negação de si mesmo, a tomar a cruz e a segui-lo, os cônegos, além de cumprir as penitências impostas pela lei eclesiástica, praticam outros atos de mortificação, especialmente nas quartas-feiras e sextas-feiras do ano, na quaresma.



9. Os irmãos doentes

A Regra pede que se olhe com atenção os enfermos. Os Superiores são convidados a olhar com toda caridade, de acordo com as necessidades de cada um.



10. Os irmãos defuntos

Quando morre um irmão a canônica a que ele pertence, comunica às demais, para que todos os Cônegos rezem por ele (cf. Const.Cap. X e XI).

Todos os anos celebrem-se nas canônicas da Ordem Missas e o Ofício dos defuntos em sufrágio das almas: dia 27 de janeiro pelos pais e mães; no dia 05 de setembro ou no primeiro dia litúrgico livre, o aniversário de falecimento dos confrades, parentes e benfeitores.




                          

A vida religiosa para Santo Agostinho se caracterizava pela configuração com Jesus Cristo Mestre e Senhor. Portanto, a formação canonical lateranense é concebida e estruturada seguindo a pedagogia do próprio Senhor Jesus Cristo. De tal modo o candidato à vida canonical é introduzido na dinâmica formativa a qual o Mestre Jesus se submeteu, ou seja, aprender Dele e com Ele crescer em estatura, sabedoria e graça diante de Deus e dos homens, para atingir a estatura e a maturidade de Cristo.

Então o cônego deve percorrer o itinerário formativo semelhante ao de Jesus, que se inicia no anonimato em Nazaré (postulado), passando pela consagração no seu Batismo e pela purificação no deserto; abandonando-se na vontade do Pai (noviciado), seguindo sua missão na vida pública (juniorado) até morrer com Ele na Cruz e com Ele ressuscitar (formação permanente). Em outras palavras, desde que o jovem se propõe à sequela de Cristo, deve passar pelas mesmas etapas pelas quais passou o Mestre Jesus.

Agora veremos o que dizia São Posídio ao escrever sobre Santo Agostinho:



Senti-me inspirado por Deus, que criou e governa o universo, a empregar meus limitados recursos de inteligência e palavra para a edificação da Igreja Católica de Cristo Senhor, santa e verdadeira...” em consequência disso, também eu, o menor dos administradores dos dons divinos, animado da fé sincera que é indispensável para servir ao Senhor dos senhores e a seus fiéis, assim como para ser-lhes agradável, empreendi narrar, auxiliado pela graça de Deus, o nascimento, a vida e a morte baseado no que ele (Agostinho) me contou e no que eu mesmo verifiquei, tendo usufruído por muitos anos de sua amizade, testemunho que Agostinho foi verdadeiramente um homem de Deus”. (POSSÍDIO, São. Vida de Santo Agostinho, Paulus, São Paulo, 1997)



Santo Agostinho fundou uma comunidade para ser um lugar onde se cultive a fé no Deus Trino, a esperança de um mundo melhor e a caridade que une os irmãos no serviço mútuo. Quem quiser seguir as pegadas de Santo Agostinho tem que saber escutar a Cristo comunidade que ama o Pai e nos envia o Espírito Santo. Ele disse certo dia em um dos seus sermões, fazendo um comentário ao Evangelho de São João: “Você quer caminhar? Eu sou o Caminho. Você não quer ser enganado? Eu sou a Verdade. Vocês não querem morrer? Eu sou a Vida”. E é justamente esse elo que une todos os agostinianos! Um Caminho a percorrer, uma Verdade a ser vivida pra depois ser proclamada e uma Vida a ser defendida, amada e entregue a todos.

Compreenderemos o que este homem de Deus aconselhava aos novos membros de sua comunidade: “Vocês devem ir aonde a Igreja necessite”. Esta é a beleza da espiritualidade agostiniana. Não ter um carisma específico, quer dizer, estar aberto a todos os dons que o Espírito Santo vá presenteando a cada irmão na comunidade. É se fazer presente em todos os lugares, culturas, línguas e raças, sem perder o foco, anunciar Cristo Jesus, Salvador e Senhor de nossas vidas.



Resumindo todo o carisma de Santo Agostinho vemos que é: Amar a Deus sem condições, saber viver em comunidade como irmãos, experimentar a Cristo na interioridade, servir a Igreja em tudo o que ela necessitar e o principal, anunciar a Cristo com a Palavra e com o exemplo de vida. O verdadeiro agostiniano fala de Deus sem dizer uma só palavra. Uma prova disso são os milhares de santos e santas que quiseram viver baixo a Regra de Santo Agostinho nestes 1580 anos de história após sua morte. Santo Agostinho descansou o seu coração que passou a vida toda inquieto no seu Amor, a “Beleza sempre antiga e tão nova”, Jesus.  Santo Agostinho abriu uma porta para o serviço da Igreja que nunca mais fechou, e Deus multiplicou o seu rebanho. Que Nosso Salvador Jesus Cristo nos ajude e esteja sempre atento as nossas preces. Assim seja!

Autor: Cônego José Wilson Fabrício da Silva, OCRL











É um padre que compartilha alguma forma de vida comum e está ligado à celebração da liturgia em uma igreja particular. Este termo deriva da antiga lista do Bispo ou "cânone" dos padres. Estes foram os clérigos que pertenciam ao bispo e foram seus colegas de trabalho na catedral.


A palavra vem do latim tardio regularis regulares, de regra regula. Assim, um regular Canon é a vida do padre sob uma regra. Este termo descreve uma espécie de reforma da vida sacerdotal, que entrou em uso no século XI quando alguns cônegos assumiram uma Regra para viver o voto de vida comum, feito pelo Papa São Gregório VII, daí Cônegos Regulares, enquanto outros não, daí Cônegos Seculares.

Por que os Cônegos Regulares Lateranenses usam o Hábito do Papa?



Nós não usamos o hábito do Papa, mas ele usa o nosso hábito! Por consentimento de nossa Ordem a séculos passados. Um hábito representa a decisão de colocar Cristo todos os dias. É, além disso, um lembrete constante de que o Cônego Regular é dedicado a Deus, não só no que ele faz, mas quem ele é: um padre e religioso ao mesmo tempo. Quando um homem é recebido no noviciado de nossa Ordem, professando os votos, ele é vestido ou investido com o hábito canonical, significando que ele pertence a nossa família religiosa.






A batina Branca, o roquete e a mozeta

                                                                    


Cônegos Regulares vivem sob a Regra de Santo Agostinho. Como Bispo de Hipona, Santo Agostinho compôs para que ele pudesse compartilhar a vida em comum com os seus sacerdotes no Séc. V.




Na verdade não. Cônegos Regulares de Santo Agostinho reconhece a ele como Legislador da Ordem na Regra, sendo ele doador desse estilo de vida. Já que a vida comum que ele dividia com os seus sacerdotes é modelo de nossa vida, tanto para nós Cônegos Regulares, como também para toda a Igreja.






Ao contrário dos franciscanos ou dominicanos que pode apontar para São Francisco ou São Domingo como seus fundadores, os Cônegos Regulares não pode nomear um fundador particular, porque nosso modo de vida se origina na vida apostólica da Igreja primitiva. Portanto, a alegação de Cônegos Regulares em última análise, é de Nosso Senhor Jesus Cristo e os Apóstolos, a exemplo da vida comum da Igreja primitiva que funda a prática da vida Canonical antes que houvesse um nome ou uma regra que lhe é dado. É a primeira forma de vida religiosa para o clero na Igreja do Ocidente. Isto não deveria nos surpreender. Afinal, a Igreja muitas vezes dá um nome padrão para crenças ou práticas muito tempo depois de Cristo confiou aos Apóstolos. Basta lembrar que a Igreja sempre professou a fé trinitária antes mesmo de o termo Trindade foi usado para descrevê-lo! Nas o nosso reconhecimento oficial na Igreja foi no ano de 1063, sendo vários Papas os propagadores de nossa Ordem.







Na tradição de S. Agostinho, a vida comum está indo juntos para Deus como sacerdotes e religiosos. Embora haja uma diversidade de maneiras em que os Cônegos Regulares vivem esta vocação, estes são todos baseados na Regra de Santo Agostinho, que apresenta uma visão da vida sacerdotal comum e estabelece os princípios pelos quais tal vida é possível. Cada casa ou congregação, aliás, é guiado por uma Constituição, que define as especificidades da vida Canonical em um determinado tempo e lugar. Os dois pilares desta vida são a oração comum, que se manifesta a união de almas e corações, e as refeições comuns, que expressa a união de bens e propriedades.

Autor: Cônego José Wilson Fabrício da Silva, OCRL





















Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, tende piedade de nós.

Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, ouvi-nos.
R/. Jesus Cristo, atendei-nos.



Deus, Pai dos Céus, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo,
Deus Espírito Santo,
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,



Santa Maria, rogai por nós.
Santa Mãe de Deus,

Mãe do Salvador,

Mãe da Divina Providência,

São José,



São Miguel,

Todos os santos Anjos e Arcanjos,

São Pedro e São Paulo,

Todos os santos Apóstolos e Profetas,

Santo Agostinho,

Santa Mônica,

Santos Alípio e Possídio,



São Gregório VII,

Todos os Santos Pontífices e Confessores,

Todos os Santos Doutores,



São Gilberto,

São Guarino cardeal,

São Teotônio,

São Guilherme Abade,

São Guilherme Tempério,

São Galquêrio,

São Aldobrando bispo,

São Noberto,

Santo Wiliam abade,

São Bernardo de Monte Júpiter,

São João de Oisterwijk,

São Torlaco bispo,

São Eusébio de Vercelli,

Santo Ubaldo bispo,

São Ivo bispo,

São Pedro de Pébrac,

Santo Alberto de Jerusalém,

São Pedro de Arbués mártir,

São Ketilo,

São Crodegango,

São João de Bridlington,

São Folco bispo,

São Geraldo bispo,

Santos Israel e Gualtiero,

São Teobaldo,

São Lourenço de Dublino,

São Pedro Fourier,

São Vicelino,

Santo Estanislau Casimiritane,



Santa Juliana de Cornelión

Santa Catarina Thomas,

Santa Bona,



Beato Alano de Solminihac,

Beato Olegário bispo,

Beato Bonifácio bispo,

Beato Emérico bispo,

Beato João Rusbróquio,

Beato Maurício Tornay mártir,

Beato Hermano bispo,

Beata Aléxia le Clerc



Todos os Santos Cônegos que não foram invocados,

Todos os Santos e Santas de Deus.



Sede-nos propício,
R/. perdoai-nos, Senhor.

Sede-nos propício,
R/. ouvi-nos, Senhor.

De todo o mal, livrai-nos, Senhor.
De todo pecado,
Da vossa ira,
Da morte repentina e imprevista,
Das ciladas do demônio,
Da ira, do ódio e de toda má vontade,
Do espírito de impureza,
Do raio e da tempestade,
Do flagelo do terremoto,
Da peste, da fome e da guerra,

(Do perigo iminente,)
Da morte eterna,
Pelo mistério da vossa Encarnação,
Pelo vosso Advento,
Pela vossa Natividade,
Pelo vosso Batismo e santo jejum,
Pela vossa Cruz e Paixão,
Pela vossa morte e sepultura,
Pela vossa santa Ressurreição,
Pela vossa admirável Ascensão,
Pela vinda do Espírito Santo Consolador,
No dia do Juízo,
Pecadores que somos, nós Vos rogamos, ouvi-nos.
Para que nos perdoeis,
Para que nos favoreçais,
Para que Vos digneis conduzir-nos a uma verdadeira penitência,
Para que Vos digneis governar e conservar a vossa Santa Igreja,
Para que Vos digneis conservar na Santa religião o Sumo Pontífice e todas as ordens da hierarquia eclesiástica,
Para que Vos digneis humilhar os inimigos da Santa Igreja,
Para que Vos digneis conceder aos reis e príncipes cristãos a paz e verdadeira concórdia,
Para que Vos digneis conceder a paz e união a todo o povo cristão,
Para que Vos digneis atrair à unidade da fé todos os que estão no erro, e conduzir todos os infiéis à luz do Evangelho,
Para que Vos digneis confortar-nos e conservar-nos no vosso santo serviço,
Para que Vos digneis elevar as nossas almas a desejar as coisas do Céu,
Para que Vos digneis retribuir a todos os nossos benfeitores, dando-lhes a eterna felicidade,
Para que livreis da condenação eterna as nossas almas, as dos nossos irmãos, parentes e benfeitores,
Para que Vos digneis dar e conservar os frutos da Terra,
Para que Vos digneis dar a todos os fiéis defuntos o descanso eterno,
Para que Vos digneis atender-nos,
Filho de Deus,

V/. Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
R/. perdoai-nos, Senhor.

V/. Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
R/. atendei-nos, Senhor.

V/. Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
R/. tende piedade de nós.

V/. Jesus Cristo, ouvi-nos.
R/. Jesus Cristo, atendei-nos.

V/. Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
R/. Senhor, tende piedade de nós.

V/. Pai-Nosso (em voz baixa).
V/. E não nos deixeis cair em tentação.
R/. Mas livrai-nos do mal





Oremos



Deus Eterno e todo Poderoso, ao celebrarmos a memória de todos os Santos que professaram a vida canonical, fazei que auxiliados pela intercessão deles, possamos chegar até Vós, que sois a fonte e prêmio de toda santidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo na unidade do Espírito Santo. Amém!
















Datas Importantes da vida de Santo Agostinho



ANO
IDADE
354
00
13 de Novembro. Nasce em Tagaste.
365
11
Inicia os cursos de educação geral em Madaura.
370
16
Volta a Tagaste.
371
17
Transfere-se para Cartago, a fim de estudar Retórica e Artes Liberais.
372
18
Morre o seu pai, Patrício.
Apaixona-se e junta-se a uma mulher.
373
19
Lê "O Hortênsio", de Cícero.
Torna-se maniqueu (seita filosófico-religiosa).
Provável nascimento de Adeodato, seu filho.
374
20
Regressa a Tagaste como professor de Gramática.
376
22
Morre um amigo íntimo.
Agostinho vai de novo a Cartago como professor.
383
29
Vai para Roma, onde continua a docência.
385
31
Depois de ganhar a Cátedra de Retórica da Casa Imperial, por concurso, vai para Milão.
Encontra-se com Santo Ambrósio, Bispo da cidade.
386
32
Outono: CONVERTE-SE À FÉ CATÓLICA.
Passa alguns meses em Cassicíaco.
387
33
Noite da Páscoa (24-25 de abril): É batizado em Milão.
Volta a África e morre sua mãe Mônica (santa), em Óstia Tiberina, porto de Roma.
388
34
Chega a Cartago e pouco depois a Tagaste.
Vende suas posses e funda o primeiro mosteiro.
391
37
É ordenado Sacerdote em Hipona.
395
41
É Sagrado Bispo Auxiliar.
396
42
Sucede ao Bispo Valério em Hipona.
400
46
Publica as "Confissões".
426
72
Publica a "Cidade de Deus".
430
76
Genserico ataca Numídia e cerca Hipona.
28 de agosto, Agostinho morre em Hipona.



Pessoas Influentes Na Sua Vida

SUA FAMÍLIA Patrício - Pai, oficial
Sta.Mônica - Mãe, fervorosa cristã.
Navigio - Irmão, morreu jovem.
Perpétua - Irmã, religiosa dos primeiros mosteiros.
Melânia (?) - Mãe de seu filho Adeodato.
Adeodato - Seu filho, morreu jovem.


SEUS COMPANHEIROS E AMIGOS
Alipio - Conterrâneo e discípulo.
Evódio - Membro do grupo em Milão.
Severo - Membro da 1ª comunidade.
Possídio - Autor da 1ª biografia e erudito cristão.
Nebrídio - Discípulo de Agostinho na Itália.


SUAS MOTIVAÇÕES E INSPIRAÇÕES
Romaniano - Rico, amigo da família.
Cícero - Poeta latino e autor de O Hortêncio.
Fausto - Chefe supremo dos Maniqueus.
Santo Ambrósio - Bispo de Milão.
S. Jerônimo - Grande estudioso e erudito cristão.
Ponticiano - Empregado da Corte Imperial.
Mario Victorino - Filósofo do século IV.


OBRAS MAIS IMPORTANTES
As Confissões - Autobiografia.
A Cidade de Deus
A Trindade
Ensaios Filosóficos
Tratados Educacionais e Tratados Bíblicos
Sobre a Vida Religiosa, Dogmáticos e Apologéticos.


Lugares Mais Importantes Em Sua Vida

TAGASTE • cidade natal • início dos estudos • primeira experiência como professor de gramática • primeiro mosteiro agostiniano.

MADAURA • educação secundária.

CARTAGO • estudos superiores: artes liberais e retórica • primeira experiência como professor de retórica • sede de muitos concílios que participou como bispo • fundação de um mosteiro agostiniano.

ROMA • capital do Império Romano • cátedra de retórica • lugar de repouso depois da morte de sua mãe.

MILÃO • residência do Imperador • cátedra oficial de retórica no palácio imperial • lugar da sua conversão e batismo.

ÓSTIA TIBERINA • porto marítimo de Roma • êxtase • morte e sepultura de sua mãe.

CASSICÍACO • vila perto de Milão • lugar de retiro em companhia de seus amigos antes do batismo escreve vários tratados filosóficos em diálogo com seus amigos.

HIPONA • sede diocesana de Agostinho onde foi ordenado Sacerdote e depois Bispo. Fundou três mosteiros; onde morreu e foi sepultado.


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