Advertência:
Trago a todos os interessados do nosso blogger o raríssimo Cerimonial dos Bispos. Infelizmente não está corrigido, mas se você utiliza-lo, favor prestar a devida atenção para os erros ortográficos. Cabe dizer que o Cerimonial está completo.
Cerimonial
dos Bispos
(Cerimonial da Igreja)
LITURGIA EPISCOPAL EM
GERAL
Parte I
CAPÍTULO
I
CARACTERÍSTICA E IMPORTÂNCIA DA
LITURGIA EPISCOPAL
1. I.
DIGNIDADE DA IGREJA PARTICULAR
1.
“Diocese é a porção do Povo de Deus, que se confia a um Bispo, para a
apascentar com a colaboração do presbitério, de tal modo que, unida ao seu
pastor e congregada por ele no Espírito Santo por meio do Evangelho e da
Eucaristia, constitui uma Igreja particular, na qual está realmente e atua a
Igreja de Cristo,una, santa, católica e apostólica”. Mais ainda: nela está
presente Cristo, por cujo poder a Igreja se unifica. Com razão diz Santo
Inácio: “Aonde comparecer o Bispo, aí se deve juntar a multidão, tal como, onde
estiver Jesus Cristo, aí está a Igreja católica.
2.
À Igreja particular, portanto, corresponde a dignidade da Igreja de Cristo.
Esta não é uma associação qualquer de homens, que espontaneamente se reúnem
para qualquer trabalho comum; é, sim, um dom que desce do alto, do Pai das
luzes. Tampouco, se deve considerar como simples divisão administrativa do povo
de Deus, pois ela encerra e manifesta, a seu modo, a natureza da Igreja
universal, que jorra, do lado de Cristo crucificado, vive e cresce
continuamente pela Eucaristia. Ela é a esposa de Cristo, mãe dos fiéis; é, “no
lugar em que se encontra o novo Povo chamado por Deus, no Espírito Santo e em
grande plenitude”.
3.
Não se dá nenhuma reunião legítima de fiéis, nem comunidade de altar, que não
seja sob o sagrado ministério do Bispo. Tal reunião da Igreja particular
difunde-se e vive em cada grupo de fiéis, à frente dos quais o Bispo coloca os
seus presbíteros, para que sob a sua autoridade, santifiquem e dirijam a porção
do rebanho do Senhor que lhes está confiada.
4.
E, tal como a Igreja universal está presente e se manifesta na Igreja
particular, assim as Igrejas particulares transmitem os seus próprios dons às
restantes partes e a toda a Igreja, “de maneira que o todo e cada uma das
partes aumentem pala mútua comunicação entre todos e pela aspiração comum à plenitude
da unidade”.
II. O BISPO, FUNDAMENTO E SINAL DE
COMUNHÃO NA IGREJA PARTICULAR
5.
O Bispo, investido da plenitude do sacramento da Ordem, rege a Igreja
particular, como vigário e legado do Cristo em comunhão e sob a autoridade do
Romano Pontífice. Com efeito, “os Bispos constituídos pelo Espírito Santo, são
os sucessores dos Apóstolos como pastores das almas, ... Cristo, na verdade,
deu aos Apóstolos e aos seus sucessores o mandato e o poder de ensinar todas as
gentes, de santificar os homens na verdade e de os apascentar. E assim, os
Bispos foram
2.
Constituídos, “pelo Espírito Santo que lhes foi dado, verdadeiros e autênticos
mestres da fé, pontífices e pastores”.
6.
Através da pregação do Evangelho o Bispo, com a fortaleza do Espírito, chama os
homens à fé ou os confirma na fé viva, propondo-lhes na sua integridade o
mistério de Cristo.
7.
Pelos sacramentos, cuja regular e frutuosa celebração ele ordena com a sua
autoridade, o Bispo santifica os fiéis. É ele quem regula a administração do
Batismo, pelo qual é concedida a participação no sacerdócio real de Cristo. Ele
é o ministro originário da Confirmação, o dispensador das Sagradas Ordens e o regulador
da disciplina penitencial. É ele quem regulamenta toda a legítima celebração da
Eucaristia, pela qual continuamente vive e cresce a Igreja. Exorta e instrui
com solicitude o seu povo, para que este, na liturgia e mormente no santo
Sacrifício da Missa, desempenhe com fé e reverência a parte que lhe compete.
8.
No Bispo, assistido pelos presbíteros, está presente, no meio dos crentes, o
Senhor Jesus Cristo, Supremo Pontífice. Sentado à direita do Pai, não está
ausente da assembléia dos seus pontífices, os quais, escolhidos para apascentar
o rebanho do Senhor, são ministros de Cristo e dispensadores dos mistérios de Deus.
Portanto, “o Bispo deve ser considerado como o sumo sacerdote da sua grei, pois
dele deriva e depende de algum modo, a vida dos seus fiéis em Cristo”.
9.
Na verdade, o Bispo é “o administrador da graça do supremo sacerdócio”, e dele
dependem, no exercício do seu poder, tanto os presbíteros, os quais para serem providos
cooperadores da ordem episcopal, são também eles consagrados verdadeiros
sacerdotes do Novo Testamento, como os diáconos, os quais, ordenados para o
ministério, estão ao serviço do povo de Deus, em comunhão com o Bispo e o seu presbitério.
Deste modo, o Bispo é o principal dispensador dos mistérios de Deus, e bem
assim o ordenador, o promotor e o guardião de toda a vida litúrgica na Igreja
que lhe está confiada. Pois a ele, “foi confiado o encargo de oferecer à divina
Majestade o culto da religião cristã e de o regular segundo os preceitos do Senhor
e as leis da Igreja, ulteriormente determinadas para a sua diocese, segundo o
seu parecer”.
10.
O Bispo exerce o governo da Igreja particular que lhe está confiada, não
somente por meio de conselhos, persuasões e exemplos, mas também usando da
autoridade e do poder sagrado que recebeu pela ordenação episcopal para
edificar o próprio rebanho na verdade e na santidade. “Os fiéis, por seu lado,
devem aderir ao seu Bispo, como a Igreja adere a Jesus Cristo e Jesus Cristo ao
Pai, de modo que todas as coisas concorram para a unidade e cresçam para glória
de Deus”.
III. IMPORTÂNCIA DA LITURGIA
EPISCOPAL
11.
O múnus do Bispo, como doutor, santificador e pastor da sua Igreja, revela-se
principalmente na celebração da sagrada liturgia, que realiza com o povo. “Por
isso, todos devem dar a maior importância à vida litúrgica da diocese que
gravita em redor do Bispo, sobretudo na igreja catedral, convencidos de que a
principal manifestação da Igreja se faz numa plena e ativa participação de todo
o povo santo de Deus na mesma celebração litúrgica, especialmente na mesma Eucaristia,
numa única oração, em volta do mesmo altar, a que preside o Bispo rodeado do
seu presbitério e dos ministros”.
12.
Consequentemente, as celebrações sagradas, presididas pelo Bispo manifestam o
mistério da Igreja, na qual Cristo está presente; não são, portanto, mero
aparato cerimonial. Importa, além disso, que estas celebrações sirvam de modelo
para toda a diocese e se distingam pela participação ativa do povo. Assim, a
comunidade reunida participe pelo canto, pelo diálogo, pelo silêncio sagrado,
pela atenção interior e pela comunhão sacramental.
13.
Em determinados termos e nos dias principais do ano litúrgico, preveja-se esta
plena manifestação da Igreja particular; e para ela se convide o povo das
diversas partes da diocese e, na medida do possível, os presbíteros. Para que
os fiéis e presbíteros possam mais facilmente acorrer de toda a parte,
marque-se, uma vez por outra, esta reunião em diversos lugares da diocese.
14.
Nestas reuniões, dilate-se a caridade dos fiéis à Igreja universal, e
suscite-se neles um maior fervor no serviço do Evangelho e dos homens.
IV. MÚNUS DA PREGAÇÃO A DESEMPENHAR
PELO BISPO
15.
Entre os principais encargos do Bispo, ocupa lugar preeminente a pregação do
Evangelho. O Bispo é o arauto da fé, que para Cristo conduz novos discípulos.
Ele é o doutor autêntico, enquanto dotado da autoridade de Cristo, que prega ao
povo a ele confiado a fé que se deve crer e aplicar na vida
prática.Ilustrando-a sob a luz do Espírito Santo, e extraindo do tesouro da
Revelação coisas novas e antigas, fá-la frutificar e, com a sua vigilância
afasta os erros que ameaçam o seu rebanho. Este seu múnus, o Bispo desempenha-o
igualmente na sagrada liturgia, quando faz a homilia na Missa, nas celebrações
da Palavra de Deus e, sendo oportuno, em Laudes e Vésperas, e ainda quando faz
a catequese ou profere as exortações na celebração dos sacramentos e sacramentais.
16. Esta pregação “deve inspirar-se principalmente nas fontes da Sagrada
Escritura e da liturgia, pois se trata da proclamação das maravilhas de Deus na
história da salvação, ou seja, no mistério de Cristo, o qual está sempre
presente e operante no meio de nós, sobretudo nas celebrações litúrgicas”.
17.
Sendo, a pregação múnus próprio do Bispo, de tal modo que os outros ministros
sagrados só a exercem como seus substitutos, é ao Bispo, presidente a ação litúrgica,
que pertence fazer a homilia. O Bispo faz a pregação sentado na cátedra, de
mitra e báculo, salvo se lhe parecer melhor de outro modo.
CAPÍTULO II
OFÍCIOS E MINISTÉRIOS NA LITURGIA EPISCOPAL
18.
“Em qualquer comunidade congregada em volta do altar, sob o ministério sagrado
do Bispo”, se manifesta “o símbolo daquela caridade e unidade do Corpo místico
sem as quais não pode haver salvação”. É, pois, da máxima conveniência que,
todas as vezes que o Bispo toma parte nalguma ação litúrgica com participação
do povo, presida por si mesmo à celebração, investido como está da plenitude do
sacramento da Ordem. E isto deve-se fazer, não para aumentar a solenidade
externa do rito, mas para significar de modo mais vivo o mistério da Igreja. É
também conveniente que, nesta celebração, o Bispo associe a si os presbíteros.
No caso, porém, de o Bispo presidir à Eucaristia sem celebrar, deve dirigir ele
a liturgia da Palavra e concluir a Missa com o rito da despedida, segundo as
normas dadas mais adiante, nn. 176-185.
19.
Numa assembléia reunida para a celebração da liturgia, especialmente quando
presidida pelo Bispo, cada qual tem o direito e o dever de desempenhar o ofício
que lhe pertence, de acordo com a diversidade da ordem e função. Neste sentido,
todos, ministros ou simples fiéis, no desempenho do seu ofício, farão só e tudo
o que lhes pertence. Desta forma se manifesta a Igreja, nas suas diferentes
ordens e ministérios, como um corpo, cujos membros constituem um só todo.
20.
Os presbíteros, embora não gozem do sumo pontificado e dependam do Bispo no
exercício do seu poder, a ele estão, todavia, unidos pela dignidade sacerdotal.
Zelosos cooperadores da ordem episcopal, seu instrumento e auxílio, chamados a
servir o povo de Deus, constituem com o seu Bispo um único presbitério, e, sob
a autoridade dele, santificam e regem a parte do rebanho do Senhor que lhes foi
confiada.
21.
Muito se recomenda, por isso, quem nas celebrações litúrgicas, o Bispo tenha
alguns presbíteros que o assistam. Além disso, na celebração eucarística
presidida pelo Bispo, os presbíteros concelebrantes com ele, para que, por meio
da Eucaristia, se manifeste a unidade da Igreja e eles próprios apareçam aos
olhos da comunidade como o presbitério do Bispo.
22.
Os presbíteros, que participam das celebrações episcopais, executem só o que
compete aos presbíteros. Se faltarem diáconos, supram alguns ministérios dos
diáconos, sem porém se apresentarem com vestes diaconais. Entre os ministros,
ocupam o primeiro lugar os diáconos, cuja ordem foi dita sempre em grande consideração,
já desde os primeiros tempos da Igreja. Os diáconos devem ser homens de boa
reputação e cheios de sabedoria, e deve ser tal o seu proceder, mediante o
auxílio de Deus, que sejam reconhecidos como verdadeiros discípulos daquele que
não veio para ser servido, mas para servir, e viveu no meio dos seus discípulos
com quem serve.
24.
Fortalecidos pelo dom do Espírito Santo, prestam a sua ajuda ao Bispo e seu
presbitério, no ministério da Palavra, do altar e da caridade. Enquanto
ministros do altar, anunciam o Evangelho, servem na celebração do Sacrifício,
distribuem o Corpo e o Sangue do Senhor. Em suma, os diáconos considerem o
Bispo como pai e ajudem-no como ao próprio Senhor Jesus Cristo, Pontífice para
sempre, presente no meio do seu povo.
25.
Nas ações litúrgicas, ao diácono compete: assistir o celebrante; servir junto
do altar, do livro e do cálice; dirigir a comunidade dos fiéis com oportunas
monições; enunciar as intenções da oração universal. Quando não houver nenhum
outro ministro, o diácono desempenha as funções dos outros no que for preciso.
Se o altar não estiver voltado para o povo, o diácono deve voltar-se para o
povo sempre que tiver de dirigir-lhe avisos.
26.
Nas celebrações litúrgicas presididas pelo Bispo, haverá normalmente, pelo
menos, três diáconos: um para proclamar o Evangelho e servir ao altar, e dois
para assistirem o Bispo. Se forem mais, distribuirão entre si os ministérios, e
pelo menos um deles cuidará da participação ativa dos fiéis.
Acólitos
27.
O acólito, no ministério do altar, tem funções próprias que ele mesmo deve
exercer, ainda que estejam presentes outros ministros de ordem superior.
28.
Com efeito, o acólito é instituído para ajudar o diácono e ministrar ao sacerdote.
O seu serviço, portanto, é cuidar do altar, ajudar o diácono e o sacerdote nas
ações litúrgicas, principalmente na celebração da Missa. Também lhe pertence,
como ministro extraordinário, distribuir a sagrada comunhão, segundo as normas
do direito. Quando for mister, ensinará aqueles que exercem algum ministério
nas ações litúrgicas, seja os que levam o livro, a cruz, as velas, o turíbulo,
seja os que exercem outras funções semelhantes. Entretanto, nas celebrações a
que preside o Bispo, convém escolher acólitos devidamente instruídos para
exercerem o seu ministério; e, se forem muitos, distribuirão esses ministérios
entre si.
29.
Para mais dignamente exercer as funções, deve o acólito participar da sagrada
Eucaristia cada dia com mais fervor e piedade, alimentar-se dela e adquirir a
respeito dela um conhecimento cada vez mais elevado. Empenhe-se em penetrar o
sentido íntimo e espiritual das ações que realiza, de modo que todos os dias se
ofereça inteiramente a Deus e se entregue com sincero amor ao Corpo místico de
Cristo, quer dizer, ao povo de Deus, cuidando principalmente dos fracos e dos
enfermos.
Leitores
30.
O leitor tem, na celebração litúrgica, função própria, que exercerá por si
mesmo, ainda que estejam presentes outros ministros de ordem superior.
31.
O leitor, que historicamente é o primeiro a aparecer entre os ministros
inferiores, e se encontra em todas as Igrejas onde se tem mantido, é instituído
para uma função que lhe é própria: ler a Palavra de Deus na assembléia
litúrgica. Por isso, na Missa e outras ações sagradas, é ele quem faz as
leituras, exceto a do Evangelho; na falta do salmista, recita o salmo entre as
leituras; e, na falta do diácono, enuncia as intenções da oração universal.
Terá também a seu cuidado, quando necessário, preparar os fiéis que, nas ações
litúrgicas, hão de ler a Sagrada Escritura. Nas celebrações presididas pelo
Bispo, convém que as leituras sejam feitas por leitores devidamente preparados,
e, se são vários, distribuirão entre si as leituras.
32.
Lembre-se o leitor da dignidade da Palavra de Deus e da importância do seu
ofício, e preste assídua atenção à maneira de dizer e pronunciar, de modo que a
Palavra de Deus seja percebida com toda a clareza pelos que nela participam. Ao
anunciar a palavra divina aos outros, ele próprio a deve acolher com docilidade
e meditá-la com diligência, para dela dar testemunho com o seu modo de viver.
Salmista
33.
O canto entre as leituras assume grande importância litúrgica e pastoral.
Convém, por isso, que, nas celebrações presididas pelo Bispo, principalmente na
igreja catedral, haja um salmista ou cantor do salmo, perito na arte de
salmodiar e dotado de idoneidade espiritual, que cante, seja em forma
responsorial seja todo seguido, o salmo ou outro cântico bíblico, bem como o
gradual e o “Aleluia”, de modo que os fiéis se sintam convenientemente apoiados
quer no canto que na meditação do sentido dos textos. Mestres de cerimônias.
34.
Para que uma celebração, mormente quando presidida pelo Bispo, brilhe pelo
decoro, simplicidade e ordem, é preciso um mestre de cerimônias, que a prepare
e dirija, em íntima colaboração com o Bispo e demais pessoas que têm por ofício
coordenar as diferentes partes da mesma celebração, sobretudo no aspecto pastoral.
O mestre de cerimônias deve ser perfeito conhecedor da sagrada liturgia, sua
história e natureza, suas leis e preceitos. Mas deve ao mesmo tempo ser versado
em matéria pastoral, para saber como devem ser organizadas as celebrações, quer
no sentido de fomentar a participação frutuosa do povo, quer no de promover o
decoro das mesmas. Procure que se observem as leis das celebrações sagradas, de
acordo com o seu verdadeiro espírito, bem como as legítimas tradições da Igreja
particular que forem de utilidade pastoral.
35.
Deve, em tempo oportuno, combinar com os cantores, assistentes, ministros
celebrantes tudo o que cada um tem a fazer e a dizer. Porém, dentro da própria
celebração, deve agir com suma discrição, não fale sem necessidade; não ocupe o
lugar dos diáconos ou dos assistentes, pondo-se ao lado do celebrante; tudo, numa
palavra, execute com piedade, paciência e diligência. 36. O mestre de
cerimônias apresenta-se revestido de alva ou veste talar e sobrepeliz. No caso
de estar investido na ordem de diácono, pode, dentro da celebração, vestir a
dalmática e as restantes vestes próprias da sua ordem.
Sacristão
37.
Junto com o mestre de cerimônias, mas dependente dele, o sacristão prepara as
celebrações do Bispo. O sacristão deve dispor cuidadosamente os livros
destinados à proclamação da Palavra de Deus e à recitação das orações, os
paramentos e demais coisas necessárias para a celebração. Deve cuidar do toque
dos sinos para as celebrações sagradas. Procure observar o silêncio e a
modéstia dentro da sacristia e no vestiário. Nãodescure as alfaias que se
conservam na tradição local, antes as guarde nas melhores condições. Aquilo que
for introduzido de novo, escolha-se de acordo com a arte contemporânea, posto
de parte, contudo, o prurido de mera novidade.
38.
Da ornamentação do lugar duma celebração sagrada faz parte, acima de tudo,
apurada limpeza do pavimento, das paredes e de todas as figuras e objetos que
se usam ou se expõem à vista. Evite-se tanto asuntuosidade como a mesquinhez na
ornamentação; mas observem-se as regras duma nobre simplicidade, urbanidade,
beleza de arte. Os objetos a usar no culto e a maneira de os dispor, revelem o
gênio dos povos e a tradição local, “contanto que sirvam com a reverência e
honra devidas os edifícios e ritos sagrados”. Seja tal a ornamentação da igreja,
que nela se veja o sinal do amor e reverência para com Deus; e ao povo de Deus
sugira o caráter próprio das festas e a alegria e piedade do coração.
Cantores e músicos
39.
Todos aqueles que têm papel especial a desempenhar no que respeita ao canto e à
música sacra, seja o regente do coro, sejam os cantores, seja o organista, ou
outras quaisquer pessoas, observem cuidadosamente as normas prescritas para
essas funções, contidas nos livros litúrgicos e noutros documentos publicados
pela Sé Apostólica.
40.
Os músicos devem ter especialmente diante dos olhos as normas relativas à
participação do povo no canto. Além disso, velar-se-á por que o canto exprima o
caráter universal das celebrações presididas pelo Bispo. Neste sentido, os
fiéis deverão saber recitar ou cantar as partes do Ordinário da Missa que lhes
dizem respeito, não só na língua vernácula, mas também em latim.
41.
Desde a Quarta-feira de Cinzas até o hino Glória a Deus nas alturas na Vigília
pascal, e nas celebrações dos defuntos, o toque do órgão e dos outros
instrumentos usar-se-á somente para sustentar o canto. Excetua-se, todavia, o
domingo Laetare (IV da Quaresma), bem como as solenidades e as festas. Desde o
fim do hino Glória a Deus nas alturas na Ceia do Senhor (Quinta-feira Santa) até
ao mesmo hino da Vigília Pascal, o órgão e os outros instrumentos musicais só
se podem utilizar para sustentar o canto. No tempo do Advento, os instrumentos
musicais devem utilizar-se com aquela moderação que convém ao caráter jubiloso
da expectativa própria deste tempo, mas de modo a não antecipar a alegria plena
no Nascimento do Senhor.
CAPÍTULO III
IGREJA CATEDRAL
42.
A igreja catedral é aquela em que está a cátedra do Bispo, sinal do magistério
e do poder do pastor da Igreja particular, bem como sinal de unidade dos
crentes naquela fé que o Bispo anuncia como pastor do rebanho.
43.
A igreja catedral, “pela majestade da sua construção, é a expressão daquele
templo espiritual, que é edificado no interior das almas e brilhe pela
magnificência da graça divina, segundo aquela sentença do apóstolo S. Paulo:
‘Vós sois o templo do Deus vivo’ (2 Cor 6,16). Depois, deve considerar-se como
imagem figurativa da Igreja visível de Cristo, que no orbe da terra ora, canta
e adora; deve, consequentemente, ser retida como a imagem do seu Corpo místico,
cujos membros estão conglutinados pela união na caridade, alimentada pelo
orvalho dos dons celestes”.
44.
Neste sentido, a igreja catedral deve ser considerada como o centro da vida
litúrgica da diocese.
45.
Inculque-se no espírito dos fiéis, da maneira mais oportuna, o amor e veneração
para com a igreja catedral. Para isto, muito contribui a celebração do
aniversário da sua dedicação, bem como peregrinações dos fiéis em piedosa
visita. Sobretudo em grupos organizados por paróquias ou regiões da diocese.
46.
Nos documentos e livros litúrgicos, o que se prescreve acerca da disposição e
ornato das igrejas, de vê a igreja catedral apresentá-lo como modelo às outras
igrejas da diocese.
47.
A Cátedra, de que acima se falou, n. 42, deve ser única e fixa, colocada de tal
modo que o Bispo apareça efetivamente como aquele que preside a toda a
comunidade dos fiéis. O número dos degraus da cátedra, respeitada a estrutura
de cada igreja, será adaptado de forma que os fiéis possam ver bem o Bispo. A
cátedra não deve ter sobreposto nenhum baldaquino ou dossel. No entanto,
conservem-se cuidadosamente as obras preciosas dos séculos passados. Excetuados
os casos previstos no direito, na cátedra senta-se unicamente o Bispo diocesano
ou o Bispo a quem este o autorize. Para os restantes Bispos ou Prelados,
porventura presentes, preparem-se em lugar conveniente, assentos especiais mas
não erigidos em forma de cátedra. O assento para o presbítero celebrante
dispor-se-á em lugar diferente.
48.
O altar deve ser construído e ornado de acordo com as normas do direito.
Atender-se-á principalmente a que, pela sua localização, ele, seja, de fato, o
centro de convergência para o qual espontaneamente se dirija a atenção de toda
a assembléia dos fiéis. Normalmente, o altar da igreja catedral deve ser fixo e
dedicado; e separado da parede, de modo a permitir andar em volta dele e a
celebrar de frente para o povo. Contudo, quando um altar antigo estiver de tal modo
colocado que torne difícil a participação do povo e não se possa transferir sem
detrimento do seu valor artístico, construa-se outro altar fixo, de forma
artística e dedicado segundo as normas; e só neste se realizem as celebrações
sagradas. O altar não se deve ornamentar com flores desde a Quarta-feira de
Cinzas até o hino Glória a Deus nas alturas da Vigília Pascal, nem nas
celebrações de defuntos. Excetua-se o domingo Laetare (IV da Quaresma), e as
solenidades e festas.
49.
De acordo com uma tradição antiquíssima, mantida nas igrejas catedrais, recomenda-se
que o sacrário se coloque numa capela separada da nave central. Nalgum caso
particular, em que o sacrário esteja sobre o altar em que o Bispo vai celebrar,
transfira-se o Santíssimo Sacramento para outro lugar digno.
50.
O presbitério, ou seja, o espaço em que o Bispo, presbíteros e ministros
exercem o seu ministério, deve distinguir-se, de forma conveniente, da nave da
igreja, ou por uma posição mais elevada, ou por uma estrutura ou ornamentação
especial, de modo a pôr em evidência, pela própria disposição, a função hierárquica
dos ministros. Há de ser suficientemente amplo para que os sagrados ritos se
possam nele desenrolar e ver comodamente. No presbitério, disponham-se de modo
conveniente assentos, mochos ou tamboretes de forma que os celebrantes e bem
assim os cônegos e presbíteros que porventura não celebrem, mas assistam de
hábito coral,bem como os ministros, ocupem cada qual o seu lugar, de modo a
facilitar o correto desempenho de cada função. Durante as celebrações sagradas,
o ministro que não esteja revestido da veste sagrada, de hábito talar e sobrepeliz
ou de outra veste legitimamente aprovada, não seja admitido no presbitério.
51.
A igreja catedral deve ter um ambão, construído segundo as normas vigentes. O
Bispo, no entanto,falará ao povo de Deus, da sua cátedra, a não ser que as
condições do local sugiram outra coisa. O cantor, o comentador ou regente do
coro não sobem ao ambão, mas desempenham-se do seu múnus noutro lugar
conveniente.
52.
A igreja catedral mesmo que não seja paroquial, deve ter batistério, pelo menos
para a celebração na noite pascal. Esse batistério deve ser construído de
acordo com as normas contidas no Ritual Romano.
53.
À igreja catedral não pode faltar o vestiário, quer dizer, uma sala digna, na
medida do possível junto à entrada da igreja, na qual o Bispo, os
concelebrantes e os ministros se revestem das vestes litúrgicas e onde se inicia
a procissão de entrada. Por via de regra, o vestiário deve ser distinto da
sacristia, onde se guardam as alfaias sagradas e onde nos dias ordinários,
celebrante e ministros se podem preparar para a celebração.
54.
Para se poder efetuar a reunião da assembléia, preveja-se, na medida do
possível, perto da igreja catedral, outra igreja, ou uma sala adequada, ou
mesmo uma praça ou um claustro, onde se possam fazer as bênçãos das velas, dos
ramos, do fogo e outras celebrações preparatórias, e onde se iniciam as
procissões para a igreja catedral.
CAPÍTULO IV
ALGUMAS NORMAS MAIS GERAIS INTRODUÇÃO
55.
Segundo a doutrina do Concílio Vaticano II, deve-se procurar que os ritos
brilhem por uma nobre simplicidade. Isto vale igualmente para a liturgia
episcopal, embora nela não se deva descurar a piedade e reverência devidas ao
Bispo, no qual está presente o Senhor Jesus no meio dos crentes, e do qual, na
sua qualidade de sumo sacerdote, deriva e depende, de certo modo, a vida dos
fiéis. Além disso, como nas celebrações litúrgicas do Bispo participam
habitualmente as diversas ordens da Igreja, cujo mistério se manifesta assim de
modo mais claro, cumpre que resplandeça a caridade e o respeito mútuo entre os
membros do Corpo místico de Cristo, de modo que na própria liturgia se realiza
o preceito do Apóstolo: “Adiantai-vos uns aos outros na mútua consideração”.
Antes, portanto, de se entrar na descrição de cada um dos ritos, parece
oportuno antepor algumas normas, que a tradição sancionou e convém observar.
I VESTES E INSÍGNIAS
Vestes e insígnias do Bispo
56.
Na celebração litúrgica, as vestes do Bispo são as mesmas que as do presbítero;
mas, na celebração solene, convém que, segundo costume que vem já de tempos
antigos, revista a dalmática, que pode ser sempre branca, por baixo da casula,
sobretudo nas ordenações, na bênção de Abade e de Abadessa, bem como na
dedicação da Igreja e do altar. 57. As insígnias pontificais do Bispo são: o
anel, o báculo pastoral, a mitra, a cruz peitoral, e ainda o pálio se lhe for
concedido pelo direito.
58.
O anel, insígnia da fidelidade e da união nupcial com a Igreja, sua esposa,
deve o Bispo usá-lo sempre.
59.
Dentro do seu território, o Bispo usa o báculo, como sinal do seu múnus
pastoral. Aliás, qualquer Bispo que celebre solenemente o pode usar, com o
consentimento do Bispo do lugar. Quando estiverem vários Bispos presentes na
mesma celebração, só o Bispo que preside usa o báculo. Com a parte recurvada
voltada para o povo, ou seja, para a frente, o Bispo usa habitualmente o báculo
na procissão, para ouvir a leitura do Evangelho e fazer a homilia, para receber
os votos, as promessas ou a profissão da fé; e finalmente para abençoar as
pessoas, salvo se tiver de fazer a imposição das mãos.
60.
A mitra, que será uma só na mesma ação litúrgica, simples ou ornamentada de
acordo com a celebração, é habitualmente usada pelo Bispo: quando está sentado;
quando faz a homilia; quando faz as saudações, as alocuções e os avisos, a não
ser que logo a seguir tenha de tirar a mitra; quando abençoa solenemente o
povo; quando executa gestos sacramentais; quando vai na procissões. O Bispo não
usa a mitra: nas preces introdutórias; nas orações; na oração universal; na
oração Eucarística; durante a leitura do Evangelho; nos hinos, quando estes são
cantados de pé; nas procissões em que se leva o Santíssimo Sacramento, ou as
relíquias da Santa Cruz do Senhor; diante do Santíssimo Sacramento exposto. O
Bispo pode prescindir da mitra e do báculo quando se desloca dum lugar para
outro, se o espaço entre os dois for pequeno. Quando ao uso da mitra na
administração dos sacramentos e dos sacramentais, observe-se além disso o que
adiante vai indicado nos respectivos lugares.
61.
A cruz peitoral usa-se por baixo da casula ou da dalmática, ou por baixo do
pluvial, mas por cima da mozeta.
62.
O Arcebispo residencial, que houver já recebido o pálio do Romano Pontífice,
reveste-o por cima da casula, dentro do território da sua jurisdição, quando
celebra a Missa estacional, ou pelo menos quando celebra com grande solenidade,
e ainda nas ordenações, na bênção de Abade ou de Abadessa, na consagração de
virgem, na dedicação de igreja ou de altar. A Cruz arquiepiscopal usa-se quando
o Arcebispo, após haver recebido o pálio, se dirige à igreja para celebrar
alguma cerimônia litúrgica.
63.
O hábito coral do Bispo, quer dentro que fora da sua diocese, consta da veste
talar de cor violácea; faixa de seda violácea ornada nas extremidades com
franjas igualmente de seda (mas sem flocos); roquete de linho ou de tecido
semelhante; mozeta de cor violácea sem capuz; cruz peitoral suspensa por cima
da mozeta de cordão de cor verde entrançado de ouro; solidéu também de cor
violácea; barrete da mesma cor com borla. Quando se usa veste talar violácea,
usam-se também meias violáceas. Entretanto, o uso das meias violáceas com veste
talar negra ornada de vivos é inteiramente livre.
64.
A capa magna violácea, sem arminho, só se pode usar dentro da diocese e nas
festas mais solenes.
Vestes dos presbíteros e dos outros
ministros
65.
A veste sagrada comum a todos os ministros de qualquer grau é a alva, apertada
à cintura pelo cíngulo, a não ser que, pela sua forma, se ajuste ao corpo mesmo
sem o cíngulo. Antes de revestir a alva, se esta não esconder perfeitamente o
traje comum à altura do pescoço, deve usar-se o amito. Não se pode usar a sobrepeliz
em vez da alva, quando se tiver de vestir a casula ou a dalmática, ou quando se
usa a estola em vez da casula ou da dalmática. A sobrepeliz deve usar-se sempre
por cima do hábito talar. Os acólitos, leitores e restantes ministros, em lugar
das vestes acima referidas, podem usar outras legitimamente aprovadas.
66.
A veste própria do presbítero celebrante, na Missa e outras ações sagradas,
diretamente ligadas à Missa, é a casula, a qual se veste por cima da alva e da
estola, a não ser que se indique outra coisa. O sacerdote põe a estola ao
pescoço, pendente diante do peito. O pluvial, ou capa de asperges, é usado pelo
sacerdote nas ações sagradas solenes fora da Missa, nas procissões e outros
atos sagrados, segundo as rubricas próprias de cada rito. Os presbíteros que
assistem a uma celebração sagrada em que não celebrem devem usar as vestes corais,
sendo prelados ou cônegos; se não, a sobrepeliz por cima do hábito talar.
67.
A veste própria do diácono é a dalmática, que se reveste por cima da alva e da
estola. A dalmática pode, contudo, dispensar-se ou por necessidade ou por menor
grau de solenidade. A estola do diácono põe-se a tiracolo, atravessando-a do
ombro esquerdo sobre o peito e prendendo-a do lado direito do corpo.
II. SINAIS DE REVERÊNCIA EM GERAL
68.
A inclinação é sinal de reverência e de honra que se presta às próprias pessoas
ou às suas imagens. Há duas espécies de inclinações: de cabeça e do corpo: a) a
inclinação de cabeça faz-se ao nome de Jesus ou da Virgem Maria e do Santo, em
cuja honra se celebra a Missa ou a Liturgia das Horas; b) a inclinação do
corpo, ou inclinação profunda, faz-se: ao altar, caso nele não esteja o
sacrário como Santíssimo Sacramento; aos Bispos; antes e depois da incensação,
como se dirá adiante, n. 91; e todas as vezes em que vem expressamente indicada
nos diversos livros litúrgicos.
69.
A genuflexão, que se faz flectindo só o joelho direito até ao solo, significa
adoração; pelo que é reservado ao Santíssimo Sacramento, quer exposto, quer
guardado no sacrário, e à Santa Cruz, desde a adoração solene na Ação litúrgica
de Sexta-feira da Paixão do Senhor até ao início da Vigília Pascal.
70.
Não fazem genuflexão nem inclinação profunda aqueles que transportam os objetos
a usar na celebração que se vai realizar, por ex., a cruz, os castiçais, o
livro dos Evangelhos.
Reverência ao Santíssimo Sacramento
71.
Todos aqueles que entram na igreja nunca devem omitir a adoração ao Santíssimo
Sacramento: seja dirigindo-se à capela do Santíssimo, seja fazendo pelo menos
genuflexão. Fazem igualmente genuflexão todos os que passam diante do
Santíssimo Sacramento, a não ser que se vá em procissão.
Reverência ao altar
72.
O altar é saudado com uma inclinação profunda por todos quantos se dirigem ao
presbitério, dele se retiram ou passam por diante do altar.
73.
Além disso, o celebrante e os concelebrantes beijam o altar no início da Missa,
em sinal de veneração. O celebrante principal, antes de deixar o altar,
venera-o, por via de regra, beijando-o; os restantes, mormente se forem muitos,
fazem-lhe a devida reverência. Na celebração das Laudes e das Vésperas a que o
Bispo preside, este beija também o altar no princípio e, se for oportuno,
igualmente no fim. Todavia, nos países em que este gesto não se coaduna
plenamente com as tradições e mentalidade dos povos, podem as Conferências
Episcopais substituí-lo por outro, dando conhecimento do fato à Sé Apostólica.
Reverência ao Evangelho
74.
À Missa, na celebração da palavra e na vigília prolongada, enquanto se proclama
o Evangelho, todos estão de pé, voltados para quem o lê. O diácono, ao
dirigir-se para o ambão, leva solenemente o livro dos Evangelhos, ladeado dos
acólitos com os castiçais de velas acesas, indo à frente o turiferário com o
turíbulo. No ambão, o diácono de pé, voltado para o povo, depois de o saudar
com as mãos juntas, faz o sinal da cruz com o polegar da mão direita, primeiro
sobre o livro, no início do Evangelho que vai ler, depois sobre si mesmo no
fronte, na boca e no peito, dizendo: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo.
O Bispo faz também sobre si mesmo o sinal da cruz, na frente, na boca e no
peito, e o mesmo fazem todos os restantes. Depois, pelo menos na Missa
estacional, o diácono incensa o livro três vezes, ou seja, ao meio, à esquerda
e à direita. Em seguida, lê o Evangelho até ao fim. Terminada a leitura, o
diácono leva o livro ao Bispo para este o oscular, ou o próprio diácono oscula
o livro, salvo se, como atrás se diz no n.73, a Conferência Episcopal tiver
estabelecido outro sinal de veneração. Na falta do diácono, um presbítero pede
e recebe a bênção do Bispo, e proclama o Evangelho, na forma atrás descrita.
75.
Estão todos igualmente de pé, enquanto se cantam ou recita os cânticos
evangélicos Benedictus, Magnificat e Nunc dimittis. Ao iniciar cada um destes
cânticos, todos se benzem. Reverência ao Bispo e outras pessoas.
76.
O Bispo é saudado com inclinação profunda pelos ministros ou por quantos dele
se aproximam por motivo de serviço ou, depois de prestado esse serviço, se
retiram ou passam diante dele.
77.
Quando o trono do Bispo fica situado atrás do altar, os ministros saúdam o
altar ou o Bispo, consoante se aproximem ou do altar ou do Bispo; mas evitem,
quanto possível, passar entre o Bispo e o altar, por respeito para com um e
para com outro.
78.
Se acaso no presbitério estiverem presentes vários Bispos, a reverência só é
feita àquele que preside.
79.
Quando o Bispo, revestido das vestes atrás descritas no n. 63, se dirige à
igreja para celebrar alguma ação litúrgica, pode, consoante os costumes locais,
ou ser acompanhado publicamente à igreja pelos cônegos ou outros presbíteros e
clérigos revestidos de hábitos corais ou de sobrepeliz por cima do hábito
talar, ou então ir até à igreja de maneira mais simples e ali ser recebido à
porta pelo clero. Em ambos estes casos, o Bispo vai à frente: se for Arcebispo,
precedido de um acólito com a cruz arquiepiscopal com a imagem do Crucifixo na
parte da frente; atrás do Bispo, seguem os cônegos, os presbíteros e o clero,
dois a dois. À porta da igreja, o mais digno dos presbíteros apresenta ao Bispo
o aspersório, exceto se depois se fizer a aspersão em vez do ato penitencial. O
Bispo, de cabeça descoberta, asperge-se a si mesmo e aos presentes; e depois
devolve o aspersório. Em seguida dirige-se, com o seu séquito, para o lugar
onde se guarda o Santíssimo Sacramento e aí faz uma breve oração; finalmente,
vai para o vestiário. O Bispo pode, no entanto, ir diretamente para o vestiário
e aí ser recebido pelo clero.
80.
Nas procissões, o Bispo que preside à celebração litúrgica, revestido das
vestes sagradas, vai sempre só, atrás dos presbíteros, mas à frente dos seus
assistentes, que o acompanham um pouco atrás.
81.
O Bispo que preside a uma celebração sagrada ou nela apenas participa revestido
de hábitos corais, é assistido de dois cônegos com os seus hábitos corais, ou
de dois presbíteros ou diáconos de sobrepeliz por cima do hábito talar.
82.
O Chefe do Estado, quando for assistir oficialmente à Liturgia, é recebido pelo
Bispo já paramentado à porta da igreja, e, se for católico, o Bispo
oferece-lhe, se for oportuno, água benta; saúda-o consoante o uso comum. E,
seguindo à sua esquerda, acompanha-o ao lugar que lhe está destinado fora do presbitério.
Terminada a celebração saúda-o ao retirar-se.
83.
Os outros magistrados que detêm o mais alto poder no governo da nação, da
região ou da cidade, se for costume, são recebidos à porta da igreja, consoante
os usos locais, por algum dignitário eclesiástico mais categorizado, o qual os
saúda e conduz aos lugares que lhes estão reservados. Entretanto, o Bispo os
pode saudar, ao dirigir-se para o altar na procissão de entrada, bem como ao
retirar-se.
III. INCENSAÇÃO
84.
O rito da incensação exprime reverência e oração, como vem significado no Salmo
140,2 e no Apocalipse.
85.
A matéria que se deita no turíbulo deve ser incenso puro de suave odor, ou,
ajuntando-se-lhe outra substância, haja o cuidado de que a quantidade de
incenso seja muito superior.
86.
Na Missa estacional do Bispo, usa-se o incenso:
a)
durante a procissão de entrada;
b)
no princípio da Missa, para incensar o altar;
c)
na procissão e proclamação do Evangelho;
d)
ao ofertório, para incensar as oferendas, o altar, a cruz, o Bispo, os
concelebrantes e o povo;
e)
à elevação da hóstia e do cálice, depois da consagração. Nas restantes Missas,
o uso do incenso é facultativo.
87.
Usa-se ainda o incenso, como vem descrito nos livros litúrgicos:
a)
na dedicação da igreja e do altar;
b)
na confecção do sagrado crisma, quando se transportam os santos óleos;
c)
na exposição do Santíssimo Sacramento no ostensório;
d)
nas exéquias dos defuntos.
88.
Via de regra, deve-se usar também o incenso nas procissões: da Apresentação do
Senhor, do Domingo de Ramos, da Missa da Ceia do Senhor, da Vigília Pascal, da
Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, da solene transladação das relíquias,
e, em geral, nas procissões que se fazem com solenidade.
89.
Em Laudes e Vésperas, quando celebradas com solenidade, pode-se fazer a
incensação do altar, do Bispo e do povo, enquanto se canta o cântico
evangélico.
90.
Para pôr incenso no turíbulo, o Bispo senta-se, se estiver na cátedra ou junto
de outro assento; fora disso, põe o incenso de pé. O diácono apresenta-lhe a
naveta, e o Bispo benze o incenso com o sinal da cruz sem dizer nada. Depois, o
diácono recebe do acólito o turíbulo e entrega-o ao Bispo.
91.
Antes e depois da incensação, faz inclinação profunda à pessoa ou ao objeto que
é incensado; não, porém, ao altar nem às oferendas recebidas para o sacrifício
da Missa. São incensados com três ductos do turíbulo: o Santíssimo Sacramento,
a relíquia da Santa Cruz e as imagens do Senhor solenemente expostas, as
oferendas, a cruz do altar, o livro dos Evangelhos, o círio pascal, o Bispo ou
o presbítero celebrante, o coro e o povo, o corpo de defunto. Com dois ductos
incensam-se as relíquias e as imagens dos Santos expostos a pública veneração.
93.
O altar é incensado com éticos sucessivos dos turíbulo, do seguinte modo:
a) se o altar estiver separado da parede, o
Bispo incensa-o em toda a volta;
b) se o altar não estiver separado da parede,
o Bispo incensa-o passando primeiro ao lado direito, depois ao lado esquerdo.
Se a cruz estiver sobre o altar ou junto dele, é incensada antes do altar; caso
contrário, o Bispo incensa-a ao passar por diante dela. As oferendas são
incensadas antes da incensação do altar e da cruz.
94.
O Santíssimo Sacramento é incensado de joelhos.
95.
As relíquias e as imagens sagradas expostas a pública veneração são incensadas
depois da incensação do altar; à Missa, porém, só no início da celebração.
96.
O Bispo, quer esteja no altar quer na cátedra, recebe a incensação de pé, sem
mitra, a não ser que já esteja com ela. Os concelebrantes são incensados pelo
diácono, todos ao mesmo tempo. Por fim, o diácono incensa o povo, do lugar mais
conveniente. Os cônegos que porventura não concelebrem ou o coro duma
comunidade são incensados ao mesmo tempo que o povo, salvo se a disposição dos
lugares aconselhe outra coisa. Isto igualmente aos Bispos que, porventura,
estejam presentes.
97.
O Bispo que preside, mas não celebra a Missa, é incensado depois do celebrante
ou concelebrantes. Depois do Bispo, onde for costume, é incensado o Chefe do
Estado, quando assiste oficialmente à sagrada celebração.
98.
As monições e orações que devam ser ouvidas por todos, o Bispo não as profira
antes de terminada a incensação.
IV. RITO DA PAZ
99.
O Bispo celebrante, depois de o diácono dizer: Saudai-vos uns aos outros em
Cristo, dá a saudação da paz pelo menos aos dois concelebrantes mais próximos,
e depois ao primeiro diácono.
100.
Entretanto, os concelebrantes, diáconos e restantes ministros, bem como os
Bispos eventualmente presentes dão-se mutuamente a paz de maneira idêntica. O
Bispo que preside à celebração sagrada, sem celebrar, dá a paz aos cônegos,
presbíteros ou diáconos que o assistem.
101.
Os fiéis dão-se mutuamente a paz, na forma estabelecida pelas Conferências
Episcopais.
102.
Se estiver presente o Chefe do Estado, a assistir oficialmente à sagrada
celebração, o diácono ou algum dos concelebrantes aproxima-se dele e dá-lhe o
sinal da paz, de acordo com os costumes locais.
103.
Ao dar a saudação da paz, pode-se dizer: A paz esteja contigo, ao que se
responde: E contigo também.Também se podem usar outras palavras, conforme os
costumes locais.
V. POSIÇÃO DAS MÃOS
Mãos erguidas e estendidas
104.
É costume, na Igreja, o Bispo ou o presbítero dirigirem a Deus as orações de
pé, com as mãos um tanto elevadas e estendidas. Tal costume de orar já se
encontra na tradição do Antigo Testamento, e foi adotado pelos cristãos em memória
da Paixão do Senhor: “Quando a nós, não só erguemos (as mãos), senão que também
as estendemos, e (cantada) a Paixão do Senhor, louvamos a Cristo através da
oração”. Extensão das mãos sobre pessoas e objetos.
105.
O Bispo estende as mãos: sobre o povo, para dar a bênção solene, e sempre que
tal seja requerido na celebração dos sacramentos e sacramentais, conforme vem
indicado nos livros litúrgicos nos lugares respectivos.
106.
O Bispo e os concelebrantes estendem as mãos sobre as oferendas na Missa,
durante a epiclese antes da consagração. À consagração, enquanto o Bispo
segura, com as mãos, a hóstia ou o cálice e profere as palavras da consagração,
os concelebrantes, enquanto proferem as palavras do Senhor, estendem a mão
direita, se parecer conveniente, para o pão e para o cálice.
Junção das mãos
107.
O Bispo, não tendo o báculo pastoral, põe as mãos juntas, sempre que, revestido
com as vestes sagradas, se encaminha para celebrar a ação litúrgica, ou está
ajoelhado para orar, ou se dirige do altar para a cátedra ou da cátedra para o
altar, e todas as vezes que tal é prescrito pelas rubricas dos livros
litúrgicos. Do mesmo modo os concelebrantes e os ministros, quando se deslocam
ou estão de pé, devem pôr as mãos juntas, a não ser que tenham de levar alguma
coisa. Outras formas de pôr as mãos108. Quando o Bispo faz sobre si o sinal da
cruz, ou dá a bênção, coloca a mão esquerda sobre o peito, a não ser que tenha
de levar alguma coisa. Estando ao altar, ao abençoar as oblatas ou outra coisa
qualquer com a mão direita, coloca a esquerda sobre o altar, salvo indicação em
contrário.
109.
Estando sentado, o Bispo, se estiver paramentado com as vestes litúrgicas e não
tiver o báculo pastoral, pousa as palmas das mãos sobre os joelhos.
VI. USO DA ÁGUA BENTA
110.
Seguindo louvável costume, todos, ao entrar na igreja, molham a mão na água
benta, contida na respectiva pia, e fazem com ela o sinal da cruz, como
recordação do seu próprio batismo.
111.
Á entrada do Bispo na igreja, o clérigo mais categorizado da Igreja oferece-lhe
a água benta, se for ocaso, entregando-lhe o aspersório. O Bispo asperge-se a
si mesmo e aos que o acompanham, e depois devolve o aspersório.
112.
Tudo isto se omite, quando o Bispo entra na igreja já paramentado, e quando, na
Missa dominical, se faz a aspersão em vez do ato penitencial.
113.
Da aspersão do povo na Vigília pascal e na dedicação da igreja, dir-se-á mais
adiante, nos nn. 369 e 872.114. A aspersão dos objetos que se benzem faz-se
segundo as normas dos livros litúrgicos.
VII. MANEIRA DE TRATAR OS LIVROS
LITÚRGICOS E PROFERIR OS DIVERSOS TEXTOS
115.
Os livros litúrgicos hão se ser tratados com cuidado e respeito, pois é deles
que se proclama a Palavra de Deus e se profere a oração da Igreja. Por isso,
mormente quando se trata de celebrações litúrgicas realizadas pelo Bispo,
tenham-se à mão os livros litúrgicos oficiais das edições mais recentes, belos
e dignos, quer na apresentação gráfica quer na encadernação.
116.
Nos textos que devam ser proferidos em voz alta e clara, tanto pelo Bispo como
pelos ministros e todos os demais, a voz há de corresponder ao gênero de cada
texto, conforme se trata de leitura, de oração, de admonição, de aclamação, de
canto, tendo ainda em conta a forma de celebração e a solenidade da assembléia.
117.
Nas rubricas e normas que vêm a seguir, as palavras “dizer”, “recitar”,
“proferir” devem entender-se tanto do canto como da recitação, respeitando os
princípios expostos em cada um dos livros litúrgicos e as normas dadas à frente
nos respectivos lugares.
118.
A expressão “cantar ou dizer”, usada adiante com frequência, deve entender-se
do canto, a não ser que haja algum motivo que não aconselhe o canto.
II PARTE
A MISSA
CAPÍTULO
I
MISSA
ESTACIONAL DO BISPO DIOCESANO
Introdução
119.
A manifestação mais importante da Igreja local dá-se quando o Bispo, na
qualidade de sumo sacerdote do seu rebanho, celebra a Eucaristia, mormente na
igreja catedral, rodeado do seu presbitério e ministros, com a plena e ativa participação
de todo o povo santo de Deus. Esta Missa, chamada “estacional”, manifesta, não
somente a unidade da Igreja local, mas também a diversidade dos ministérios ao
redor do Bispo e da sagrada Eucaristia. Para ela, portanto, se convoque o maior
número possível de fiéis, nela concelebrem os presbíteros com o Bispo,
desempenhem os diáconos o seu ministério, exerçam os acólitos e leitores as
suas funções.
120.
Esta forma de Missa deve sobretudo seguir-se nas maiores solenidades do ano
litúrgico, quando o Bispo consagra o santo crisma e na Missa vespertina da Ceia
do Senhor, nas celebrações do Santo Fundador da Igreja local ou do Padroeiro da
diocese, no “die natali” do Bispo, nas grandes concentrações do povo cristão, e
ainda na visita pastoral.
121.
A Missa estacional deve ser cantada, segundo as normas da Instrução Geral do
Missal Romano.
122.
Via de regra, convém que haja pelo menos três diáconos propriamente ditos: um
para o Evangelho e para ministrar ao altar, e dois para assistir o Bispo. Se
forem mais, distribuam entre si os diferentes ministérios, e pelo menos um
deles dirija a participação ativa dos fiéis. Se não puder haver diáconos propriamente
ditos, os seus ministérios serão desempenhados por presbíteros. Estes,
revestidos das vestes sacerdotais, concelebram com o Bispo, ainda que tenham de
celebrar outra Missa para o bem pastoral dos fiéis.
123.
Na igreja catedral, se estiver presente o Cabido, convém que todos os cônegos
concelebrem com o Bispo a Missa estacional, sem com isto excluir os outros
presbíteros. Os Bispos, porventura, presentes e os cônegos não concelebrantes
devem apresentar-se de hábito coral.
124.
Quando, por circunstâncias particulares, não se possa juntar uma Hora canônica
à Missa estacional do Bispo, e o Cabido tem obrigação de coro, deve este
celebrar essa Hora em tempo oportuno.
125.
Devem preparar-se:
a)
dentro do presbitério, nos lugares respectivos: − o Missal; − o Lecionário; −
folhetos para os concelebrantes; − o texto da oração universal, tanto para o
Bispo como para o diácono; − livro dos cantos; − cálice de dimensões
suficientes coberto com o véu; − pala; − corporal; − sanguinhos; − bacia, jarra
com água e toalha; − um recipiente com água para se benzer, quando se houver de
usar no ato penitencial; − patena para a Comunhão dos fiéis;
b)
em local conveniente: − pão, vinho e água (outros dons) c) na sacristia, ou nos
vestiário: − o livro dos Evangelhos; − o turíbulo e a naveta com incenso; − a
cruz que se há de levar na procissão; − sete (ou pelo menos dois) castiças com
velas acesas; e ainda: − para o Bispo: bacia, jarra com água e toalha; amito,
alva, cíngulo, cruz peitoral, estola, dalmática, casula (pálio, no caso de
Metropolita), solidéu, mitra, anel, báculo; − para os concelebrantes: amitos,
alvas, cíngulos, estolas, casulas; − para os diáconos: amitos, alvas, cíngulos,
estolas, dalmáticas; para os restantes ministros: amitos, alvas, cíngulos, ou
sobrepeliz a serem usados sobre o hábito talar; ou outras vestes devidamente
aprovadas. Os paramentos sagrados hão de ser da cor da Missa que se celebra ou
de cor festiva.
CHEGADA E PREPARAÇÃO DO BISPO
126.
Após a recepção, conforme o n. 79, o Bispo, ajudado pelos diáconos assistentes
e pelos outros ministros, que, antes de ele chegar, já devem estar paramentados
com as respectivas vestes sagradas, tira a capa ou a mozeta no vestiário e, se
for conveniente, também o roquete, lava as mãos, e põe o amito, a alva, o cíngulo,
a cruz peitoral, a estola, a dalmática e a casula. A seguir, um dos diáconos
impõe-lhe a mitra. O Arcebispo, antes da mitra é-lhe imposto o pálio pelo primeiro
diácono. Entretanto, os presbíteros concelebrantes e outros diáconos que não
ajudam o Bispo, vestem os respectivos paramentos.
127.
Estando todos preparados, aproxima-se o acólito turiferário, o Bispo impõe o
incenso no turíbulo e benze-o fazendo sobre ele o sinal da cruz, tendo-lhe um
dos diáconos apresentado a naveta. Em seguida, o Bispo recebe do ministro o
báculo. Um dos diáconos toma o livro dos Evangelhos, e leva-o com reverência, fechado,
na procissão de entrada.
RITOS INICIAIS
128.
Enquanto se executa o canto de entrada, faz-se a procissão da sacristia ou do
vestiário para o presbitério, assim organizada: − turiferário com o turíbulo
aceso; − outro acólito com a cruz, no meio de sete ou pelo menos dois acólitos,
com castiçais de velas acesas; − clérigos, dois a dois; − o diácono com o livro
dos Evangelhos; − outros diáconos, se houver, dois a dois; − presbíteros
concelebrantes, dois a dois; − o Bispo, que avança sozinho, de mitra, levando o
báculo pastoral na mão esquerda e abençoando com a mão direita; − um pouco
atrás do Bispo, os dois diáconos assistentes; − por fim, os ministros do livro,
da mitra e do báculo. − Se a procissão passar diante do Santíssimo Sacramento,
não se para nem se faz genuflexão.
129.
É de louvor que a cruz processional fique erguida junto do altar, de modo a ser
própria cruz do altar, caso contrário será retirada; os castiçais colocam-se
junto do altar, na credência ou perto dela no presbitério; o livro dos Evangelhos
depõe-se sobre o altar.
130.
Ao entrarem no presbitério, todos, dois a dois, fazem inclinação profunda ao
altar; os diáconos e os presbíteros concelebrantes aproximam-se do altar e
beijam-no; e a seguir vão para os seus lugares.
131.
O Bispo, ao chegar junto do altar, entrega o báculo ao ministro, depõe a mitra,
e faz inclinação profunda ao altar, ao mesmo tempo que os diáconos e os outros
ministros que o acompanham. Depois, sobe ao altar e beija-o, juntamente com os
diáconos. Em seguida, depois de o acólito, se for necessário, ter de novo
imposto incenso no turíbulo, incensa o altar e a cruz, acompanhado por dois
diáconos.
132. Em seguida, Bispo, concelebrantes e
fiéis, de pé, benzem-se, ao mesmo tempo que o Bispo, voltado para o povo, diz:
Em nome do Pai. Depois, o Bispo, estendendo as mãos, saúda o povo, dizendo: A
paz esteja convosco, ou outra das fórmulas contidas no Missal. A seguir, o
próprio Bispo, um diácono ou um dos concelebrantes pode, com palavras muito
breves, introduzir os fiéis na Missa do dia. Depois o Bispo convida ao ato
penitencial, que conclui dizendo: Deus todo-poderoso. Se for necessário, o
ministro segura o livro diante do Bispo. Quando se utiliza a terceira fórmula
do ato penitencial, as invocações são proferidas pelo próprio Bispo, por um
diácono, ou por outro ministro idôneo.
133.
Aos domingos, em vez de costumado ato penitencial, é de louvar se faça a bênção
e a aspersão da água. Feita a saudação, o Bispo, de pé, na cátedra, voltado
para o povo e tendo diante de si um recipiente com água para benzer, trazido
por um ministro, convida o povo a orar, e, após breve pausa de silêncio, profere
a bênção. Onde a tradição popular aconselhe se mantenha o costume de misturar o
sal na bênção da água, o Bispo benze também o sal, e depois deita-o na água. O
Bispo recebe do diácono o aspersório, asperge-se a si mesmo, aos
concelebrantes, ministros, clero e povo, se for conveniente, indo pela igreja,
acompanhado dos diáconos. Entretanto, executa-se o canto que acompanha a
aspersão. De regresso à cátedra, e terminado o canto, o Bispo, de pé, de mãos
estendida, diz a oração conclusiva. Em seguida, quando prescrito, canta-se ou
recita-se o hino Glória a Deus nas alturas.
134.
Após o ato penitencial, diz-se o Senhor, salvo nos casos em que se tiver a aspersão
da água ou utilizado a terceira fórmula ao ato penitencial, ou as rubricas
prescreverem outra coisa.
135.
O Glória diz-se conforme as rubricas. Pode ser entoado pelo Bispo, por um dos
concelebrantes, ou pelos cantores. Durante o canto, ficam todos de pé.
136.
A seguir, o Bispo convida o povo a orar, cantando ou dizendo com as mãos
juntas: Oremos; e, depois de breve pausa em silêncio, de mãos estendidas,
ajunta a coleta, pelo livro que o ministro lhe apresenta. O Bispo junta as mãos
ao concluir a oração, dizendo: Por nosso Senhor Jesus Cristo..., ou outras
palavras. No fim, o povo aclama: Amém. Depois, o Bispo senta-se e,
habitualmente, recebe a mitra de um dos diáconos. Todos se sentam; os diáconos
e os restantes ministros devem sentar-se consoante o permita a disposição do
presbitério, mas de maneira a não dar a ideia de que eles ocupam o mesmo grau
que os presbíteros.
LITURGIA DA PALAVRA
137.
Terminada a coleta o leitor vai ao ambão; e estando todos sentados, recita a
primeira leitura, que todos escutam. No fim da leitura, canta-se ou diz-se
Palavra do Senhor, e todos respondem com a aclamação.
138.
Em seguida, o leitor desce. Todos, em silêncio, meditam brevemente no que
ouviram. Depois, o salmista ou cantor, ou o próprio leitor, canta ou recita o
salmo numa das formas previstas.
139.
Outro leitor profere no ambão a segunda leitura, como acima, e todos escutam
sentados.
140.
Segue-se o Aleluia ou outro canto, conforme o tempo litúrgico. Começando o
Aleluia, todos se levantam, exceto o Bispo. O turiferário aproxima-se e,
enquanto um dos diáconos apresenta a naveta, o Bispo deita e benze o incenso,
sem dizer nada. O diácono que houver de proclamar o Evangelho, inclina-se
profundamente diante do Bispo e pede a bênção em voz baixa, dizendo: Dá-me a
tua bênção; o Bispo abençoa-o, dizendo: O Senhor esteja em teu coração. O
diácono benze-se e responde: Amém. O Bispo depõe a mitra e levanta-se. O
diácono aproxima-se do altar; juntam-se-lhe o turiferário com o turíbulo
fumegante e os acólitos com as velas acesas. O diácono faz a inclinação ao
altar, toma com reverência o livro dos Evangelhos e, sem fazer inclinação ao
altar, levando solenemente o livro, dirige-se para o ambão, precedido do
turiferário e dos acólitos com as velas.
141.
No ambão, o diácono, de mãos juntas, saúda o povo. Às palavras Proclamação do
Evangelho de Jesus Cristo, faz o sinal da cruz primeiro sobre o livro e depois
sobre si mesmo na fronte, nos lábios e no peito; e o mesmo fazem todos os
demais. O Bispo recebe o báculo. O diácono incensa o livro e proclama o
Evangelho, estando todos de pé, voltados para ele. Terminado o Evangelho, o
diácono leva o livro ao Bispo; este beija-o e diz em voz baixa: Que as palavras
do Evangelho, ou então o próprio diácono beija o livro, dizendo em voz baixa as
mesmas palavras. Por fim, o diácono e os outros ministros voltam para os seus
lugares. O livro dos Evangelhos é levado para a credencia ou para outro lugar
conveniente.
142.
Todos se sentam e o Bispo, de preferência de mitra e báculo, sentado no trono ou
noutro lugar mais adequado de onde possa ser visto e ouvido mais comodamente
por todos, profere a homilia. Terminada esta, podem-se guardar uns momentos de
silêncio.
143.
Finda a homilia, salvo quando se siga a celebração de algum rito sacramental ou
consecratório, ou alguma bênção, conforme o Pontifical ou o Ritual Romano, o
Bispo depõe a mitra e o báculo, levanta-se, e, estando todos de pé, canta-se ou
recita-se o símbolo, segundo as rubricas. Às palavras e se encarnou, todos se
inclinam; genuflectem, porém, no Natal e na Anunciação do Senhor.
144.
Recitando o símbolo, o Bispo, de pé, na cátedra, de mãos juntas, dirige-se a
monição a convidar os fiéis à oração universal. Em seguida, um dos diáconos, um
cantor, um leitor ou outra pessoa, do ambão ou de outro lugar conveniente,
profere as intenções, e o povo participa na parte que lhe compete. Por fim, o
Bispo, de mãos estendidas, diz a oração conclusiva.
LITURGIA EUCARÍSTICA
145.
Terminada a oração universal, o Bispo senta-se de mitra. Os concelebrantes e o
povo sentam-se também. Executa-se, então, o canto do ofertório, o qual se
prolonga pelo menos até os dons terem sido depostos no altar. Os diáconos e os
acólitos colocam no altar o corporal, o sanguinho, o cálice e o Missal. Em
seguida, apresentam-se as oferendas. Convém que os fiéis manifestem a sua
participação, apresentando o pão e vinho para a celebração da Eucaristia, e
mesmo outros dons para atender às necessidades da igreja e dos pobres. As
ofertas dos fiéis são recebidas em lugar adequado pelos diáconos ou pelo Bispo.
O pão e o vinho são levados para o altar pelos diáconos; as outras ofertas para
lugar conveniente previamente preparado.
146.
O Bispo vai para o altar, depõe a mitra, recebe do diácono a patena com o pão
e, segurando-a com ambas as mãos um pouco elevada acima do altar, diz em voz
baixa a fórmula correspondente. Em seguida, depõe a patena com o pão sobre o
corporal.
147.
Entretanto, o diácono deita o vinho e um pouco de água no cálice, dizendo em
voz baixa: Pelo mistério desta água. Depois, apresenta-se o cálice ao Bispo, o
qual, segurando-o com ambas as mãos um pouco elevado acima do altar, diz em voz
baixa a fórmula prescrita, e depois coloca-o sobre o corporal; o diácono
cobre-o eventualmente com a pala.
148.
Depois, o Bispo, inclinado no centro do altar, diz em voz baixa: De coração
contrito e humilde.
149.
A seguir, o turiferário aproxima-se do Bispo, e este apresentando-lhe o diácono
a naveta, impõe o incenso e benze-o; depois, o Bispo recebe o turíbulo das mãos
do diácono e incensa as oblatas, o altar e a cruz, como no princípio da Missa,
acompanhado do diácono. Feito isto, todos se levantam, e o diácono, postado ao
lado do altar, incensa o Bispo, de pé, sem mitra, depois os concelebrantes e, a
seguir, o povo. Haja o cuidado de que a admonição Orai irmãos, e a oração sobre
as oblatas não sejam proferidas antes determinada a incensação.
150.
Incensado o Bispo, e estando este de pé, sem mitra, ao lado do altar,
aproximam-se os ministros com o jarro de água, a bacia e a toalha, para lavar e
enxugar as mãos. O Bispo lava e enxuga as mãos. Se for conveniente, um dos
diáconos tira o anel ao Bispo, o qual lava as mãos, dizendo em voz baixa:
Lavai-me, Senhor. Enxugadas as mãos e retomado o anel, o Bispo volta ao meio do
altar.
151.
Virando-se para o povo, o Bispo, estende e junta as mãos, e convida o povo a
orar, dizendo: Orai,irmãos.
152.
Depois da resposta Receba o Senhor, o Bispo estende as mãos e canta ou recita a
oração sobre as oferendas. No fim, o povo aclama: Amém.
153.
Em seguida, o diácono tira o solidéu do Bispo e entrega-o ao ministro. Os
concelebrantes aproximam-se do altar e colocam-se à volta dele, de modo, porém,
que não impeçam o desenrolar dos ritos e os fiéis possam ver bem a ação
sagrada. Os diáconos ficam atrás dos concelebrantes, para, quando for
necessário, um deles ministrar ao cálice ou ao missal. Ninguém se coloque entre
o Bispo e os concelebrantes, nem entre os concelebrantes e o altar.
154.
O Bispo dá início à Oração eucarística, recitando o prefácio. Estendendo as
mãos, canta ou diz: O Senhor esteja convosco. Ao prosseguir: Corações ao alto,
eleva as mãos; e, de mãos estendidas, acrescenta:Demos graças ao Senhor, nosso
Deus. Depois de o povo responder: É nosso dever, o Bispo continua o prefácio;
concluído este, junta as mãos e, com os concelebrantes, ministros e povo,
canta: Santo.
155.
O Bispo continua a Oração eucarística, segundo os n. 171-191 da Instrução Geral
sobre o Missal Romano e as rubricas próprias de cada uma das Orações. As partes
a proferir por todos os concelebrantes simultaneamente, de mãos estendidas,
devem ser recitadas em voz submissa, de modo que a voz do Bispo se possa ouvir
distintamente. Nas Orações eucarísticas I, II, III e IV, o Bispo, depois das
palavras: o nosso Papa N., acrescenta: e comigo vosso indigno servo. Se se
cobrir o cálice e a píxide, o diácono descobre-os antes da epiclese. Um dos
diáconos deita incenso no turíbulo, e incensa a hóstia e o cálice a cada
elevação. Desde a epiclese até à elevação do cálice, os diáconos permanecem de
joelhos. Depois da consagração, o diácono, se for conveniente, cobre novamente
o cálice e a píxide. Dito pelo Bispo: Eis o mistério da fé, o povo profere a
aclamação.
156.
As intercessões especiais, mormente na celebração de algum rito sacramental, consecratório,
ou de bênção, dir-se-ão de harmonia com a estrutura de cada Oração eucarística,
utilizando os formulários que vêm no Missal ou nos outros livros litúrgicos.
157.
Na Missa crismal, antes de o Bispo dizer: Por ele, não cessais de criar na I
Oração eucarística, ou antes da doxologia Por Cristo, nas restantes Orações
eucarísticas, benze-se o óleo dos enfermos, como vem no Pontifical Romano, a
não ser que, por motivos pastorais, esta bênção se faça após a liturgia da
palavra.
158.
À doxologia final da Oração eucarística o diácono, pondo-se ao lado do Bispo,
eleva o cálice, enquanto o Bispo eleva a patena com a hóstia, até que o povo
tenha dito a aclamação Amém. A doxologia final da Oração eucarística é
proferida pelo Bispo sozinho ou por todos os concelebrantes juntamente com o Bispo.
159.
Terminada a doxologia da Oração eucarística, o Bispo junta as mãos e proclama o
convite à oração dominical, a qual todos a seguir cantam ou recitam. Enquanto
isso, o Bispo e os concelebrantes mantêm as mãos estendidas.
160.
O Livrai-nos de todos os males, só é dito pelo Bispo, com as mãos estendidas.
Os presbíteros concelebrantes, juntamente com o povo, proferem a aclamação
final: Vosso é o Reino.
161.
Depois o Bispo diz a oração: Senhor Jesus Cristo, dissestes; terminada esta,
anuncia a paz, voltado para o povo, dizendo: A paz do Senhor esteja sempre
convosco. O povo responde: O amor de Cristo nos uniu. Se for conveniente, um
dos diáconos convide à paz, dizendo voltado para o povo: Meus irmãos,
saudai-vos. O Bispo dá a paz pelo menos aos dois diáconos. E todos, consoante
os costumes locais, se dão mutuamente a paz e a caridade.
162.
O Bispo dá início à fração do pão, que alguns dos presbíteros concelebrantes
continuam; enquanto isso, repete-se Cordeiro de Deus, as vezes que for
necessário, acompanhando a fração do pão. O Bispo deita no cálice uma partícula
da hóstia, dizendo em voz baixa: Esta união.
163.
O Bispo diz em voz baixa a oração antes da comunhão, genuflete e pega na
patena. Os concelebrantes, um após outro, aproximam-se do Bispo, genufletem e
recebem dele reverentemente o Corpo de Cristo, que seguram com a mão direita,
pondo por baixo a esquerda, e voltam para os seus lugares. Os concelebrantes podem
também permanecer nos seus lugares e aí tomar o Corpo de Cristo. Depois o Bispo
toma a hóstia e, levantando-a um pouco acima da patena, diz voltado para o
povo: Eis o Cordeiro de Deus; e continua com os concelebrantes e, o povo:
Senhor, eu não sou digno. Enquanto o Bispo comunga o Corpo de Cristo, começa o
canto da Comunhão.
164.
O Bispo, depois de tomar o Sangue do Senhor, entrega o cálice a um dos diáconos
e distribui a Comunhão aos diáconos e aos fiéis. Os concelebrantes aproximam-se
do altar, genuflectem e tomam o Sangue do Senhor, que os diáconos lhes apresentam,
limpando o cálice com um sanguinho depois da Comunhão de cada concelebrante.
165.
Terminada a distribuição da Comunhão, um dos diáconos consome o resto do
Sangue, leva o cálice para a credência e aí, imediatamente ou depois da Missa,
o purifica e o compõe. Enquanto isso, outro diácono ou um dos concelebrantes
leva para o sacrário as partículas consagradas que tiverem sobrado, e, na
credência, purifica a patena ou a píxide sobre o cálice, antes de o purificar.
166.
Tendo regressado à cátedra, após a comunhão, o Bispo retoma o solidéu e, se for
necessário, lava as mãos. Estando todos sentados, pode guardar-se silêncio
sagrado durante um espaço de tempo, ou executa-se um canto de louvor ou um
salmo.
167.
Depois, o Bispo, de pé na cátedra, enquanto um ministro segura o livro, ou
voltando ao altar com os diáconos, canta ou recita: Oremos; de mãos estendidas,
acrescenta a oração depois da comunhão, a qual pode ser precedida de breve
silêncio, se o não tiver havido logo após a comunhão. No fim da oração, o povo aclama:
Amém.
RITOS FINAIS
168.
Terminada a oração depois da Comunhão, façam-se breves avisos ao povo, no caso
de os haver.
169.
Por fim, o Bispo recebe a mitra e, estendendo as mãos, saúda o povo, dizendo: O
Senhor esteja convosco; o povo responde: Ele está no meio de nós. Um dos
diáconos pode dirigir ao povo o convite: Inclinai-vos para receber a bênção, ou
outra fórmula de sentido idêntico. E o Bispo dá a bênção solene, usando a
fórmula adequada de entre as que vêm no Missal, no Pontifical ou no Ritual
Romano. Em quanto profere as primeiras invocações ou a prece, mantém as mãos
estendidas sobre o povo, e todos respondem: Amém. Depois recebe o báculo, e
diz: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, e, fazendo o sinal da cruz sobre o povo,
acrescenta: Pai, Filho e Espírito Santo. O Bispo pode também dar a bênção
usando uma das fórmulas que vêm mais adiante nos n. 1120-1121. Quando, segundo
as normas do direito, dá a bênção apostólica, esta é dada em vez da bênção
habitual; é anunciada pelo diácono e proferida com as fórmulas próprias.
170.
Dada a bênção, um dos diáconos despede o povo dizendo: Vamos em paz...; e todos
respondem: Graças a Deus. Depois, o Bispo beija normalmente o altar, e faz-lhe
a devida reverência. Os concelebrantes e todos os demais que estão no
presbitério saúdam o altar, como no princípio, e voltam processionalmente à sacristia,
pela mesma ordem que vieram. Ao chegar à sacristia, todos, juntamente com o
Bispo, fazem inclinação à cruz. Depois os concelebrantes saúdam o Bispo e
depõem cuidadosamente as vestes nos seus lugares. Os ministros saúdam igualmente
o Bispo ao mesmo tempo, depõem todas as coisas de que se serviram na celebração
acabada de realizar e, a seguir, tiram as vestes. Haja da parte de todos
cuidado em guardar silêncio, em atitude de comum recolhimento e de respeito
para com a santidade da casa de Deus.
CAPÍTULO II
OUTRAS MISSAS CELEBRADAS PELO BISPO
171.
Mesmo quando o Bispo celebra com menor concurso do povo e de clero, tudo se
deve organizar de modo que ele se apresente como o sumo sacerdote do seu
rebanho, investido do encargo de toda a sua igreja. E assim, quando visita as
paróquias ou as comunidades da sua diocese, convém que os presbíteros da paróquia
ou da comunidade com ele concelebrem.
172.
Assista-o um diácono, revestido com as vestes da sua ordem; na falta deste,
lerá o Evangelho e servirá ao altar um presbítero, o qual, no caso de não
concelebrar, vestirá a alva e a estola.
173.
Observe-se tudo o que na Instrução Geral sobre o Missal Romano vem descrito
para a Missa com o povo. Além disso, o Bispo, ao paramentar-se, põe também a
cruz peitoral e, normalmente o solidéu. Se as circunstâncias o aconselharem,
pode usar a mitra e o báculo. No princípio da Missa, saúda o povo, dizendo: A
paz esteja convosco, ou A graça do Nosso Senhor Jesus Cristo. O que for ler o
Evangelho, seja diácono seja presbítero, mesmo que concelebre, pede e recebe
dele a bênção. Lido o Evangelho, leva-se o livro ao Bispo, para este o beijar,
ou o próprio diácono ou presbítero beija o livro. Antes do prefácio, o diácono
entrega ao ministro o solidéu do Bispo. Nas orações eucarísticas I, II, III e
IV, o Bispo, depois das palavras: o nosso Papa N., acrescenta: e comigo, Vosso
indigno servo. No fim da Missa, o Bispo dá a bênção, como vem adiante, nos nn.
1120-1121.174. Não sendo Ordinário do lugar, o Bispo pode celebrar usando a
cátedra e o báculo, com o consentimento do Bispo diocesano (cf. acima, n. 47 e
o n.59).
CAPÍTULO III
MISSA PRESIDIDA PELO BISPO EM QUE
ELE CELEBRE A EUCARISTIA
175.
Segundo a doutrina e tradição da Igreja, ao Bispo compete presidir à Eucaristia
nas suas comunidades. Por isso, é da maior conveniência que, quando participa
da Missa, seja ele a celebrar a Eucaristia. Contudo, se, por justa causa, ele
participa da Missa, mas não celebra, convém que, salvo no caso de ser outro
Bispo a celebrar, o Bispo diocesano presida à celebração, pelo menos celebrando
a liturgia da palavra e dando ao povo a bênção final. Isto vale sobretudo para
aquelas celebrações eucarísticas em que se realize algum rito sacramental,
consecratório ou de bênção. Nestes caos, observem-se as normas adiante
descritas.
176.
O Bispo é recebido na forma acima descrita, n. 79, no vestiário ou noutro ligar
apropriado. Ali, reveste sobre a alva: a cruz peitoral, a estola e o pluvial de
cor conveniente, e, normalmente, a mitra e o báculo. Assistem-no dois diáconos,
ou pelo menos um, com as vestes litúrgicas da sua ordem. Na falta de diáconos,
assistem o Bispo presbíteros revestidos de pluvial.
177.
Na procissão para o altar, o Bispo vai atrás do celebrante ou concelebrantes,
acompanhado dos seus diáconos e ministros.
178.
Ao chegarem ao altar, o celebrante ou os concelebrantes fazem inclinação
profunda, ou no caso de o Santíssimo Sacramento se guardar no presbitério,
fazem genuflexão; depois sobem ao altar, beijam-no, e dirigem-se para os
assentos que lhes estão destinados. O Bispo entrega o báculo pastoral ao
ministro e depõe a mitra; faz com os diáconos e seus ministros inclinação
profunda ao altar, ou, como acima se disse, genuflexão. Em seguida, sobe ao
altar e beija-o. Se usar incenso, o Bispo incensa o altar e a cruz na forma
habitual, acompanhado por dois diáconos. Em seguida, dirige-se para a cátedra
pelo trajeto mais curto acompanhado dos seus diáconos. Estes ficam de pé junto
da cátedra de um e de outro lado, prontos para ministrar ao Bispo.
179.
Do princípio da Missa até ao fim da liturgia da Palavra, observa-se o que atrás
se disse da Missa estacional do Bispo (cf. nn. 128-144). No caso, porém, de
haver algum rito sacramental, consecrátorio ou de bênção, tenham-se presentes
as normas especiais relativas ao símbolo e à oração universal. 180. Terminada a
oração universal, ou celebrado o rito sacramental, consecrátorio ou de bênção,
o Bispo senta-se e recebe a mitra. O diácono e ministros preparam o altar, na
forma de costume. Se os fiéis apresentarem as suas ofertas, estas são recebidas
ou pelo celebrante da Missa ou pelo Bispo. A seguir, o celebrante, feita ao
Bispo profunda reverência, dirige-se ao altar e dá início à liturgia
eucarística segundo o ordinário da Missa.
181.
Se houver incensação, o Bispo é incensado depois do celebrante. Depõe a mitra e
levanta-se para receber a incensação; caso contrário, só se levanta depois do
Orai, irmãos; e permanece na cátedra de pé, até à epiclese na oração
eucarística.
182. Desde a epiclese até que termine a
elevação do cálice, o Bispo ajoelha-se voltado para o altar, no genuflexório
preparado para ele, ou diante da cátedra ou noutro lugar mais adequado.
Levanta-se novamente e fica de pé junto da cátedra.
183.
Após o convite do diácono: Irmãos, saudai-vos, o Bispo dá a paz aos seus
diáconos. Se houver de comungar, o Bispo toma, no altar, o Corpo e o Sangue do
Senhor, depois do celebrante.
184.
Enquanto se distribui a sagrada Comunhão aos fiéis, o Bispo pode sentar-se até
ao início da oração depois da Comunhão, a qual ele profere de pé, no altar ou
na cátedra. Terminada a oração, o Bispo dá a bênção ao povo, como adiante se
descreve, nos nn. 1120-1121. Um dos diáconos assistentes despede o povo (cf.
Acima, n. 170).
185.
Por fim, o Bispo e o celebrante veneram o altar, beijando-o, como de costume.
Feita finalmente a devida reverência, todos se retiram pela mesma ordem em que
vieram.
186.
Se o Bispo não presidir na forma atrás descrita, participará da Missa revestido
de mozeta e roquete, não na cátedra, mas sim noutro lugar mais conveniente,
para ele preparado.
III PARTE
LITURGIA DAS HORAS E
CELEBRAÇÕES DA PALAVRA DE DEUS
LITURGIA DAS HORAS
Introdução
187.
Sendo o Bispo, de modo eminente, o representante visível de Cristo e o sumo
sacerdote do seu rebanho, deve ser ele também, entre os membros da sua Igreja,
o primeiro na oração. É, por isso, sumamente recomendável que, na medida do
possível, sobretudo na igreja catedral, ele celebre a Liturgia das Horas,
principalmente Laudes e Vésperas, rodeado do seu presbitério e ministros, coma
participação plena e ativa do povo.
188.
Nas maiores solenidades, convém que o Bispo celebre, com o clero e o povo
reunidos na igreja catedral, as I Vésperas, ou as Laudes, ou as II Vésperas,
conforme o aconselhem as circunstâncias dos lugares; respeitando sempre, porém,
a verdade das Horas.
189.
Convém igualmente que, na igreja catedral, o Bispo celebre o Ofício das
Leituras e as Laudes na Sexta-feira da Paixão do Senhor e no Sábado Santo, bem
como o Ofício das Leituras na noite do Natal do Senhor.
190.
Finalmente, instrua, pela palavra, e pelo exemplo, o povo que lhe está confiado,
sobre a importância da Liturgia das Horas, e promova a sua celebração habitual
nas paróquias, nas comunidades e nas diversas reuniões, segundo as normas da
Introdução Geral à Liturgia das Horas.
CAPÍTULO I
CELEBRAÇÃO DE VÉSPERASNAS
PRINCIPAIS SOLENIDADES
191.
Para a chegada do Bispo à Igreja, observem-se as normas gerais acima descritas,
n.79.192. Na sacristia, ajudado pelos diáconos e outros ministros, que já devem
estar paramentados antes de o Bispo chegar, este tira a capa ou a mozeta e, se
convier, também o roquete, e veste o amito, a alva, o cíngulo, a cruz peitoral,
a estola e o pluvial. Depois, recebe a mitra de um dos diáconos e o báculo.
Enquanto isso, os presbíteros, mormente os cônegos, revestem o pluvial sobre a
sobrepeliz ou sobre a alva, e os diáconos o pluvial ou a dalmática.
193.
Estando todos preparados, ao toque do órgão ou enquanto se executa um canto
faz-se a entrada na igreja pela seguinte ordem: − acólito com a cruz, ladeado
de dois acólitos com os castiçais de velas acesas; − clérigos, dois a dois; −
diáconos, se forem vários, dois a dois; − presbíteros, dois a dois; − o Bispo,
que avença sozinho, de mitra e levando o báculo pastoral na mão esquerda; − um
pouco atrás do Bispo, os dois diáconos que lhe assistem e, se for necessário,
os ministrantes do livro, da mitra e do báculo. Se a procissão passar diante da
capela do Santíssimo Sacramento, não se faz parada alguma nem genuflexão.
194.
É de louvar que a cruz processional fique erguida ao pé do altar, de modo a ser
a própria cruz do altar; caso contrário será retirada; os castiçais colocam-se
junto do altar, na credência, ou perto dela no presbitério.
195.
Ao entrar no presbitério, fazem todos, dois a dois, profunda reverência ao
altar, e dirigem-se para os seus lugares. Se o Santíssimo Sacramento estiver no
altar, fazem a genuflexão.
196.
Ao chegar diante do altar, o Bispo entrega o báculo pastoral ao ministro e
depõe a mitra; faz inclinação profunda ao altar, com os diáconos e os outros
ministros que o acompanhem; sobe ao altar, e beija-o juntamente com os diáconos
que o assistem. Depois, dirige-se para a cátedra onde, de pé, se benze e canta
o versículo: Vinde, ó Deus, em meu auxílio. Todos respondem: Senhor,
socorrei-me sem demora. Depois, canta-se: Glória ao Pai, e se as rubricas o
indicarem: Aleluia.
197.
Os cantores entoam o hino, que o coro ou o povo continua, conforme o pedir a
forma musical do mesmo hino.
198.
Depois do hino, o Bispo senta-se e recebe a mitra como de costume; todos
igualmente se sentam. As antífonas e os salmos são entoados por um cantor.
Durante a salmodia, podem todos ficar de pé, conforme os costumes locais.
Quando se usam as orações salmódicas, repete-se a antífona; em seguida o Bispo
depõe a mitra, levanta-se e, estando todos de pé, diz: Oremos: e, depois de
todos orarem em silêncio durante uns momentos, diz a oração correspondente ao
salmo ou ao cântico.
199.
Terminada a salmodia, o leitor vai ao ambão e faz a leitura, longa ou breve, a
qual todos escutam sentados.
200.
Se for oportuno, o Bispo, tomando o báculo, pode proferir uma breve homilia de
comentário à leitura, o que fará sentado, com a mitra, na cátedra ou noutro
lugar mais adequado, de onde possa ser visto e escutado por todos.
201.
Após a leitura ou a homilia, pode haver, se for conveniente, um tempo de silêncio.
202. Em seguida, como resposta à palavra de Deus, canta-se o responsório breve
ou um canto responsorial.
203.
À antífona do cântico evangélico, o Bispo impõe incenso no turíbulo. Quando o
coro começar o cântico do Magnificat, todos se levantam; o Bispo levanta-se,
com a mitra, benze-se e dirige-se para o altar; e, feita com os ministros a
devida reverência, sobe ao altar sem o beijar.
204.
Enquanto se executa o cântico evangélico, faz-se normalmente a incensação do
altar, da cruz, do Bispo e dos outros, tal como na Missa, na forma acima
descrita, nn. 89, 93, 96 e 121.
205.
Terminado o cântico e repetida, na forma habitual, a antífona, fazem-se as
preces. O ministro apresenta o livro, e o Bispo profere a monição; depois, um
dos diáconos, do ambão ou de outro lugar adequado, enuncia as intenções, a que
o povo responde. O Pai-nosso é cantado ou recitado por todos, precedido, se for
conveniente, de monição do Bispo. Por fim, o Bispo canta ou recita a oração
conclusiva, de mãos estendidas. Todos respondem: Amém.
206.
Em seguida, o Bispo recebe a mitra e saúda o povo, dizendo: O Senhor esteja
convosco. Um dos diáconos pode dizer o convite: Inclinai-vos para receber a
bênção (por estas palavras ou outras semelhantes), e o Bispo, de mãos estendidas
sobre o povo, profere as invocações da bênção solene, usando uma fórmula adequada
de entre as que traz o Missal Romano. Dito isto, recebe o báculo e diz:
Abençoe-vos, e traça o sinal da cruz sobre o povo. O Bispo pode também dar a
bênção, usando as fórmulas propostas mais adiante, nn. 1120 e 1121.
207.
A seguir, um dos diáconos despede o povo, dizendo: Vamos em paz; e todos
respondem: Graças a Deus.
208.
Finalmente, o Bispo desce da Cátedra, de mitra e báculo e beija o altar, se for
conveniente; os presbíteros e todos os que estão no presbitério saúdam
igualmente o altar. E regressam processionalmente à sacristia, pela mesma ordem
em que vieram.
CAPÍTULO II
VÉSPERAS CELEBRADAS EM FORMA MAIS
SIMPLES
209.
Também quando o Bispo preside às Vésperas fora das solenidades maiores, ou
quando é menor a concorrência de povo e de clero, ou então nalguma igreja
paroquial, convém que estejam presentes pelo menos alguns presbíteros
devidamente revestidos de sobrepeliz sobre o hábito talar, ou de alva e
pluvial; e ainda dois ou pelo menos um diácono, de alva e dalmática. O Bispo
apresentar-se-á revestido como atrás ficou dito, no n. 192, ou, pelo menos, de
estola e pluvial sobre a alva. Tudo se faz como atrás ficou descrito nos nn.
191-208, feitas as devidas adaptações.
210.
Quando o Bispo participa de alguma assembléia mais reduzida, nalguma paróquia
ou noutra igreja, pode presidir às Vésperas da sua cadeira, revestido de
hábitos corais e assistido por alguns ministros.
211.
Se o Bispo participar da celebração de Vésperas presidida por presbítero, dará
ele a bênção final, antes da despedida do povo.
CAPÍTULO III
LAUDES
212.
As Laudes celebram-se com o mesmo rito de Vésperas, com as exceções a seguir
indicadas:
213.
Se forem precedidas do Invitatório, em vez de versículo: Deus, vinde em nosso
auxílio, o Bispo começa as Laudes pelo versículo: Abri os meus lábios, ó
Senhor, ao qual se responde: E minha boca anunciará vosso louvor. Enquanto se
diz este versículo, todos fazem o sinal da cruz sobre a boca. Depois, estando
todos de pé, canta-se o salmo invitatório, alternado com a antífona, como se
descreve no livro da Liturgia das Horas. Terminado o salmo invitatório e
repetida a antífona, como de costume, canta-se o hino, e prossegue a celebração
das Laudes na forma indicada para a celebração das Vésperas.
CAPÍTULO IV
OFÍCIO DAS LEITURAS
214.
O Bispo preside ao Ofício das Leituras, da cátedra revestido de hábitos corais.
Ele próprio começa o Ofício com o versículo: Abri os meus lábios, ó Senhor, ou
Vinde, ó Deus, em meu auxílio, conforme as rubricas; hinos, antífonas e salmos
são iniciados por um cantor; as leituras são proferidas por um leitor; o Bispo,
no final, canta ou recita a oração conclusiva, e, se houver despedida, abençoa
o povo, como adiante se descreve nn. 1120-1121.
215.
No caso de se celebrar a Vigília prolongada, o Evangelho da Ressurreição aos
domingos, ou outro Evangelho nos restantes dias, é proclamado solenemente por
um diácono revestido de alva, estola e dalmática, o qual pede antes a bênção ao
Bispo, e é acompanhado por dois acólitos com velas acesas e pelo turiferário
com o turíbulo fumegante, com incenso imposto e benzido pelo Bispo. Se for
oportuno, o Bispo profere a homilia. Depois do hino A Vós, ó Deus, louvamos (Te
Deum), se o houver, o Bispo canta ou recita a oração conclusiva e, se houver
despedida, dá a bênção.
216.
Sempre que for celebrada a Vigília prolongada com afluência de povo e em forma
mais solene, o Bispo, os presbíteros e os diáconos podem ir revestidos como
para Vésperas. Durante a salmodia, o Bispo senta-se na cátedra e com a mitra;
para o Evangelho, depõe a mitra, levanta-se e recebe o báculo, o qual conserva
enquanto se canta o hino A Vós, ó Deus, louvemos (Te Deum). O resto cumpre-se
como atrás ficou indicado, n. 214.217. Na noite do natal do Senhor, na
Sexta-feira da paixão do Senhor e no Sábado Santo, celebre-se, na medida do
possível, o Ofício das Leituras com a presença e mesmo sob a presidência do
Bispo, segundo o rito acima exposto, nn. 214-216.
CAPÍTULO V
ORAÇÃO DAS NOVE, DAS DOZE E DAS QUINZE
HORAS
218.
À oração das noves, das doze e das quinze horas, tanto na igreja catedral, como
noutro lugar, o Bispo pode presidir revestido de hábito corais. Inicia a Hora
com o versículo Vinde, ó Deus, em meu auxílio, e conclui com o Oração. Durante
a salmodia, todos estão sentados ou de pé, segundo os costumes locais. Após a
salmodia, estando todos sentados, o leitor, de pé, em lugar adequado, faz a
leitura breve. Segue-se o versículo entoado pelos cantores, ao qual todos
respondem de pé. Não se dá a bênção. A Hora termina com a aclamação: Bendigamos
ao Senhor, à qual todos respondem: Graças a Deus.
CAPÍTULO VI
COMPLETAS
219.
Quando o Bispo preside, na igreja, a Completas, enverga as vestes corais, e é
assistido por alguns ministros. Ele começa a Hora pelo versículo: Vinde, ó
Deus, em meu auxílio. Se houver exame de consciência, realiza-se em silêncio ou
inserido em ato penitencial. Durante a salmodia, todos estão sentados ou de pé,
segundo os costumes locais. Após a salmodia, estando todos sentados, o leitor,
de pé, em lugar adequando, faz a leitura breve, seguida do responsório: Senhor,
em vossas mãos. Depois, recita-se a antífona do cântico evangélico: Deixa,
agora. Ao começá-lo, todos se levantam e benzem-se. A oração conclusiva é dita
pelo Bispo, o qual, a seguir abençoa os participantes, dizendo: O Senhor nos
conceda.
220.
A Hora termina com a antífona de Nossa Senhora sem oração.
CAPÍTULO VII
CELEBRAÇÕES DA PALAVRA DE DEUS INTRODUÇÃO
221.
“A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como o próprio Corpo do Senhor,
não deixando nunca, sobretudo na sagrada Liturgia, de tomar da mesa quer da
Palavra de Deus quer do Corpo de Cristo e distribuir aos fiéis o Pão da vida”.
Mais: toda e qualquer celebração litúrgica se baseia e apoia na Palavra de
Deus. Empenha-se, portanto, o Bispo em que todos os fiéis, mediante prévia e
adequada preparação espiritual, adquiram o gosto de escutar e meditar o
mistério de Cristo, como nos é proposto pelo Antigo e Novo Testamento.
222.
As celebrações sagradas da Palavra de Deus são da máxima utilidade para a vida,
quer dos indivíduos quer das comunidades, no sentido de fomentar o espírito e a
vida espiritual, despertar neles um amor mais intenso à Palavra de Deus,
realizar celebração mais frutuosa, quer da Eucaristia quer dos outros
sacramentos.
223.
Convém, portanto, que, principalmente nas vésperas das destas mais solenes,
nalgumas férias do Advento e da Quaresma e nos domingos e dias festivos,
sobretudo na igreja catedral, se celebre a palavra de Deus, sob a presidência
do Bispo.
DESCRIÇÃO DA CELEBRAÇÃO
224.
Nas celebrações da Palavra de Deus, seguir-se-ão os moldes da liturgia da
Palavra na Missa.
225.
O Bispo, recebido na forma acima descrita, n. 79, no vestiário ou noutro lugar
adequado, veste sobre a alva a cruz peitoral, a estola e o pluvial da cor
conveniente e, como de costume, recebe a mitra e o báculo. Assistem-no dois
diáconos, revestidos das vestes litúrgicas da sua ordem. Não havendo diáconos,
assistem o Bispo dois presbíteros, revestidos de alva e sobrepeliz sobre o
hábito talar.
226.
Após os ritos iniciais (canto, saudação, oração), fazem-se uma ou mais leituras
da Sagrada Escritura, entremeadas de cantos, salmos ou momentos de silêncio, as
quais, por meio duma homilia, são explicadas e aplicadas à assembléia dos
fiéis. Após a homilia, é conveniente guardar silêncio, para meditar a Palavra
de Deus. Em seguida, a assembléia dos fiéis fará oração num só coração e numa
só voz, mediante alguma prece de tipo litânico ou de outra forma adequada a
fomentar a participação. No fim, recitar-se-á sempre a oração dominical. O
Bispo que preside à assembléia conclui com a oração e a bênção ao povo, como se
nota adiante, nn.1120-1121. Por fim, um dos diáconos ou um dos ministros
despede o povo, dizendo: Vamos em paz, e todos respondem: Graças a Deus.
IV PARTE
CELEBRAÇÕES DOS
MISTÉRIOS DO SENHOR NO DECURSO DO ANO
INTRODUÇÃO
227.
“Santa mãe Igreja considera seu dever celebrar, em determinados dias do ano, o
memorial da obra da salvação do seu divino Esposo. Em cada semana, no dia que
veio a chamar-se Domingo, celebra a memória da Ressurreição do Senhor, como a
festeja também, uma vez por ano, na maior das solenidades, a Páscoa, unida à
memória da sua Paixão. Ao longo do ciclo do ano, vai desdobrando todo o
mistério de Cristo, desde a Encarnação e Natal até a Ascensão, ao Pentecostes e
à expectação da feliz esperança e vinda do Senhor. Comemorando assim os
mistérios da Redenção, abre aos fiéis as riquezas das virtudes e méritos do seu
Senhor, a ponto de os tornar presentes em todo o tempo, de modo que os fiéis
vivam em contato com ele se se encham da graças da salvação”. Comemorando assim
os mistérios da Redenção, abre aos fiéis as riquezas das virtudes e méritos do seu
Senhor, a ponto de os tornar presentes em todo o tempo, de modo que os fiéis
viam em contato com eles e se encham da graças da salvação”.
Domingo
228.
“No primeiro dia de cada semana, chamado dia do Senhor ou domingo, a Igreja,
por tradição que remonta dos Apóstolos e tem sua origem na própria Ressurreição
de Cristo, celebra o mistério pascal. Sendo o domingo o núcleo e o fundamento
do ciclo anual, em que a Igreja desenrola todo o mistério de Cristo, cede a sua
celebração somente às solenidades, às festas do Senhor inscritas no calendário
geral, e, em princípio, exclui a atribuição perpétua de outra celebração
qualquer, exceto as festas da Sagrada Família, do Batismo do Senhor, as
solenidades da Santíssima Trindade e de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.
Os domingos do Advento, da Quaresma e da Páscoa têm precedência sobre todas as
festas do Senhor e todas as solenidades.
229.
Cuide, portanto, o Bispo de que na sua diocese o domingo seja proposto e
inculcado à piedade dos fiéis como dia festivo primordial, de modo a ser também
dia de júbilo e de abstenção do trabalho. Consequentemente, deve o Bispo vigiar
por que as normas estabelecidas pelo Concílio Vaticano II e pelos livros
litúrgicos reformados, no que respeita à natureza peculiar da celebração
dominical, se cumpram fiel e religiosamente, sobretudo nos dias dedicados a
temas especiais, com frequência ligados a certos domingos, por ex., pela
preservação da paz e da justiça, pelas vocações, pela evangelização dos povos.
Nestes casos, a liturgia deve ser a do domingo. Referências ao tema proposto
podem-se fazer nos cantos, nas monições ou na homilia e na oração universal.
Nos casos referidos, nos domingos do tempo comum, pode inclusive tomar-se uma
leitura das que vêm no lecionário, adequada para ilustrar o tema especial. E
onde, nos ditos domingos do tempo comum, se fizer a celebração especial sobre
determinado tema, por mandato ou com licença do Ordinário do lugar, pode-se
escolher uma das Missas pelas várias necessidades, entre as que vêm no Missal
Romano.
230.
As transformações operadas nos últimos tempos no que se refere aos costumes
sociais levaram a que o calendário litúrgico fosse elaborado de diferente modo.
Assim, certas solenidades de preceito foram suprimidas nalgumas regiões, e umas
tantas, inscritas no calendário geral referentes ao mistério do Senhor,foram
transferidas para o domingo seguinte, desta forma:
a)
A Epifania, para o domingo que ocorre entre o dia 2 e o dia 8 de janeiro
inclusive; b) A Ascensão, para o VII Domingo da Páscoa;
c)
A solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue, para o domingo a seguir à Santíssima
Trindade. Quanto às outras celebrações do Senhor, da Virgem Maria e dos Santos
que ocorrem em dias de semana e deixaram de ser de preceito, cuide o Bispo de
que o povo cristão continue a celebrá-las com amor, de modo, que mesmo durante
a semana, os fiéis possam alcançar com frequência a graça que conduz à salvação.
Ano litúrgico
231.
A celebração do ano litúrgico encerra força peculiar e eficácia sacramental.
Através dela, o próprio Cristo, quer nos seus mistérios quer nas memórias dos
Santos, e principalmente nas de sua Mãe, continua a sua via de imensa
misericórdia, de tal modo que os fiéis de Cristo, não só comemoram e meditam os
mistérios da Redenção, mas entram mesmo em contato com eles, comungam neles e
por eles vivem.
232.
Empenhe-se, pois, o Bispo para que o espírito dos fiéis se dirija, antes de
mais, para a celebração das festas do Senhor e dos tempos sagrados do ano
litúrgico. E de tal modo o façam, que aquilo que nelas é celebrado e proferido
com a boca seja acreditado pela mente, e o que é acreditado pela mente
repercuta nos costumes privados e públicos.
233.
Além das celebrações litúrgicas que constituem o ano litúrgico, existem em
muitas regiões usos populares e exercícios de piedade. Dentro do seu múnus
pastoral, o Bispo dê a maior importância àquilo que neles possa contribuir para
fomentar a piedade, a devoção e a compreensão dos mistérios de Cristo. E
procure que “se harmonizem com a sagrada Liturgia, dela em certo modo derivem,
a ela conduzam o povo, pois, por sua natureza, ela lhes é muito superior.
CAPÍTULO I
TEMPO DO ADVENTO E DO NATAL DO
SENHOR
234.
Depois da celebração anual do mistério pascal, nada a Igreja tem em maior
apreço do que a comemoração do Nascimento do Senhor e das suas primeiras
manifestações: o que celebra no tempo do Natal.
235.
Esta comemoração é preparada pelo tempo do Advento, o qual reveste dupla
característica: tempo de preparação para as solenidades do Natal, nas quais se
recorda a primeira vinda do Filho de Deus ao meio dos homens; e simultaneamente
tempo em que, com esta recordação, os espíritos se dirigem para a expectativa
da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos. Nesta dupla perspectiva, o tempo
do Advento apresenta-se como tempo de devota e jubilosa espera.
236.
No tempo do Advento, o órgão e os outros instrumentos musicais devem usar-se, e
o altar ornar-se deflores, com aquela moderação que convém ao caráter próprio
deste tempo, de modo a não antecipar a plena alegria do Natal do Senhor. No
domingo Gaudete (II do Advento), pode-se usar o cor-de-rosa.
237.
Toma a peito o Bispo se festeja com piedade e verdadeiro espírito cristão a
solenidade do Natal do Senhor, na qual se celebra o mistério da Encarnação, em
que o Verbo de Deus se dignou assumir a nossa humanidade, para nos tornar
participantes da sua divindade.
238.
Deve-se conservar e fomentar o costume de celebrar a Vigília, como início da
solenidade do Natal do Senhor, segundo os usos próprios de cada Igreja. Por
isso, é de toda a conveniência que, na igreja catedral, o próprio Bispo, na
medida do possível, presida à Vigília prolongada, segundo as normas dadas
acima, nn. 215-216. No caso de não houver nenhum intervalo entre a Vigília e a
Missa, o Bispo e os presbíteros podem ir paramentados como para a Missa. Após o
Evangelho da Vigília, ou, se esta não se prolongar, logo a seguir ao responsório,
em vez de A Vós, ó Deus, louvamos (Te Deum) canta-se: Glória a Deus nas
alturas, e segue-se a coleta da Missa, omitidos os ritos iniciais.
239.
Segundo antiquíssima tradição da Igreja de Roma, no dia do Natal do Senhor,
pode-se celebrar três vezes a Missa: de noite, à aurora e de dia,
respeitando-se o tempo verdadeiro.
240.
A antiga solenidade da Epifania do Senhor deve-se contar entre as maiores
festas do ano litúrgico, pois celebra, no Menino nascido de Maria, a
manifestação daquele que é o Filho de Deus, o Messias dos Judeus e a Luz das
Nações. Quer esse dia se deva guardar como festa de preceito, quer seja
transferido para o domingo seguinte, o Bispo terá o cuidado de que esta
solenidade se comemore como convém. Portanto: − poderá haver profusão de luzes;
− se tal for o costume local, após o canto do Evangelho, um dos diáconos, ou algum
cônego ou beneficiado ou outra pessoa revestida de pluvial, subirá ao ambão e
daí anunciará ao povo as festas móveis do ano corrente. − deve-se conservar ou
restaurar; segundo o costume local e a tradição, uma apresentação especial de
oferenda; − nas monições e na homilia, por-se-á em relevo o pleno sentido deste
dia, ilustrado por “três milagres”, adoração do menino pelos Magos, batismo de
Cristo e bodas de Caná.
CAPÍTULO II
FESTA DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR
241.
Neste dia, os fiéis acorrem ao encontro do Senhor, levando luzes e aclamando
com Simeão Aquele que este recolheu como Cristo, “a luz que se vem revelar às
nações”. Exortem-se, portanto, os fiéis a proceder em toda a sua vida como
filhos da luz, pois a todos devem levar a luz de Cristo, feitos eles próprios,
em suas obras, lâmpadas ardentes.
Primeira forma: procissão
242.
À hora conveniente, promove-se a concentração numa igreja menor ou noutro lugar
adequado fora da igreja para a qual se dirige a procissão. Os fiéis têm nas
mãos velas apagadas.
243.
No lugar mais adequado, o Bispo reveste os paramentos de cor branca requeridos
para a Missa. Em vez da casula pode revestir o pluvial, que tirará, finda a
procissão. De mitra e báculo, com os ministros e, se for o caso, com os
concelebrantes paramentados para a Missa, dirige-se para o lugar da bênção das
velas. Enquanto se acendem as velas, canta-se a antífona: Eis que virá o
Senhor, ou outro canto apropriado.
244.
Chegando o Bispo ao local da bênção das velas e terminado o canto, depõe a
mitra e o báculo e diz, voltado para o povo: Em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo. Depois, saúda o povo: A paz esteja convosco, e profere a
monição introdutória. Se for conveniente, pode confiar ao diácono ou a um dos concelebrantes
esta monição.
245.
Após a monição, benze as velas, pronunciando a oração, de mãos estendidas,
enquanto o ministro sustenta o livro, e asperge as velas com água benta, sem
dizer nada. Recebe novamente a mitra, e impõe e benze o incenso para a
procissão. Por fim, recebe do diácono a vela acesa, que leva na procissão.
246.
Quando o diácono diz: Vamos em paz, ao encontro do Senhor, inicia-se a
procissão em direção à igreja, onde vai ser celebrada a Missa. À frente, o
turiferário com o turíbulo fumegante, depois o acólito coma cruz, entre dois
acólitos com os castiçais de velas acesas. Segue-se o clero, o diácono com o
livro dos Evangelhos, outros diáconos se os houver, os concelebrantes, o
ministro com o báculo do Bispo e, atrás deste, o Bispo, de mitra, com a vela na
mão; um pouco atrás do Bispo, os dois diáconos assistentes; depois, os ministros
do livro e da mitra, e por fim os fiéis. Todos, quer os ministros, quer os
fiéis, com velas nas mãos. Durante a procissão, canta-se a antífona Luz para
iluminar as nações, com o cântico Nunc dimittis, ou outro canto adequado.
247.
Ao entrar a procissão na igreja, executa-se o canto de entrada da Missa.
Chegando ao altar, o Bispo faz-lhe a devida reverência e, se for oportuno,
incensa-o. Depois, dirige-se para a cátedra onde depõe o pluvial. Se o tiver
levado na procissão, reveste a casula e, cantando o hino Glória a Deus nas
alturas, diz a coleta, como de costume. E continua a Missa na forma habitual.
Também se pode fazer de outra maneira, se se julgar preferível: O Bispo,
chegando ao altar, entrega a vela ao diácono, depõe a mitra e o pluvial, se o
tiver usado na procissão, reveste a casula, reverencia o altar e incensa-o.
Depois, dirige-se para a cátedra. Aí, omitidos os ritos iniciais da Missa e
cantado o hino Glória a Deus nas alturas, recita a coleta, como de costume.
Depois, a Missa continua na forma habitual.
SEGUNDA FORMA: ENTRADA SOLENE
248.
Se não se puder fazer a procissão, os fiéis reúnem-se na igreja, com as velas
na mãos. O Bispo, revestido das vestes sagradas de cor branca, com os ministros
e, se os houver, com os concelebrantes paramentados para a Missa, e com uma
delegação de fiéis, dirige-se para um lugar conveniente, diante da porta da
igreja ou dentro desta, de onde pelo menos a maior parte dos fiéis possa
participar convenientemente do rito. Quando o Bispo chegar ao lugar escolhido
para a bênção das velas, acendem-se estas, enquanto se canta a antífona: Eis
que virá o Senhor, ou outro canto adequado. Depois cumpre-se tudo como acima
ficou dito nos nn. 244-247.
CAPÍTULO
IIITEMPO DA QUARESMA
249.
A observância anual da Quaresma é tempo favorável pelo qual se sobe ao monte
santo da Páscoa. Pela sua dupla característica, o tempo quaresmal prepara os
catecúmenos e os fiéis para a celebração do mistério pascal. Os catecúmenos,
pela eleição e escrutínios e também pela catequese, são conduzidos aos
sacramentos da iniciação cristã; os fiéis, ouvindo de forma mais intensiva a
Palavra de Deus e aplicando-se mais à oração, preparam-se, pela penitência,
para renovar as promessas do batismo.
250.
O Bispo tenha, portanto, a peito fomentar a preparação dos catecúmenos, a que
se refere o n. 406, e presidir ao rito da eleição ou inscrição do nome na
liturgia quaresmal, como vai indicado adiante nos nn. 408-419, e bem assim,
conforme as circunstâncias, à “tradição” do símbolo e da oração dominical, de
que tratamos nn. 420-424.251. Através da catequese, inculque-se no espírito dos
fiéis, juntamente com as consequências sociais do pecado, aquela natureza
genuína da penitência que leva a detestar o pecado como ofensa a Deus. Não se ponha
de parte o papel da Igreja na ação penitencial e insista-se na oração pelos
pecadores. A penitência quaresmal não há de ser meramente interna e individual,
mas também externa e social, orientada para a sobras de misericórdia da favor
dos irmãos. Aos fiéis recomende-se participação mais intensa e frutuosa na
liturgia quaresmal e nas celebrações penitenciais. Exortem-se principalmente a
que, de acordo com a lei e tradições da Igreja, se aproximem-se neste tempo do
sacramento da Penitência, para, purificados poderem participar das alegrias do
domingo da Ressurreição. Muito convém que, no tempo da Quaresma, o sacramento
da Penitência seja celebrado deforma mais solene, como vem descrito no Ritual
Romano.
252.
Durante este tempo, é proibido ornar o altar com flores, e o toque dos
instrumentos musicais só é permitido para sustentar o canto. Excetuam-se o
domingo Laetare (IV da Quaresma), bem como as solenidades e festas. No domingo Laetare,
pode-se usar o cor-de-rosa.
CAPÍTULO
IV
QUARTA-FEIRA
DE CINZAS
253.
Na Quarta-feira antes do 1º Domingo da Quaresma, os fiéis que recebem as cinzas
iniciam o tempo instituído para a sua purificação. Por este sinal de
penitência, que vem já da tradição bíblica e se tem mantido até aos nossos dias
nos costumes da Igreja, é significada a condição do homem pecador; confessando exteriormente
a sua culpa diante do Senhor, exprime assim a vontade de conversão, confiado em
que o Senhor seja benigno e compassivo, para com ele, paciente e cheio de
misericórdia. Por este mesmo sinal, enceta o caminho da conversão, cuja meta
será atingida na celebração do sacramento da Penitência, nos dias anteriores à
Páscoa.
254.
Na Missa deste dia, o Bispo benze e impõe as cinzas na igreja catedral ou em
outra igreja mais adequada do ponto de vista pastoral.
255.
O Bispo, de mitra simples e de báculo, entra na igreja, acompanhado dos
diáconos e dos outros ministros, na forma habitual. Venera e incensa o altar e
dirige-se para a cátedra, de onde saúda o povo. Depois, omitido o ato
penitencial e, se for o caso, o Senhor, recita logo a coleta.
256.
Depois do Evangelho e feita a homilia, o Bispo, de pé, e sem mitra, e mãos
juntas, convida o povo a orar; e, após breve oração em silêncio, benze as
cinzas, que um acólito sustenta diante dele, recitando, demãos estendidas, a oração
do Missal. Depois asperge as cinzas com água benta, sem dizer nada.
257.
Terminada a bênção, aquele a quem tal compete, ou um celebrante ou diácono,
impõe as cinzas ao Bispo inclinado, dizendo: Convertei-vos e crede do
Evangelho, ou: Lembra-te que és pó e ao pó hás de voltar.
258.
Em seguida, o Bispo retoma a mitra e, sentado na cátedra ou de pé, impõe as
cinzas aos concelebrantes, aos ministros e aos fiéis, ajudado, se for
necessário, por alguns dos concelebrantes ou diáconos. Entrementes, canta-se o
salmo: Tende piedade, ó meu Deus, com uma das antífonas; por ex.: Apagai, Senhor,
ou o responsório: Peçamos, Senhor, ou ainda outro canto apropriado.
259.
Terminada a imposição das cinzas, o Bispo lava as mãos. Segue-se a oração
universal, e a Missa prossegue-se como de costume.
CAPÍTULO V
CELEBRAÇÕES QUARESMAIS
260.
Todos os aspectos da observância quaresmal procuram igualmente pôr em destaque
e fomentar a vidada igreja local. Por isso, é muito de recomendar também se
conserve e fomente aquela forma tradicional de reunir a Igreja local à maneira
das “estações” romanas, pelo menos nas grandes cidades, da forma mais adequada
a cada lugar. Estas assembléias de fiéis poderão reunir-se, mormente quando
presididas pelo Pastor da diocese, aos domingos ou noutros dias mais
convenientes da semana, quer junto dos túmulos dos Santos, quer nas principais
igrejas ou santuários da cidade, quer ainda em lugares de peregrinação mais frequentados
na diocese.
261.
Se, conforme as circunstâncias de tempo e lugar, houver procissão antes da
Missa celebrada em tais assembléias de povo, far-se-á a concentração ou
“coleta” numa igreja menor ou noutro lugar apropriado fora da igreja para a
qual se dirige a procissão. No lugar mais conveniente, o Bispo veste os
paramentos de cor roxa, requeridos pela Missa. Em vez de casula, pode revestir
o pluvial, que tira, acabada a procissão. Recebe a mitra simples e o báculo, e,
com os ministros e, se for o caso, com os concelebrantes paramentados para
Missa, dirige-se ao local da “coleta”enquanto se executa um canto apropriado.
Terminado o canto, o Bispo depõe o báculo e a mitra e saúda o povo. Depois de
breve monição feita por ele próprio ou por um dos concelebrantes ou pelo
diácono, recita, de mãos estendidas, a coleta do mistério da Santa Cruz, pela
remissão dos pecados, ou pela Igreja, especialmente local, ou ainda uma das orações
pelo povo das que vêm no Missal. A seguir, o Bispo retoma a mitra, deita, se
assim convier, incenso no turíbulo e, à voz do diácono: Vamos em paz,
organiza-se a procissão em direção à igreja, enquanto se canta a Ladainha dos
Santos. Na altura própria, podem inserir-se invocações do Santo Padroeiro ou
Fundador e dos Santos da Igreja local. Quando a procissão chegar à igreja,
todos tomam os lugares que lhes estão destinados. Ao chegar ao altar o Bispo
depõe o báculo e a mitra, e venera e incensa o altar. Dirige-se depois para a
cátedra, onde tira o pluvial, se o levou na procissão, e reveste a casula. Omitidos
os ritos inicias e eventualmente o Senhor reza a coleta da Missa. A Missa
continua depois como de costume. Se o julgar mais conveniente, o Bispo pode
tirar o pluvial e revestir a casula quando chegar ao altar, antes da costumada
reverência.
262.
Nestas assembléias, em vez da Missa, pode-se fazer uma celebração da Palavra de
Deus, na forma acima descrita nos nn. 222-226, ou então uma celebração
penitencial, na forma indicada no Ritual Romano para o tempo da Quaresma (cf.
adiante, nn. 640-643).
CAPÍTULO VI
DOMINGO DE RAMOS, NA PAIXÃO DO
SENHOR
263.
No Domingo de Ramos, da Paixão do Senhor, a Igreja entra no mistério do seu
Senhor crucificado, sepulto e ressuscitado, o qual, ao entrar em Jerusalém,
preanunciou a sua majestade. Os cristãos levam ramo sem sinal do régio triunfo,
que, sucumbindo na cruz, Cristo alcançou. De acordo com a palavra do Apóstolo: “Se
com ele padecemos, com ele também seremos glorificados”, deve-se, na celebração
e catequese deste dia, salientar o duplo aspecto do mistério pascal.
PRIMEIRA FORMA: PROCISSÃO
264.
À hora devida, faz-se a concentração ou “coleta” numa igreja menor ou noutro
local apropriado fora da Igreja para onde se dirige a procissão. Os fiéis
tenham nas mãos os ramos.
265.
No lugar mais conveniente, o Bispo reveste os paramentos de cor vermelha para a
Missa. Em vez da casula, pode vestir o pluvial, que tira acabada a procissão.
Recebe a mitra e o báculo, e, com os ministros e, se for o caso, com os
concelebrantes, revestidos com os paramentos da Missa, dirige-se para o local
da bênção dos ramos, ao canto da antífona: Hosana ou outro canto apropriado.
266.
Terminado o canto, o Bispo depõe o báculo e a mitra, e, de pé, voltado para o
povo, começa: Em no medo Pai, do Filho e do Espírito Santo. Saúda o povo
dizendo: A paz esteja convosco, e profere monição introdutória, que, se for
oportuno, pode confiar ao diácono ou a um dos concelebrantes.
267.
Após a monição, o Bispo junta as mãos e recita a oração da bênção dos ramos e
asperge-os com água benta, sem dizer nada.
268.
Depois da bênção dos ramos e antes da proclamação do Evangelho, pode distribuir
os ramos aos concelebrantes, aos ministros e a alguns fiéis. Ele próprio recebe
do diácono ou de um dos concelebrantes o ramo que lhe está destinado e
entrega-o ao ministro, enquanto distribui os ramos. Enquanto isso, executa-se um
canto adequado.
269.
Em seguida, o Bispo deita incenso no turíbulo, dá a bênção ao diácono que vai
proclamar o Evangelho e recebe o seu ramo, e fica com ele durante a proclamação
do Evangelho. Se porventura fizer homilia, entrega o ramo e recebe a mitra e o
báculo, a não ser que julgue preferível de outro modo.
270.
Antes de se iniciar a procissão, o Bispo ou o diácono pode proferir a monição:
Meus irmãos, imitando o povo, nos mesmos termos do Missal Romano, ou noutros
termos equivalentes; e inicia-se a procissão em direção à igreja onde vai ser
celebrada a Missa. À frente, vai o turiferário com o turíbulo fumegante, a
seguir, o acólito com a cruz, ornada com ramos de palmeiras, segundo o costume
local, ladeado de outros dois acólitos com velas acesas. Segue-se o clero, o
diácono com o livro dos Evangelhos, outros diáconos, se os houver, com o livro
da história da Paixão; os concelebrantes, o ministro com o báculo do Bispo e, a
seguir, o Bispo, de mitra, segurando o seu ramo; um pouco atrás do Bispo, os
dois diáconos assistentes; depois os ministros do livro e da mitra; por fim, os
fiéis. Ministros e fiéis vão todos com os seus ramos Enquanto a procissão
avança, a escola e o povo executam os cantos indicados no Missal, ou outros adequados.
No momento em que a procissão entra na igreja, canta-se o responsório: Ouvindo
o povo que Jesus entrava, ou outro canto alusivo ao ingresso do Senhor.
271.
Chegado ao altar, o Bispo entrega o ramo ao diácono, depõe a mitra e venera e
incensa o altar. Depois, dirige-se para a cátedra, onde tira o pluvial, se dele
se serviu na procissão, e reveste a casula. Omitidos os ritos iniciais da Missa
e, se for o caso, o Senhor, conclui a procissão recitando a coleta da Missa. Se
assim o entender, o Bispo pode tirar o pluvial e vestir a casula à sua chegada
ao altar, antes da costumada reverência.
SEGUNDA FORMA: ENTRADA SOLENE
272.
Onde a procissão não se puder efetuar fora da igreja, a bênção dos ramos
pode-se realizar sob a forma de entrada solene. Os fiéis reúnem-se diante da
porta da igreja ou mesmo dentro da igreja, com os ramos nas mãos. O Bispo e os
ministros, com uma delegação de fiéis, dirigem-se para um local da igreja, de
onde pelo menos a maior parte dos fiéis possa acompanhar o rito. Enquanto o
Bispo se dirige para o referido local, canta-se a antífona Hosana, ou outro
canto apropriado. Depois, faz-se tudo como se disse nos nn. 266-271.
HISTÓRIA DA PAIXÃO
273.
Começando o canto antes do Evangelho, todos, com exceção do Bispo, se levantam.
Não se usa incenso nem velas durante a história da Paixão. Os diáconos que vão
ler a história da Paixão pedem e recebem a bênção, como ficou dito acima no n.
140. Em seguida, o Bispo tira a mitra, levanta-se e recebe o báculo: e lê-se a
história da Paixão. Omite-se a saudação ao povo e o sinal da cruz sobre o
livro. Depois de anunciada a morte do Senhor, todos se ajoelham, e faz-se uma
breve pausa. No fim, diz-se: Palavra da salvação, mas não se beija o livro.
Terminada a história da Paixão, o Bispo profere breve homilia. No fim, conforme
os casos, pode haver um momento de silêncio. E prossegue a Missa como de
costume.
CAPÍTULO VII
MISSA CRISMAL
274.
Esta missa, que o Bispo concelebra com o seu presbitério e dentro da qual
consagra o santo crisma e benze os outros óleos, é como que a manifestação da
comunhão dos presbíteros com o seu Bispo. Com o santo crisma consagrado pelo
Bispo, são ungidos os recém-batizados e são marcados com o sinal da cruz os que
vão ser confirmados, são ungidas as mãos dos presbíteros e a cabeça dos Bispos,
bem como a igreja e os altares na sua dedicação. Com o óleo dos catecúmenos,
estes preparam-se e dispõem-separa o Batismo. Por fim, com o óleo dos enfermos,
estes recebem alívio na doença. Para esta Missa se congregam e nela concelebram
os presbíteros, uma vez que, na confecção do crisma, são testemunhas e
cooperadores do seu Bispo, de cujo múnus sagrado participam, na edificação, santificação
e condução do povo de Deus. E deste modo se manifesta claramente a unidade do
sacerdócio e do sacrifício de Cristo continuado na Igreja. Para que se exprima
o melhor possível esta unidade do presbitério, procure o Bispo que estejam presentes
presbíteros concelebrantes vindos das diversas regiões da diocese. Os que,
porventura, não concelebrem podem, nesta Missa crisma, comungar sob as duas
espécies.
275.
A consagração do crisma e a bênção do óleo dos enfermos e do óleo dos
catecúmenos deve ser feita habitualmente pelo Bispo na Quinta-feira da Semana
Santa, na Missa própria que se deve celebrar de manhã. Se neste dia, for difícil
reunir o clero e o povo com o Bispo, pode esta bênção ser antecipada para outro
dia, contanto que seja nas proximidades da Páscoa, celebrando-se sempre a Missa
própria.
276.
Pelo seu significado e importância pastoral na vida da diocese, a Missa crismal
deve ser celebrada segundo o rito de Missa estacional na igreja catedral, ou,
por motivos pastorais noutra igreja.
277.
Segundo o costume tradicional da liturgia latina, a bênção do óleo dos enfermos
faz-se antes do fim da Oração eucarística; a bênção do óleo dos catecúmenos e a
consagração do crisma, depois da Comunhão. Contudo, por motivos pastorais, é
permitido, é permitido realizar todo o ritual da bênção após a liturgia da
palavra.
278.
Para a bênção dos óleos, além do que é necessário para a celebração da Missa
estacional, deve-se preparar o seguinte; a) Na sacristia ou noutro lugar
apropriado: − os vasos com os óleos; − os perfumes para a consagração do
crisma, se o Bispo quiser fazer ele mesmo a mistura no ato litúrgico; − o pão,
o vinho e a água para a Missa, os quais serão levados, juntamente com os óleos,
antes da preparação dos dons. b) No presbitério: − o Pontifical Romano; − a
mesa onde se devem colocar os vasos com óleos, a qual se deve dispor de modo
que o povo possa ver bem toda a ação sagrada e dela participar; − o assento
para o Bispo, no caso de a bênção se fazer em frente do altar.
DESCRIÇÃO DO RITO
279.
A preparação do Bispo, concelebrantes e ministros, a entrada na igreja, e tudo
o mais desde o princípio da Missa até ao Evangelho inclusive, desenrola-se como
ficou descrito no rito da Missa estacional.
280.
Á homilia, o Bispo, de mitra e báculo, sentado na cátedra, salvo se parecer
melhor de outra forma, exorta os presbíteros a serem fiéis ao seu múnus e
convida-os a renovarem publicamente as suas promessas sacerdotais. Terminada a
homilia, o Bispo interroga os presbíteros, que se mantêm de pé, e recebe deles
a renovação das promessas sacerdotais.
281.
O Bispo depõe o báculo e a mitra, e levanta-se. Não se recita o símbolo.
Pronuncia-se a oração universal, na qual os fiéis são convidados a orar pelos
seus pastores, como vem no Missal.
282.
Depois, enquanto o Bispo continua sentado na cátedra com a mitra, os diáconos
(ou, na falta destes, alguns presbíteros), os ministros designados para levarem
os óleos, bem como os fiéis que levam o pão e ovinho com água, dirigem-se em
devida ordem à sacristia ou ao lugar onde os óleos e as outras oferendas estão preparados.
No regresso ao altar, vão por esta ordem: primeiro, o ministro com o recipiente
dos perfumes, caso o Bispo queira fazer pessoalmente a mistura do crisma; a
seguir, outros ministros com o vaso do óleo dos catecúmenos, se houver de ser
benzido; depois outro ministro com o vaso do óleo dos enfermos. Em último
lugar, o óleo destinado ao crisma, é lavado por um diácono ou presbítero.
Seguem-se os ministros ou os fiéis que levam o pão, o vinho e a água para a
celebração da Eucaristia.
283.
Enquanto a procissão avança através da Igreja, o coro canta com a participação
do povo o hino: Acolhei, ó Redentor, ou outro canto apropriado, em vez do canto
do ofertório.
284.
O Bispo recebe as oferendas na cátedra ou em outro lugar mais conveniente. O
diácono que leva o vaso para o santo crisma apresenta-o ao Bispo, dizendo em
voz alta: Eis o óleo para o Santo crisma. O Bispo recebe-o e entrega-o a um dos
diáconos assistentes e este coloca-o sobre a mesa preparada. O mesmo fazemos
que levam os vasos do óleo dos enfermos e dos catecúmenos. O primeiro diz: Eis
o óleo dos enfermos; e o outro: Eis o óleo dos catecúmenos. O Bispo recebe-os
da mesma maneira e os ministros colocam-nos sobre a mesa preparada. Depois, a
Missa continua na forma habitual, salvo se todo o rito da bênção se realizar
logo a seguir,como se diz adiante, no n. 291.285. No final da Oração
eucarística, antes de o Bispo dizer: Por Ele, não cessais de criar, na I Oração
eucarística, ou a doxologia: Por Cristo, com Cristo, nas outras orações
eucarística, aquele que trouxe o vaso do óleo dos enfermos leva-o para o altar
e sustém-no diante do Bispo, enquanto este benze o óleo dos enfermos, dizendo a
oração: Ó Deus, Pai de toda consolação. Terminada a bênção, o vaso do óleo dos
enfermos é novamente levado para o seu lugar e reposto na mesa preparada, e a
Missa prossegue até a Comunhão inclusive.
286.
Recitada a oração depois da Comunhão, os vasos com o óleo dos catecúmenos que
vai ser benzido e o crisma que vai ser consagrado são colocados pelos diáconos
sobre a mesa convenientemente disposta no meio do presbitério.
287.
O Bispo aproxima-se da mesa, tendo junto de si, de um e de outro lado, os
concelebrantes, em forma de coroa, e atrás de si os diáconos e os restantes
ministros.
288.
Estando todos assim colocados, o Bispo procede à bênção do óleo dos
catecúmenos, se houver de ser benzido. De pé, sem mitra, voltado para o povo,
de mãos estendidas, diz a oração: Ó Deus. Força e proteção do vosso povo.
289.
Depois, se a mistura ainda não tiver sido feita, o Bispo senta-se, recebe a
mitra, deita os perfumes no óleo e prepara o crisma, sem dizer nada.
290.
Feito isto, de pé, sem mitra, formula o convite: Meus irmãos, roguemos à Deus.
Em seguida, se for oportuno, sopra sobre o vaso do crisma. Depois, de mãos
estendidas, recita uma das orações de consagração. Durante esta, e enquanto o
Bispo diz: Por isso, nós vos suplicamos, todos os concelebrantes estendem a mão
direta para o crisma, sem proferir nada, até ao fim da oração.
291.
Se motivos de ordem particular aconselharem que todo o rito da bênção dos óleos
se realize após a liturgia da Palavra, procede-se deste modo: os vasos com os
óleos dos enfermos e dos catecúmenos que vão ser benzidos e do crisma que vai
ser consagrado, depois de apresentados ao Bispo, são postos pelos diáconos sobre
a mesa convenientemente disposta no meio do presbitério, e procede-se como
ficou descrito acima nos nn. 283-284 e 287-290. Terminado o rito prossegue a
Missa na forma do costume, desde a preparação das oferendas até à oração depois
da Comunhão.
292.
Terminada a consagração do crisma, se esta tiver sido feita depois da Comunhão,
mais exatamente,logo depois da Oração depois da Comunhão, o Bispo dá a bênção
na forma habitual; depois, impõe e benze o incenso; e, dito pelo diácono: Vamos
em paz, reorganiza-se a procissão em direção à sacristia.
293.
À frente vai o turiferário com o turíbulo fumegante; os óleos bentos são
levados pelos respectivos ministros imediatamente atrás da cruz; enquanto isso,
o coro e o povo cantam alguns versos do hino: Acolhei, ó Redentor, ou outro
canto apropriado.
294.
Na sacristia, o Bispo aproveita a oportunidade para exortar os presbíteros a
cuidar dos santos óleos e a tratá-los com as honras devidas e a guardá-los com
diligência.
CAPÍTULO VIII
SAGRADO TRÍDUO PASCAL
295.
“Cristo operou a redenção do homem e a prefeita glorificação de Deus principalmente
por meio do seu mistério pascal, com o qual, morrendo, destruiu a nossa morte
e, ressuscitando, restaurou a vida. Por este motivo, o sagrado Tríduo pascal da
Paixão e Ressurreição do Senhor se nos apresenta como o ponto culminante de
todo o ano litúrgico. Aquela preeminência que tem na semana o ‘dia do Senhor’
ou domingo, tem-na no ano litúrgico a solenidade da Páscoa”. Além disso,
observe-se religiosamente o jejum pascal na Sexta-feira da Paixão do Senhor, o
qual se deve guardar em toda a parte, e, conforme as circunstâncias, estenda-se
também ao Sábado Santo, para que todos, com elevação e largueza de espírito,
cheguem às alegrias do domingo da Ressurreição.
296.
Atendendo, portanto, à excepcional dignidade destes dias e à suma importância espiritual
e pastoral destas solenidades na vida da Igreja, é da maior conveniência que o
Bispo presida, na sua igreja catedral, à Missa da Ceia do Senhor, à Ação
litúrgica da Sexta-feira da Paixão do Senhor e à Vigília pascal, mormente se nela
forem celebrados os sacramentos da Iniciação cristã. Convém, além disso, que o
Bispo tome parte, quanto possível, com o clero e o povo, no Ofício das Leituras
e nas Laudes da Sexta-feira da Paixão do Senhor e do Sábado Santo, bem como nas
Vésperas do Domingo da Páscoa, sobretudo onde houver o costume de celebrar as
Vésperas batismais.
CAPÍTULO IX
MISSA DA CEIA DO SENHOR
297.
Nesta Missa, que se celebra na tarde da Quinta-feira Santa, a Igreja dá início
ao sagrado Tríduo pascal e propõe-se comemorar aquela última ceia na qual o
Senhor Jesus, na noite em que ia ser entregue, tendo amado até ao fim os seus
que estavam no mundo, ofereceu a Deus Pai o seu Corpo e Sangue sob as espécies ao
pão e do vinho, e os entregou aos Apóstolos para que os tomassem, e lhes
mandou, a eles e aos seus sucessores no sacerdócio, que os oferecessem também. Nesta
Missa, faz-se, portanto, memória: da instituição da Eucaristia, memorial da
Páscoa do Senhor, na qual se perpetua no meio de nós, através dos sinais
sacramentais, o sacrifício da nova Lei; da instituição do sacerdócio, pelo qual
se perpetua no mundo a missão e o sacrifício de Cristo; e também da caridade
com que o Senhor nos amou até à morte. Tudo isto procure o Bispo propô-lo de
forma adequada aos fiéis mediante o ministério da palavra, para que eles possam
penetrar mais profunda e piedosamente em tão sublimes mistérios e vivê-los mais
intensamente na prática da sua vida.
298.
Embora o Bispo tenha já celebrado de manhã a Missa crismal, tenha, contudo, a
peito celebrar igualmente a Missa da Ceia do Senhor, com a participação plena
dos presbíteros, diáconos, ministros e fiéis reunidos em torno de si. Os
sacerdotes que houverem concelebrado na Missa crismal podem igualmente
concelebrar outra vez na Missa vespertina.
299.
Além do que é requerido para a celebração da Missa estacional, deverá preparar
o seguinte: a) em lugar conveniente do presbitério: − uma píxide com partículas
a consagrar para a Comunhão do dia seguinte; − véu de ombros; − um segundo
turíbulo com a respectiva naveta; − tochas e velas. b) no lugar onde se faz o
lava-pés: − assentos para os homens designados; − jarro com água e bacia; −
toalhas para enxugar os pés; − gremial de linho para o Bispo; − as coisas
necessárias para o Bispo lavar as mãos. c) na capela onde se guarda o
Santíssimo Sacramento: − sacrário ou cofre para a reposição; − luzes, flores e
outros ornamentos adequados.
DESCRIÇÃO DO RITO
300.
Preparação, entrada na igreja e liturgia da Palavra cumprem-se como de costume
da Missa estacional. Enquanto se canta o hino: Glória a Deus na alturas,
tocam-se os sinos, os quais, depois deste toque, ficam silenciosos até à
Vigília Pascal, a não ser que a Conferência Episcopal ou o Bispo diocesano,
segundo as conveniências, determine outra coisa. Dentro deste mesmo período,
podem-se utilizar o órgão e outros instrumentos musicais, mas só para sustentar
o canto.
301.
Após a homilia, na qual serão postos em relevo os importantíssimos mistérios
que nesta Missa são recordados, ou seja, a instituição da Sagrada Eucaristia e
da ordem sacerdotal, bem como o mandamento do Senhor sobre a caridade fraterna,
procede-se, onde razões pastorais o aconselharem, ao lava-pés. Os homens que
para isso tenham sido escolhidos são conduzidos pelos ministros para os
assentos preparados em lugar adequado. O bispo depõe a mitra e a casula, mas
não a dalmática, no caso de a usar, cinge-se, se for conveniente, com um
gremial de linho adequado, aproxima-se de cada um dos homens, deita-lhes água
nos pés e enxuga-os, ajudado pelos diáconos. Enquanto isso, cantam-se as
antífonas indicadas no Missal, ou outros cantos adequados.
302.
Depois do lava-pés, o Bispo volta para a cátedra, lava as mãos e retoma a
casula. Como nesta Missa não se recita o símbolo, segue-se imediatamente a
oração universal.
303.
No início da liturgia eucarística, pode-se organizar uma procissão de fiéis com
dádivas destinadas aos pobres. Entrementes, canta-se: Onde o amor e a caridade
ou outro canto apropriado.
304.
Desde a preparação dos dons até a Comunhão, inclusive, faz-se tudo como na
Missa estacional, com os textos próprios da Oração eucarística que vêm no
Missal.
305.
Terminada a Comunhão dos fiéis deixa-se em cima do altar a píxide com as
partículas para a Comunhão do dia seguinte, e reza-se a oração depois da
Comunhão.
306.
Dita esta, e omitidos os ritos de conclusão, o bispo, de pé diante do altar,
impõe incenso no turíbulo e benze-o; e, de joelhos, incensa o Santíssimo
Sacramento. Depois recebe o véu de ombros, sobe ao altar, genuflete e, ajudado
pelo diácono, recebe a píxide nas mãos, cobertas com as extremidades do véu.
307.
Organiza-se a procissão, na qual, através da igreja, é levado o Santíssimo Sacramento
até ao lugar de reposição, preparado numa capela. À frente, vai um acólito com
a cruz, acompanhado dos acólitos que levamos castiçais com as velas acesas; a
seguir, o clero, os diáconos, os concelebrantes, o ministro com o báculo do Bispo,
dois turiferários com os turíbulos fumegando, o Bispo com o Santíssimo
Sacramento, um pouco atrás os dois diáconos assistentes, depois os ministros do
livro e da mitra. Todos levam velas; e, junto do Santíssimo Sacramento,
levam-se tochas. Enquanto isso, é cantado o hino Canta, Igreja (omitindo as
duas últimas estrofes) ou outro canto eucarístico, conforme os costumes locais.
308.
Ao chegar ao lugar da reposição, o Bispo entrega a píxide ao diácono. Este
depõe-na sobre o altar ou dentro do sacrário, cuja porta deixa aberta. E
enquanto se canta: tão sublime sacramento, ou outro canto apropriado, incensa,
de joelhos, o Santíssimo Sacramento. Depois, o diácono introduz o Santíssimo no
sacrário ou fecha a porta.
309.
Após breves momentos de adoração em silêncio, todos se levantam, genufletem e
regressam à sacristia, indo o Bispo de mitra e báculo.
310.
Em tempo oportuno, desnuda-se o altar e, sendo possível, retiram-se as cruzes
da igreja. É conveniente cobrir as cruzes que ficarem na igreja a não ser que
já esteja cobertas por decisão da Conferência Episcopal.
311.
Exortem-se os fiéis a que façam adoração diante do Santíssimo Sacramento,
durante a noite, conforme as circunstâncias e os lugares o permitirem. A partir
da meia-noite, porém, esta adoração deve ser feita sem solenidade.
CAPÍTULO X
CELEBRAÇÃO DA PAIXÃO DO SENHOR
Introdução
312.
Neste dia, em que “Cristo nossa Páscoa foi imolado”, torna-se clara realidade o
que desde há muito havia sido prenunciado em figura e mistério: a ovelha
verdadeira substitui a ovelha figurativa, e mediante um único sacrifício
realiza-se plenamente o que a variedade das antigas vítimas significava. Com
efeito, “a obra da Redenção dos homens e da perfeita glorificação de Deus,
prefigurada pelas suas obras grandiosas no povo da Antiga Aliança, realizou-a
Cristo Senhor, principalmente pelo mistério pascal da sua bem-aventurada
Paixão, Ressurreição de entre os mortos e gloriosa Ascensão, ministério este pelo
qual morrendo destruiu a nossa morte e ressuscitando restaurou a nossa vida.
Foi do lado de Cristo adormecido na cruz que nasceu o admirável sacramento de
toda a Igreja. Ao contemplar Cristo, Senhor e seu Esposo, a Igreja comemora o
seu próprio nascimento e a sua missão de estender a todos os povos os salutares
efeitos da Paixão de Cristo, efeitos que hoje celebra em ação de graças por dom
tão inefável.
313.
Pelas três horas da tarde, salvo se razão pastoral leve a escolher hora mais
tardia, celebra-se a paixão do Senhor que consta de três partes: liturgia da
Palavra, adoração da Cruz e Sagrada Comunhão.
314.
O altar deve estar completamente desnudado, sem cruz, sem castiçais, sem
toalhas.
315.
Para a celebração da Paixão do Senhor, deve-se preparar: a) na sacristia: −
para o Bispo e diáconos, paramentos de cor vermelha, como para a Missa; o Bispo
usará mitra simples, mas não o anel nem o báculo; − para os restantes
ministros, alvas e outras vestes devidamente aprovadas; b) em lugar apropriado:
− a cruz (coberta com o véu, no caso de se adotar a primeira forma); − dois
castiçais; c) no presbitério: − Missal; − Lecionários; − toalhas; − corporais;
− estolas vermelhas para os presbíteros e diáconos que receberem a Comunhão; d)
no lugar em que ficou reposto o Santíssimo Sacramento: − véu de ombros,
vermelho ou branco, para o diácono; − dois castiçais para os acólitos.
RITOS INTRODUTÓRIOS
316.
O Bispo e os diáconos, revestidos de paramentos vermelhos, como para a Missa,
dirigem-se em silêncio para o altar. O Bispo depõe a mitra, faz a devida
reverência, prostra-se de rosto por terra, ou, se preferir, ajoelha-se no
genuflexório desguarnecido, e ora em silêncio durante algum tempo. O mesmo
fazem todos os demais.
317.
Depois, o Bispo dirige-se com os diáconos, para a cátedra, onde, voltado para o
povo e de mãos estendidas, reza a oração: Ó Deus, pela paixão de Nosso Senhor
Jesus Cristo. Depois, senta-se e recebe a mitra.
LITURGIA DA PALAVRA
318.
Em seguida, estando todos sentados, proclama-se a primeira leitura, do Livro do
profeta Isaías, com o respectivo salmo. Segue-se a segunda leitura, da Epístola
aos Hebreus.
319.
Começando o canto antes do Evangelho, todos se levantam, exceto o Bispo. Para a
leitura da história da Paixão, não se usam incenso nem luzes. Os diáconos que
vão ler a história da Paixão pedem a bênção ao Bispo e recebem-na como de costume.
O Bispo depõe a mitra e levanta-se. Em seguida, lê-se a história da Paixão
segundo São João. Omite-se a saudação ao povo e o sinal da cruz sobre o livro.
Depois de anunciada a morte do Senhor, todos se ajoelham, e faz-se pequena
pausa. No fim, diz-se: Palavra da salvação, mas não se beija o livro. Terminada
a história da Paixão, o Bispo profere breve homilia. No fim, os fiéis podem ser
convidados pelo Bispo ou por diácono a orar por breve espaço de tempo.
320.
Após a homilia, o Bispo, de pé, sem mitra, junto da cátedra ou, se for mais
conveniente, junto do altar, recita de mãos estendidas a oração universal, como
vem no Missal, escolhendo, se for necessário, as orações mais apropriadas. As
fórmulas invitatórias, que exprimem as intenções desta oração, podem, se for
conveniente, ser proferidas pelos diáconos, do ambão. Durante todo o tempo
destas orações, os fiéis podem permanecer de joelhos ou de pé.
ADORAÇÃO DA SANTA CRUZ
321.
Segue-se a isto a apresentação e adoração da Santa Cruz, adotando uma das
formas propostas pelo Missal: a) Primeira forma de apresentar a Santa Cruz:
Enquanto um diácono leva a Cruz velada até ao altar, acompanhada de dois
acólitos com velas acesas, o Bispo dirige-se para o altar com os seus diáconos assistentes.
Aí, de pé, sem mitra, recebe a Crua e vai descobrindo-a sucessivamente por três
vezes,apresentando-a aos fiéis para que a adorem, entoando, cada vez, a fórmula
invitatória: Eis o lenho da cruz (que o diácono pode continuar, ou conforme o
caso, o coro). Todos respondem: Vinde, adoremos. Terminado o canto, todos se
ajoelham e adoram em silêncio durante uns breves momentos, enquanto o Bispo se
mantém de pé, sustentando a Cruz levantada. Em seguida, acompanhado por dois
acólitos com velas acesas, o diácono leva a Cruz para a entrada do presbitério,
ou para outro lugar adequado, e aí a coloca ou a entrega aos ministros para que
a sustentem, depois de colocarem as velas à direita e à esquerda da Cruz. b)
Segunda forma de apresentar a Santa Cruz: Enquanto o Bispo permanece de pé, e
sem mitra junto da cátedra, o diácono, acompanhado dos acólitos, dirige-se para
a porta da igreja, e aí recebe a Cruz descoberta; os acólitos tomam-se os
castiçais com as velas acesas, e organiza-se a procissão pela igreja em direção
ao presbitério. Junto à porta, ao meio da igreja e à entrada do presbitério, o
diácono eleva a Cruz e canta-se a fórmula invitatória: Eis o lenho da Cruz, e
todos respondem: Vinde, adoremos. Depois de cada resposta, permanecendo o Bispo
de pé, todos se ajoelham e adoram em silêncio por uns breves momentos. Em
seguida, o diácono coloca a Cruz à entrada do presbitério, ou noutro lugar,
como ficou dito acima.
322.
Para a adoração da Cruz, vai primeiro o Bispo, sem mitra, sem casula e, se lhe
parecer bem, sem sapatos, de cabeça descoberta. Ajoelha diante da Cruz,
beija-a, e retira-se para a cátedra, retoma o calçado e acasula, e senta-se,
sem mitra. Após o Bispo, vão os diáconos, depois o clero e os fiéis. Vão
passando em forma de procissão, saúdam a Cruz com a simples genuflexão ou com
outro sinal adequado, de acordo com os costumes de cada região, por ex.,
beijando a Cruz. Enquanto isso, canta-se a antífona: Adoremos Senhor, vosso
madeiro, os Lamentos do Senhor, ou outros cantos apropriados. À medida que
adoraram a Cruz todos se sentam nos seus lugares.
323.
A Cruz exposta à adoração deve ser uma só. Se os fiéis, por serem muitos, não
puderem aproximar-se um a um, o Bispo, depois de uma parte do clero e dos fiéis
ter adorado, toma a Cruz, e, no estrado do altar, com breves palavras convida o
povo à adoração da Santa Cruz; em seguida, sustenta-a levantada durante algum
tempo, e os fiéis adoram-na em silêncio.
SAGRADA COMUNHÃO
324.
Terminada a adoração, a Cruz é levada pelo diácono para o seu lugar no altar,
enquanto o Bispo volta para a cátedra. Os castiçais acesos colocam-se junto do
altar ou perto da Cruz. Estende-se a toalha sobre o altar, e colocam-se o
corporal e o Missal.
325.
Em seguida o diácono, com o véu de ombros, leva o Santíssimo Sacramento, pelo
caminho mais curto, do lugar de reposição para o altar. Acompanham o Santíssimo
Sacramento dois acólitos com castiçais acesos, que colocam junto do altar ou
sobre ele. Enquanto isso, o Bispo e todos os demais levantam-se e ficam de pé
em silêncio.
326.
Quando o diácono colocar o Santíssimo Sacramento sobre o altar e descobrir a
píxide, o Bispo aproxima-se com os diáconos, genuflete e sobe ao altar.
Recita-se a oração dominical com o respectivo embolismo e distribui-se a
Comunhão, na forma indicada no Missal.
327.
Se o Bispo participar da ação sagrada, mas sem presidi-la, convém que, pelo
menos depois da adoração da Cruz, revista, sobre o roquete, a estola e o
pluvial de cor vermelha e presida ao rito da Comunhão. Se nem isto fizer, toma
a estola para a Comunhão, e comunga junto ao altar por suas próprias mãos, logo
a seguir ao celebrante.
328.
Terminada a distribuição da Comunhão, o diácono, com o véu de ombros, leva a
píxide para o lugar preparado fora da igreja, ou, se as circunstâncias assim o
exigirem, coloca-a no sacrário;
329.
Em seguida, o Bispo, observando, se convier, algum tempo de silêncio sagrado,
recita a oração depois da Comunhão.
RITO DE CONCLUSÃO
330.
Terminada a oração depois da Comunhão, segue-se a despedida: o Bispo, de pé,
voltado para o povo, de mãos estendidas sobre ele, reza a oração: Que a vossa
bênção.
331.
O Bispo genuflete à Cruz, recebe a mitra, e todos se retiram em silêncio. Em
tempo oportuno, desnuda-se o altar.
CAPÍTULO XI
VIGÍLIA PASCAL
332.
Segundo antiquíssima tradição, esta noite deve ser comemorada em honra do
Senhor, e a Vigília que nela se celebra, em memória da noite santa em que
Cristo ressuscitou, deve considerar-se “a mãe de todas as santas Vigílias”.
Pois, nela, a Igreja mantém-se de vigia à espera da Ressurreição do Senhor, e
celebra-a como sacramentos da Iniciação cristã.
333.
Toda a celebração da Vigília Pascal se realiza de noite; mas de maneira a não
começar antes do início da noite e a terminar antes da aurora do domingo.
334.
Uma vez que a celebração da Vigília Pascal é a maior e a mais nobre de todas as
solenidades do ano litúrgico, não deixe o Bispo de a celebrar pessoalmente.
335.
A Missa da Vigília é a Missa pascal do Domingo da Ressurreição. Quem celebrar
ou concelebrar a Missa da noite pode celebrar ou concelebrar a segunda Missa da
Páscoa.
336.
Além das coisas necessárias para a celebração da Missa estacional, deve
preparar-se:
a) para a bênção do fogo: − uma fogueira (num
lugar fora da igreja, onde o povo se reúne); − o círio pascal; − (cinco grãos
de incenso; um estilete); − utensílio adequado para acender a vela com fogo
novo; − lâmpada para alumiar os textos que o Bispo há de recitar; − velas para
os que participam da Vigília; − utensílio para o turiferário tirar as brasas
acesas do fogo novo e deitá-las no turíbulo.
b)
para o premuniu pascal: − candelabro para o círio pascal, posto junto do ambão;
− se o candelabro não se puder colocar junto do ambão, uma estante junto do
círio, para o diácono, ou o cantor (em caso de necessidade) proclamar o
precônio;
c)
para a liturgia batismal: − recipiente com água; − quando se administram os
sacramentos da Iniciação cristã: óleo dos catecúmenos, santo crisma, vela
batismal, Ritual Romano. Apagam-se as luzes da igreja.
BÊNÇÃO DO FOGO E PREPARAÇÃO DO
CÍRIO
337.
Na sacristia ou noutro lugar adequado, Bispo, concelebrantes e diáconos
revestem-se, logo desde o início da Vigília, com os paramentos de cor branca
para a Missa.
338.
O Bispo, de mitra e báculo, acompanhado dos concelebrantes, clero e ministros,
dirige-se para o local onde o povo está reunido para a bênção do fogo. À frente
dos ministros vai um dos acólitos com o círio pascal. Não se leva a cruz
processional nem velas acesas. O turiferário leva o turíbulo sem brasas.
339.
O Bispo depõe o báculo e a mitra e, de pé, voltado para o povo, diz: Em nome do
Pai e do Filho e do Espírito Santo; e saúda o povo acrescentando: A paz esteja
convosco. Depois, ele, um diácono ou um dos concelebrantes, dirige-se
brevemente ao povo e explica a importância desta celebração, servindo-se das
palavras do Missal: Meus irmãos. Nesta noite santa, ou de outras semelhantes.
340.
Em seguida, o Bispo benze o fogo, dizendo, com as mãos estendidas, a oração: Ó
Deus, que pelo Vosso Filho. Terminada a oração, recebe a mitra e, ajudado pelo
diácono acende do fogo novo o círio pascal sem dizer nada. O turiferário põe no
turíbulo carvões em brasa de fogo novo.
341.
Se, atenta a mentalidade do povo, se considerar oportuno realçar a dignidade e
o significado do círio pascal com determinados símbolos, depois de benzido o
fogo novo, o acólito leva o círio pascal ao Bispo; e este, de pé e com a mitra,
grava com um estilete uma cruz no próprio círio pascal. Depois, grava por cima da
cruz a letra grega Alfa e por baixo da mesma a letra Ômega; e, entre os braços
da Cruz, os quatro algarismos designativos do ano corrente; enquanto isso, diz:
Cristo ontem e hoje. Depois de ter gravado a cruz e os outros símbolos o Bispo
pode, também, espetar no círio cinco grãos de incenso em forma de cruz, dizendo:
Pelas suas santas chagas. Com o fogo novo acende o círio pascal, dizendo: A luz
do Cristo que ressuscita. Podem utilizar-se todos ou só alguns dos elementos
atrás referidos, conforme as circunstâncias locais e conveniências de ordem
pastoral, podem também as Conferências Episcopais determinar outros elementos
mais conformes com a mentalidade dos povos.
PROCISSÃO
342.
Depois de acender o círio, o Bispo deita incenso no turíbulo, e o diácono
recebe do acólito o círio pascal.
343.
Organiza-se a procissão, que entra na igreja. À frente do diácono com o círio
pascal, vai o acólito como turíbulo fumegando. Segue-se o ministro com o
báculo, o Bispo com os seus diáconos assistentes, os concelebrantes, o clero, o
povo, todos com velas apagadas na mão. À porta da igreja, o diácono para, e,
erguendo o círio, canta: Eis a luz de Cristo! E todos respondem: Graças a Deus!
O Bispo acende a sua vela na chama do círio pascal. Depois, o diácono avança
até ao meio da igreja, para e, erguendo o círio, canta segunda vez: Eis a luz
de Cristo! E todos respondem: Graças a Deus! Todos acendem as suas velas,
passando o lume de uns aos outros. Ao chegar diante do altar, o diácono para,
e, voltando para o povo, canta pela terceira vez: Eis a luz de Cristo! E todos
respondem: Graças a Deus! Em seguida, coloca o círio pascal no candelabro
preparado nomeio do presbitério, ou junto do ambão. E acendem-se as luzes todas
da igreja.
PRECÔNIO PASCAL
344.
Chegando ao presbitério, o Bispo dirige-se para a cátedra, entrega a vela ao
diácono e senta-se com a mitra. Em seguida, impõe, incenso no turíbulo e
benze-o como para o Evangelho na Missa. O diácono aproxima-se do Bispo, pede e
recebe a bênção, enquanto o Bispo diz em voz baixa: Que o Senhor esteja em teu
coração e em teus lábios, para que possas proclamar dignamente a sua Páscoa. Em
nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. O diácono responde: Amém.
345.
Enquanto o diácono se retira, o Bispo depõe a mitra e levanta-se, para ouvir o
Precônio, segurando a vela acesa na mão. Todos se conservam igualmente de pé,
com as velas acesas na mão. O diácono, depois de incensar o livro e o círio,
canta o Precônio pascal, no ambão ou na estante.
LITURGIA DA PALAVRA
346.
Terminado o Precônio pascal, todos apagam as velas e sentam-se. Antes de se
iniciarem as leituras, o Bispo, sentado, com a mitra, faz uma breve monição de
introdução à liturgia da Palavra, a não ser que prefira confiar este encargo ao
diácono ou a um dos concelebrantes. Pode utilizar a monição, que vem no Missal:
Meus irmãos, tendo iniciado solenemente esta vigília, ou outra expressa em
palavras semelhantes.
347.
Nesta Vigília, propõem-se nove leituras: sete do Antigo Testamento e duas do
Novo (Epístola e Evangelho). Se as circunstâncias pastorais o pedirem, pode
diminuir-se o número de leituras do Antigo Testamento; tendo em conta, porém,
que a leitura da Palavra de Deus é parte fundamental desta. Dizem-se pelo menos
três leituras do Antigo Testamento, e, em casos mais urgentes, pelo menos duas.
Mas nunca se omita a leitura do cap. 14 do Êxodo.
348.
Estando todos sentados em atitude de escuta, o leitor dirige-se ao ambão e
proclama a primeira leitura. Depois, o salmista ou o cantor recita o salmo, e o
povo repete o refrão. Em seguida, o Bispo depõe a mitra, levanta-se e, estando
todos de pé, diz: Oremos; todos oram em silêncio por um breve espaço de tempo,
e o Bispo recita a coleta correspondente à leitura. O mesmo se faz após cada
uma das leituras do Antigo Testamento.
349.
Após a última leitura do Antigo Testamento, com o seu responsório e respectiva
oração, acendem-se as velas ao altar e é entoado solenemente o hino: Glória a
Deus nas alturas, que todos continuam, enquanto se tocam os sinos, segundo os
costumes locais.
350.
Terminado o hino, o Bispo diz, como de costume, a coleta: Ó Deus, que iluminais
esta noite santa.
351.
Depois senta-se e recebe a mitra. Estando todos novamente sentados, o leitor
proclama no ambão a leitura do Apóstolo.
352.
Terminada a Epístola, conforme as conveniências e os costumes locais, um dos
diáconos ou um leitor dirige-se ao Bispo e diz-lhe: Reverendíssimo Pai, eu vos
anuncio uma grande alegria: o Aleluia. Após este anúncio, ou, sem ele, imediatamente
após a Epístola, todos se levantam. O Bispo, de pé, sem mitra, entoa
solenemente o Aleluia, ajudado, se for necessário, por um dos diáconos ou por
um dos concelebrantes. Canta-se por três vezes, subindo gradualmente de tom: e
o povo repete-o cada vez no mesmo tom. Depois, o salmista ou o cantor recita o
salmo, e o povo responde: Aleluia.
353.
Em seguida o Bispo senta-se, impõe o incenso e dá a bênção ao diácono do
Evangelho, com de costume. Para a proclamação do Evangelho, não se levam luzes
acesas.
354.
Após o Evangelho, faz-se a homilia. Depois, procede-se à liturgia batismal.
LITURGIA BATISMAL
355.
É de toda a conveniência que, nesta Vigília, o próprio Bispo administre os
sacramentos do Batismo e da Confirmação.
356.
A liturgia batismal pode efetuar-se junto da pia batismal ou mesmo no
presbitério. Onde, por antiga tradição, o batistério estiver localizado fora da
igreja, é lá que se tem de ir para a celebração da liturgia batismal.
357.
Primeiro, faz-se a chamada dos catecúmenos, que são apresentados pelos
padrinhos, ou, se forem crianças, levados pelos pais e padrinhos.
358.
Depois, se houver procissão até ao batistério ou até à pia batismal, organiza-se
imediatamente. À frente, vai um acólito com o círio pascal, logo atrás dele os
catecúmenos com os padrinhos, depois os diáconos, os concelebrantes e o Bispo,
este de mitra e báculo. Durante a procissão, canta-se a ladainha. Terminada a
ladainha, o bispo depõe o báculo e a mitra e profere a monição: Caros fiéis, apoiemos
com as nossas preces.
359.
Se a liturgia batismal se realizar no presbitério, o Bispo depõe o báculo e a
mitra e faz a monição introdutória: Caros fiéis, apoiemos com as nossas preces.
Segue-se a ladainha, entoada por dois cantores à qual respondem, de pé, por ser
tempo pascal.
360.
Terminada a ladainha, e feita pelo Bispo a monição como ficou dito acima, este,
de pé, junto da fonte batismal, sem mitra, com as mãos estendidas, benze a
água, dizendo a oração: Ó Deus, pelos sinais visíveis, e, ao proferir as
palavras: Nós vos pedimos, ó Pai, pode, se for conveniente, introduzir na água
o círio pascal, uma ou três vezes, como vem indicado no missal.
361.
Terminada a bênção da água e dita a aclamação pelo povo, o Bispo senta-se e
recebe a mitra e o báculo. A seguir, interroga os “eleitos” adultos, para que
façam a renúncia segundo o rito da Iniciação Cristã dos Adultos, e os pais ou
os padrinhos das crianças, segundo o Rito para Batismo de Crianças.
362.
No caso de a unção dos adultos com o óleo dos catecúmenos não ter sido já feita
antes, no decurso dos ritos imediatamente preparatórios, faz-se neste momento,
segundo o Rito da Iniciação Cristã dos Adultos, se for necessário, com a ajuda
dos presbíteros.
363.
Em seguida, o Bispo, depois de informado em tempo pelo respectivo padrinho do
nome de cada um dos batizados adultos, interroga um por um acerca da fé,
conforme o Rito de Iniciação Cristã dos Adultos. Tratando-se de crianças, pede
a tríplice profissão de fé a todos os pais e padrinhos ao mesmo tempo, conforme
o Rito para Batismo de Crianças.
364.
Concluído o interrogatório, o Bispo depõe o báculo, levanta-se e batiza os
“eleitos”, ajudado, se for preciso, pelos presbíteros e até pelos diáconos,
como vem no Ritual da Iniciação Cristã dos Adultos e no Rito para Batismo de
Crianças.
365.
Depois, o Bispo senta-se novamente. Após o Batismo, as crianças recebem das
mãos dos presbítero sou diáconos a unção do crisma, sobretudo quando os
batizados são mais numerosos, dizendo o Bispo de uma só vez sobre todos os
batizados: Pelo Batismo, Deus todo-poderoso. A todos, tanto adultos como
crianças, é entregue uma veste branca, ao mesmo tempo que o Bispo diz: N. et
N., vós nascestes de novo. Depois, o Bispo ou o diácono recebe o círio pascal
da mão do acólito e diz: Aproximai-vos, padrinhos, e acendem-se as velas dos
neófitos, enquanto o Bispo diz: Deus tornou-vos luz em Cristo. No caso de
crianças, omite-se a entrega da vela e o rito do Effetha, como vem indicado no
Rito para Batismo de Crianças.
366.
Terminada a ablução batismal e os ritos complementares, se tudo isto não tiver
sido feito diante do altar, efetua-se o regresso ao presbitério, em procissão
como antes, indo os neófitos e os padrinhos ou os pais com as velas acesas.
Durante a procissão, entoa-se um canto batismal, por ex.: Batizados no Cristo.
367.
Se forem batizados adultos, o Bispo administra-lhes o sacramento da Confirmação
no presbitério,seguindo o que vem indicado no Rito da Iniciação Cristã dos
Adultos.
RENOVAÇÃO DAS PROMESSAS DO BATISMO
368.
Concluído o rito do Batismo e da Confirmação, ou, se não tiver havido nem um
nem outro, após atenção da água, o Bispo, de mitra e báculo, estando de pé
voltado para o povo, recebe a renovação das promessas da fé batismal dos fiéis,
que se conservem de pé, com as velas acesas na mão.
369.
Terminada a renovação das promessas do Batismo, o Bispo, de mitra, asperge o
povo com água benta, ajudado, se for preciso, pelos presbíteros, indo através
da igreja, se assim convier. Enquanto isso, todos cantam a antífona: Vi a água,
ou outro canto de sentido batismal. Neste tempo, os neófitos são conduzidos ao
seu lugar entre os fiéis. Se a bênção da água tiver sido feita fora do
batistério, o diácono e os acólitos conduzem respeitosamente o recipiente com a
água à pia batismal. Terminada a aspersão, o Bispo regressa à cátedra, e dali,
omitido o Símbolo, de pé, sem mitra, preside à oração universal, da qual os
neófitos participam pela primeira vez.
LITURGIA EUCARÍSTICA
370.
Depois começa a liturgia eucarística, que se celebra segundo o rito da Missa
estacional. É conveniente que o pão e o vinho sejam levados ao altar pelos
neófitos, ou, tratando-se de crianças,pelos pais ou padrinhos. Na Oração
eucarística, faz-se menção dos batizados e dos padrinhos, segundo as fórmulas indicadas
no Missal e no Ritual para cada uma das Orações. Antes da Comunhão, ou sejam
antes do Eis o Cordeiro de Deus, o Bispo pode fazer breve monição aos neófitos
acerca da importância de tão grande mistério, ponto culminante da iniciação e
centro de toda a vida cristã. Convém que os neófitos recebam a Sagrada Comunhão
sob as duas espécies, juntamente com os padrinhos, pais, parentes e
catequistas. À fórmula habitual de despedida dos fiéis: Vamos em paz, o diácono
acrescenta um duplo Aleluia; e o mesmo fazem os fiéis na resposta. Para dar a
bênção no fim da Missa, é conveniente que o Bispo use a fórmula da bênção
solene que vem no Missal para a Missa da Vigília Pascal, ou a fórmula da bênção
do rito do Batismo dos adultos ou das crianças, conforme as circunstâncias.
CAPÍTULO XIITEMPO PASCAL
371.
Os cinquenta dias que decorrem desde o Domingo da Ressurreição até ao Domingo
de Pentecostes, inclusive, são celebrados com alegria e júbilo, como se fora um
único dia de festa, mais, como se fora um “grande domingo”. São dias em que tem
particular relevo o canto do Aleluia. Onde for costume, mantenha-se a tradição
de celebrar, no dia de Páscoa, as Vésperas batismais e, enquanto se cantam os
salmos, vai-se em procissão ao batistério.
372.
O círio pascal acende-se em todas as celebrações litúrgicas mais solenes deste
tempo, tanto à Missa como em Laudes e Vésperas. Depois do dia de Pentecostes, o
círio pascal conserva-se honorificamente no batistério, para se acender na
celebração do Batismo e dele se acenderem as velas dos batizados. Durante o
tempo pascal, na administração do Batismo, utiliza-se a água benzida na noite
pascal.
373.
Os oito primeiros dias do tempo pascal constituem a oitava da Páscoa e
celebram-se como solenidades do Senhor. Na Missa e na Liturgia das Horas, à
despedida, acrescenta-se duplo aleluia ao Vamos em paz, com a resposta: Demos
graças a Deus, aleluia, aleluia.
374.
Onde houver neófitos, o tempo pascal, sobretudo a primeira semana, é o tempo da
“mistagogia” dos neófitos, em que, juntamente com eles, a comunidade, através
da meditação, da participação na Eucaristia, da prática da caridade, penetra
mais profundamente na compreensão do mistério pascal, procurando traduzi-locada
vez mais na vida cotidiana. Mas o lugar por excelência da “mistagogia” são as
Missas dos domingos pascais. Nestas, com efeito, mormente no Ano A do
Lecionário, os neófitos encontram leituras especialmente adaptadas a eles, leituras
estas que devem ser comentadas na homilia.
375.
No quadragésimo dia depois da Páscoa, ou, onde não for de preceito, no VII
Domingo da Páscoa, celebra-se a Ascensão do Senhor, solenidade na qual se põe
diante dos olhos Cristo que à vista dos discípulos subiu ao Céu, onde está
sentado à direita de Deus, revestido de régio poder, a reservar para os homens
o reino celeste, e de onde há de vir novamente no fim dos tempos.
376.
As férias depois da Ascensão até ao sábado antes do Pentecostes inclusive
servem de preparação à vinda do Espírito Santo Paráclito. Encerra-se finalmente
este sagrado tempo de cinquenta dias com o Domingo de Pentecostes, no qual de
comemora o dom do Espírito Santo aos Apóstolos, os primórdios da Igreja e o
início da missão desta a todas as línguas, povos e nações. Neste dia, o Bispo,
por via de regra, deve celebrar a Missa estacional, e presidir à Liturgia das
Horas, mormente em Laudes e Vésperas.
CAPÍTULO XIII
TEMPO COMUM
377.
Além dos “tempos” que revestem um caráter próprio, sobram trinta e três ou
trinta e quatro semanas no círculo do ano em que não se celebra nenhum aspecto
peculiar do mistério de Cristo; antes se comemora, na plenitude, esse mesmo
mistério de Cristo, de modo especial aos domingos. Este período, designa-se por
“tempo comum”.
378.
O tempo comum começa no dia da semana que segue a festa do Batismo do Senhor e
prolonga-se até a terça-feira antes da Quaresma, inclusive; e recomeça na
segunda-feira depois do domingo do Pentecostes e termina antes das I Vésperas
do I domingo do Advento.
379.
Devendo o domingo ser considerado como o dia festivo primordial, bem como o
núcleo e o fundamento do ano litúrgico, procure o Bispo que, nos domingos do
tempo comum, mesmo quando se comemoram dias dedicados a temas especiais, se
celebre a liturgia própria do domingo, tendo em conta o que ficou dito acima,
nos nn. 228-230.380. Para o bem pastoral dos fiéis, nos domingos do tempo
comum, é permitido realizar aquelas celebrações que ocorrem durante a semana e
são particularmente caras à piedade dos mesmos fiéis; isto desde que, na tabela
das precedências, tenham preferência sobre o domingo. Destas celebrações,
podem-se dizer todas as Missas celebradas com a concorrência do povo.
CAPÍTULO XIV
ROGAÇÕES E QUATRO TÊMPORAS
381.
Nas Rogações e nas Quatro têmporas, a Igreja costuma orar ao Senhor pelas
várias necessidades dos homens, sobretudo pelos frutos da terra e pelos
trabalhos dos homens, e render-lhe publicamente ações de graças.
382.
Para que as Rogações e as Quatro têmporas se possam adaptar à diversidade dos
lugares e às necessidades dos fiéis, convém que sejam regulamentadas pelas
Conferências Episcopais, no tocante ao tempo e ao modo de as celebrar. Por
conseguinte, quanto à amplitude da sua celebração, por um ou vários dias ou sua
repetição no decurso do ano, serão estabelecidas normas pela autoridade
competente, de acordo com as necessidades locais.
383.
Convém, pois, que, em cada diocese, atentas as circunstâncias e os costumes
locais, o Bispo se empenhe a sério em encontrar forma adequada de conservar a
liturgia das Rogações ou das Quatro têmporas, consagrando-a ao ministério da
caridade, de modo a fomentar a piedade e a devoção do povo de Deus e a aprofundar
a compreensão dos mistérios de Cristo.
384.
Para a celebração de cada um destes dias escolher-se-á, de entre as Missas para
as diversas necessidades, aquela que melhor se adapte ao objetivo destas
súplicas.
CAPÍTULO XV
SOLENIDADE DO SANTÍSSIMO CORPOE
SANGUE DE CRISTO
INTRODUÇÃO
385.
É certo que a instituição da Eucaristia é recordada de modo especial na Missa
da Ceia do Senhor,quando o Cristo Senhor ceou com os discípulos e lhes entregou
o sacramento do Seu Corpo e Sangue, para ser celebrado na Igreja. Mas nesta
solenidade, propõe-se à piedade dos fiéis o culto de tão salutar Sacramento,
para que celebrem as maravilhas de Deus nele significadas e realizadas mediante
o mistério pascal, aprendam a participar do Sacrifício Eucarístico e a viver
dele mais intensamente, venerem a presença de Cristo Senhor neste Sacramento, e
por estes dons rendam a Deus as devidas ações de graças.
386.
Como celebração peculiar desta solenidade, foi introduzida pela piedade da
Igreja a procissão. Nela, o povo cristão, acompanhando a Eucaristia através das
ruas em rito solene, com canto e orações, dá público testemunho de fé e piedade
para com este Sacramento. Convém, por isso, que, se as circunstâncias o
permitirem onde ela se possa tornar verdadeira manifestação comum de fé e
adoração, esta procissão seja mantida e fomentada. E até, no caso de uma cidade
muito grande e a necessidade pastoral o sugerir, é permitido, a juízo do Bispo
diocesano, organizar outras procissões nas principais zonas da cidade. Compete
ao Bispo diocesano julgar quer da oportunidade, atentas as circunstâncias, quer
do lugar e da organização desta procissão, de modo que tudo se realize com
dignidade e sem detrimento do respeito devido ao Santíssimo Sacramento. Onde,
porém, nesta solenidade, não se puder fazer a procissão, convém organizar outra
celebração pública para toda a cidade ou para as zonas principais da mesma,
seja na igreja catedral seja noutro local mais apropriado.
387.
É conveniente fazer esta procissão logo após a Missa na qual se consagra a
hóstia que há de ser levada em procissão. Nada obsta, porém, a que se faça
depois de uma adoração pública e prolongada que se siga à Missa.
388.
Além do que é requerido para a celebração da Missa estacional, deve
preparar-se: a) no presbitério: − na patena, uma hóstia a ser consagrada para a
procissão; − ostensório; − véu de ombros; − segundo turíbulo com a respectiva
naveta. b) em lugar conveniente: − pluviais de cor branca ou festiva (cf.
adiante n. 390); − tochas e velas; − (pálio).
389.
Terminada a comunhão dos fiéis, o diácono depõe sobre o altar o ostensório, no
qual introduz respeitosamente a hóstia consagrada. Depois, o Bispo, com os seus
diáconos, genuflete e volta para a cátedra, onde recita a oração depois da
comunhão.
390.
Recitada esta, e omitidos os ritos de conclusão, organiza-se a procissão.
Preside o Bispo, revestido da casula, como na Missa, ou do pluvial de cor
branca. No caso de a procissão não se seguir imediatamente à Missa, veste o
pluvial. Convém que os cônegos e os presbíteros não concelebrantes revistam o
pluvial por cima da sobrepeliz do hábito talar.
391.
O Bispo, depois de impor incenso no turíbulo e o benzer, ajoelha diante do
altar e incensa o Santíssimo Sacramento. Depois, recebe o véu de ombros, sobe
ao altar, genuflete e, ajudado pelo diácono, toma a custódia, segurando-a com
as mãos cobertas com o véu. Organiza-se então a procissão: à frente, vai o
acólito com a cruz, ladeado dos acólitos que levam os castiçais com as velas
acesas; seguem-se o clero, os diáconos que serviram à Missa, os cônegos e os presbíteros
vestidos de pluvial, os presbíteros concelebrantes, os Bispos porventura
presentes e revestidos de pluvial, o ministro com o báculo do Bispo, os dois
turiferários com os turíbulos fumegando, o Bispo com o Santíssimo Sacramento,
um pouco atrás os diáconos assistentes, depois os ministros do livro e da
mitra. Vão todos com velas na mão, e aos lados do Santíssimo Sacramento
levam-se tochas. Usar-se-á o palio, sob o qual vai o Bispo com o Santíssimo
Sacramento, conforme os costumes locais. Se ele mesmo não puder levar o
Santíssimo Sacramento, o Bispo acompanha a procissão,devidamente paramentado,
de cabeça descoberta, com o báculo, mas sem abençoar, imediatamente antes do
sacerdote que leva o Santíssimo Sacramento. Os outros Bispos, que porventura tomem
parte na procissão, irão revestidos de hábito coral, atrás do Santíssimo
Sacramento, como se indica adiante, no n. 1100.392. No que respeita à ordem dos
fiéis, sigam-se os costumes locais. O mesmo se diga quanto à ornamentação das
praças e das ruas. Durante o percurso, se for costume e o bem pastoral o
aconselhar, pode-se marcar uma ou outra “estação”, dando-se inclusive a bênção
eucarística. Os cânticos e orações que se proferirem deverão orientar-se no
sentido de que todos manifestem a sua fé em Cristo e se ocupem unicamente do
Senhor.
393.
Convém que a procissão se dirija de uma igreja para outra. Contudo, se as
circunstâncias locais o aconselharem, pode regressar à mesma igreja de onde
partiu.
394.
Finda a procissão, dá-se a bênção com o Santíssimo Sacramento, na igreja onde
terminou ou noutro local mais conveniente. Os ministros, diáconos e
presbíteros, ao entrarem no presbitério, irão diretamente para os seus lugares.
Depois de o Bispo ter subido ao altar, o diácono que está à sua direita recebe
da mão do próprio Bispo, que está de pé, o ostensório e coloca-se sobre o
altar. Depois o Bispo, juntamente com o diácono, genuflete e, tirado o véu,
ajoelha-se diante do altar. Logo a seguir o Bispo impõe e benze o incenso,
recebe o turíbulo do diácono, faz inclinação com os seus diáconos assistentes,
e incensa o Santíssimo Sacramento com três ductos. Inclina-se novamente diante
do Santíssimo Sacramento e entrega o turíbulo ao diácono. Enquanto isso,
entoa-se a estrofe: Tão sublime, ou outro canto eucarístico. Depois, o Bispo
levanta-se e diz: Oremos. Após uma breve pausa de silêncio, e enquanto o
ministro, se for necessário, segura o livro diante do Bispo, este prossegue:
Senhor Jesus Cristo, neste admirável sacramento, ou outra oração do Ritual
Romano. Recitada a oração, o Bispo recebe o véu de ombros, sobe ao altar, faz a
genuflexão e, ajudado pelo diácono, segura o ostensório, mantendo-o elevado com
as mãos cobertas pelo véu, volta-se para o povo e comele faz o sinal da cruz
sem dizer nada. Feito isto, o diácono recebe o ostensório da mão do Bispo e
coloca-o sobre o altar. Bispo e diácono genufletem. Depois, enquanto o Bispo
continua de joelhos diante do altar, o diácono leva respeitosamente o Santíssimo
Sacramento para a capela da reposição. Enquanto isso, o povo profere algumas
aclamações apropriadas. E faz-se a procissão de volta à sacristia na forma
habitual.
CAPÍTULO XVI
COMEMORAÇÃO DE TODOS OS FIÉIS
DEFUNTOS
395.
A Igreja oferece o Sacrifício eucarístico pelos Defuntos e por eles intercede,
não só nas e exéquias e dia aniversário, mas também numa Comemoração anual de
todos os seus filhos que adormeceram em Cristo, aos quais procura ajudar diante
de Deus com poderosos sufrágios, para que sejam associados aos cidadãos do céu.
Deste modo, pela comunhão de todos os membros de Cristo, ao mesmo tempo que
implora auxílio espiritual para os defuntos, inspira aos vivos consolação e
esperança.
396.
Ao celebrar esta Comemoração, procure o Bispo afirmar a esperança na vida
eterna, de tal forma, porém, que não dê a ideia de ignorar ou menosprezar o
modo de pensar e de agir dos homens da sua diocese no que se refere aos
defuntos. Quer se trate, portanto, de tradições familiares, quer de costumes
locais, tudo quanto de bom encontrar, de boa mente o aprove; o que, porém, de
algum modo contrarie o espírito cristão,procure modificá-lo, no sentido de que
o culto prestado aos mortos seja a expressão da fé pascal e a manifestação do
espírito evangélico.
397.
Neste dia, não se ornamenta o altar com flores; e o toque do órgão e de outros
instrumentos só é permitido para sustentar o canto.
398.
Na Comemoração de todos os fiéis defuntos, onde for costume, neste dia,
reunirem-se os fiéis na igreja ou no próprio cemitério, é conveniente que o
Bispo celebre a Missa com o povo e tome parte, com a sua Igreja, nos
costumeiros sufrágios pelos defuntos.
399.
No cemitério ou nas igrejas em que estão sepultados os corpos dos defuntos, ou
à entrada de jazigo, ou junto da sepultura dos Bispos, a Missa pode ser seguida
da aspersão e incensação dos sepulcros, na forma a seguir descrita.
400.
Terminada a Oração depois da comunhão, o Bispo põe a mitra simples. Depois, ele
próprio ou o diácono ou algum dos concelebrantes ou outro ministro idôneo faz
breve introdução explicando aos fiéis o significado do rito da aspersão pelos
defuntos.
401.
Enquanto se executa um canto apropriado, tirado do Ritual das Exéquias, o
Bispo, de mitra e báculo, aproxima-se das sepulturas dos defuntos e, deposto o
báculo, asperge e incensa. Depois, tira a mitra e profere uma oração adequada,
das que propõe o Ritual das Exéquias, e faz-se a despedida na forma habitual.
402.
O Bispo pode também efetuar este rito fora da Missa, vestido de pluvial roxo e
mitra simples. Neste caso, a bênção dos túmulos seguir-se-á à liturgia da
Palavra, celebrada na forma prevista no rito das exéquias.
403.
O rito da aspersão e incensação dos sepulcros, acima descrito, nos nn. 399-402,
nunca pode realizar quando não estejam presentes corpos dos defuntos.
V PARTE
OS SACRAMENTOS
CAPÍTULO I
INICIAÇÃO CRISTÃ
INTRODUÇÃO
404.
O Bispo, sendo como é o principal dispensador dos mistérios de Deus e ordenador
de toda a vida litúrgica na Igreja a ele confiada, é quem regula a
administração do Batismo, pelo qual é concedida a participação no sacerdócio
real de Cristo, é ele o ministro originário da Confirmação, o autor de toda a iniciação
cristã, a qual efetua por si mesmo ou pelos seus presbíteros, diáconos e
catequistas. A tradição eclesiástica considerou sempre este encargo pastoral
tão próprio do Bispo, que não duvidou afirmar pela boca de Santo Inácio de
Antioquia: “Não é lícito batizar sem o Bispo”. De modo especial convém que o
Bispo a encarregar-se da Iniciação cristã dos adultos e celebrar as partes
principais. Por fim, é muito de desejar que, na solene Vigília pascal, bem
como, quanto possível, na visita pastoral, o Bispo administre, tanto aos
adultos como às crianças, os sacramentos da Iniciação cristã.
405.
Salvo em caso de necessidade, o Bispo não celebre os Sacramentos da Iniciação
cristã em capelas ou casas particulares, mas sim, por via de regra, na igreja
catedral ou em igrejas paroquiais, de forma que a comunidade cristã passa tomar
parte.
I. INICIAÇÃO CRISTÃ DE ADULTOS
406.
Compete ao Bispo, por si mesmo ou por delegado seu, organizar dirigir e
fomentar a instrução pastoral dos catecúmenos, bem como admitir os candidatos à
eleição e aos sacramentos. É para desejar que, na medida do possível, presida à
liturgia quaresmal, celebre ele próprio o rito da eleição e, na Vigília
pascal,os sacramentos da Iniciação. Finalmente, ao múnus pastoral do Bispo
compete dar aos catequistas, que sejam realmente dignos e estejam devidamente
preparados, a deputação para celebrarem os exorcismos menores.
407.
Conseqüentemente, é de louvar que o Bispo reserve para si o rito da “eleição”
ou “inscrição do nome”, e conforme os casos, a “entrega”, do Símbolo e da
oração dominical, e ainda a própria celebração dos sacramentos da Iniciação,
desde a ladainha até ao fim, com a ajuda dos presbíteros e diáconos, como adiante
se descreve. Quanto aos outros ritos a que porventura lhe aprouver presidir, o
Bispo agirá como vem indicado no Ritual Romano. Rito da eleição ou da inscrição
do nome
408.
No início da Quaresma, celebra-se a “eleição” ou “inscrição do nome”. Ouvindo o
testemunho dos padrinhos e dos catequistas, ao mesmo tempo que os catecúmenos
confirmam a sua determinação, a Igreja emite o seu juízo do estado de
preparação dos mesmos e se eles se podem ou não aproximar dos sacramentos
pascais.
409.
Compete ao Bispo, qualquer que tenha sido a sua participação, remota ou
próxima, na deliberação prévia, expor, na homilia ou no decurso do rito, o
sentido religioso e eclesial da eleição. A ele pertence expor, diante de todos
os presentes, o sentir da Igreja, ouvir, se for oportuno, o seu parecer, pedir
aos catecúmenos que manifestem a sua vontade pessoal, e fazer, em nome de
Cristo e da Igreja, a admissão dos eleitos.
410.
Convém que o Bispo celebre o rito da eleição na igreja catedral ou noutra
igreja, conforme as necessidades pastorais, na Missa do I Domingo da Quaresma,
utilizando os textos da Missa do referido domingo, a não ser que julgue mais
oportuna outra ocasião. No caso de este rito se celebrar fora do I Domingo da
Quaresma, iniciar-se-á pela liturgia da Palavra. Neste caso, se as leituras do
dia não condisserem com o rito, escolher-se-ão outras de entre as que vêm
indicadas para o I Domingo da Quaresma, ou outras adequadas. A Missa para a
“eleição” ou “inscrição do nome” pode celebrar-se sempre, exceto nos dias indicados
nos nn. 1-4 da tabela dos dias litúrgicos, com paramentos de cor roxa.
411.
A Preparação do Bispo, dos concelebrantes, se os houver, e dos outros
ministros, a entrada na igreja, os ritos iniciais e a liturgia da Palavra até
ao Evangelho inclusive, fazem-se como de costume.
412.
A homilia, adaptada às circunstâncias, tenha em conta, não só os catecúmenos,
mas também a comunidade dos fiéis. Nela, o Bispo exponha o ministério divino
contido no chamamento da Igreja e na sua celebração litúrgica; e exorte os
fiéis a que, juntamente com os eleitos, aos quais devem dar o exemplo, se
preparem para as solenidades pascais.
413.
Terminada a homilia e omitido o símbolo, o sacerdote encarregado da iniciação
dos catecúmenos ou odiácono, um catequista ou um delegado da comunidade, faz ao
Bispo, sentado na cátedra e com a mitra, àapresentação dos candidatos, com as
palavras indicadas no Ritual Romano ou com outras semelhantes.
414.
Feita a apresentação, o Bispo manda fazer a chamada dos candidatos. Chama-se,
então, cada um pelo seu nome; e um por um, acompanhado do respectivo padrinho,
aproxima-se e coloca-se diante do Bispo.
415.
Depois de os candidatos se terem aproximado todos, o Bispo, sentado na cátedra
e com a mitra, pede o testemunho dos padrinhos e interroga os catecúmenos
quanto à sua vontade de se aproximarem dos sacramentos da Iniciação. Por fim,
convida os catecúmenos a inscreverem o seu nome.
416.
Enquanto se inscreve o nome dos candidatos, executa-se um canto apropriado, por
ex., o Salmo 15.
417.
Terminada a inscrição dos nomes, o Bispo recebe o báculo e, voltado para os
candidatos, proclama a sua eleição para receberem os sacramentos na Páscoa.
Depois, convida os padrinhos a pôr a mão no ombro dos candidatos que tomam ao
seu cuidado ou a fazer outro gesto que tenha o mesmo significado. Por fim, o
Bispo depõe o báculo e a mitra, levanta-se e profere a monição introdutória à
preces pelos eleitos. O Diácono enuncia as intenções; e o Bispo, de mãos
estendidas sobre os eleitos, conclui as preces com a oração.
418.
Terminada as preces, o Bispo despede os eleitos e, com os fiéis, procede à
celebração da Eucaristia. Se houver razões graves para os eleitos não se
retirarem e tenham, por isso, de ficar com os fiéis, haja o cuidado de que,
embora assistam à Eucaristia, não participem nela com se já fossem batizados.
419.
Se o rito da “eleição”, ou “inscrição do nome”, for celebrado fora da Missa, o
Bispo veste a alva, põe a cruz peitoral, a estola e, se for conveniente, o
pluvial de cor roxa, e toma a mitra simples e o báculo. O Bispo é assistido
pelo diácono, paramentado com as vestes próprias da sua ordem, e os restantes
ministros, revestidos de alva ou outra veste para eles legitimamente aprovada.
Após a entrada na igreja, ou em outro lugar adequado onde se vai realizar o
rito, faz-se a celebração da Palavra de Deus, escolhendo as leituras de entre
as do Lecionário da Missa ou outras apropriadas. Tudo o mais cumpre-se como
ficou dito acima, nos nn. 412-418. O rito termina com canto apropriado e com a
despedida de todos juntamente com os catecúmenos. Ritos das “entregas”.
420.
Completada a instrução dos catecúmenos, ou decorrido tempo conveniente depois
de começada, celebram-se as “entregas”, pelas quais a Igreja entrega aos
catecúmenos, em grande gesto de amor, os “documentos”, que desde os tempos
antigos, são considerados como o compêndio da sua fé e da sua oração.
421.
É para desejar que as “entregas” se façam na presença da comunidade dos fiéis,
após a liturgia da Palavra de Missa ferial, com leituras condizentes com cada
uma dessas mesmas “entregas” e que vêm no Lecionário. Dada a sua importância, e
se as circunstâncias o permitam, convém que sejam presididas pelo Bispo, contanto
que se realizem depois, e não antes, da eleição.
422.
A Missa celebra-se com paramentos roxos, na forma de costume, até ao versículo
antes do Evangelho inclusive. Para a “entrega” da oração dominical, o diácono,
antes da leitura do Evangelho, convida os eleitos a aproximarem-se do Bispo.
Estando de pé diante dele, o Bispo levanta-se sem mitra e, servindo-se da leitura
do Evangelho segundo São Mateus, proclama a oração dominical, proferindo, antes
de começar a leitura, amonição: Ides ouvir, ou outra semelhante. Na “entrega”
do Símbolo, lê-se o Evangelho na forma de costume.
423.
Segue-se a homilia, na qual o Bispo, baseado no texto sagrado, expõe o sentido
e a importância do Símbolo ou da Oração dominical, quer relativamente à
catequese já recebida, quer à pratica da vida cristã. Na “entrega” do Símbolo,
terminada a homilia, o diácono convida os eleitos a aproximarem-se do Bispo;
estando de pé diante dele, o Bispo tira a mitra, levanta-se e, após a monição:
caríssimos eleitos, ou outra semelhante, recita o Símbolo com toda a
comunidade, enquanto os eleitos escutam.
424.
Feito isso, de pé, sem mitra, convida os fiéis a orar e, após breve oração em
silêncio, recita a prece sobre os eleitos, de mãos estendidas sobre eles.
Terminada a oração, o Bispo despede os eleitos e procede à celebração da
Eucaristia com os fiéis. No caso de os eleitos terem de ficar com os fiéis,
haja o cuidado de que, embora assistam à Eucaristia, nãoparticipem nela como se
já fossem batizados. A Missa continua como de costume. Na Oração eucarística,
faz-se memória dos eleitos e dos padrinhos. Celebração dos sacramentos da
Iniciação.
425.
Além do que é necessário para a celebração da Missa estacional, preparar-se-á: recipiente
com água, óleo dos catecúmenos, santo crisma, vela batismal, círio pascal,
Ritual Romano, cálice de tamanho suficiente para a Comunhão sob as duas
espécies, jarro com água, bacia e toalha para lavar e limpar as mãos.
426.
Como a Iniciação cristã dos adultos costuma celebrar-se na noite santa da
Vigília pascal, na administração dos sacramentos proceder-se-á conforme se
disse atrás nos nn. 356-367. A celebração da Iniciação revestirá sempre caráter
pascal, mesmo quando se realiza fora da Vigília pascal. Quando suceder no dia
em que são permitidas as Missas rituais, pode celebrar-se a missa “No Batismo”
com as leituras próprias e paramentos brancos. Caso não se celebre a Missa
ritual, pode tomar-se uma das leituras das que traz o Lecionário para areferida
Missa. Ocorrendo algum dos dias indicados nos nn. 1-4 da tabela dos dias
litúrgicos, diz-se a Missa do dia com as suas leituras.
427.
Na administração dos sacramentos, seguir-se-á o que ficou indicado nos nn.
356-367 para a Vigília pascal. Os outros ritos complementares são executados
por presbítero.
428.
Omitido o Símbolo, a Missa prossegue como de costume. Enquanto se executa o
canto das oferendas, convém que alguns dos neófitos apresentem ao altar o pão,
o vinho e a água para a celebração da Eucaristia. Na Oração eucarística, faz-se
memória dos batizados e dos padrinhos, segundo a fórmula que vem no Missal.
Convém que os neófitos recebam a sagrada comunhão sob as duas espécies. Podem igualmente
recebê-la os pais, os padrinhos, os catequistas e os parentes. Tempo de
mistagogia.
429.
A fim de estabelecer contato pastoral com os novos membros da sua Igreja,
sobretudo quando não lhe tenha sido possível presidir ele próprio aos
sacramentos da Iniciação cristã, procure o Bispo reunir os neófitos ao menos uma
vez, de preferência num dos domingos da Páscoa ou no aniversário do Batismo, e
ele próprio presida à celebração da Eucaristia, na qual os neófitos podem
receber a comunhão sob as duas espécies. Rito simplificado da Iniciação.
430.
Em casos excepcionais, em que o Bispo tenha de presidir à Iniciação cristã de
adulto segundo o Rito simplificado, quer dizer, celebrada de uma só vez, todos
os ritos que precedem a bênção da água são feitos por presbíteros. É o Bispo,
porém, quem benze a água batismal, dirige as perguntas relativas à renunciação
e à profissão de fé, e administra o Batismo e a Confirmação, de acordo com o
que ficou descrito para a administração destes sacramentos na Vigília pascal
(nn. 356-367). os outros ritos complementares são executados por presbítero.
II. BATISMO DE CRIANÇAS
431.
Para a celebração do Batismo, preparar-se-á: a) uma recipiente com água; b)
óleo dos catecúmenos; c) Santo crisma; d) vela batismal; e) círio pascal; f)
Ritual Romano;e além disso, para o Bispo: mitra, báculo, jarro com água, bacia
e toalha para lavar e limpar as mãos.
432.
Convém que o Bispo seja assistido ao menos por um presbítero, que normalmente
será o pároco, um diácono e alguns ministros. É o presbítero quem recebe as
crianças e executa os ritos que precedem a liturgia da Palavra; diz, depois, a
oração de exorcismo e faz a unção pré-batismal, bem como, depois do Batismo, a
unção com o crisma, a imposição da veste, a entrega da vela acesa e o rito do
Éfeta. Celebração do batismo dentro da Missa.
433.
O Bispo, os presbíteros que desejarem concelebrar e os diáconos revestem-se com
paramentos brancos ou de cor festiva, requeridos para a Missa. Se for
administrada a comunhão sob as duas espécies, preparar-se-á um cálice de
tamanho suficiente.
434.
Nos dias em que são permitidas as Missas rituais, pode-se celebrar a Missa “No
Batismo”, com as leituras próprias. Não se celebrando a Missa ritual, pode-se
tomar uma das leituras de entre as que vêm no Lecionário para a referida Missa.
Ocorrendo algum dos dias indicados nos nn. 1-4 da tabela dos dias litúrgicos,
celebra-se a Missa do dia, com suas leituras. Na bênção final, pode-se usar
sempre a fórmula própria do Ritual do Batismo.
435.
A entrada na igreja faz-se como de costume. O Bispo, acompanhado dos
presbíteros, diáconos e ministros, sem báculo nem mitra, venera o altar,
incensa-o, se for oportuno, e dirige-se para a cátedra. Daí, saúda o povo,
depois senta-se e recebe a mitra.
436.
O pároco, ou outro presbítero, vai com os ministros até à porta da igreja, onde
faz os ritos da recepção das crianças, como vem descrito no Ritual do batismo
das crianças.
437.
Assim que todos estiverem nos seus lugares na igreja, o Bispo depõe a mitra,
levanta-se e, omitido o ato penitencial e o Senhor, diz: Glória a Deus nas
alturas, segundo as rubricas, e recita a coleta.
438.
Segue-se a liturgia da Palavra, com a homilia do Bispo. Omite-se o Símbolo, uma
vez que virá depois a profissão de fé, por parte dos pais e padrinhos,
profissão esta a que o Bispo dá o seu assentimento, juntamente com toda a
comunidade presente.
439.
Terminada a oração universal, introduzida pelo Bispo, um presbítero recita a
oração do exorcismo e faz a unção pré-batismal, enquanto o Bispo continua de pé
na cátedra.
440.
Feito isto, o Bispo recebe a mitra e o báculo e faz-se a procissão até ao
batistério, se este ficar situado fora da igreja ou longe da vista dos fiéis.
No caso, porém, de o recipiente com a água batismal estar colocado à vista da
assembléia, o Bispo, os pais e os padrinhos com as crianças dirigem-se para
junto dele, enquanto os demais ficam nos seus lugares. Se todos os presentes
não couberem no batistério, o Batismo pode celebrar-se noutro lugar mais
apropriado da igreja, onde, no momento oportuno, se colocam os pais e os
padrinhos. Entretanto, podendo fazer-se com dignidade, executa-se um canto
adequado, por ex., o Salmo 22. Na procissão para o batistério, os batizados com
os pais e os padrinhos, vão atrás do Bispo.
441.
Chegados junto da fonte batismal, ou ao lugar onde se vão realizar os ritos do
Batismo, o Bispo faz uma introdução a esta parte da celebração, recordando aos
presentes, em breves palavras, o admirável desígnio de Deus, que se dignou
santificar, por meio da água, a alma e o corpo do homem. Em seguida, depõe o
báculo e a mitra, e, voltado para a fonte batismal, profere a bênção da água ,correspondente
ao tempo.
442.
Depois senta-se, recebe o báculo e a mitra, e interroga os pais e os padrinhos
sobre a renúncia a Satanás e a profissão de fé.
443.
Terminado o interrogatório, depõe o báculo, levanta-se e batiza as crianças. Se
estas forem em grandenúmero, os sacerdotes e os diáconos ajudam-no a batizar.
444.
A seguir, o Bispo senta-se, com mitra, enquanto o pároco ou outro presbítero
faz a unção com ocrisma, impõe a veste branca, entrega a vela acesa e, se este
se realiza, executa o rito do Éfeta, enquanto o Bispo profere as fórmulas
prescritas.
445.
Depois disto, se o Batismo não se tiver realizado no próprio presbitério,
faz-se a procissão em direçãoao altar; batizados, pais e padrinhos seguem o
Bispo, com as velas dos batizados acesas.
446.
Em seguida, omitido o Símbolo, prossegue a Missa como de costume. Enquanto se
executa o canto das oferendas, convém que alguns dos pais e padrinhos dos batizadoslevem
ao altar o pão, o vinho e a água para a celebração da Eucaristia. Na Oração
eucarística, faz-se memória dos batizados e dos padrinhos, com a fórmula
indicada no Missal. Pais, padrinhos e parentes podem receber a comunhão sob as
duas espécies.
447.
Para a bênção no fim da Missa convém que o Bispo se sirva de uma das fórmulas
indicadas no Ritopara Batismo de Crianças. Para isso, as mãos, com os filhos
nos braços, e os pais vão colocar-se diante do Bispo. Este, voltado para eles,
de pé, com mitra, diz: O Senhor esteja convosco. Um dos diáconos pode dizera
fórmula invitatória da bênção, e o Bispo, de mãos estendidas sobre o povo,
profere as invocações dabênção. Depois recebe o báculo, e diz: Abençoe-vos, e
faz o sinal da cruz sobre o povo. O Bispo pode também dar a bênção servindo-se
das fórmulas apresentadas adiante, nos nn. 1120-1121.
448.
Finalmente, o diácono despede o povo, dizendo: Vamos em paz; e todos respondem:
Graças a Deus. Celebração do Batismo fora da Missa.
449.
O Bispo veste a alva, a cruz peitoral, a estola e o pluvial de cor branca; os
presbíteros vestemsobrepeliz sobre o hábito talar, ou alva e estola; o diácono,
convém que vista a dalmática.
450.
A entrada na igreja faz-se na forma habitual. O Bispo, chegando ao altar,
inclina-se e dirige-se para acátedra, de onde saúda o povo; depois, senta-se.
451.
O rito de recepção das crianças à porta é feito por um presbítero, como vem
descrito no Rito para Batismo de crianças.
452.
Quando todos já estiverem nos seus lugares, procede-se à liturgia da Palavra,
com homilia do Bispo. Tudo o mais se faz como acima ficou descrito, nos nn.
435-445.
453.
Chegados ao altar, o Bispo depõe a mitra, diz a introdução à oração dominical,
que depois recita comtodos.
454.
Em seguida, recebe a mitra e profere a bênção, como se refere acima, no nn.
447. E a celebraçãotermina com o cântico: Magnificat ou outro adequado.
III. CONFIRMAÇÃO
455.
O ministro ordinário da Confirmação é o Bispo. Este sacramento, por via de
regra, é administrado porele pessoalmente, para uma mais clara referência à
primeira efusão do Espírito Santo no dia de Pentecostes, visto que, depois de
terem sido repletos do Espírito Santo, os próprios Apóstolos o transmitiram aos
fiéismediante a imposição das mãos. Deste modo, a recepção do Espírito Santo
pelo ministério do Bispo significa o vínculo mais estreito que liga os
confirmados à Igreja, e bem assim o mandamento recebido de dartestemunho de
Cristo perante os homens.
456.
Por uma causa grave, como acontece por vezes, devido ao grande número de
confirmado, o Bispopode associar a si presbíteros que administrem este
sacramento. Sugere-se que sejam convidados: a) os que na diocese desempenhem
múnus ou função especial, como sejam os Vigários gerais, os Vigários
episcopais, ou os Vigários forâneos; b) os párocos dos lugares em que se
administra a Confirmação, ou dos lugares a que os confirmandos pertençam, ou
ainda os presbíteros que colaboraram, de modo especial, na preparação
catequética dos mesmos.
457.
Para a administração da Confirmação, preparar-se-ão: a) as vestes sagradas
necessárias para a celebração, segundo se trate do rito dentro da Missa ou fora
da Missa, conforme vem indicado adiante, nos nn. 458 e 473; b) assentos para os
presbíteros que devam ajudar o Bispo; c) vaso ou vasos com o sagrado crisma; d)
Pontifical Romano; e) as coisas necessárias para lavar as mãos, após a unção
dos confirmados; f) no caso da Confirmação dentro da Missa com a comunhão sob
as duas espécies, um cálice de tamanho suficiente. Em princípio, a celebração é
feita junto da cátedra. Contudo, se for necessário para melhorparticipação dos
fiéis, prepara-se uma sede para o Bispo à frente do altar ou em lugar mais
adequado. Confirmação dentro da Missa.
458.
É de toda a conveniência que seja o Bispo a celebrar a Missa. Os presbíteros
que o ajudarem aadministrar a Confirmação devem concelebrar com ele. Todos,
portanto, devem ir revestidos dos paramentosrequeridos para a Missa. Se acaso a
Missa for celebrada por outro, convém que o Bispo presida à liturgia da Palavra
e dê abênção no fim da Missa, como se indica acima, nos nn. 175-185. Neste
caso, o Bispo vai paramentado com aalva, cruz peitoral, estola e pluvial da cor
correspondente à Missa, e usa mitra e báculo. Os presbíteros que oajudarem,
vestem sobrepeliz por cima do hábito talar, alva, estola e, eventualmente,
pluvial.
459.
Nos dias em que são permitidas as Missas rituais, pode-se celebrar a Missa “Na
Confirmação”, com asleituras próprias, e paramentos vermelhos ou brancos. Não
se celebrando a Missa ritual, pode-se tomar uma das leituras das que vêm no
Lecionário para areferida Missa. Na ocorrência dos dias indicados nos nn. 1-4
da tabela dos dias litúrgicos, celebra-se a Missa do dia, com suas leituras.
Para a bênção final, pode-se usar sempre a fórmula própria da Missa ritual.
460.
Entrada na igreja, ritos iniciais e liturgia da Palavra até ao Evangelho, como
de costume.
461.
Proclamado o Evangelho, o Bispo senta-se, com mitra, na cátedra ou na sede para
ele preparada. Ospresbíteros que o assistem sentam-se junto dele. Os
confirmados são apresentados pelo pároco, por outro presbítero, ou por diácono
ou mesmo porcatequista, conforme o costume de cada região, deste modo: os
confirmandos, podendo ser, são chamados umpor um pelos seus nomes, e vão-se
dirigindo para o presbitério; as crianças são levadas por um dos padrinhosou
pelo pai ou pela mãe; e põem-se todos em frente do Bispo. No caso de os
confirmandos serem muitonumerosos, não são individualmente chamados; mas
dispõem-se em lugar conveniente em frente do Bispo.
462.
Então o Bispo profere breve homilia, na qual, comentando as leituras bíblicas,
procura levar osconfirmandos, seus padrinhos e pais, e toda a assembléia dos
fiéis à compreensão mais profundo do mistérioda Confirmação, podendo, se
quiser, servir-se da alocução que vem no Pontifical.
463.
Terminada a homilia, o Bispo senta-se de mitra e báculo, interroga os
confirmandos, que continuamtodos de pé, pedindo-lhes que renovem as promessas
do batismo, e no fim proclama a fé da Igreja à qual todaa assembléia dá o seu
assentimento mediante aclamação ou canto apropriado.
464.
Em seguida, depõe o báculo e a mitra, levanta-se e (tendo junto de si os
presbíteros que a si associou), de mãos juntas e voltado para o povo, diz a
monição: Roguemos, caros irmãos, depois da qual todos oramem silêncio por uns
momentos.
465.
Depois o Bispo senta-se e recebe a mitra. Aproxima-se o diácono com o vaso ou
vasos de santocrisma. Se os presbíteros ajudam o Bispo a conferir a unção,
todos os vasos do santo crisma são
apresentadospelo diácono ao Bispo, que os entrega a cada um dos presbíteros que
se aproximam dele.
466.
Depois, os candidatos se aproximam do Bispo e dos presbíteros, ou, se for mais
conveniente, o Bispo, de mitra e báculo, e os presbíteros vão até junto de cada
um dos confirmandos. Aquele que apresentou o confirmando põe a mão direita
sobre o ombro dele e diz ao Bispo o nome domesmo, ou então pode o confirmando
dizer espontaneamente o seu nome.
467.
O Bispo (ou presbítero) molha a extremidade do polegar da mão direita no crisma
e faz com o mesmopolegar o sinal da cruz na fronte do confirmando, proferindo a
fórmula sacramental. E depois de oconfirmando responder Amém, acrescenta: A paz
esteja contigo, ao que o confirmado responde: Amém. Durante a unção, pode-se
entoar um canto apropriado.
468.
Terminada a unção, o Bispo (e os presbíteros) lava(m) as mãos.
469.
Em seguida, o Bispo, de pé, sem mitra, profere a monição introdutória à oração
universal e recita aoração conclusiva.
470.
Omite-se o Símbolo, visto já se ter feito a profissão de fé. E a Missa
prossegue como de costume. Enquanto se executa o canto das oferendas é bom que
alguns dos confirmados levem ao altar o pão, ovinho e a água, para a celebração
da Eucaristia. Na prece eucarística, faz-se memória dos confirmados, utilizando
a fórmula do Missal. Os confirmados, seus padrinhos, pais, catequistas e
parentes podem receber a comunhão sob as duasespécies.
471.
Para a bênção no fim da Missa, o Bispo utilizará a bênção solene ou a oração
sobre o povo, como vemno Pontifical Romano. Os recém-confirmados postam-se
diante do Bispo. E este, de pé, com mitra, diz: O Senhor estejaconvosco. Um dos
diáconos pode dizer a fórmula invitatória da bênção, e o Bispo, de mãos
estendidas sobre opovo, profere as invocações. Depois, recebe o báculo e diz:
Abençoe-vos, e traça o sinal da cruz sobre o povo. O Bispo pode também dar a
bênção servindo-se das fórmulas que vêm mais adiante, nos nn. 1120-1121.
472.
Depois o diácono despede o povo, dizendo: Vamos em paz; e todos respondem;
Demos graças a Deus. Confirmação fora da Missa.
473.
O Bispo veste alva, cruz peitoral, estola e pluvial de cor branca e usa a mitra
e o báculo. Ospresbíteros que a ele se associam vão revestidos de sobrepeliz
por cima do hábito talar, ou de alva e estola e, eventualmente, pluvial de cor
branca. Os diáconos revestem alva e estola, e os outros ministros,
vestesbranca, ou outras legitimamente aprovadas.
474.
Reunidos os confirmandos, seus pais e padrinhos, bem como toda a comunidade dos
fiéis, e enquantose executa um canto adequado, o Bispo, com os presbíteros,
diáconos e restantes ministros, dirigem-se para opresbitério. Feita inclinação
ao altar, o Bispo vai para a cátedra, depõe o báculo e a mitra, saúda o povo,
elogo em seguida recita a oração: Ó Deus de poder e misericórdia.
475.
A celebração da Palavra, a apresentação dos candidatos, a homilia e demais
ritos realizam-se comoficou descrito acima, nos nn. 461-469.
476.
Terminada a oração universal, que o Bispo pode introduzir com uma monição
adequada, todosrecitam a oração dominical. Depois, o Bispo acrescenta-se a
oração: Ó Deus, que deste o Espírito Santo aos apóstolos.
477.
A bênção é dada pelo Bispo, no forma acima indicado, no n. 471. Em seguida, o
diácono despede opovo, dizendo: Vamos em paz. E todos respondem: Graças a Deus.
CAPÍTULO II
SACRAMENTO DA ORDEM
INTRODUÇÃO
478.
“Para apascentar e aumentar continuamente o povo de Deus, o Cristo Senhor
instituiu na sua Igrejavários ministérios, tendentes ao bem de todo o Corpo”.
Com efeito, “por meio dos seus Apóstolos, Cristo, a quem o Pai santificou e
enviou ao mundo, tornouos Bispos, que são sucessores daqueles, participantes da
sua consagração e missão: e estes transmitiramlegitimamente na Igreja o múnus
do seu ministério em grau diverso e a diversos sujeitos. Assim, o ministério
eclesiástico, instituído por Deus, é exercido em ordens diversas, por aqueles
quedesde a antigüidade são chamados Bispos, Presbíteros e Diáconos”. Os Bispos,
revestidos da plenitude do sacramento da Ordem, são os administradores da graça
dosupremo sacerdócio, e, juntamente com o seu presbitério; governam as Igrejas
particulares, que lhes foramconfiadas, como vigário e delegados de Cristo. “Os
presbíteros, embora não possuam a plenitude do sacerdócio e dependam dos Bispos
no exercíciodo seu poder, estão-lhes, contudo, associados na dignidade sacerdotal
e, por força do sacramento da Ordem,são consagrados, à imagem de Cristo sumo e
eterno Sacerdote, para pregar o Evangelho, apascentar os fiéis ecelebrar o
culto divino, como verdadeiros sacerdotes do Novo Testamento”. “Em grau
inferior da hierarquia estão os diáconos, aos quais foram impostas as mãos, não
para osacerdócio, mas para o ministério. Fortalecidos com a graça sacramental,
servem ao Povo de Deus, em uniãocom o Bispo e o seu presbitério, no ministério
da liturgia, da palavra e da caridade”.
I. ADMISSÃO A CANDIDATO AO
DIACONATO E AO PRESBITERATO
479.
O rito da admissão destina-se a que o aspirante ao Diaconato ou ao Presbiterato
manifestepublicamente a sua vontade de se dar a Deus e à Igreja, para exercer a
Ordem sagrada. A Igreja, aceitandoesta doação, escolhe-o e chama-o, a fim de se
preparar para receber a sagrada Ordem, passando assim a sercontado
legitimamente entre os candidatos ao Diaconato e ao Presbiterato. Os professos,
pertencentes aos Institutos religiosos clericais, aspirantes ao Presbiterato
não sãoobrigados a este rito.
480.
O rito da admissão celebrar-se-á quando se verificar que, o propósito dos
aspirantes, pressupostos osdotes necessários, atingiu a maturidade suficiente.
É celebrado pelo Bispo ou pelo Superior maior do Instituto religioso clerical,
conforme a condição do aspirante.
481.
O rito da admissão pode-se fazer em qualquer dia, de preferência nos dias
festivos, na igreja ou noutrolugar adequado, seja dentro da Missa, seja numa
celebração da Palavra de Deus. Dada, porém, a sua natureza, nunca se deve
associar às sagradas Ordens ou à instituição dos leitores ou acólitos.
482.
O Bispo terá a assisti-lo um diácono ou um presbítero, incumbido de fazer a
chamada dos candidatos, bem com outros ministros presentes. Se o rito for realizado
dentro da Missa, o Bispo reveste os paramentos próprios da
celebraçãoeucarística, e usa mitra e báculo. Se for celebrado fora da Missa,
pode pôr a cruz peitoral, estola e pluvial dacor devida por cima da alva, ou só
a cruz e a estola por cima do roquete e mozeta. Neste caso, não usa mitranem
báculo.
483.
Se o rito se celebrar dentro da Missa, pode-se dizer a Missa pelas Vocações às
sagradas ordens (Pelas Vocações sacerdotais) com as leituras próprias do rito
da admissão, e paramentos brancos. Ocorrendo algum dos dias indicados nos nn.
1-9 da tabela dos dias litúrgicos, celebra-se a Missa dodia. Não se celebrando
a Missa pelas Vocações às sagradas Ordens (pelas Vocações sacerdotais)
pode-setomar uma das leituras de entre as que vêm no Lecionário para o rito da
admissão, exceto nos dias indicadosnos nn. 1-4 da tabela dos dias litúrgicos.
484.
No caso de se fazer somente celebração da Palavra de Deus, esta pode começar
com antífonaapropriada, seguida, após a saudação do bispo, da coleta da mesma
Missa. As leituras tomam-se de entre asque vêm indicadas no Lecionário para
este ato.
485.
Proclamado o Evangelho, o Bispo, senta-se na cátedra, e, de preferência faz a
homilia, concluindocom a alocução que vem no Pontifical ou com outras palavras
semelhantes.
486.
Depois, o diácono ou presbítero para isso deputado chama os aspirantes pelos
seus nomes. Cada umresponde: Presente; e vão-se aproximando um por um do Bispo,
a quem fazem reverência.
487.
O Bispo interroga-os com as palavras do Pontifical, ou outras eventualmente
estabelecidas pela Conferência Episcopal. Além disso, se se quiser, pode também
o propósito dos candidatos ser aceitomediante algum sinal exterior, determinado
pela Conferência Episcopal. O Bispo conclui, dizendo: A Igrejarecebe com
alegria e todosrespondem: Amém.
488.
O Bispo depõe o báculo e a mitra, e levanta-se, e todos se levantam ao mesmo
tempo. Recita-se o Símbolo, se as rubricas o determinarem. Depois, o Bispo
convida os fiéis a orar, dizendo: Caríssimos irmãos, roguemos a Deus. O diácono
ou outro ministro idôneo enuncia as intenções da oração, e todos respondemcom a
respectiva aclamação. Em seguida, o Bispo reza a oração: Ouvi, Senhor ou Fazei,
Senhor.
489.
Se a admissão se celebra dentro da Missa, esta prossegue como de costume. Se
for dentro dacelebração da Palavra de Deus, o Bispo saúda e abençoa a
assembléia, e o diácono despede-a dizendo: Vamosem paz, ao que todos respondem:
Graças a Deus.
490.
“Os candidatos ao diaconato, quer permanente quer temporário, e ao Presbiterato
devem receber osministérios de leitor e acólito, salvo se já os tiverem
recebido, e exercê-los durante um tempo conveniente, afim de melhor se
prepararem para o futuro ministério da Palavra e do Altar”. O rito da
instituição dos leitores e dos acólitos vem descrito mais adiante, nos nn.
769-799.II.
ALGUMAS
NORMAS GERAISQUANTO AOS RITOS DAS SAGRADAS ORDENAÇÕES
491.
A ordenação, tanto dos diáconos como dos presbíteros, mas sobretudo a do Bispo,
deve realizar-secom a maior assistência possível de fiéis, em domingo ou dia de
festa, salvo se razões de ordem pastoralaconselharem outro dia, por ex., no
caso da ordenação dum Bispo, uma festa dos Apóstolos.
492.
A Ordenação deve efetuar-se durante uma Missa solene, celebrada segundo o rito
da Missa estacional, geralmente na igreja catedral. Por motivos de ordem
pastoral, pode celebrar-se noutra igreja ou oratório.
493.
A Ordenação far-se-á habitualmente junto da cátedra; mas, se for necessário
para facilitar aparticipação dos fiéis, pode-se fazer à frente do altar ou
noutro lugar mais indicado. Os assentos para os ordenados devem dispor-se de
modo que os fiéis possam ver bem o desenrolar daação litúrgica.
494.
Fora dos dias indicados nos nn. 1-4 da tabela de precedência dos dias
litúrgicos, e festas dos Apóstolos, a Missa em que se conferem as sagradas
Ordens pode ordenar-se do seguinte modo: a) À entrada e à comunhão, cantam-se
as antífonas da Missa ritual “Nas Ordenações”; b) escolher-se-ão as orações
mais apropriadas de entre as Missas e orações que vêm no Missal Romano para as
diversas necessidades: pelo Bispo, pelos sacerdotes, pelos ministros da Igreja;
c) as leituras escolher-se-ão de entre as que vêm indicadas no Lecionário para
estas celebrações; d) salvo quando se tenha de dizer outro prefácio mais próprio,
no caso da ordenação do presbítero, pode-se tomar o prefácio da Missa do
Crisma. e) na Oração eucarística, faz-se memória dos ordenados, com a fórmula
que vem no Missal. Quando não se celebre a Missa ritual, pode-se tomar um das
leituras do Lecionário, para a referida Missa. Ocorrendo algum dos dias
indicados nos nn. 1-4 da tabela dos dias litúrgicos, ou uma festa dos Apóstolos,
diz-se a Missa do dia, com suas leituras.
III. ORDENAÇÃO DE DIÁCONOS
495.
Os ordenandos põem amito, alva e cíngulo. Devem estar também preparadas, para
cada um deles, estolas e dalmáticas. Os paramentos serão da cor da Missa a
celebrar, ou de cor branca ou festiva.
496.
Além do que acima ficou enumerado e das coisas necessárias para a Missa
estacional, preparar-se-á: a) Pontifical Romano; b) sede para o Bispo, caso a
ordenação não se faça na cátedra; c) cálice de tamanho suficiente para a
comunhão sob as duas espécies.
497.
Estando tudo devidamente preparado, organiza-se a procissão através da igreja
em direção ao altar, como de costume. Os ordenandos vão à frente do diácono que
leva o livro dos Evangelhos.
498.
Os ritos iniciais e a liturgia da Palavra, até ao Evangelho inclusive,
realizam-se como de costume. Após a leitura do Evangelho, o diácono vai de novo
colocar respeitosamente o livro dos Evangelhossobre o altar, onde permanece até
ser entregue aos ordenados.
499.
Proclamado o Evangelho, começa a ordenação dos diáconos. O Bispo senta-se e
recebe a mitra, nacátedra ou na sede para isso preparada.
500.
Os ordenandos são chamados pelo diácono, deste modo: Queiram aproximar-se os
que serãoordenados Diáconos. E logo a seguir vai dizendo o nome de cada um, e
cada um deles, ao ser chamado, responde: Presente; e aproxima-se do Bispo, ao
qual faz reverência.
501.
Estando todos colocados diante do Bispo, o presbítero, por este designado,
apresenta-os na formaindicada no Pontifical. O Bispo conclui: Com o auxílio de
Deus, todos respondem: Graças a Deus, ou dão oseu assentimento à eleição por
outra forma que houver sido determinada pela Conferência Episcopal.
502.
Depois, todos se sentam. O Bispo, de mitra e báculo, se não lhe parecer melhor
de outro modo, profere a homilia. Nesta, tomando como ponto de partida o texto
das leituras sagradas lidas na Missa, dirige-se ao povo e aos eleitos e
fala-lhes sobre o ministério do diácono, o que pode fazer servindo-se das
palavrasdo Pontifical (n. 14) ou por palavras suas. Se estiverem presentes
ordenandos que devam abraçar o sagrado celibato, referir-se-á também
àimportância e significado do mesmo na Igreja.
503.
Terminada a homilia, faz-se a aceitação pública do celibato por parte dos
candidatos ao Presbiterato ecandidatos solteiros ao Diaconato. Estes, chamados
pelo diácono, levantam-se e apresentam-se diante doBispo, que lhes dirige a
respectiva monição, como vem no Pontifical, ou por outras palavras semelhantes.
504.
Depois, os eleitos manifestam o seu propósito de abraçar o sagrado celibato,
seja com a simplesresposta: Quero, à pergunta feita pelo Bispo, seja por outra
forma exterior determinado pela Conferência Episcopal. O Bispo conclui: Que o
Senhor vos dê a graça de perseverar no vosso santo propósito; ao que oseleitos
respondem: Amém.
505.
Aproximam-se depois os restantes eleitos ao Diaconato, não obrigados ao
compromisso do sagradocelibato. Estando todos os eleitos de pé diante dele, o
Bispo interroga-os em conjunto com as palavras do Pontifical Romano (n. 15),
acrescentando, a seguir à terceira pergunta, a referente à celebração da
Liturgiadas Horas.
506.
Por fim, o Bispo depõe o báculo, e cada um dos eleitos se aproxima-se dele.
Ajoelha-se diante dele ecoloca as suas mãos juntas entre as mãos do Bispo. O
Bispo pede a cada um a promessa de obediência, segundo a fórmula do Pontifical
Romano. Se por acaso, nalguma região, este rito de pôr as mãos juntas entre as
mãos do bispo parecer menosconveniente, compete à Conferência Episcopal
determinar outro rito.
507.
Depois, o Bispo depõe a mitra e levanta-se, e todos se levantam ao mesmo tempo.
A seguir, de pé, voltado para o povo, de mãos juntas, dirige ao povo o convite:
Roguemos, irmãos. Em seguida o diácono diz: Ajoelhemo-nos. O Bispo ajoelha-se
diante da sua sede, enquanto os eleitos se prostram por terra; os
restantesajoelham-se nos seus lugares. Durante o tempo pascal e aos domingos, o
diácono não diz: Ajoelhemo-nos; os eleitos prostram-se, mas os restantes ficam
de pé. Então os cantores começam a ladainha, na qual se podem acrescentar, na
altura própria, alguns nomesde Santos, por ex., do Padroeiro, do Titular da
igreja, do Fundador, dos Patronos dos que vão receber aordenação, ou algumas
invocações mais adequadas às circunstâncias. A ladainha faz as vezes de
oraçãouniversal.
508.
Terminada a ladainha, o Bispo levanta-se, só ele; e, de mãos estendidas diz a
oração: Senhor Deus, ouvi as nossas súplicas; terminada esta, o diácono
acrescenta: Levantai-vos (se antes da ladainha tiver feito oconvite para
ajoelhar), e todos se levantam.
509.
Os eleitos, um por um, aproximam-se do Bispo, que está de pé em frente da sede,
com mitra, eajoelham-se diante dele. O Bispo impõe as mãos sobre a cabeça de
cada um deles, sem dizer nada.
510.
Feito isto, o Bispo depõe a mitra. Enquanto os eleitos continuam de joelhos
diante dele, canta ourecita a oração consecratória, com as mãos estendidas.
511.
Terminada a oração consecratória, o Bispo senta-se e recebe a mitra. Os
ordenados levantam-se, ealguns diáconos ou presbíteros impõem a cada um a
estola à maneira diaconal e revestem-no com adalmática. Enquanto isso, pode-se
cantar o Salmo 83 ou outro canto apropriado. O canto prossegue até quetodos os
diáconos estejam revestidos da dalmática.
512.
Os ordenados, revestidos das vestes diaconais, aproximam-se do Bispo, que faz a
cada um, ajoelhadodiante de si, a entrega do livro dos Evangelhos, dizendo:
Recebe o Evangelho de Cristo.
513.
Por fim, o Bispo dá a cada um dos ordenados a saudação da paz, com as palavras:
A paz estejacontigo. O ordenado responde: O amor de Cristo nos uniu. Se as
circunstâncias o permitirem, os outros diáconos presentes podem expressar,
mediante asaudação da paz, que os novos diáconos lhes estão agregados na ordem.
Enquanto isso, pode-se cantar o Salmo 145 ou outro canto apropriado.
514.
O Símbolo é dito segundo as rubricas. A oração universal, porém, omite-se.
515.
A liturgia eucarística celebra-se conforme o Ordinário da Missa. Alguns dos
ordenados apresentam ao Bispo os dons para a celebração da Missa; e pelo menos
um de entre eles ministra ao Bispo no altar.
516.
Na Oração eucarística, faz-se memória dos ordenados com a fórmula indicada no Missal.
517.
Os novos diáconos comungam sob as duas espécies. O diácono que ministra ao
Bispo apresenta ocálice. Alguns dos novos diáconos ajudam o Bispo a distribuir
a comunhão aos fiéis. Podem também receber a comunhão sob as duas espécies, os
pais e parentes dos ordenados. Os ritos de conclusão, são como de costume.
IV. ORDENAÇÃO DE PRESBÍTEROS
518.
Na Missa da sua ordenação, todos os presbíteros concelebram com o Bispo. Muito
convém que o Bispo admita também outros presbíteros à concelebração. Neste caso,
os presbíteros neste dia ordenados têma precedência sob os outros presbíteros
concelebrantes.
519.
Os ordenandos vão revestidos de amito, alva, cíngulo e estola diaconal. Além
disso, estarãopreparadas, para cada um dos ordenandos, as casulas. Os paramentos
serão da cor da Missa que é celebrada, ou de cor branca ou festiva.
520.
Além do que atrás se enumerou e das coisas necessárias para a celebração da
Missa estacional, preparar-se-á: a) Pontifical Romano; b) estolas para os
presbíteros que não concelebram, mas vão impor as mãos sobre os ordenandos; c)
gremial; d) santo crisma; e) o necessário para o Bispo e os ordenandos lavarem
as mãos; f) sede para o Bispo, se a ordenação não se fizer junto da cátedra; g)
cálice de tamanho suficiente para a comunhão dos concelebrantes e dos outros
que têm direito a ela.
521.
Na procissão da entrada, os ordenandos vão atrás dos outros diáconos, à frente
dos presbíterosconcelebrantes.
522.
Os ritos iniciais e a liturgia da Palavra, até ao Evangelho inclusive são
realizados como de costume.
523.
Proclamado o Evangelho, começa a ordenação dos presbíteros. O Bispo senta-se na
cátedra ou na sedepara isso preparada, e recebe a mitra.
524.
O diácono faz a chamada dos ordenandos, dizendo: Queiram aproximar-se os que
vão ser ordenados Presbíteros. E logo chama cada um pelo seu nome; e estes, à
medida que forem sendo chamados, respondem: Presente; e acercam-se do Bispo, a
quem fazem reverência.
525.
Quando já todos estiverem diante do Bispo, so presbíteros por ele designado
apresenta-os na formaindicada no Pontifical. O Bispo conclui: Com o auxílio de
Deus; e dizem todos: Graças a Deus, ouexpressam o seu assentimento por outra
forma estabelecida pela Conferência Episcopal.
526.
A seguir, estando todos sentados, o Bispo de mitra e báculo, se não preferir
doutro modo, faz ahomilia. Nesta, tomando como ponto de partida as leituras
sagradas que se leram na Missa, dirige-se ao povoe aos eleitos e fala-lhes do
ministério do presbítero, o que pode fazer, servindo-se das palavras do Pontifical
Romano (n. 14) ou por palavras suas.
527.
Terminada a homilia, os eleitos levantam-se e ficam de pé diante do Bispo. Este
interroga-osconjuntamente, na forma prescrita no Pontifical.
528.
Em seguida, o Bispo depõe o báculo. Os eleitos, aproximam-se dele um por um,
ajoelham e põem asmãos juntas entre as mãos do Bispo. O Bispo pede a cada um a
promessa de obediência, segundo a fórmula do Pontifical. Se por acaso o rito de
pôr as mãos juntas entre as mãos do Bispo parecer menos conveniente, competeà
Conferência Episcopal determinar outro rito.
529.
Depois o Bispo tira a mitra e levanta-se; e todos se põem de pé. O Bispo,
voltado para o povo, demãos juntas, profere o convite: Roguemos, irmãos, a Deus
Pai. Em seguida, o diácono diz: Ajoelhemo-nos; e logo o Bispo ajoelha diante da
sua sede; os eleitosprostram-se por terra; os demais ajoelham-se nos seus
lugares. Durante o tempo pascal e aos domingos, o diácono não diz:
Ajoelhemo-nos; os eleitos prostram-se,mas todos os demais ficam de pé. Os
cantores começam a ladainha, na qual se podem acrescentar, na devida altura,
alguns nomes de Santos, por ex., do Padroeiro, do Titular da igreja, do
Fundador, os do Patronos dos que vão ser ordenados,ou algumas invocações mais
apropriadas às circunstâncias. A ladainha toma das vezes da oração universal.
530.
Terminada a ladainha, o Bispo levanta-se só ele; e de mãos estendidas diz a
oração: Ouvi-nos, Deustodo-poderoso. Terminada a qual, o diácono diz:
Levantai-vos (se antes da ladainha tiver convidado paraajoelhar), e todos se levantam.
531.
Os eleitos, um por um, aproximam-se do Bispo, e ajoelham diante dele. O Bispo,
de mitra, impõe asmãos sobre a cabeça de cada um, sem dizer nada.
532.
A seguir, os presbíteros concelebrantes e todos os outros presbíteros, desde
que revestidos de estolasobre a alva ou sobre o hábito talar com sobrepeliz,
impõem as mãos sobre cada um dos eleitos, sem dizernada. Depois da imposição
das mãos, os presbíteros deixam-se estar em volta do Bispo, até ao fim da
oração consecratória.
533.
O Bispo depõe a mitra, e ajoelhados os eleitos diante dele, canta ou recita de
mãos estendidas, aoração consecratória.
534.
Terminada a oração consecratória, o Bispo senta-se e recebe a mitra. Os
ordenados levantam-se. Ospresbíteros presentes voltam para os seus lugares.
Alguns deles impõem a cada ordenado a estola à maneirapresbiteral, e
revestem-lhe a casula.
535.
Depois, o Bispo põe o gremial e unge com o santo crisma as palmas das mãos, de
cada ordenado, ajoelhado diante dele, dizendo: Nosso Senhor Jesus Cristo. Terminada
a unção, o Bispo e os ordenados lavamas mãos.
536.
Enquanto os ordenados se revestem da estola e da casula e o Bispo lhes unge as
mãos, canta-se o hino:Veni, Creator, (Ó, vinde, Espírito Criador), ou o Salmo
109 com a antífona indicada no Pontifical, ou outrocanto apropriado. O canto
prossegue até que todos os ordenados tenham regressado aos seus lugares.
537.
Depois os fiéis apresentam o pão sobre a patena, e o cálice, este já com o
vinho e água, para acelebração da Missa. O diácono recebe estas oferendas e
leva-as ao Bispo. E este entrega-as nas mãos de cadaum dos ordenados,
ajoelhados diante dele, dizendo: recebe a oferenda.
538.
Por fim, o Bispo transmite a cada um dos ordenados a saudação da paz, dizendo:
A paz esteja contigo. E o ordenado responde: O amor de Cristo nos uniu. Se as
circunstâncias o permitem, o mesmo fazem os outros presbíteros presentes,
expressando, pelasaudação da paz, que os novos presbíteros lhes estão desde
agora agregados na ordem. Enquanto isso, pode-se cantar o Salmo 99, o responsório
Sereis meus amigos, ou outro cantoapropriado. O canto prossegue até que todos
tenham trocados entre si a saudação da paz.
539.
Recita-se o Símbolo, segundo as rubricas. Omite-se, porém, a oração universal.
540.
A Liturgia eucarística celebra-se segundo o rito da concelebração da Missa,
omitida a preparação docálice.
541.
Na Oração eucarística, faz-se memória dos ordenados, segundo a fórmula indicada
no Missal.
542.
Pais e parentes dos ordenados podem receber a comunhão sob as duas espécies. os
ritos de conclusãosão como de costume.
V. ORDENAÇÃO DE DIÁCONOSE
PRESBÍTEROS NUMA ÚNICA AÇÃO LITÚRGICA
543.
A preparação dos ordenandos e da celebração é feita como atrás ficou descrito
nos nn. 495-496 e 518-520.
544.
Na procissão da entrada, os ordenandos a diácono vão adiante diácono que leva o
livro dos Evangelhos, os ordenandos a presbítero vão atrás dos outros diáconos,
adiante dos presbíteros concelebrantes.
545.
Os ritos iniciais e a liturgia da palavra, até ao Evangelho inclusive, fazem-se
como de costume.
546.
Proclamado o Evangelho, começa a ordenação. O Bispo senta-se na cátedra ou na
sede preparada paraisso, e recebe a mitra.
547.
Primeiro, os eleitos ao Diaconato são chamados pelo diácono e apresentados pelo
presbítero para issodesignado, na forma atrás descrita, nos nn. 500-501; e a
seguir, os eleitos ao Presbiterato, na forma indicadanos nn. 524-525.
548.
Depois, estando todos sentados, o Bispo igualmente sentado, de mitra e báculo,
salvo se julgarpreferível de outro modo, faz a homilia. Partindo do texto das
leituras sagradas lidas na Missa, dirige-se aopovo e aos eleitos e fala-lhes
sobre os ministérios do diácono e do presbítero. Havendo para ordenar
diáconosobrigados a abraçar o sagrado celibato, referir-se-á também à
importância e significado do mesmo na Igreja. Pode fazê-lo, servindo-se das
palavras do Pontifical (n. 10) ou por palavras suas.
549.
Terminada a homilia, os eleitos que hajam de assumir o compromisso do sagrado
celibato levantam-se, e, chamados pelo diácono, apresentam-se diante do Bispo.
Este dirige-se a eles, com a monição que paraisso vem no Pontifical, ou com
outras palavras semelhantes.
550.
Os eleitos manifestam o seu propósito de abraçar o sagrado celibato seja
respondendo: Quero, àpergunta do Bispo, seja por outra forma externa
determinada pela Conferência Episcopal. O Bispo conclui, dizendo: Que o Senhor
vos dê a graça de perseverardes no vosso santo propósito, eos eleitos
respondem: Amém.
551.
Aproximam-se depois os outros eleitos ao Diaconato, não obrigados ao compromisso
do sagradocelibato. O Bispo interroga conjuntamente todos os eleitos, que estão
de pé, diante dele, com as palavras do Pontifical Romano (n. 11),
acrescentando, depois da terceira pergunta nele indicada, mais outra referente
àcelebração da Liturgia das Horas.
552.
Em seguida, o Bispo depõe o báculo. Os eleitos aproximam-se do Bispo, um por
um, e, de joelhos, diante dele, põem as mãos juntas entre as mãos do Bispo. O
Bispo pede a cada um a promessa de obediência, com a fórmula do Pontifical
Romano (n. 12). Se, por acaso, o rito de pôr as mãos juntas entre as mãos do
Bispo parecer menos conveniente,compete à Conferência Episcopal estabelecer
outro rito.
553.
Feito isto, os ordenandos a diácono afastam-se um pouco. Levantam-se os
ordenandos a presbítero evão-se colocar diante do Bispo. Este interroga-os em
conjunto, e cada um se aproxima do Bispo, ajoelhadiante dele e, com o mesmo
rito, acima descrito, no n. 507, o Bispo pede a um por um a promessa
deobediência, servindo-se das fórmulas do Pontifical.
554.
Em seguida, o Bispo depõe a mitra e levanta-se; e todos com ele se põem de pé.
Diz-se então aladainha, com a respectiva monição introdutória e oração
conclusiva, como acima se indica, nos nn. 507-508. Terminada a ladainha,
retiram-se os eleitos ao Presbiterato, e procede-se à ordenação dos diáconos.
555.
A ordenação dos diáconos realiza-se como ficou descrito acima, nos nn. 509-512.
A saudação da pazsó se dá depois de terminada a ordenação dos presbíteros.
556.
Terminada a ordenação dos diáconos, estes voltam para os seus lugares, e
aproximam-se os eleitos ao Presbiterato. O Bispo depõe a mitra e levanta-se; e
todos com ele se põem de pé. O Bispo de pé, com as mãosjuntas, voltado para o
povo, profere a monição: Roguemos, irmãos. Em seguida, o diácono diz: Ajoelhemo-nos.
Todos se põem de joelhos orando em silêncio durantecerto espaço de tempo.
Depois, o Bispo levanta-se, só ele. De mãos estendidas, diz a oração: Senhor
Deus. Terminada esta, o diácono diz: Levantai-vos, e todos se levantam. Durante
o tempo pascal e aos domingos, não se diz: Ajoelhemo-nos, nem se ajoelha.
557.
Segue-se a ordenação dos presbíteros, na forma acima descrita, nos nn. 531-538.
558.
Depois de o Bispo ter transmitido a saudação da paz aos presbíteros ordenados,
transmite-aigualmente aos diáconos. Se as circunstâncias o permitirem, os
outros presbíteros presentes podem tambémsignificar, mediante a saudação da
paz, que os novos presbíteros lhes estão desde agora agregados na ordem. E os
diáconos poderão fazer o mesmo aos diáconos recém-ordenados. Enquanto isso,
canta-se o Salmo 99 ou o responsório Já não vos chamo servos, ou canto
apropriado.
559.
Recita-se o Símbolo, segundo as rubricas. Omite-se, porém, a oração universal.
560.
A liturgia eucarística celebra-se segundo o rito da celebração, omitida a
preparação do cálice. Um dosnovos diáconos ministra ao Bispo ao altar.
561.
Na Oração eucarística faz-se a memória dos ordenados, segundo a fórmula que vem
no Missal.
562.
Os novos diáconos comungam sob as duas espécies. O diácono que assiste o Bispo
desempenha oministério do cálice. Alguns dos novos diáconos ajudam o Bispo a
distribuir a comunhão aos fiéis. Pais e parentes dos ordenados podem receber a
comunhão sob as duas espécies. Os ritos de conclusão são como de costume.
VI. ORDENAÇÃO DO BISPO
563.
Muito convém que a ordenação de Bispo se realiza na sua igreja catedral. Neste
caso, apresentam-se elêem as Letras Apostólicas e o ordenado senta-se como se
dirá adiante nos nn. 573 e 589.
564.
O Bispo sagrante principal deve estar acompanhado pelo menos de mais dois Bispos
consagrantes, quejuntamente com ele e com o eleito concelebrem a Missa. Mas
convém que todos os Bispos presentes ordenemo eleito juntamente com o sagrante
principal.
565.
É da maior conveniência que todos os Bispos consagrantes e os presbíteros
assistentes do eleitoconcelebrem a Missa juntamente com o sagrante principal e
o eleito. Se a ordenação se realizar na igrejaprópria do eleito, concelebrem
também alguns presbíteros do seu presbitério. Todavia, ter-se-á o cuidado em mostrar
claramente a distinção entre Bispos e presbíteros, inclusivepela disposição dos
lugares.
566.
O eleito é assistido por dois presbíteros.
567.
O sagrante principal, bem como os Bispos e presbíteros concebrantes revestem os
paramentosrespectivos requeridos para a celebração da Missa. O eleito, além dos
paramentos sacerdotais, porá a cruz peitoral e a dalmática. Os Bispos
consagrantes que não concelebrem vestem a alva, cruz peitoral, estola e,
eventualmente, pluvial e mitra. Os presbíteros assistentes do eleito, se não
concelebrarem, vestem o pluvial sobre a alva ou asobrepeliz por cima do hábito
talar. Os paramentos serão da cor da Missa celebrada, ou branca ou festiva.
568.
Além das coisas necessárias para a celebração da Missa estacional,
preparar-se-á: a) o Pontifical Romano; b) livretos com a oração consecrátoria
para os Bispos consagrantes; c) gremial; d) santo crisma; e) anel para o
eleito; f) báculo pastoral e mitra para o eleito; g) cálice de tamanho
suficiente para a Comunhão dos concelebrantes e dos outros que a ela tenham
direito.
569.
A bênção do anel, do báculo pastoral e da mitra far-se-á em tempo oportuno,
antes da ordenação,como vem no Pontifical.
570.
A cátedra para o sagrante principal e os assentos para os Bispos consagrantes,
para o eleito e para ospresbíteros concelebrantes dispor-se-ão deste modo: a)
Durante a Liturgia da Palavra, o sagrante principal senta-se na cátedra, os
Bispos consagrantes, de um e de outro lado da cátedra; o eleito porém, entre os
seus presbíteros assistentes, no lugar mais adequado do presbitério; b) A
ordenação do eleito faz-se normalmente na cátedra; mas se for necessário para
melhor participação dos fiéis, preparem-se sedes para o sagrante principal e
para os Bispos consagrantes à frente do altar ou em outro lugar mais
conveniente; as sedes para o eleito e seus presbíteros assistentes dispõem-se
de modo que a ação litúrgica possa ser facilmente acompanhada pelos fiéis.
571.
Estando tudo devidamente preparado, organiza-se a procissão através da igreja
em direção ao altar naforma de costume. O eleito, entre os dois presbíteros
assistentes, segue atrás dos presbíteros concelebrantes, à frente dos Bispos
consagrantes.
572.
Os ritos iniciais e a Liturgia da Palavra, até ao Evangelho inclusive,
desenvolvem-se como de costume.
573.
Se o Bispo for ordenado na sua igreja catedral, após a saudação ao povo, um dos
diáconos ou um dospresbíteros concelebrantes apresenta as letras apostólicas ao
Colégio dos consultores, na presença dochanceler da Cúria, o qual exara a respectiva
ata. Depois sobe ao ambão e lê as referidas Letras, que todosescutam sentados e
no fim proferem a aclamação: Graças a Deus ou outra aclamação adequada. Nas
dioceses recém-criadas, a comunicação das referidas Letras é dirigida ao clero
e ao povo reunidosna igreja catedral, e a ata é exarada pelo presbítero mais
antigo de entre os presbíteros presentes.
574.
Após a leitura do Evangelho, o diácono coloca reverentemente sobre o altar o
livro dos Evangelhos, que ficará até ao momento de ser imposto sobre a cabeça
do ordenado.
575.
Proclamado o Evangelho, dá-se início à ordenação do Bispo. Estando todos de pé,
canta-se o hino: Veni, Creator Spiritus, (Ó vinde, Espírito Criador), ou outro
hino segundo os costumes locais.
576.
Depois, o sagrante principal e os Bispos consagrantes aproximam-se, se for
necessário, das sedespreparadas para a ordenação do eleito, e sentam-se de
mitra.
577.
O eleito é conduzido pelos presbíteros assistentes à presença do sagrante
principal, e faz-lhe a devidareverência. Um dos presbíteros assistentes pede ao
sagrante que proceda à ordenação do eleito. O sagranteprincipal manda ler o
Mandato apostólico, que todos escutam sentados e ao qual respondem no fim:
Graças a Deus; ou expressam o seu assentimento à eleição por outra forma,
segundo os costumes locais.
578.
Em seguida, o sagrante principal pronuncia a homilia. Partindo do texto das
leituras da Sagrada Escritura lidas na Missa, dirige-se ao clero e ao povo, bem
como ao eleito e fala-lhes sobre o ministério doBispo; o que pode fazer,
servindo-se das palavras que vêm no Pontifical Romano ou com palavras
suasequivalentes a estas.
579.
Terminada a homilia, o eleito levanta-se ele só, e fica de pé diante do
sagrante principal. Este faz-lheas perguntas que vêm no Pontifical, acerca do
seu propósito de guardar a fé e de cumprir o seu ministério.
580.
Depois os Bispos depõem a mitra e levantam-se, e todos se põem de pé. O
sagrante principal, de pé, de mãos juntas, voltado para o povo, convida à
oração: Oremos, irmãos. O diácono acrescenta: Ajoelhemo-nos. O sagrante
principal e os Bispos consagrantes ajoelham-se diante das suas sedes; o eleito
prostra-sepor terra; os demais, põem-se também de joelhos. Durante o Tempo
Pascal e aos domingos, omite-se o convite: Ajoelhemo-nos; os eleito, no
entanto, prostra-se; todos os outros ficam de pé. Os cantores começam a
ladainha, na qual se podem intercalar,
na devida altura, alguns nomes de Santos, por ex., do Padroeiro, do Titular da
igreja, do Fundador, do Patrono do ordenando, ou algumasinvocações mais
adaptadas às circunstâncias. A ladainha faz as vezes de oração universal.
581.
Terminada a ladainha, o sagrante principal levanta-se e, de mãos estendidas diz
a oração: Atendei, óPai. No fim, o diácono, se antes da ladainha convidou a
ajoelhar, diz: Levantai-vos, e todos se levantam.
582.
O eleito levanta-se, aproxima-se do sagrante principal e ajoelha diante dele. O
sagrante principal recebe a mitra, e a seguir impõe as mãos sobre a cabeça do
eleito, sem dizernada. Em seguida, todos os Bispos se aproximam um por um do
eleit e lhe impõem as mãos, sem dizernada; e ficam ao lado do sagrante
principal até ao fim da oração consecratória.
583.
O sagrante principal recebe o livro dos Evangelhos de um dos diáconos e
coloca-o aberto sobre acabeça do eleito; de pé, um à direita e outro à esquerda
do eleito sustentam o livro dos Evangelhos sobre acabeça do eleito até ao fim
da oração consecratória.
584.
O sagrante principal, sem mitra, tendo a seu lado os Bispos consagrantes,
também sem mitra, canta-seou recita, de mãos estendidas a oração consecratória:
Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. As palavras da oração desde, Enviai
agora sobre este eleito até para glória e perene louvor do vossonome, são
proferidas por todos os consagrantes, de mãos juntas. O resto da oração
consecratória, até ao fim, é dito só pelo sagrante principal. No fim, todos
dizem: Amém.
585.
Terminada a oração consecratória, todos se sentam. O sagrante principal e os
outros Bispos põem amitra. Os diáconos retiram o livro dos Evangelhos, que
sustentavam sobre a cabeça do ordenado, e um delessegura-o até ser entregue ao
ordenado.
586.
O sagrante principal põe o gremial, recebe de um dos diáconos o vaso do santo
crisma e unge a cabeçado ordenado, ajoelhado diante dele dizendo: Deus, que te fez
participar da plenitude do sacerdócio de Cristo.Depois da unção, lava as mãos.
587.
Em seguida, recebe do diácono o livro dos Evangelhos e entrega-o ao ordenado,
com as palavras: Recebe o Evangelho. Depois o diácono retoma o livro e coloca-o
no seu lugar.
588.
O sagrante principal entrega ao ordenado as insígnias pontificais. Primeiro,
põe-lhe o anel no dedoanular da mão direita, dizendo: Recebe este anel, símbolo
da fé. Em seguida, impõe-lhe a mitra, sem dizernada. Finalmente, entrega-lhe o
báculo pastoral, com as palavras: Recebe o báculo, símbolo do serviçopastoral.
Se o ordenado tiver direito ao pálio, o sagrante principal entrega-lho antes de
lhe impor a mitra, com orito descrito mais adiante, no n. 1154.589. Todos se
levantam. Se a ordenação se efetuar na própria igreja do ordenado, o sagrante
principal oconduz até à cátedra e convida-o a sentar-se. Se a ordenação se
fizer diante do altar, ele o conduz a outrasede. Fora da igreja do novo Bispo,
o sagrante principal convida-o a sentar-se no primeiro lugar entre os Bispos
concelebrantes.
590.
Por fim, o ordenado, deixa o báculo, levanta-se e recebe do sagrante principal
e de todos os outros Bispos a saudação da paz. Depois da entrega do báculo até
ao fim da ordenação, pode cantar-se o Salmo 95 o outro cantoapropriado. O canto
prossegue até que todos tenham trocado entre si a saudação da paz.
591.
Se a ordenação se realizar na igreja do novo Bispo, o sagrante principal pode
convidá-lo a presidir, desde aquele momento, à concelebração da liturgia
eucarística. Sendo a ordenação feita noutra igreja, é osagrante principal quem
preside à concelebração. Neste caso, o novo Bispo ocupa o primeiro lugar entre
osdemais concelebrantes.
592.
Recita-se o Símbolo, segundo as rubricas; omite-se, porém a oração dos fiéis.
593.
Na liturgia eucarística, segue-se em tudo o rito da concelebração da Missa
estacional. Na oração eucarística, é feita por um dos Bispos concelebrantes
memória do ordenado, segundo afórmula do Missal. Pais e parentes do ordenado
podem receber a Comunhão sob as duas espécies.
594.
Terminada a oração depois da comunhão, canta-se o hino A vós, ó Deus, louvamos
(Te Deum), ououtro hino semelhante segundo os costumes locais. Enquanto isso, o
ordenado recebe a mitra e o báculo e,acompanhado por dois dos consagrantes
percorre a igreja, abençoando a todos.
595.
No fim do hino, o ordenado, de pé junto do altar, ou da cátedra, se for na
própria igreja, pode dirigirumas breves palavras ao povo.
596.
Depois, o Bispo que tiver presidido à liturgia eucarística dá a bênção. De pé,
com a mitra, voltadopara o povo, diz: O Senhor esteja convosco. Um dos diáconos
pode proferir o convite à benção; e o Bispo, de mãos estendidas sobre o povo,
diz asinvocações da bênção. Em seguida, recebe o báculo e diz: Abençoe-vos, e traça
o sinal da cruz sobre o povo. O formulário das invocações é diferente, conforme
o que preside for o novo Bispo ou o sagranteprincipal.
597.
Dada a bênção, o diácono despede o povo e faz-se a procissão de regresso à
sacristia como decostume.
CAPÍTULO III
SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO
INTRODUÇÃO
598.
Lembrando-se de Cristo Senhor, que se dignou assistir às bodas de Caná da
Galiléia, o Bispo terá apeito abençoar uma vez por outra o Matrimônio dos seus
fiéis, sobretudo dos mais pobres. E para mais claramente mostrar que esta
participação do Bispo não significa acepção de pessoas nemtem sentido de mera
solenidade, é toda a conveniência que o Bispo, por via de regra, assista aos
matrimônios, não em capelas particulares ou em casa, mas sim na igreja catedral
ou nas paróquias, de modo que, acelebração do sacramento revista caráter
autenticamente eclesial e a comunidade local nela possa tomar parte.
599.
Para esta celebração preparar-se-á tudo o que é requerido para o matrimônio
abençoado por umpresbítero, e mais a mitra e o báculo.600. Convém que assista o
Bispo pelo menos um presbítero, que em princípio será o pároco, mais pelomenos
um diácono com alguns ministros.
I. CELEBRAÇÃO DO MATRIMÔNIO DENTRO
DA MISSA
601.
Se for o próprio Bispo a celebrar a Missa, reveste os paramentos sagrados
requeridos para a mesma Missa, mais a mitra e o báculo. O presbítero, se
concelebrar, reveste igualmente os paramentos sagrados para a Missa. No caso de
o Bispo presidir à Missa, mas não celebrar, põe sobre a alva a cruz peitoral, a
estola e opluvial de cor branca; e usa mitra e báculo. O diácono vai revestido
com os paramentos da sua ordem. Os restantes ministros vão revestidos dealva ou
de outra veste para eles devidamente aprovada. Além das coisas requeridas para
a celebração da Missa, preparar-se-á: a) Ritual Romano; b) caldeirinha com água
benta e aspersório; c) alianças para os esposos; d) cálice de tamanho
suficiente para a comunhão sob as duas espécies.
602.
À hora marcada, o pároco ou outro presbítero, de sobrepeliz sobre o hábito
talar, ou de alva e estola, etambém casula, no caso de ser ele a celebrar a
Missa, acompanhado pelos ministros, recebe os noivos, conforme os casos, à
porta da igreja ou junto do altar; saúda-os e os conduz aos lugares preparados
para eles. O Bispo aproxima-se do altar; faz-lhe a devida reverência, e o
pároco ou outro presbítero apresenta-lhe os noivos. Enquanto isso, executa-se o
canto de entrada.
603.
Nos dias em que são permitidas as Missas rituais, pode-se dizer a Missa pelos
esposos, com as leituraspróprias, e paramentos de cor branca ou festiva.
Ocorrendo algum dos dias indicados nos nn. 1-4, da tabela dos dias litúrgicos,
celebra-se a Missa dodia, com a bênção dos esposos e, segundo os casos com a
fórmula própria da bênção final. No caso de a comunidade paroquial participar
na Missa em que é celebrado o Matrimônio, celebra-sea Missa do dia, mesmo nos
domingos do tempo do Natal e nos domingos do tempo comum. Não se dizendo a
Missa ritual, pode-se tomar uma das leituras de entre as que, no Lecionário,
vêmindicadas para esta Missa, salvo se ocorrer algum dos dias indicados nos nn.
1-4 da tabela dos dias litúrgicos.
604.
Quando a Missa for celebrada no tempo do Advento ou da Quaresma, ou noutros
dias de caráterpenitencial, deverão advertir-se os noivos a que tenham em conta
a natureza peculiar destes tempos litúrgicos.
605.
Os ritos iniciais e a liturgia da Palavra fazem-se como de costume.
606.
Proclamando o Evangelho, o Bispo senta-se de mitra e báculo, se não preferir de
outra forma, e faz ahomilia. Partindo do texto sagrado, expõe o ministério do
Matrimônio cristão, a dignidade do amor conjugal, a graça do sacramento e os
deveres dos cônjuges.
607.
Terminada a homilia, o Bispo, de mitra e báculo, diante dos noivos,
interroga-os sobre as suasdisposições no respeitante à liberdade, fidelidade,
aceitação e educação da prole, e recebe o seuconsentimento.
608.
Em seguida, depõe o báculo e, se utilizar a fórmula deprecativa, também a
mitra, e benze as alianças, que poderá aspergir, e entrega-as aos noivos que as
põem no dedo um do outro.
609.
Recita-se o Símbolo, segundo as rubricas e faz-se a oração universal como de
costume.
610.
Na Oração eucarística, faz-se memória dos esposos, segundo a fórmula que vem no
Missal.
611.
No fim do Pai-nosso, e omitido o Livrai-nos, o Bispo, no caso de ser ele a
celebrar a Eucaristia, senão o presbítero celebrante, de pé, voltado para os
esposos, diz, de mãos juntas, a monição Irmãoscaríssimos, roguemos a Deus; e
todos oram em silêncio durante uns momentos. A seguir, de mãos estendidas, profere
uma das fórmulas de bênção sobre os esposos: Ó Deus todo-poderoso.
612.
Os esposos, seus pais, testemunhas e parentes podem receber a comunhão sob as
duas espécies.
613.
No fim da Missa, em lugar da bênção costumada, usa-se uma das fórmulas que vêm
no Ritual paraesta Missa. O Bispo recebe a mitra e, estendendo as mãos, saúda o
povo, dizendo: Ó Senhor esteja convosco. Umdos diáconos pode proferir o convite
à benção; e o Bispo, de mãos estendidas sobre o povo, recita asinvocações. Em
seguida, recebe o báculo e diz: E a todos vós e traça o sinal da cruz sobre o
povo. O Bispo pode também dar a bênção com uma das fórmulas que vêm adiante,
nos nn. 1120-1121.
II. CELEBRAÇÃO DO MATRIMÔNIO SEM
MISSA
614.
O Bispo vai paramentado como quando preside à missa sem a celebrar; como acima
no n. 176. Opresbítero veste a sobrepeliz sobre o hábito talar ou alva e
estola; o diácono, as vestes da sua ordem.
615.
A entrada dos noivos e do Bispo na igreja faz-se como se disse acima, no n. 602
enquanto se executao canto de entrada.
616.
Terminado o canto, o Bispo saúda os presentes e recita a coleta da Missa pelos
noivos. Segue-se aliturgia da Palavra, como na Missa.
617.
As perguntas referentes à liberdade, bem como a aceitação do consentimento e entrega
das aliançasfazem-se como ficou dito acima, nos nn. 607-608.
618.
Segue-se a oração universal. Terminadas as invocações e omitida a oração
conclusiva, o Bispo demãos estendidas, recita a bênção nupcial segundo uma das
fórmulas que vêm no Ritual para esta bênçãodentro da Missa. E logo a seguir recita-se
a oração dominical.
619.
No caso de se distribuir a comunhão dentro do rito, o diácono vai buscar a
píxide com o Corpo do Senhor; depõe-na sobre o altar e genuflete ao mesmo tempo
que o Bispo. Em seguida, o Bispo introduz àoração dominical e todos a recitam.
Feito isto, genuflete, toma uma partícula, e com ele um pouco elevada sobre a
píxide, voltado para osque vão comungar, diz: Felizes os convidados. A comunhão
é distribuída como na Missa. Distribuída a comunhão, pode-se, conforme os
casos, guardar um momento de silêncio sagrado, oucantar um salmo ou um canto de
louvor. Depois diz-se a oração: Tendo participado da vossa mesa, como no Ritual,
ou outra oração apropriada.
620.
Para terminar, o Bispo dá a bênção final, como acima, no n. 613. O diácono
despede os presentes,dizendo: Vamos em paz. Todos respondem: Graças a Deus, e
retiram-se.
CAPÍTULO IV
SACRAMENTO DA PENITÊNCIA
INTRODUÇÃO
621.
O mistério da reconciliação realizado por Cristo com a sua morte e ressurreição
é atualizado pela Igreja. Comunicando pela paciência nos sofrimentos de Cristo,
ela vai-se convertendo de dia para diasegundo o espírito do Evangelho de
Cristo, pelo exercício das obras de misericórdia e de caridade, tornando-se
deste modo, no meio do mundo, sinal de conversão a Deus. É isto o que a Igreja
exprime na sua vida ecelebra na liturgia, na qual os fiéis se confessam
pecadores e imploram o perdão de Deus e dos irmãos; é oque se faz nas
celebrações penitenciais, na proclamação da Palavra de Deus, na oração, nos
elementospenitenciais da celebração eucarística. No sacramento da Penitência,
os fiéis “obtêm da misericórdia de Deus o perdão da ofensa a ele feita, ao
mesmo tempo que se reconciliam com a Igreja que haviam ferido com o seu pecado,
a qual, pela caridade,exemplo e oração, trabalha pela sua conversão”. A Igreja
exerce o ministério do sacramento da Penitência através dos Bispos e
presbíteros, os quais, mediante a pregação da Palavra de Deus, chamam os fiéis
à conversão e, em nome de Cristo e pelo poder do Espírito Santo, lhes
testificam e concedem a remissão dos pecados. No exercício deste ministério, os
presbíteros agem em comunhão com o Bispo e participam do seupoder e do seu
múnus, dado ser ele o moderador da disciplina penitencial. Por isso, é de toda
a conveniência que o próprio Bispo tome parte no ministério da Penitência,
pelomenos quando celebrada em forma mais solene, principalmente no tempo da
Quaresma ou por ocasião davisita pastoral, bem como outras circunstâncias especiais
da vida do povo de Deus. Eis por que se apresenta aqui o esquema destas
celebrações, seja que elas terminem com a absolviçãosacramental, seja quando se
façam em forma de celebração penitencial.
I. CELEBRAÇÃO DA RECONCILIAÇÃO DE
VÁRIOS PENITENTES COM CONFISSÃO E ABSOLVIÇÃO INDIVIDUAIS
622.
O Bispo veste a alva, põe a cruz peitoral, a estola e o pluvial de cor roxa ou
penitencial e toma a mitrasimples e o báculo. Consoante o número dos
penitentes, juntem-se ao Bispo alguns presbíteros. Estes vestem a sobrepelizpor
cima do hábito talar, ou alva, e a estola. O Bispo será assistido por diácono,
revestido com as vestes da sua ordem, e por alguns ministros, dealva ou outra
veste para eles devidamente aprovada.
623.
Reunido o povo, executa-se um canto apropriado, enquanto o Bispo com os
presbíteros faz a suaentrada na igreja, acompanhado dos ministros.
624.
Chegado ao altar e após a devida reverência, o Bispo dirige-se para a cátedra e
os presbíteros para ascadeiras, preparadas para eles. Terminado o canto, o
Bispo, de pé, sem mitra, saúda o povo. Em seguida, ele, ou um dos presbíteros
ou o diácono, dirige aos presentes umas breves palavras, chamando-lhes a
atenção paraa importância e razão de ser desta celebração e o modo como se irá
proceder.
625.
Em seguida, o Bispo convida a orar e, após uma breve pausa de silêncio, termina
a oração recitando acoleta.
626.
Segue-se a liturgia da Palavra. Podem-se fazer várias leituras ou uma só,
conforme as circunstâncias, escolhidas de entre as que traz o Lecionário próprio.
Se houver uma só leitura, convém que esta seja tirada do Evangelho. Havendo
várias leituras, intercale-se entre elas um salmo ou outro canto apropriado, ou
mesmoum momento de silêncio, como na Missa.
627.
Segue-se a homilia. O Bispo, de mitra e báculo, se não preferir de outra
maneira, baseando-se, notexto das leituras, incita os penitentes ao exame de
consciência e à renovação da vida. Após a homilia, é conveniente guardar uns
momentos de silêncio, para fazer o exame de consciência edespertar verdadeira
contrição. Um presbítero, ou diácono, pode ajudar os fiéis com breves
exortações ou preces litânicas, tendo emconta a condição e a idade dos mesmos.
628.
Feito isso, iniciam-se os ritos penitenciais. O Bispo depõe o báculo e a mitra
e levanta-se. E todosigualmente se levantam. Fora do tempo pascal e dos
domingos, ao convite do diácono, Ajoelhemo-nos, ououtra fórmula semelhante,
todos se ajoelham ou se inclinam, e todos juntos recitam uma fórmula de
confissãogeral, por ex., Confesso a Deus. Depois, a convite do diácono, se
parecer oportuno, todos se levantam e, depé, fazem oração em forma litânica, ou
cantam algum canto apropriado. No fim, recita-se a oração dominical, que nunca
se deve omitir. O Bispo termina estas preces com a oração conclusiva.
629.
Então, o Bispo e os presbíteros vão para os lugares das confissões. Os fiéis
dirigem-se a eles, confessam os seus pecados e, depois de terem aceitado a
penitência que lhes for imposta, recebem aabsolvição individual. Após ouvirem a
confissão e, se for oportuno, depois de uma conveniente exortação, omitindo
tudo omais que se costuma fazer na reconciliação de um só penitente, estende as
mãos sobre a cabeça do penitente, ou estendendo pelo menos a mão direita,
dá-lhe a absolvição, proferindo a fórmula sacramental.
630.
Terminadas as confissões individuais, o Bispo volta para a cátedra e fica de pé
sem mitra; ospresbíteros dispõem-se à volta dele. Todos se põem de pé. O Bispo
convida à ação de graças e exorta à prática das boas obras, por meiodas quais
se manifesta a graça da penitência na vida de cada um e de toda a comunidade. A
seguir, convém seexecute um canto de louvor e ação de graças.
631.
Após este canto o Bispo, de pé, sem mitra, voltado para o povo, de mãos
estendidas, recita a oração: Deus todo-poderoso e cheio de misericórdia, ou
outra oração apropriada.
632.
Por fim, o Bispo recebe a mitra e saúda o povo, dizendo: O Senhor esteja
convosco. Um dos diáconospode fazer o convite à bênção. E o Bispo, estendendo
as mãos sobre o povo, recita as invocações da bênção. Depois recebe o báculo e
diz: Abençoe-vos, ao mesmo tempo que traça o sinal da cruz sobre o povo. O
Bispo pode também dar a bênção com as fórmulas apresentadas mais adiante, nos
nn. 1120-1121. Depois, o diácono despede a assembléia dizendo: O Senhor perdoou
os vossos pecados. Ide em paz. Todos respondem: Demos graças a Deus. E
retiram-se.
II. CELEBRAÇÃO DA RECONCILIAÇÃODE
VÁRIOS PENITENTES COM CONFISSÃO E ABSOLVIÇÃO GERAL
633.
Para reconciliar vários penitentes com confissão geral, nos casos previstos
pelo direito, tudo se fazcomo ficou dito acima, no caso da reconciliação de
vários penitentes com confissão e absolvição individual, com as alterações a
seguir indicadas.
634.
Terminada a homilia, ou dentro da própria homilia, o Bispo adverte os fiéis que
desejem receber aabsolvição geral, de que se devem dispor convenientemente,
isto é, que se arrependam cada um dos pecadoscometidos e formem o propósito de
não mais pecar, se decidam a reparar os escândalos e os danos queporventura
tenham causado e, ao mesmo tempo, se proponham confessar, em devido tempo, cada
um dospecados graves que neste momento não podem confessar. Além disso,
impor-se-á a todos alguma penitência acumprir, à qual cada um poderá
acrescentar algo mais, se assim o quiser.
635.
A seguir, o diácono convida os penitentes que desejam receber a absolvição a
manifestarem por algumsinal externo, que a solicitam.
636.
Os penitentes, postos de joelhos ou profundamente inclinados, fazem a confissão
geral, por ex: Confesso a Deus.
637.
Segue-se uma oração em forma de ladainha ou um canto apropriado, e, no fim,
recita-se a oraçãodominical, como se disse acima, no n. 628.
638.
Por fim, o Bispo, de mitra, voltado para os penitentes, profere a fórmula
sacramental da absolvição: Deus, Pai de misericórdia.
639.
Em seguida, o Bispo convida todos à ação de graças e à proclamação da
misericórdia de Deus; e, depois de um canto adequado, abençoa o povo, e o
diácono faz a despedida, como se disse acima no n. 632.
III. CELEBRAÇÕES PENITENCIAIS SEM
CONFISSÃONEM ABSOLVIÇÃO
640.
Celebrações penitenciais são reuniões do povo cristão destinadas a ouvir a
Palavra de Deus enquantoconvite à conversão e à renovação da vida e anúncio da
nossa libertação do pecado pela morte e ressurreiçãode Cristo. Estas
celebrações são de grande importância como meio de dispor os fiéis para a
celebração dosacramento da Penitência.
641.
O Bispo pode presidir a elas revestido com as vestes acima indicadas, no n.
622, ou somente deroquete, mozeta, cruz peitoral e estola.
642.
A celebração faz-se segundo o rito acima descrito para a reconciliação de
vários penitentes comconfissão e absolvição individuais, até à oração dominical
depois da confissão geral e preces litânicas (nn.622-628).
643.
Omitidas as confissões individuais, o Bispo conclui as preces com oração
adequada, que pode ser aoração Deus todo-poderoso e cheio de misericórdia. Em
seguida, dá a bênção ao povo, como se disse no n.632, e o diácono faz a
despedida.
CAPÍTULO V
SACRAMENTO DA UNÇÃO DOS ENFERMOS
INTRODUÇÃO
644.
Refere o evangelista São Marcos que os Apóstolos enviados por Cristo ungiam com
óleo os enfermos. Nem é de admirar, pois, segundo a tradição bíblica e cristã,
“a unção com óleo significa a misericórdia de Deus, remédio da doença,
iluminação da mente”. Ainda que os Bispos, sucessores dos Apóstolos, “impedidos
por múltiplas ocupações, não possam irao encontro de todos os doentes”, como
observa o papa santo Inocêncio I, continuam a desempenhar esteministério por
meio dos presbíteros, que, segundo a tradição da Igreja latina, se servem para
a unção dosenfermos do óleo que, fora do caso de necessidade, é benzido pelo
Bispo.
645.
Porém, quando a Unção é celebrada em grandes concentrações de fiéis, como é o
caso dasperegrinações e outros ajuntamentos de enfermos da diocese, da cidade,
ou de alguma piedosa associação, tanto quanto lhe seja possível, convém que o
Bispo presida ao rito. É este rito que a seguir se descreve.
646.
Para se conseguir verdadeira eficácia pastoral desta celebração, é necessária
se faça devida preparaçãoprévia, quer dos doentes que hão de receber a Santa
Unção, quer dos outros doentes eventualmente presentes, quer dos próprios fiéis
que gozam de saúde. Tenham-se também o cuidado de promover a plena participação
dos presentes, preparando sobretudoos cantos oportunos, com os quais se
estimule a comunhão dos fiéis, se fomente a oração comum e semanifeste a
alegria pascal que deve transparecer em todo este rito.
647.
Se os doentes que vão receber a Santa Unção forem muito numerosos, o Bispo pode
designar algunspresbíteros que com ele tomem parte na celebração do sacramento.
Se a Unção é conferida dentro da Missa, convém que estes presbíteros
concelebrem com o Bispo. Convém ainda que assista pelo menos um diácono e mais
alguns ministros.
I. CELEBRAÇÃO DA SANTA UNÇÃO DENTRO
DA MISSA
648.
Nos dias em que são permitidas as Missas rituais, pode-se dizer a Missa “Pelos
doentes”, com asleituras próprias do rito da Unção e paramentos de cor branca.
Não se dizendo a Missa ritual, pode-se escolher uma das leituras de entre as
que vêm no Lecionáriopara o Rito da Unção. Ocorrendo algum dos dias indicados
nos nn. 1-4 da tabela dos dias litúrgicos, celebra-se a Missa dodia, com as
respectivas leituras. Na bênção final, usa-se a fórmula própria do rito da
Unção.
649.
Coisas a preparar: a) Ritual Romano; b) Vasos com óleo dos enfermos; c) as
coisas necessárias para lavar as mãos; d) cálice de tamanho suficiente para a comunhão
sob as duas espécies. Bispos e presbíteros revestem os paramentos requeridos
para a celebração da Missa. O diácono vaiparamentado com as vestes sagradas da
sua ordem; os restantes ministros, de alva ou de outra veste para elesaprovada.
Os presbíteros que não concelebrem com o Bispo, vestem a sobrepeliz por cima do
hábito talar oualva e estola.
650.
Os doentes são acolhidos por aqueles que para isso foram designados, e
instalados nos respectivoslugares, antes da entrada do Bispo.
651.
Os ritos iniciais e a liturgia da Palavra fazem-se como de costume. Após o
Evangelho, o Bisposentado da cátedra, de mitra e báculo, se não lhe parecer
melhor de outra maneira, faz a homilia. Servindo-sedo texto das leituras,
explica o significado da doença humana na história da salvação e a graça do
sacramentoda Unção.
652.
A celebração da Unção dos enfermos começa depois da homilia. E pode-se realizar
de duas maneiras,assim esquematizadas: A B− Ladainha − Imposição das mãos−
Imposição das mãos − Bênção do óleo− Bênção do óleo − Unção− Unção − Ladainha,
seguida da oração eucarística− Oração conclusiva. Estes esquemas são a seguir mais
desenvolvidos, nos nn. 653-658.
653.
Depois da homilia, o Bispo depõe a mitra, levanta-se e profere a introdução à
ladainha indicada no Ritual, no caso de se recitar nesta altura. A seguir, ele
e todos os presbíteros que irão administrar a Santa Unção impõem cada um as
mãos sobre alguns dos doentes, sem dizer nada.
654.
Nesta celebração, pode o Bispo benzer o óleo para a Unção, o que fará logo a
seguir à imposição dasmãos, recitando a oração Ó Deus, Pai de toda consolação.
No caso de se utilizar óleo já abençoado diz a oração de ação de graças sobre o
óleo: Bendito sejais, ó Deus.
655.
Depois o Bispo senta-se e recebe a mitra. O diácono apresenta-lhe o vaso ou
vasos com óleo bento, eo Bispo entrega-os aos presbíteros que o vão ajudar a
administrar a Santa Unção. O Bispo e os presbíteros aproximam-se de cada doente
e ungem um por um na fronte e nas mãos, pronunciando uma só vez para cada um
deles a fórmula: Por esta santa unção.
656.
Enquanto se vai fazendo a Unção dos doentes, e depois de os presentes terem
ouvido a fórmula umavez pelo menos, pode-se executar algum canto.
657.
Terminadas as unções, o Bispo volta para a cátedra e os presbíteros para as
suas cadeiras, e lavam asmãos.
658.
Depois, o Bispo, de pé, sem mitra, de mãos estendidas, diz a oração conclusiva
do rito da Unção, escolhendo o formulário mais apropriado de entre os que vêm
no Ritual. No caso de a ladainha não se terrecitado antes, o Bispo, depois de
lavar as mãos, recita a introdução e a oração conclusiva.
659.
Em seguida, a Missa continua como de costume, com a preparação das oferendas.
Os doentes e aspessoas presentes podem comungar sob as duas espécies.
660.
No fim da Missa, em vez da bênção habitual, o Bispo pode utilizar a fórmula
solene indicada no Ritual. Neste caso, recebe a mitra e saúda o povo, com as
palavras: O Senhor esteja convosco. Um diáconopode recitar a fórmula
introdutória à bênção, e o Bispo, de mãos estendidas sobre o povo, profere
asinvocações da bênção. Depois, recebe o báculo e diz: Abençoe-vos, traçando o
sinal da cruz sobre o povo. O Bispo pode também dar a bênção com as fórmulas
indicadas mais adiante, nos nn. 1120-1121.
II. CELEBRAÇÃO DA SANTA UNÇÃO FORA
DA MISSA
661.
O Bispo veste a alva, a cruz peitoral, a estola e o pluvial de cor branca, e
recebe a mitra e o báculo. Ospresbíteros que porventura a ele se associem põem
a sobrepeliz sobre hábito talar ou a alva e estola. Odiácono reveste os
paramentos que lhe pertencem.
662.
Os doentes são recebidos pelas pessoas para tal designadas e são instalados nos
seus lugares antes daentrada do Bispo.
663.
O Bispo entra na igreja enquanto se executa um canto apropriado. Depois saúda o
altar e dirige-separa a cátedra. Terminado o canto, saúda com afabilidade os
doentes e o povo.
664.
Segue-se a liturgia da Palavra, da mesma forma e utilizando os mesmo textos
indicados acima, nos nn.648 e 651, para a celebração dentro da Missa.
665.
O rito da Unção realiza-se como ficou indicado acima, nos nn. 652-657.
Terminada a Unção e antesda oração conclusiva, o Bispo profere a introdução à
oração dominical, que é recitada por todos.
666.
A bênção final do Bispo é dado na forma acima descrita, no n. 660; no fim, o
diácono despede o povo,dizendo: Vamos em paz, e todos respondem: Graças a Deus.
É conveniente terminar a celebração com cantoapropriado.
VI PARTE
OS SACRAMENTAIS
CAPÍTULO I
BÊNÇÃO DE ABADE
INTRODUÇÃO
667.
O Abade, que faz no mosteiro as vezes de Cristo, deve apresentar-se como pai,
mestre e modelo devida cristã e monástica. Neste sentido, nada deve ensinar,
estabelecer ou ordenar fora dos preceitos do Senhor. Tudo quanto é bom e santo,
deverá mostrá-lo mais pelos seus atos do que por palavras, sempre maisatento a
servir do que a mandar. Com toda a moderação e firmeza conduza a sua comunidade
no seguimento de Cristo, de tal modoque os monges do seu mosteiro se
apresentem, tanto na oração como no serviço fraterno, modelo da vida evangélica.
668.
A bênção do Abade é normalmente celebrada pelo Bispo do lugar em que está
situado o mosteiro. Desse modo, o Bispo participa no mais alto grau da vida
monástica. Assim, como os mosteiros, pelo seu exemplo, trabalho, oração, servem
de sustentáculo à vida de Igreja particular, assim o Bispo, por seu lado,deve
reconhecer neles uma parcela exímia do seu múnus, ainda que não deva ingerir-se
no governo internodo mosteiro.
669.
Havendo justa causa, e dado o consentimento do Bispo local, o eleito pode
receber a bênção de outro Bispo ou de outro Abade.
670.
A bênção abacial só se dá aos Abades que, depois de canonicamente eleitos,
assumem o governo deuma comunidade.
671.
É de grande conveniência que a bênção do Abade se dê na igreja do mosteiro à
frente do qual ele écolocado.
672.
A bênção do Abade deve dar-se em domingo ou dia festivo, a não ser que motivos
de ordem pastoralaconselhem outra coisa.
673.
Nos dias em que são permitidas as Missas rituais, pode-se dizer a Missa da
“Bênção de Abade”, comas leituras próprias, e paramentos brancos ou de cor
festiva. Mesmo não se celebrando a Missa ritual, pode-se escolher uma das
leituras do Lecionário para esta Missa. Ocorrendo algum dos dias indicados nos
nn. 1-4 da tabela dos dias litúrgicos, celebra-se a Missa dodia com suas
leituras.
674.
O Eleito é assistido por dois monges do seu mosteiro. Estes, se forem
presbíteros e concelebrarem a Missa, irão revestidos com as vestes sacerdotais;
caso contrário, de hábito coral ou de sobrepeliz, por cima dohábito.
675.
Convém que os Abades e outros sacerdotes eventualmente presentes, concelebrem a
Missa com o Bispo e o Abade eleito.
676.
O Bispo e os concelebrantes revestem os paramentos sagrados requeridos para a
celebração da Missa; o Bispo também a dalmática. O eleito reveste igualmente os
paramentos sacerdotais, e, por baixo da casula, acruz peitoral e a dalmática. O
diácono reveste os paramentos da sua ordem. Os restantes ministros vestem a
alva ou outra vestepara eles aprovada.
677.
Além das coisas necessárias para a concelebração da Missa, preparar-se-á: a)
Pontifical Romano; b) Regra; c) báculo pastoral para o eleito; d) anel e mitra
para o eleito, se lhes houverem de ser entregues; e) cálice de tamanho
suficiente para a comunhão sob as duas espécies.
678.
Normalmente, a bênção do anel, do báculo pastoral e da mitra far-se-á em hora
oportuna antes dabênção do eleito.
679.
Por via de regra, a bênção do eleito faz-se na cátedra. Todavia, para facilitar
a participação dos fiéis, pode-se colocar à frente do altar ou noutro lugar
mais adequado uma sede para o Bispo. Para o eleito e seusassistentes,
dispõem-se no presbitério as respectivas sedes, de modo que todos possam
acompanharfacilmente o desenrolar da ação litúrgica.
DESCRIÇÃO DO RITO
680.
A procissão através da igreja até ao altar é realizado como de costume. À
frente, vai o diácono com olivro dos Evangelhos; seguem-no os presbíteros
concelebrantes; depois o eleito ladeado pelos seusassistentes; por último, o
Bispo, de mitra e báculo, e, um pouco atrás, os dois diáconos assistentes.
681.
Os ritos iniciais e a liturgia da Palavra até ao Evangelho inclusive
realizam-se como de costume.
682.
Proclamado o Evangelho, dá-se início à bênção do Abade. Se assim convier, o
Bispo vem de mitra atéà sede preparada para esse fim, como acima se disse; se
não se senta na cátedra. Todos se sentam. O eleito éconduzido pelos monges seus
assistentes à presença do Bispo e faz-lhe a devida reverência. Um
dosassistentes apresenta o eleito ao Bispo, dizendo: Reverendíssimo Pai, em
nome da comunidade. O Bispopergunta: Sabeis se foi eleito regularmente? O monge
responde: Sabemos e testemunhamos. O Bispo conclui: Graças a Deus.
683.
Depois, o Bispo, servindo-se das leituras da Missa, dirige-se ao povo, aos
monges e ao eleito umasbreves palavras acerca do cargo abacial.
684.
Finda a homilia, o eleito levanta-se e posta-se diante do Bispo. Este faz-lhe o
interrogatório,começando por estes termos: Conforme a antiga tradição; o eleito
a cada umas das perguntas, responde:Quero. No final, o Bispo conclui:
Conceda-te Deus tudo isso; e todos dizem: Amém.
685.
O Bispo depõe a mitra e levanta-se. E todos se levantam. O Bispo, de mãos
juntas, voltado para opovo, convida à oração: Meus irmãos, roguemos a Deus. A
seguir, o diácono diz: Ajoelhemo-nos; e todos se ajoelham nos seus lugares,
enquanto o eleito seprostra por terra. Durante o tempo pascal e aos domingos, o
diácono omite: Ajoelhemo-nos; o eleito, porém, prostra-se, mas todos os demais
ficam de pé. Os cantores começam a ladainha, na qual se podem intercalar, na
altura devida, alguns nomes de Santos, por ex., do Padroeiro, do Titular da
igreja, do Fundador, do Padroeiro daquele que recebe a bênção, dos Santos da
Ordem, ou algumas invocações mais acomodadas àscircunstâncias. A ladainha
substitui a oração universal. Terminada a ladainha, o diácono, se antes
convidara aajoelhar, diz: Levantai-vos; e todos se levantam.
686.
O eleito aproxima-se do Bispo e põe-se de joelhos diante dele. O Bispo, de pé,
sem mitra, de mãosestendidas, proclama a oração da bênção, escolhendo um dos
formulários do pontifical.
687.
Terminada a oração da bênção, o Bispo senta-se e recebe a mitra. Todos se
sentam. O Abade recém-abençoado aproxima-se do Bispo, e este entrega-lhe a
Regra, dizendo: Recebe esta regra. Em seguida, se foro caso, o Bispo põe-lhe o
anel no dedo anular da mão direita, dizendo: Recebe este anel. Depois, se for
igualmente o caso, impõe-lhe a mitra, sem dizer nada. Por último, entrega-lhe o
báculopastoral, com as palavras: Recebe o báculo de pastor.
688.
Finalmente, o Abade recém-abençoado depõe o báculo e recebe do Bispo, e de
todos os Abadespresentes, a saudação da paz. Se as condições o permitirem,
recebe igualmente a saudação da paz dos presbíteros e mongespresentes.
689.
A Missa prossegue como de costume. Diz-se o Símbolo, segundo as rubricas;
omite-se a oraçãouniversal.
690.
Durante a liturgia eucarística, o Abade recém-abençoado ocupa o primeiro lugar
entre os presbíterosconcelebrantes. Se o Prelado que o abençoou não for Bispo e
a bênção foi feita na igreja própria do eleito, o Abade recém-abençoado pode
presidir à liturgia eucarística.
691.
Pais e parentes do Abade recém-abençoado, bem como os monges do mosteiro, podem
receber acomunhão sob as duas espécies.
692.
No fim da Missa, aquele que presidiu à liturgia eucarística, diz: O Senhor
esteja convosco, e dá abênção. O diácono despede a todos, como de costume.
693.
Após a despedida, pode-se cantar o hino: A vós, ó Deus, louvamos (Te Deum) ou
outro cantoapropriado, e todos regressam processionalmente, através da igreja,
à sacristia. E retiram em paz. No caso da bênção de um Abade com jurisdição
territorial, após a oração depois da comunhão, canta-se o hino: A vós, ó Deus
louvamos (Te Deum), ou outro canto equivalente, segundo o costume do lugar.
Enquanto isso, o Abade recém-abençoado, acompanhado dos seus assistentes,
percorre a igreja, abençoando toda a assembléia. Terminado o hino, o Abade
recém-abençoado de pé junto do altar; ou da cátedra, de mitra e báculo, pode
dirigir umas breves palavras ao povo. O resto, como de costume.
CAPÍTULO II
BÊNÇÃO DE ABADESSA
INTRODUÇÃO
694.
A Abadessa, eleita por sua comunidade, deve ser para as próprias monjas modelo
de vida cristã emonástica. Neste sentido, nada deve ensinar, estabelecer ou
ordenar fora dos preceitos do Senhor. Tudoquanto é bom e santo, deverá
mostrá-lo mais por seus atos do que por palavras, sempre mais pronta a servirdo
que a mandar. Com toda a moderação e firmeza, conduza a sua comunidade no
seguimento de Cristo, de tal modoque as monjas do seu mosteiro se apresentem,
tanto na oração como no serviço fraterno, modelo de vida evangélica.
695.
A bênção de Abadessa é celebrada, por via de regra, pelo Bispo do lugar em que
está situado omosteiro. Havendo, porém, justa causa, e com o consentimento do
Bispo local, a eleita pode receber a bênçãode outro Bispo ou de Abade.
696.
A bênção deve dar-se em domingo ou dia festivo, a não ser que motivos de ordem
pastoralaconselhem outra coisa.
697.
Nos dias em que são permitidas as Missas rituais, pode-se dizer a Missa da
“Bênção de Abadessa”,com as leituras próprias, e paramentos brancos ou de cor
festiva. Mesmo não se celebrando a Missa ritual, pode-se escolher uma das
leituras do Lecionário para esta Missa. Ocorrendo algum dias indicados nos nn.
1-4 da tabela dos dias litúrgicos, celebra-se a Missa do diacom suas leituras.
698.
A eleita é assistida por duas monjas do seu mosteiro; e ocupará lugar no
presbitério, fora da clausura, de modo a poder facilmente aproximar-se do Bispo
e permitir que as monjas e os fiéis acompanhem acelebração e nela participem. Normalmente,
a Bênção faz-se na cátedra. Todavia, para facilitar a participação dos fiéis,
pode-secolocar à frente do altar, ou noutro lugar mais adequado, uma sede para
o Bispo.
699.
Convém que os sacerdotes presentes concelebrem com o Bispo, e haja pelo menos
um diácono e maisalguns ministros.
700.
Além das vestes sagradas, e das coisas necessárias para a celebração da Missa e
dalmática para o Bispo, preparar-se-á: a) Pontifical Romano; b) Regra; c) anel,
se houver de ser entregue; d) cálice de tamanho suficiente para a comunhão sob
as duas espécies.
DESCRIÇÃO DO RITO
701.
Antes de começar a celebração, o Bispo, com os concelebrantes, ministros e
clero, dirige-se para aporte da clausura. A eleita, acompanhada das duas monjas
assistentes, sai e vai tomar o seu lugar na procissãopara a igreja
imediatamente à frente do Bispo.
702.
Os ritos iniciais e a liturgia da Palavra, até ao Evangelho inclusive,
realizam-se como de costume.
703.
Proclamado o Evangelho, dá-se início à bênção da Abadessa. Se assim convier, o
Bispo, de mitra, vaisentar-se na sede preparada para esse fim, como ficou dito
acima; caso contrário, senta-se na cátedra. Todosse sentam. A eleita é
conduzida pelas monjas assistentes à presença do Bispo, ao qual faz a devida
reverência. Uma das monjas assistentes da eleita apresenta-a ao Bispo, dizendo:
Reverendíssimo pai, em nome dacomunidade, como vem no Pontifical. O Bispo
pergunta: Sabeis se foi eleita regularmente? A monja responde: Sabemos e
testemunhamos.O Bispo acrescenta: Graças a Deus.
704.
Em seguida, o Bispo tomando por tema as leituras sagradas da Missa, dirige ao
povo, às monjas e àeleita umas breves palavras acerca do cargo de Abadessa.
705.
Finda a homilia, a eleita levanta-se e posta-se diante do Bispo. Este
pergunta-lhe: Queres observar teusanto propósito? A cada uma das perguntas, a
eleita responde: Quero. No fim, o Bispo conclui: Conceda-te Deus tudo isso. E
respondem todos: Amém.
706.
O Bispo depõe a mitra e levanta-se. E todos se levantam. O Bispo, de mãos
juntas, voltado para opovo, convida-a à oração: Caros irmãos e irmãs, roguemos
a Deus. Depois o diácono diz: Ajoelhemo-nos. Todos se ajoelham nos seus
lugares; a eleita, onde for costume, prostra-se por terra. Durante o tempo
pascal enos domingos, o diácono omite: Ajoelhemo-nos. A eleita, contudo,
ajoelha-se ou prostra-se, conforme ocostume. Todos os demais ficam de pé. Os
cantores começam a ladainha, na qual se podem intercalar, nolugar devido,
alguns nomes de santos, por ex., do Padroeiro, do Titular da igreja, do
Fundador, do santo Patrono daquela que recebe a bênção, de Santos da Ordem, ou
algumas invocações mais acomodadas àcircunstância. A ladainha substitui a
oração universal. Terminada a ladainha, o diácono, se antes convidara
aajoelhar, diz: Levantai-vos; e todos se levantam.
707.
A eleita aproxima-se do Bispo e põe-se de joelhos diante dele. O Bispo de pé,
sem mitra, de mãosestendidas, diz a oração da bênção, escolhendo um dos
formulários do Pontifical.
708.
Terminada a oração da bênção, o Bispo senta-se e recebe a mitra. Todos se
sentam. A Abadessarecém-abençoada aproxima-se do Bispo, e este entrega-lhe a
Regra, dizendo: Recebe esta Regra.
709.
Se a Abadessa tiver recebido o anel no dia da sua profissão e consagração, não
se faz agora entregadele. Se a Abadessa não o tiver recebido, o Bispo pode
colocá-lo no dedo anular da mão direita, com aspalavras: Recebe este anel.
710.
A Abadessa saúda o Bispo com uma inclinação profunda e volta para o seu lugar;
acompanhada dassuas assistentes.
711.
A Missa continua como de costume. Diz-se o Símbolo, segundo as rubricas.
Omite-se a oraçãouniversal.
712.
A eleita, seus pais e parentes, bem como os membros da comunidade, podem
receber a comunhão sobas duas espécies.
713.
Dada a bênção pelo Bispo no fim da Missa, o diácono despede o povo como de
costume.
714.
Terminada a Missa, pode-se cantar o hino: A vós, ó Deus, louvamos (Te Deum) ou
outro equivalente. Enquanto isso, o Bispo conduz a Abadessa até à clausura. Se
o Bispo for o Ordinário do lugar com jurisdiçãoimediata sobre as monjas, conduz
a Abadessa à sua sede no coro, convidando-a a sentar-se, a não ser que amesma
Abadessa já se tenha aí sentado logo após a eleição.
CAPÍTULO III
CONSAGRAÇÃO DAS VIRGENS
INTRODUÇÃO
715.
Segundo a antiga tradição, a virgem consagrada é sinal transcendente do amor da
Igreja para com Cristo e imagem escatológica da Esposa celeste e da vida
futura.
716.
À consagração das virgens, podem ser admitidas tanto as monjas como outras
pessoas de vida secular.
717.
A consagração das virgens convém que se realiza dentro da oitava da Páscoa, nas
solenidades,sobretudo nas que se referem à Encarnação e manifestação do Senhor,
aos domingos, nas festas da VirgemMaria, nas das santas Virgens ou nas dos
Santos que se evidenciaram na vida religiosa.
718.
Em dia marcado, próximo do rito da consagração, ou pelo menos na véspera, as
virgens consagradasapresentam-se ao Bispo, para um colóquio pastoral entre as
filhas e o pai da diocese.
719.
Se for conveniente, sobretudo para louvor da castidade e seu significado
eclesial, e para promover aedificação e afluência do povo de Deus, avisem-se os
fiéis, com a devida antecedência, da celebração do rito.
720.
O ministro deste rito é o Bispo diocesano. Com o consentimento dele, porém,
pode outro Bispopresidir ao rito.
721.
Nos dias em que são permitidas as Missas rituais, pode-se celebrar a Missa da
“Consagração dasvirgens”, com as leituras próprias, e paramentos brancos ou de
cor festiva. Não se celebrando a Missa ritual, pode-se escolher uma das
leituras das que vêm no Lecionário paraesta Missa. Ocorrendo algum dos dias
indicados nos nn. 1-4 da tabela dos dias litúrgicos, celebra-se a Missa dodia
com suas leituras. Na bênção do fim da Missa, pode-se usar sempre a fórmula
própria da Missa ritual.
I.
CONSAGRAÇÃO DAS VIRGENS MONJAS
722.
A consagração das virgens monjas celebra-se dentro da Missa, por via de regra
na igreja do própriomosteiro. Recomenda-se que os sacerdotes que participam no
ato concelebrem com o Bispo. Convém que o Bispo seja assistido pelo menos por
um diácono e no desenrolar do rito haja osministros necessários, revestidos de
alva ou de outra veste para eles devidamente aprovada.
723.
Para a realização do rito, além das vestes sagradas e das coisas necessárias
para a celebração da Missa, preparar-se-á: a) Pontifical Romano; b) véus anéis
ou outras insígnias da consagração virginal ou da profissão religiosa, de
acordo com as prescrições locais ou os costumes da família religiosa; tochas ou
velas; c) em lugar adequado dentro do presbitério, uma sede para a superiora,
se for preciso; d) ainda dentro do presbitério, assentos para as virgens consagradas,
mas dispostos de modo a que os fiéis possam seguir facilmente, a ação
litúrgica; e) cálice de tamanho suficiente para a comunhão sob as duas
espécies. A consagração far-se-á na cátedra. Todavia, para facilitar a
participação dos fiéis, pode-se prepararpara o Bispo uma sede à frente do altar
ou noutro lugar mais próprio.
724.
Reunido o povo e tudo convenientemente preparado, realiza-se a procissão de
entrada, como decostume, através da igreja em direção ao altar. Enquanto isso,
o coro com o povo, executa o canto de entradada Missa. É de recomendar que as
virgens consagradas se incorporem na procissão, acompanhadas pelasuperiora e
pela mestra.
725.
Chegadas ao presbitério e feita a devida inclinação ao altar, as virgens vão
ocupar os lugares que lhesestão destinados na nave da igreja.
726.
Os ritos iniciais e a liturgia da Palavra, até ao Evangelho inclusive,
desenrolam-se como de costume.
727.
Proclamado o Evangelho, o Bispo recebe a mitra e o báculo e senta-se na cátedra
ou dirige-se para asede que lhe está preparada. Entretanto, canta-se a
antífona: Virgens prudentes. Neste momento, as virgensconsagradas acendem as
tochas ou velas e, acompanhadas pela mestra e pelas outras monjas para
issodesignadas, aproximam-se do presbitério, mas sem entrar nele. Terminada a
antífona, o Bispo chama as virgens consagradas, dizendo ou cantando: Vinde
filhas, eelas respondem, cantando a antífona: Agora vos seguimos, e entram no
presbitério. Aqui, dispõem-se demodo que o rito possa ser visto por todos. As
velas são entregues aos ministros ou colocadas num candelabropróprio para isso.
728.
Sentam-se todos e o Bispo profere a homilia. Inspirando-se no texto das
leituras sagradas que foramlidas na Missa, dirige-se às monjas e às
consagrandas e fala-lhes sobre o dom e função da virgindade, do seuvalor para a
santificação das eleitas e para o bem da Igreja e de toda a família humana.
729.
Terminada a homilia, as virgens, só estas, levantam-se. O Bispo pergunta-lhes
se estão dispostas adedicar-se a Deus e a seguir o caminho da caridade perfeita
de acordo com a regra ou as constituições da suafamília religiosa, como vem
indicado no Pontifical Romano.
730.
Depois, todos se levantam. O Bispo depõe o báculo e a mitra; e, de pé, de mãos
juntas, convida àoração: Roguemos ao Pai todo-poderoso. O diácono diz:
Ajoelhemo-nos; e o Bispo e todos os presentes seajoelham. Onde for costume as
virgens consagrandas prostrarem-se por terra, pode-se conservar essecostume.
Durante o tempo pascal e aos domingos, o diácono omite: Ajoelhemo-nos. E todos,
exceto as virgensconsagrandas, ficam de pé durante o canto da ladainha. Então,
se canta a ladainha. No lugar adequado, podem-se intercalar invocações dos
Santos que sãoobjeto de culto especial por parte da comunidade, podendo também,
conforme os casos, acrescentar-se outrasinvocações mais adequadas à
circunstâncias. A ladainha substitui a oração universal.
731.
Terminada a ladainha, o Bispo, de pé diz, de mãos estendidas, a oração Atendei,
ó Pai. No fim, odiácono, se antes da ladainha tiver convidado a ajoelhar,
acrescenta: Levantai-vos; e todos se levantam.
732.
O Bispo, somente ele, senta-se e recebe a mitra e o báculo. Duas virgens já
professas, de acordo comos costumes da família religiosa ou do mosteiro,
aproximam-se da sede da superiora e, de pé, desempenham afunção especial de
testemunhas. As virgens que hão de professar aproximam-se uma por uma da
superiora e das testemunhas, e lêem afórmula da profissão, escrita previamente
de próprio punho. Em seguida, é de recomendar-se se dirija cada uma ao altar e
nele deponha a carta de profissão e, se opuder fazer comodamente sobre o
próprio altar, assine esse mesmo documento. Volta depois para o seu lugar. Se
for oportuno, as virgens recém-professas, de pé, cantam a seguir a antífona:
Recebei-me, Senhor ououtro canto apropriado, que exprima em forma lírica os
sentimentos de doação e alegria.
733.
Depois, o Bispo depõe o báculo e a mitra; levanta-se e de mãos estendidas sobre
as virgensajoelhadas, canta ou recita a oração consecratória, enquanto toda a assembléia
permanece de pé.
734.
Terminada esta oração, o Bispo senta-se e recebe a mitra. O povo senta-se
também. As virgenslevantam-se e acompanhadas pela mestra ou por outra monja
para isso designada, aproximam-se do Bispo. Este diz uma só vez para todas:
Minhas filhas, recebei o véu e a aliança; a seguir entrega a cada uma
dasvirgens o véu e o anel, ou somente o anel. Enquanto isso, o coro,
acompanhado pelo povo, canta uma antífona, por ex., A vós, Meu Deus, com o Salmo
44, ou outro canto apropriado.
735.
Se for oportuno, o Bispo entrega também a cada uma das virgens o livro da
“Liturgia das Horas”, dizendo antes a fórmula respectiva; e todas as virgens
respondem ao mesmo tempo: Amém.
736.
Depois, se parecer conveniente, as virgens cantam a antífona: Estou desposada
ao Senhor ou outra apropriada.
737.
Terminados estes ritos, onde for costume ou se considerar conveniente, pode-se
significar que asvirgens recém-professas e consagradas a Deus ficam
perpetuamente agregadas à família religiosa; o que sepode fazer por palavras
adequadas proferidas pelo Bispo ou pela superiora, ou por meio do sinal da paz.
Neste caso, o Bispo, da maneira mais conveniente, dá a paz às monjas
recém-consagradas. A seguir, asuperiora e todas as outras monjas expressam-lhes
o seu amor fraterno, de acordo com os costumes da famíliareligiosa ou do
mosteiro. Enquanto isso, o coro juntamente com o povo, canta a antífona: Como é
bela, Senhor, a vossa casa, com o Salmo 83, ou outro canto apropriado.
738.
As virgens recém-professas voltam para os seus lugares dentro do presbitério. E
a Missa continua. Diz-se o Símbolo, segundo as rubricas. Omite-se a oração
universal. Enquanto se executa o canto das ofertas, é bom que algumas das
virgens recém-consagradasapresentem ao altar o pão, o vinho e a água para a
celebração da Eucaristia. Na Oração eucarística, fazem-se as intercessões
próprias. O Bispo, da maneira mais conveniente, dá a paz às virgens
recém-consagradas.
739.
Depois de o Bispo ter tomado o Corpo e o Sangue do Senhor, as virgens aproximam-se
do altar, erecebem o sacramento de Cristo sob as duas espécies. Depois delas,
as irmãs em religião, os pais e osparentes podem também receber a Eucaristia da
mesma forma.
740.
Terminada a oração depois da comunhão, as virgens recém-consagradas vão-se
postar diante do altar. O Bispo recebe a mitra e saúda o povo: O Senhor esteja
convosco. Um dos diáconos pode proferir a moniçãointrodutória à bênção. O
Bispo, de mãos estendidas sobre as virgens, recita as invocações da bênção.
Depois, recebe o báculo e diz: E a todos
vós, e faz o sinal da cruz sobre o povo. O Bispo pode também dar a bênção,
utilizando uma das fórmulas apresentadas mais adiante, nos nn.1120-1121.
741.
Dada a bênção pelo Bispo, o diácono despede o povo, dizendo: Vamos em paz, e
todos respondem: Graças a Deus. Conforme as circunstâncias, as virgens retomam
as suas velas, e o coro, juntamente com opovo, entoa um hino apropriado ou
canto de louvor, e organiza-se a procissão como no princípio da
Missa,acompanhando as virgens recém-consagradas até à porta da clausura.
II. CONSAGRAÇÃO DAS VIRGENS QUE
LEVAM VIDA SECULAR
742.
Como estas virgens são admitidas à consagração virginal a juízo e por
autoridade do Bispo, e sededicam as mais das vezes a obras diocesanas, o rito
celebra-se preferentemente na igreja catedral, a não serque as circunstâncias e
os costumes do lugar aconselhem outra coisa.
743.
Faz-se tudo como acima ficou descrito para a consagração das monjas virgens,
excetuando o que vemindicado no Pontifical e aqui a seguir.
744.
É conveniente que as virgens consagrandas sejam acompanhadas e conduzidas até
ao altar, por duasvirgens já consagradas a Deus ou por duas mulheres,
escolhidas dentre a comunidade dos fiéis.
745.
Para as perguntas acerca da vontade de se consagrarem a Deus, depois da
homilia, usa-se o formuláriopróprio do Pontifical.
746.
Terminada as ladainhas com a respectiva oração, as consagrandas aproximam-se
uma por uma do Bispo, ajoelham diante dele, põem as mãos juntas entre as mãos
do Bispo, e fazem a promessa de virgindade, dizendo: Recebe, o Pai. Se este
rito parecer menos conveniente, pode ser substituído por outro, determinadopela
Conferência Episcopal.
747.
A paz não se dá às virgens consagradas logo a seguir à entrega das insígnias, mas
na Missa, como decostume.
CAPÍTULO IV
PROFISSÃO PERPÉTUA DE RELIGIOSOS
INTRODUÇÃO
748.
“A Igreja não se limita a elevar, com a sua aprovação, a profissão religiosa à
dignidade de estadocanônico, senão que a manifesta também na sua liturgia como
estado consagrado a Deus. Com efeito, pelaautoridade que Deus lhe concedeu, ela
recebe os votos dos que professam, implora para eles, com a suaoração pública,
os auxílios da graça, recomenda-os a Deus e concede-lhes a bênção espiritual,
unindo a suaoblação ao Sacrifício eucarístico”. Este aspecto eclesial torna-se
mais evidente, quando é o Bispo, como pai e pastor também dosreligiosos, embora
estejam estes isentos da sua jurisdição no governo de suas comunidades, quem
preside àprofissão perpétua deles dentro da Missa, com a devida solenidade e participação
do povo.
749.
Normalmente, a profissão faz-se na igreja da família religiosa a que pertencem
os membros que vãoprofessar. Todavia, por motivos de ordem pastoral ou para
realce da vida religiosa e edificação e afluência dopovo de Deus, convirá
eventualmente celebrar este rito na igreja catedral ou paroquial, ou noutra
igreja maisindicada. Isto será grandemente de recomendar onde haja duas ou mais
famílias religiosas cujos membrosdesejem fazer a profissão em conjunto, no
mesmo Sacrifício eucarístico. Nesta comum celebração, devemestar presentes os
superiores das respectivas famílias religiosas, os quais, se forem sacerdotes,
devemconcelebrar com o Bispo e demais sacerdotes que participem na celebração.
O Bispo terá a assisti-lo pelomenos um diácono, mais outros ministros
necessários para a celebração do rito. Os professandos emitirão osvotos perante
o seu respectivo superior.
750.
Para o rito da profissão perpétua, escolher-se-á de preferência um domingo ou
solenidade do Senhor, da Virgem Maria ou de algum Santo dos que mais se
evidenciaram na vida religiosa.
751.
Nos dias em que são permitidas as Missas rituais, pode-se dizer a “Missa do dia
da Profissãoperpétua”, com as leituras próprias, e paramentos brancos. Não se
celebrando a Missa ritual, pode-se escolher uma das leituras do Lecionário para
esta Missa. Ocorrendo algum dos dias indicados nos nn. 1-4 da tabela dos dias
litúrgicos, celebra-se a Missa dodia, com suas leituras. Para a bênção no fim
da Missa, pode-se utilizar sempre a fórmula própria da Missa ritual.
752.
Além dos paramentos sagrados e do mais que é necessário para a celebração da
Missa, preparar-se-á: a) Ritual da profissão religiosa; b) insígnias da
profissão religiosa, se de acordo com os regulamentos ou costumes da família
religiosa, devam ser entregues; c) cálice de tamanho suficiente para a comunhão
sob as duas espécies; d) num Instituto laical, sede para o superior em lugar
conveniente dentro do presbitério; e) dentro do mesmo presbitério, assentos
para os religiosos professandos, dispostos de modo que os fiéis possam seguir
facilmente toda a ação litúrgica. O rito da profissão faz-se na cátedra ou à
frente do altar ou noutro lugar mais indicado.
DESCRIÇÃO DO RITO
753.
À entrada, faz-se a procissão, como de costume. Convém que nela se incorporem
os professandos, acompanhados do mestre e nos Institutos laicais, do superior
respectivo. Ao chegarem ao presbitério, fazemtodos a devida reverência ao altar
e vão para os lugares que lhes estão destinados.
754.
Os ritos iniciais e a liturgia da Palavra, até ao Evangelho inclusive,
realizam-se como de costume.
755.
Proclamado o Evangelho, o Bispo recebe a mitra e o báculo e senta-se na
cátedra, ou vai sentar-se nasede preparada para esse fim. O povo senta-se. Os
professandos ficam de pé. Faz-se então a chamada ou opedido. O diácono ou o
mestre chama cada um dos professandos pelo nome e cada um responde: Aqui estou,
ou de outra maneira, conforme o costume da família religiosa ou do lugar. Em
seguida, o Bispo interroga osprofessandos acerca da sua vontade, como vem no
Ritual. Em vez da chamada, pode-se fazer o pedido, deste modo: um dos
professandos, de pé, em nome detodos, pede a admissão, segundo a fórmula que
vem no Ritual ou outra equivalente. No fim respondem todos: Graças a Deus ou de
outra maneira.
756.
Feito isto, os professandos sentam-se também. O Bispo, sentado, de mitra e
báculo, salvo se lheparecer melhor de outra forma, profere a homilia. Tomando
por tema as leituras bíblicas, explicará a graça e afinalidade da profissão
religiosa, quer para a santificação dos eleitos, quer para o bem da Igreja e de
toda afamília humana.
757.
Terminada a homilia, os professandos levantam-se. O Bispo pergunta-lhes se
estão dispostos aconsagrar-se a Deus e a tender à perfeição da caridade, em
conformidade com a regra ou constituições dafamília religiosa, utilizando o
formulário do Ritual Romano ou no Ritual próprio. No fim, o Bispo confirma
adecisão dos professandos, dizendo: Deus vos inspirou ou outras palavras
semelhantes.
758.
Em seguida, o Bispo depõe o báculo e a mitra e levanta-se. E todos se levantam.
O Bispo, de pé, comas mãos juntas, convida à oração, dizendo: Meus irmãos,
oremos. O diácono diz: Ajoelhemo-nos. O Bispo etodos os presentes ajoelham. os
professandos, conforme o costume do lugar ou da família religiosa, prostram-se
por terra ou se põem de joelhos. Durante o tempo pascal e aos domingos, o
diácono omite: Ajoelhemo-nos. Os professandos prostram-se, mas todos os demais
ficam de pé. Os cantores entoam a ladainha, e todos respondem. Nesta ladainha,
podem-se intercalar, no lugarpróprio, invocações dos Santos especialmente
venerados pela família religiosa ou pelo povo, ou ainda, conforme os casos,
ajuntar outras súplicas, mais acomodadas às circunstâncias. A ladainha
substitui a oraçãouniversal.
759.
Terminada a ladainha, o Bispo, de pé de mãos estendidas, recita a oração:
Atendei, ó Deus. No fim, odiácono, se antes convidara a ajoelhar, diz:
Levantai-vos, e todos se levantam.
760.
O Bispo senta-se e recebe a mitra e o báculo. Dois religiosos professos, que,
segundo os costumes dafamília religiosa, irão servir de testemunhas, vão se
colocar junto do Superior. Os professandos, um após outro, aproximam-se do
Bispo, do Superior, e das testemunhas e lêem afórmula da profissão, escrita
previamente de próprio punho. Lida a carta, recomenda-se que o professo a vá
depor sobre o altar, e se puder fazer comodamente, assine sobre o altar o
documento da profissão. Depois, volta para o seu lugar.
761.
Em seguida, os professos, de pé, podem cantar a antífona: Recebei-me, Senhor,
ou outro cantoapropriado.
762.
Os novos professos põem-se de joelhos. O Bispo depõe o báculo e a mitra,
levanta-se e, de mãosestendidas sobre os professos ajoelhados diante dele,
recita a solene oração de bênção.
763.
Após a bênção, se for costume da família religiosa entregar aos novos professos
quaisquer insígniasda profissão, os novos professos levantam-se e aproximam-se
do Bispo. Este, sentado, de mitra, faz a cadauma a respectiva entrega, em
silêncio ou acompanhando-a da fórmula indicada no Ritual próprio. Enquanto
isso, estando todos sentados, canta-se a antífona: Felizes os que habitam, com
o Salmo 83, ou outro cantoapropriado.
764.
Feita a entrega das insígnias, ou após a oração da bênção solene, se for
costume ou parecerconveniente, pode significar-se que os novos professos ficam
para sempre agregados ao Instituto. Isto pode-se fazer com fórmula adequada
dita pelo Bispo ou pelo Superior, ou com a saudação da paz.Assim, o Bispo, o
Superior e os religiosos, segundo os costumes da família religiosa, expressam
aos novosprofessos o seu amor fraterno. Enquanto isso, canta-se a antífona: Eis
como é bom, com o Salmo 132, ououtro canto apropriado.
765.
Os neoprofessos voltam depois para os seus lugares. E continua a Missa. Diz-se
o Símbolo, segundoas rubricas e omite-se a oração dos fiéis. Durante o canto do
ofertório, alguns dos novos professos apresentam ao altar o pão, o vinho e a
águapara o sacrifício eucarístico. Nas Orações eucarísticas, inserem-se as
intercessões próprias. O Bispo dá a saudação da paz a cada um dos neoprofessos.
766.
Depois de o Bispo ter terminado o Corpo e o Sangue do Senhor, os neoprofessos
aproximam-se doaltar e recebem o Sacramento de Cristo sob as duas espécies. A
seguir, os confrades, os pais e os parentes podem receber também a Eucaristia
sob as duas espécies.
767.
Terminada a Oração depois da comunhão, os religiosos agora consagrados a Deus,
vão-se colocar depé em frente do altar. O Bispo recebe a mitra e saúda o povo,
dizendo: O Senhor esteja convosco. Um dosdiáconos pode proferir a monição antes
da bênção. E o Bispo, de mãos estendidas sobre os professos, recitaas
invocações da bênção. Depois, recebe o báculo e diz: E a todos vós e traça o
sinal da cruz sobre o povo. O Bispo pode também dar a bênção com uma das
fórmulas que vêm mais adiante, nos nn. 1120-1121.
768.
Dada a bênção pelo Bispo, o diácono despede o povo, dizendo: Vamos em paz; e
todos respondem: Graças a Deus.
CAPÍTULO V
PROFISSÃO PERPÉTUA DE RELIGIOSAS
INTRODUÇÃO
769.
A vida consagrada a Deus pelos laços da religião foi sempre tida em grande
apreço na Igreja, a qual, desde os primeiros séculos, ornou a profissão
religiosa de ritos sagrados. E assim continua a fazer em nossos dias. Com
efeito, a Igreja recebe os votos dos que professam,implora para eles, com a sua
oração pública, os auxílios da graça, recomenda-os a Deus e concede-lhes
abênção espiritual, unindo a sua oblação ao sacrifício eucarístico. Este
aspecto da vida da Igreja manifesta-se de modo particular quando é o Bispo,
sumo sacerdote dequem deriva e depende a vida dos fiéis na diocese, a presidir
à profissão perpétua das religiosas residentes nasua diocese, profissão esta
que se deve realizar dentro da Missa.
770.
Normalmente, a profissão faz-se na igreja da família religiosa a que pertencem
as irmãs que vãoprofessar. Todavia, por motivos de ordem pastoral, para realce
da vida religiosa e edificação do povo de Deus, promovendo maior influência,
convirá eventualmente celebrar este rito na igreja catedral ou paroquial, ou
noutra igreja mais indicada. Isso será sumamente recomendável onde haja duas ou
mais famílias religiosascujos membros desejem fazer a profissão em conjunto, no
mesmo sacrifício eucarístico, sob a presidência do Bispo. As professandas
emitirão cada uma os votos perante a sua Superiora respectiva. Convém que os
sacerdotes presentes ao ato concelebrem com o Bispo. Este terá a assisti-lo
pelomenos um diácono, bem como outros ministros necessários para a celebração
do rito.
771.
Para a celebração do rito da profissão perpétua, é de recomendar se escolha um
domingo ousolenidade do Senhor, da Virgem Maria ou de algum dos Santos que mais
se evidenciaram na vida religiosa.
772.
Nos dias em que são permitidas as Missas rituais, pode celebrar-se a “Missa do
dia da profissãoperpétua”, com as leituras próprias, e paramentos brancos. Não
se celebrando a Missa ritual, pode-se escolher uma das leituras do Lecionário
para esta Missa. Ocorrendo algum dos dias indicados nos nn. 1-4 da tabela dos
dias litúrgicos, celebra-se a Missa dodia com suas leituras. Para a bênção no
fim da Missa, pode-se utilizar sempre a fórmula própria da Missa ritual.
773.
Além dos paramentos sagrados e do mais que é necessário para a celebração da
Missa, preparar-se-á: a) Ritual da profissão religiosa; b) insígnias da
profissão religiosa, se, de acordo com os regulamentos ou costumes da família,
devam ser entregues; c) cálice de tamanho suficiente para a comunhão sob as
duas espécies; d) em lugar conveniente dentro do presbitério, uma sede para a
Superiora, que vai receber a profissão das irmãs; e) assentos para as
religiosas professantes, dispostos de modo que os fiéis possam seguir
facilmente toda a ação litúrgica. O rito da profissão realiza-se na cátedra ou
à frente do altar ou noutro lugar mais indicado.
DESCRIÇÃO DO RITO
774.
À entrada, faz-se a procissão de entrada, como de costume. Convém que nela se
incorporem asprofessandas, acompanhadas da Superiora e da mestra. Ao chegarem
ao presbitério fazem todos a devidareverência ao altar, e vão para os lugares
que lhes estão destinados.
775.
Os ritos iniciais e a liturgia da Palavra, até ao Evangelho inclusive, fazem-se
como de costume.
776.
Proclamado o Evangelho, o Bispo recebe a mitra e o báculo e senta-se na
cátedra, ou vai sentar-se nasede. O povo senta-se. As professandas ficam de pé.
Faz-se então a chamada ou o pedido. O diácono ou a mestra chama cada uma das
professandas pelo nome e cada uma responde: Aqui estou, ou de outra maneira,
conforme o costume da família religiosa ou do lugar. Em seguida, o Bispo
interroga asprofessandas acerca da sua vontade, como vem no Ritual. Em vez da
chamada, pode-se fazer o pedido, deste modo: uma das professandas, de pé, em
nome detodas, voltada para a Superiora, pede a admissão, segundo a fórmula do
Ritual ou outra equivalente. No fim, todas respondem: Graças a Deus, ou de
outra maneira adequada.
777.
Feito isso, as professandas sentam-se também. O Bispo, sentado, de mitra e
báculo, salvo se lheparecer melhor doutra forma, profere a homilia. Tomando por
tema as leituras bíblicas, porá em relevo agraça e a finalidade da profissão
religiosa, quer para a santificação das eleitas, quer para o bem da Igreja e
detoda a família humana.
778.
Terminada a homilia, a professandas levantam-se. O Bispo pergunta-lhes se estão
dispostas aconsagrar-se a Deus e a tender à caridade perfeita, em conformidade
com a regra ou constituições da famíliareligiosa, utilizando o formulário do
Ritual Romano ou do Ritual próprio. No fim o Bispo confirma a decisãodas
professandas, dizendo: Deus vos inspirou, ou outras palavras semelhantes.
779.
Em seguida, o Bispo depõe o báculo e a mitra e levanta-se. E todos se levantam.
O Bispo, de pé, comas mãos juntas, convida à oração, dizendo: Meus irmãos:
Elevemos. O diácono diz: Ajoelhemo-nos. O Bispoe todos os presentes ajoelham.
As professandas conforme o costume do lugar ou da família religiosa, prostram-se
por terra ou se põem de joelhos. Durante o tempo pascal e aos domingos, o
diácono omite: Ajoelhemo-nos. As professandas prostram-se, ou se ajoelham, mas
os demais ficam de pé. Os cantores entoam a ladainha e todos respondem. Nesta
ladainha, podem-se intercalar, no lugarpróprio, invocações dos santos
especialmente venerados pela família religiosa ou pelo povo, ou ainda, conforme
os casos, acrescentar outras súplicas mais acomodadas às circunstâncias. A
ladainha substitui aoração universal.
780.
Terminada a ladainha, o Bispo, de pé, de mãos estendidas, recita a oração:
Atendei, ó Deus. No fim, odiácono, se antes convidara a ajoelhar, diz:
Levantai-vos e todos se levantam.
781.
O Bispo senta-se e recebe a mitra e o báculo. Duas irmãs professas, que,
segundo os costumes dafamília religiosa, servirão de testemunhas, vão-se
colocar junto da Superiora. As professandas aproximam-se, uma após outra, da
Superiora e lêem a fórmula da profissão, escritapreviamente de próprio punho.
Lida a carta recomenda-se que a professa a vá depor sobre o altar, e, se
puderfazer-se comodamente, assina sobre o mesmo altar o documento da profissão.
Depois, volta para o seu lugar.
782.
Em seguida, as professas, de pé, podem cantar a antífona: Recebei-me Senhor, ou
outro cantoapropriado, que traduza os sentimentos de doação e alegria.
783.
As neoprofessas põem-se de joelhos. O Bispo depõe o báculo e a mitra,
levanta-se e, de mãosestendidas sobre as professas ajoelhadas diante dele,
recita a solene oração de bênção.
784.
Terminada a bênção das professas, se for costume da família religiosa entregar
às neoprofessasalgumas insígnias da profissão, as neoprofessas levantam-se e
aproximam-se do Bispo. Este, sentado, demitra, faz a cada uma a respectiva
entrega, em silêncio ou acompanhando-a da fórmula indicada no Ritualpróprio.
Assim, por exemplo, havendo entrega das alianças, as novas professas
levantam-se e aproximam-sedo Bispo; e este entrega a cada uma a aliança, dizendo
a fórmula prevista. Se forem muitas as professas, oupor outro motivo o Bispo pode
dizer uma vez só para toda a fórmula da entrega da aliança. Neste caso, dita a
fórmula, as professas aproximam-se do Bispo e recebem a aliança. Enquanto isso,
o coro e o povo, cantam a antífona: Estou desposada, com o Salmo 44, ou outro
canto apropriado.
785.
Em seguida, onde for costume ou parecer conveniente, pode significar-se que as
novas professasficam para sempre agregadas à fórmula religiosa. Isto pode
fazer-se com fórmula adequada dita pelo Bispo oupela Superiora, ou com a
saudação da paz. Assim, o Bispo, da maneira mais conveniente, depois dele a Superiora
e as religiosas expressam às novas professas o seu amor fraterno. Enquanto
isso, canta-se aantífona: Como é amável a tua morada, com o Salmo 83, ou outro
canto apropriado.
786.
As neoprofessas voltam depois para os seus lugares. E continua a Missa. Diz-se
o Símbolo, segundoas rubricas; omite-se a oração dos fiéis. Durante o canto do
ofertório, algumas das neoprofessas apresentam ao altar o pão, o vinho e a
águapara o Sacrifício eucarístico. Nas Orações eucarísticas, inserem-se as
intercessões próprias. O Bispo, da maneira mais conveniente, dá a paz às
neoprofessas.
787.
Depois de o Bispo ter tomado o Corpo e o Sangue do Senhor, as neoprofessas
aproximam-se do altar, e recebem a comunhão sob as duas espécies. A seguir
podem também receber a Eucaristia sob as duasespécies as outras religiosas, os
pais e parentes.
788.
Terminada a Oração depois da comunhão, as religiosas agora consagradas a Deus
vão-se colocar emfrente do altar. O Bispo recebe a mitra e saúda o povo,
dizendo: O Senhor esteja convosco. Um dos diáconospode proferir a monição antes
da bênção. E o Bispo, de mãos estendidas sobre as professas, recita asinvocações
da bênção. Depois, recebe o báculo e diz: E a todos vós, e traça sinal da cruz
sobre o povo. O Bispo pode também dar a bênção com uma das fórmulas que vêm
mais adiante, nos nn. 1120-1121.
789.
Dada a bênção pelo Bispo, o diácono despede o povo, dizendo: Vamos em paz, e
todos respondem: Graças a Deus.
CAPÍTULO VI
INSTITUIÇÃO DE LEITORES E ACÓLITOS
INTRODUÇÃO
790.
Os ministérios de leitor e de acólito devem manter-se na Igreja latina. Estes
ministérios podem serconfiados a fiéis leigos, homens, não se considerando
reservados unicamente aos candidatos ao sacramentoda Ordem. Os candidatos ao
Diaconato e ao Presbiterato deverão receber os ministérios de leitor e de
acólito, seos não tiverem já recebido, e exercê-los por tempo conveniente, a
fim de melhor se prepararem para osfuturos ministérios da Palavra e do Altar.
791.
Os ministérios de leitor e de acólito não podem ser conferidos de uma só vez
aos mesmos indivíduos; mas tem que haver entre um e outro os interstícios
estabelecidos pela Sé Apostólica ou pela Conferência Episcopal.
792.
Estes ministérios são conferidos pelo Bispo, ou, nos Institutos clericais de
perfeição, pelo Superiormaior, dentro da Missa ou de celebração da Palavra de
Deus.
793.
Na celebração deste rito, o Bispo terá a assisti-lo um diácono ou presbítero,
para fazer a chamada doscandidatos, e mais outros ministros necessários. O rito
celebra-se na cátedra ou junto da sede, a não ser que, para facilitar a
participação do povo, sejulgue preferível dispor outra sede à frente do altar.
Sendo o rito dentro da Missa, o Bispo reveste os paramentos sagrados requeridos
para a celebraçãoeucarística e usa mitra e báculo. Sendo fora da Missa, pode
pôr a cruz peitoral, a estola e o pluvial da corconveniente sobre a alva, ou
somente a cruz e a estola sobre o roquete e a mozeta. Neste caso, não usa
mitranem báculo.
I. INSTITUIÇÃO DE LEITORES
794.
O leitor é instituído para o ministério que lhe é próprio, o qual é fazer a
leitura da Palavra de Deus naassembléia litúrgica. E assim, tanto na Missa como
nos outros atos sagrados, é ele quem profere as leituras da Sagrada Escritura,
exceto o Evangelho. Ademais, é-lhe confiada a missão especial, dentro do povo
de Deus, de instruir na fé crianças eadultos para receberem dignamente os
sacramentos.
795.
Para este rito, preparar-se-á: a) se o ministério é conferido dentro da Missa,
o necessário para a celebração da Missa; se não, as vestes indicadas mais
adiante, no n. 804; b) Pontifical Romano; c) livro da Sagrada Escritura; d)
sede para o Bispo; e) assentos para os que vão ser instituídos leitores, em
lugar adequado no presbitério, dispostos de forma que os fiéis possam ver bem a
ação litúrgica; f) se o rito for dentro da Missa e a comunhão for distribuída
sob as duas espécies, um cálice de tamanho suficiente. Instituição de leitores
dentro da Missa
796.
Pode-se celebrar a Missa “Pelos ministros da Igreja”, com as leituras próprias
do rito da instituição, eparamentos brancos ou de cor festiva. Ocorrendo algum
dos dias indicados nos nn. 1-9 da tabela dos dias litúrgicos, celebra-se a
Missa dodia. Quando não se celebra a Missa própria “Pelos ministros da Igreja”,
pode-se escolher uma das leiturasque vêm no Lecionário para o rito da
instituição, salvo se ocorrer algum dos dias indicados nos nn. 1-4 databela dos
dias litúrgicos.
797.
Os ritos iniciais e a liturgia da Palavra, até ao Evangelho inclusive, fazem-se
como de costume.
798.
Proclamado o Evangelho, o Bispo senta-se na cátedra, ou na sede posta em lugar
mais adequado, recebe a mitra e, se for conveniente, também o báculo. Estando
todos sentados, o diácono ou o presbítero para tal designado chama os
candidatos, dizendo: Aproximem-se os que vão ser instituídos no ministério de
Leitor. Os candidatos são chamados um por umpelos nomes. E cada um responde:
Presente. Aproximam-se do Bispo, fazem-lhe a devida reverência evoltam para os
seus lugares.
799.
O Bispo profere então a homilia, na qual explica ao povo os textos lidos da
Sagrada Escritura e oministério do leitor. E conclui a homilia, dirigindo-se
aos candidatos com as palavras do Pontifical ou comoutras semelhantes.
800.
Terminada a homilia, o Bispo depõe a mitra e o báculo e levanta-se. E todos se
levantam. Oscandidatos ajoelham-se diante dele. O Bispo, de mãos postas,
convida os fiéis a orar, dizendo: Caríssimoirmãos, roguemos a Deus. Todos oram
em silêncio durante certo espaço de tempo. Depois o Bispo, de pé, demãos
estendidas, recita sobre os candidatos a oração da bênção. Ó Deus, fonte de
toda luz.
801.
Em seguida, todos sentam. O Bispo senta-se e recebe a mitra. Os candidatos
levantam-se eaproximam-se do Bispo. E este entrega a cada um o livro da Sagrada
Escritura, com as palavras: Recebe olivro da Sagrada Escritura. Enquanto isso,
sobretudo se os candidatos forem muitos, canta-se o Salmo 18 ououtro canto
apropriado.
802.
Feito isso, a Missa prossegue como de costume. Diz-se o Símbolo, conforme as
rubricas, bem como aoração universal. Nesta, inserem-se súplicas especiais
pelos leitores agora instituídos.
803.
Os novos leitores, bem como seus pais e parentes, podem receber a comunhão sob
as duas espécies. Instituição de leitores com celebração da Palavra de Deus
804.
O Bispo pode pôr sobre a alva a cruz peitoral, a estola e o pluvial da cor
conveniente; ou somente acruz e a estola sobre o roquete e a mozeta. No segundo
caso, não usa mitra nem báculo.
805.
Antes da saudação do Bispo, pode começar a celebração por antífona ou cântico
apropriado. A seguir, pode-se recitar a coleta da Missa “Pelos ministros da
Igreja”. A liturgia da Palavra desenvolve-se como na Missa, com os cantos
interlecionais.
806.
A instituição dos leitores efetua-se na forma acima indicada, nos nn. 799-801.
807.
O rito da instituição termina com a oração universal e a oração dominical.
Depois, o Bispo abençoa ospresentes na forma habitual, indicada mais adiante,
nos nn. 1120-1121; o diácono despede-se, dizendo:Vamos em paz. Todos respondem:
Graças a Deus, e retiram-se.
II. INSTITUIÇÃO DE ACÓLITOS
808.
O acólito é instituído para ajudar o diácono e ministrar ao sacerdote. É pois
ministério seu cuidar doaltar e auxiliar o diácono e o sacerdote nas ações
litúrgicas, sobretudo na celebração da Missa. Pertence-lheainda, como ministro
extraordinário, distribuir a sagrada comunhão. Além disso, em
circunstânciasextraordinárias, pode ser encarregado de expor e repor a Sagrada
Eucaristia para adoração pública dos fiéis,mas não de dar a bênção com o
Santíssimo Sacramento.
809.
A instituição dos acólitos faz-se unicamente dentro da Missa.
810.
Para a celebração do rito, além das vestes sagradas, preparar-se-á: a) as
coisas necessárias para a celebração da Missa; b) Pontifical Romano; c) um
recipiente com pão ou vinho destinados à consagração; d) sede para o Bispo; e)
assentos para os acólitos a instituir, dispostos em lugar conveniente do
presbitério, de modo que os fiéis possam ver bem a ação litúrgica; f) cálice de
tamanho suficiente para a comunhão sob as duas espécies.
811.
Pode celebrar-se a Missa “Pelos ministros da Igreja”, com as leituras próprias
do rito da instituição, eparamentos brancos ou de cor festiva. Ocorrendo algum
dos dias indicados nos nn. 1-9 da tabela dos dias litúrgicos, celebra-se a
Missa dodia. Quando não se celebra a Missa ritual, pode-se escolher uma das
leituras do Lecionário para o rito dainstituição, salvo se ocorrer algum dos dias
indicados nos nn. 1-4 da tabela dos dias litúrgicos.
812.
Os ritos iniciais e a liturgia da palavra, até ao Evangelho inclusive, fazem-se
como de costume.
813.
Proclamado o Evangelho, o Bispo senta-se na cátedra ou na sede, disposta em
lugar mais adequado, recebe a mitra e, se for conveniente, também o báculo.
Estando todos igualmente sentados, o diácono ou opresbitério para tal designado
faz a chamada dos candidatos, dizendo: Aproximem-se os que vão serinstituídos
no ministério de Acólitos. Os candidatos são chamados um por um pelo nome. E
cada umresponde: Presente. Aproxima-se do Bispo, faz-lhe a devida reverência, e
volta para o seu lugar.
814.
O Bispo profere a homilia, na qual explica ao povo os textos lidos da Sagrada
Escritura e o ministériodo acólito. Conclui a homilia, dirigindo-se aos
candidatos com as palavras do Pontifical ou com outrassemelhantes.
815.
Terminada a homilia, o Bispo depõe a mitra e o báculo e levanta-se; e todos se
levantam. Oscandidatos vão-se ajoelhar diante dele. O Bispo de mãos postas
convida os fiéis a orar dizendo: Caríssimosirmãos, roguemos. Todos oram em
silêncio, durante certo espaço de tempo; depois, o Bispo, de pé, de
mãosestendidas, recita sobre os candidatos a oração da bênção: Ó Deus de suma
bondade.
816.
Em seguida, sentam-se todos. O Bispo senta-se e recebe a mitra. Os candidatos
levantam-se eaproximam-se do Bispo. Este entrega a cada um o recipiente com o
pão ou com o vinho a consagrar, dizendo: Recebe o pão (ou: o vinho). Enquanto
isso, sobretudo se os candidatos forem muitos, canta-se um salmo ououtro canto
apropriado.
817.
Feito isto, a Missa prossegue como de costume. Diz-se o Símbolo, conforme as
rubricas, bem como aoração universal. Nesta, inserem-se súplicas pelos acólitos
instituídos.
818.
Na preparação dos dons, os acólitos, ou alguns deles se forem muitos,
apresentam a patena com o pãoe o cálice com o vinho.
819.
Os novos acólitos, bem como seus pais e parentes, podem receber a comunhão sob
as duas espécies. Os acólitos recebem a comunhão logo após os diáconos.
820.
O Bispo pode encarregar um dos acólitos, como ministro extraordinário da
Eucaristia, de ajudar, na Missa em que foi instituído, a distribuir a Sagrada
comunhão aos fiéis.
CAPÍTULO VII
EXÉQUIAS PRESIDIDAS PELO BISPO
INTRODUÇÃO
821.
É de toda a conveniência que o Bispo, na sua qualidade de mensageiro da fé e
ministro da consolação, presida, quanto possível, às exéquias celebradas com
grande concurso de povo, sobretudo se forem de Bispoou presbítero defunto.
822.
Para a celebração das exéquias, deverá preparar-se: a) Na sacristia ou em local
mais apto os paramentos sagrados de cor exequial: − para o Bispo: alva, estola,
cruz peitoral, pluvial para a procissão e celebração da Palavra de Deus, casula
para a Missa, mitra simples, báculo pastoral; − para os diáconos: alvas,
estolas (dalmáticas); − para os restantes ministros: alvas ou outras vestes
devidamente aprovadas. b) Em casa do defunto: − Ritual Romano; − cruz
processional e castiçais; − caldeirinha da água benta e aspersório; − turíbulo com
a naveta do incenso e a colher. c) No presbitério: − as coisas requeridas para
a celebração da Missa ou da Palavra de Deus. d) Junto do local onde se depõe o
féretro: − círio pascal; − as coisas requeridas para o rito da encomendação, se
não tiverem sido levadas na procissão desde a casa do defunto. –
823.
Na celebração das exéquias, além da distinção inerente ao ministério litúrgico
ou à Ordem sacra, e ashonras devidas às autoridades civis, de acordo com as
leis litúrgicas, não se faça acepção alguma de pessoasprivadas ou desta ou
daquela condição, seja nas cerimônias, seja na pompa exterior. É de louvar se
conserve o costume de colocar o defunto na posição que lhe competia na
assembléialitúrgica: ou seja, o ministro ordenado de face voltada para o povo,
o leigo de face para o altar.
824.
Na celebração das exéquias, observe-se em tudo nobre simplicidade. Assim,
recomenda-se que oféretro seja colocado no chão e, junto dele, somente o círio
pascal. Sobre o féretro, o livro dos Evangelhos ouda Escritura Sagrada ou uma
cruz. Se o defunto for ministro ordenado, podem-se colocar, de acordo com
oscostumes locais, as insígnias da sua ordem. O altar não se adorna com flores.
O toque do órgão ou de outros instrumentos só é permitido parasustentar o
canto.
DESCRIÇÃO DO RITO
825.
Tratando-se principalmente do funeral de outro Bispo, atentos os costumes
locais e motivos deconveniência, é preferível adotar o primeiro esquema das
exéquias previsto no Ritual Romano, quecompreende três etapas: em casa do
defunto, na igreja e no cemitério, com duas procissões intermediárias.Neste
caso, é de recomendar que o Bispo também presida à etapa na casa do defunto e à
primeira procissão. No caso de o Bispo não ir pessoalmente à casa do defunto, e
ali se fazer a respectiva etapa, esta serácelebrada por um dos presbíteros a
quem tal competir. O Bispo aguardará na igreja, na cátedra ou na sacristia.
826.
No caso de o Bispo presidir à etapa em casa do defunto e à procissão para a
igreja, paramenta-se emlugar adequado, com alva, cruz peitoral, estola e
pluvial de cor exequial, mitra simples e báculo pastoral. Osconcelebrantes, se
os houver para a Missa, revestem-se logo de início com os paramentos
prescritos. Diácono e ministros revestem as suas vestes próprias.
827.
Em casa do defunto, o Bispo saúda com afabilidade os presentes, dirigindo-lhes
uma palavra deconforto na fé. Depois, conforme os casos, recita-se um salmo
adequado em forma responsorial. Em seguida, o Bispo depõe o báculo e a mitra e
recita a oração conveniente das que vêm indicadas no Ritual Romano.
828.
Se se fizer a trasladação do defunto para a igreja em procissão, por norma, vai
à frente o turiferáriocom o turíbulo fumegando, a seguir o ministro com a cruz
entre dois acólitos, com tochas, depois os clérigose os diáconos revestidos de
hábito talar e sobrepeliz, os presbíteros com seu hábito coral, depois
osconcelebrantes se os houver, por último o Bispo, de mitra e báculo,
acompanhado por dois diáconos e, atrásdeles, os ministros do livro e do báculo,
adiante do féretro. Enquanto isso, vão-se entoando salmos ou outros cantos
apropriados, como vem indicado no Ritual Romano.
829.
Não havendo etapa em casa do defunto, o Bispo ou um dos presbíteros fará à
porta da igreja tudocomo se disse acima para a casa do defunto.
830.
À entrada da igreja e no princípio da Missa, executa-se um só canto, como vem
no Missal. Todavia, serazões de ordem pastoral o exigirem, pode-se acrescentar
um dos responsórios indicados no Ritual Romano.
831.
Chegado ao altar, o Bispo depõe o báculo e a mitra, faz a devida reverência e,
conforme aoportunidade, incensa o altar. Segue para a cátedra, e ali tira o
pluvial e reveste a casula. Se o julgar maisconveniente, o Bispo pode também
deixar o pluvial e revestir a casula ao chegar ao altar, antes de lhe fazerreverência.
Enquanto isso, o defunto é colocado à frente do altar, em lugar conveniente, na
posição que lhecompete, conforme ficou dito acima, no n. 823.
832.
A Missa exequial celebra-se segundo o rito comum a todas as Missas. Nas Orações
eucarísticas II e III inserem-se as intercessões próprias.
833.
Finda a Oração depois da comunhão, mesmo que o Bispo não tenha celebrado ou,
quando não tenhahavido Sacrifício eucarístico, no fim da liturgia da Palavra, o
Bispo revestido, conforme o caso, da casula oudo pluvial, recebe a mitra e o
báculo e dirige-se para junto do féretro. Ali, voltado para o povo, com
odiácono e os ministros da água benta e do incenso junto de si, efetua o rito
da última encomendação edespedida. Se a sepultura estiver na própria igreja,
convém que este rito se realize junto dela. Faz-se então aprocissão, durante a
qual se executam os cantos indicados no Ritual Romano.
834.
O Bispo, de pé junto do féretro, depõe o báculo e a mitra e formula o convite à
oração: Conforme ocostume cristão, ou com outras palavras semelhantes. Todos
oram por uns momentos em silêncio. Depois, o Bispo asperge e incensa o corpo.
Enquanto isso, canta-se Santos de Deus, vinde, ou outro responsório, indicado
no Ritual Romano. A aspersão e incensação também se podem fazer depois do
canto. Por fim, o Bispo diz a oração: Nas vossas mãos, ou outra oração
adequada.
835.
Se o corpo for logo conduzido da igreja para o cemitério, o Bispo espera na
cátedra, enquanto o corpoé levado da igreja ou volta imediatamente para a
sacristia. No caso de o próprio Bispo acompanharprocessionalmente o funeral,
desenrola-se procissão como na primeira “etapa”, podendo cantar-se salmos
eantífonas como vem no Ritual Romano.
836.
Chegando ao cemitério, o Bispo, se for o caso, benze a sepultura, tendo antes
deposto o báculo e amitra. Dita a oração do Ritual Romano, asperge, se for
costume, com água benta e incensa o túmulo e ocorpo do defunto.
837.
O sepultamento faz-se imediatamente ou no fim do rito, segundo os costumes
locais. Enquanto sedeposita o corpo no sepulcro, ou noutro momento oportuno, o
Bispo pode fazer a monição: Como Deus todo-poderoso, do Ritual Romano.
838.
A seguir, o Bispo pode iniciar a oração dos fiéis, com a monição introdutória.
O diácono profere asintenções, e o Bispo diz a oração conclusiva: Pai de
misericórdia ou outra do Ritual Romano. No fim, diz oversículo: Dai-lhe,
Senhor. Pode-se depois executar algum canto, segundo os costumes locais.
839.
No caso de o Bispo não celebrar, presidirá à liturgia da palavra na cátedra,
revestido de pluvial. Omesmo fará se em vez do Sacrifício eucarístico, se
celebrar somente a Liturgia da Palavra, como vemindicado no Ritual Romano. Na
celebração das exéquias, tanto de crianças como de adultos, segundo os outros
esquemas previstosno Ritual Romano, o Bispo deve proceder na forma acima
descrita, com as oportunas alterações.
CAPÍTULO VIII
COLOCAÇÃO DA PRIMEIRA PEDRA OU
INÍCIO DA CONSTRUÇÃO DUMA IGREJA
INTRODUÇÃO
840.
Quando se dá início à construção de nova igreja, cumpre celebrar um rito pelo
qual se implore abênção de Deus para a realização dessa obra e se explique aos
fiéis que o edifício a ser construído com pedrasé o sinal visível daquela
Igreja viva ou construção de Deus que são eles próprios. Segundo a tradição
litúrgica, este rito consta da bênção da área ocupada pela nova igreja e bênção
ecolocação da primeira pedra. Se aqui ou ali, em razão da arte especial ou
sistema de construção, não se usa a primeira pedra, importa, no entanto, seja
celebrado o rito da bênção da área da nova igreja, no sentido de dedicar a Deus
ocomeço das obras.
841.
O rito da colocação da primeira pedra ou do começo da nova igreja pode
realizar-se em qualquer dia ea qualquer hora, exceto no Tríduo pascal; deverá,
porém, escolher-se de preferência um dia em que os fiéispossam acorrer em maior
número.
842.
É conveniente que o rito seja realizado pelo próprio Bispo da diocese. No caso,
porém, em que o nãopossa fazer, confiará essa missão a outro Bispo ou
presbítero, em especial àquele que lhe estiver associadocomo auxiliar na cura
pastoral da diocese ou da comunidade para a qual a nova igreja vai ser
construída.
843.
Os fiéis devem ser informados a tempo do dia e hora da celebração, e instruídos
pelo pároco ou poroutros, a quem tal incumbir, acerca do significado do rito,
bem como da veneração devida à igreja que paraeles vai ser construída. Importa
igualmente convidar os fiéis a contribuir espontaneamente e de bom gradopara os
gastos com a construção da nova igreja.
844.
Na medida do possível, tomem-se as devidas providências no sentido de que a
área da igreja aconstruir fique bem delimitada e se possa facilmente andar à
volta dela.
845.
No local onde irá ficar o altar, levantar-se-á uma cruz de madeira de altura
conveniente.
846.
Para a celebração do rito, preparar-se-á: a) Pontifical Romano, Lecionário; b)
sede para o Bispo; c) primeira pedra, se for o caso, a qual, segundo o costume
tradicional, deve ser quadrangular; cimento e instrumentos necessários para
assentar a pedra nos alicerces; d) caldeirinha com a água benta e aspersório;
e) turíbulo e respectiva naveta com o incenso e a colher; f) cruz processional
e tochas para os ministros. Instale-se aparelhagem técnica adequada de modo que
o povo reunido possa ouvir claramente asleituras, orações, explicações e recomendações.
847.
Para a celebração do rito, usam-se vestes sagradas de cor branca ou festiva.
Assim, preparar-se-á: a) para o Bispo: alva, estola, cruz peitoral, pluvial,
mitra, báculo pastoral; b) para os diáconos: alvas, estolas e eventualmente
dalmáticas; c) para os restantes ministros: alvas ou outras vestes devidamente
aprovadas.
CHEGADA AO LOCAL ONDE SERÁ
CONSTRUÍDA A IGREJA
848.
A concentração do povo e chegada ao local, onde se realizará o rito, serão,
conforme as circunstânciasde tempo e lugar, de uma das duas formas a seguir
descritas.Primeira forma:Procissão
849.
À hora marcada, dá-se a concentração em local adequado, de onde os fiéis
seguirão processionalmentepara o local designado.
850.
O Bispo, paramentado, com as vestes sagradas, de mitra e báculo, ou, conforme
os casos, apenas deroquete, mozeta, cruz peitoral e estola (neste caso, sem
mitra nem báculo), dirige-se com os ministros atéjunto do povo reunido; depõe o
báculo e a mitra, saúda-o dizendo: A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, ououtras
palavras. Em seguida, o Bispo dirige, aos fiéis, breves palavras a fim de
prepará-los para a celebração, explicando-lhes o significado do rito.
851.
Terminada a monição o Bispo diz: Oremos. E todos oram em silêncio durante uns
breves momentos. Depois o Bispo prossegue: Deus, vós formastes santa a Igreja.
852.
Após a oração, o Bispo recebe a mitra e o báculo, e o diácono, se for o caso,
acrescenta: Caminhemosna paz do Senhor. E organiza-se a procissão. À frente,
vai um ministro com o turíbulo aceso; atrás dele ocruciferário, ladeado por
dois ministros com tochas acesas; segue-se o clero, depois o Bispo com os
diáconosassistentes e outros ministros, e por último os fiéis. Durante a
procissão canta-se o Salmo 83 com a antífona: Minha alma desfalece ou outro canto
apropriado. Depois, faz-se a leitura da Palavra de Deus, como se indicamais
adiante, nos nn. 855-857. Segunda forma:Concentração no local onde será
construída a Igreja.
853.
Se não se puder ou não se julgar oportuno fazer a procissão, os fiéis concentram-se
no local daconstrução. Reunido o povo, canta-se a aclamação: Paz eterna, ou
outro canto apropriado. Enquanto isso, o Bispo, revestido de alva, cruz
peitoral, estola e pluvial, mitra e báculo, ou, segundo as conveniência,
somentede roquete, mozeta, cruz peitoral e estola (neste caso, sem mitra nem
báculo) dirige-se até junto do povo; depõe a mitra e o báculo, e saúda-o,
dizendo: A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, ou outras palavrasadequadas. O
povo responde: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo, ou outras
palavrasadequadas. Em seguida, o Bispo dirige aos fiéis breves palavras, a fim
de prepará-los para a celebração, explicando-lhes o significado do rito.
854.
Terminada a alocução, o Bispo diz: Oremos. E todos oram em silêncio durante breves
momentos. Depois o Bispo prossegue com a oração: Deus, vós formastes santa a
Igreja.
LEITURA DA PALAVRA DE DEUS
855.
Após a oração o Bispo senta-se e recebe a mitra. Lêem-se então um ou mais
textos adequados da Sagrada Escritura, escolhidos do Lecionário para o Rito da
dedicação da Igreja, intercalando entre eles umsalmo responsorial ou outro
canto apropriado.
856.
Terminadas as leituras, o Bispo, sentado, de báculo e mitra, se não lhe parecer
melhor de outro modoprofere a homilia, com oportuno comentário às leituras
bíblicas e explicará o significado do rito: Cristo é a Pedra angular da Igreja;
e o edifício que a Igreja viva dos fiéis vai construir será a um tempo casa de
Deus ecasa do povo de Deus.
857.
Após a homilia, se for costume, pode-se ler a ata da bênção da primeira pedra e
do início daconstrução da igreja. Esta ata será assinada pelo Bispo e pelos
representantes dos que colaborará naconstrução da igreja, e encerrada nos
alicerces juntamente com a primeira pedra.
BÊNÇÃO DA ÁREA DA NOVA IGREJA
858.
Terminada a homilia, o Bispo depõe o báculo e a mitra, levanta-se e benze o
espaço destinado à novaigreja, e de mãos estendidas diz: Deus, que envolveis o
universo. Depois, recebe a mitra e, acompanhado dosdiáconos, asperge esse mesmo
espaço com água benta; o que pode fazer, de pé, no meio desse espaço oudando a
volta, processionalmente, aos alicerces. neste caso, canta-se a antífona:
Jerusalém, tuas muralhas,com o Salmo 47, ou outro canto apropriado.
BÊNÇÃO E COLOCAÇÃO DA PRIMEIRA
PEDRA
859.
Terminada a bênção do espaço destinado à nova igreja, havendo de se colocar a
primeira pedra, éneste momento que ela é abençoada e colocada como se descreve
adiante, nos nn. 860-861. Caso contrário, conclui-se logo o rito, como adiante
se indica, nos nn. 862-863.
860.
O Bispo, com os diáconos assistentes, dirige-se ao local onde será colocada a
primeira pedra. Depõe amitra, benze a referida pedra, com a oração: Senhor, Pai
santo. E, se for conveniente, asperge-a com águabenta e incensa-a. Depois,
retoma a mitra.
861.
Feito isto, o Bispo coloca a primeira pedra nos alicerces sem dizer nada, ou,
se for conveniente, recitando a fórmula: Na fé em Jesus Cristo, ou outras
palavras adequadas. Depois, o pedreiro cimenta a pedra. Enquanto isso, conforme
as circunstâncias, canta-se a aclamação: Eis a casa do Senhor, ou outro
cantoapropriado.
CONCLUSÃO DO RITO
862.
Terminado o canto, o Bispo depõe a mitra. E faz-se a oração universal, do
Pontifical, ou com palavrassemelhantes. Segue-se a oração dominical, dizendo o
Bispo a fórmula introdutória. E conclui com a oração: Nós vos glorificamos.
863.
Por fim, o Bispo recebe a mitra e o báculo, e abençoa o povo na forma habitual,
indicada adiante, nosnn. 1120-1121. O diácono despede o povo, dizendo: Vamos em
paz, e todos respondem: Graças a Deus.
CAPÍTULO IX
DEDICAÇÃO DA IGREJA
INTRODUÇÃO
864.
Desde a antigüidade dá-se o nome de “igreja” também ao edifício em que a
comunidade cristã sereúne para ouvir a Palavra de Deus, orar em comum,
freqüentar os sacramentos e celebrar a Eucaristia. A igreja, desde que
construída como edifício destinado unicamente e de modo estável a reunir o
povode Deus e a realizar os atos sagrados, torna-se casa de Deus. Por isso, de
acordo com antiquíssimo costume da Igreja, convém seja dedicada ao Senhor mediante
rito solene. Se porém, não for dedicada, pelo menosdeve ser abençoada, segundo
o rito adiante descrito, nos nn. 954-971. Quando a igreja é dedicada, tudo o
quenela se encontra, fonte batismal, cruz imagens, órgãos, sinos, estações da
“via-sacra”, deve considerar-seabençoado e erigido com o próprio rito da
dedicação, não sendo precisa nova bênção ou ereção.
865.
Toda igreja dedicada deve ter um Titular. Este poderá ser: a Santíssima
Trindade, Nosso Senhor Jesus Cristo sob a invocação de algum mistério da sua
vida ou de algum nome já em uso na sagrada liturgia, ou o Espírito Santo; a
Santa Virgem Maria, sob algum título também já adotado na sagrada liturgia; os
santos Anjos; ou, finalmente, algum Santo inscrito mo Martirológio Romano ou em
seu Apêndice devidamenteaprovado; nunca, porém, um Beato, sem indulto da Sé
Apostólica. O Titular da igreja deve ser um só, salvo tratando-se de Santos
inscritos conjuntamente no Calendário.
866.
Convém se mantenha a tradição da Liturgia Romana de encerrar sob o altar
relíquias dos Mártires e deoutros Santos. Note-se, porém, o seguinte. a) As
relíquias a depor devem ser de tamanho tal que se veja serem partes de corpos
humanos. Evitar- se-á, portanto, encerrar relíquias minúsculas de um de muitos
Santos. b) Verificar-se-á com o máximo cuidado, se as relíquias a depositar são
autênticas. É preferível dedicar um altar sem relíquias a depositar nele
relíquias de autenticidade duvidosa. c) O cofre das relíquias não se deve
colocar nem por cima do altar nem na mesa do altar, mas, tendo em conta a forma
deste, depositar-se-á por baixo da mesa do mesmo.
867.
É ao Bispo, que tem a seu cargo a cura pastoral Igreja particular, que compete
dedicar a Deus as novasigrejas construídas dentro da sua diocese. No caso de
ele próprio não poder presidir ao rito, deverá confiar essa missão a outro
Bispo, mormenteao Bispo seu coadjutor ou auxiliar na cura pastoral dos fiéis
para quem a nova igreja foi construída. Em casosabsolutamente excepcionais,
pode confiar essa missão a presbítero, ao qual dará delegação especial.
868.
Para a dedicação da nova igreja, escolher-se-á um dia em que os fiéis possam
acorrer em maiornúmero, de modo particular o domingo. Como neste rito o
significado da dedicação deve impregnar tudo, adedicação da nova igreja não se
pode realizar em dias em que se comemora um mistério que de maneiranenhuma pode
ser esquecido, como seja: Tríduo pascal, Natal do Senhor, Epifania, Ascensão,
Domingo do Pentecostes, Quarta-feira de Cinzas, dias da Semana Santa,
Comemoração de todos os fiéis defuntos.
869.
A celebração da Missa está intimamente ligada ao rito da dedicação da igreja.
Por isso, quando sededica a igreja, põem-se de parte os textos litúrgicos do
dia e utilizam-se os textos próprios, tanto na liturgiada Palavra como na
liturgia eucarística. Convém que o Bispo concelebre a Missa com os presbíteros
que a ele se associam no desenrolar dosritos da dedicação e com aqueles a quem
foi confiada a missão de dirigir a paróquia ou a comunidade para aqual a igreja
é edificada.
870.
Celebra-se o Ofício da Dedicação da igreja, que principia com as I Vésperas.
Onde se realizar o ritoda deposição das relíquias, muito convém se realize uma
Vigília junto das relíquias do Mártir ou de outro Santo que vão ser depositadas
sob o altar; e a melhor maneira será celebrar o Ofício das Leituras, do Comumou
do Próprio respectivo. Para facilitar a participação do povo, esta Vigília pode
ser convenientementeadaptada, respeitando o que está estabelecido na Introdução
Geral à Liturgia das Horas.
871.
Para que a participação dos fiéis no rito da dedicação, seja frutuosa, o reitor
da igreja a dedicar e osoutros que sejam peritos em matéria pastoral deverão
instruí-los acerca da importância e alcance espiritual, eclesial e missionário
da celebração.
872.
Ao Bispo e aos que têm a seu cargo a celebração do rito compete: a) estabelecer
o modo da entrada na igreja (cf. adiante, os nn. 879-891); b) definir a forma
de entrega ao Bispo da nova igreja (cf. adiante, os nn. 883, 888, 891); c)
decidir sobre a oportunidade de colocar nela relíquias dos Santos; tendo em
conta, nesta matéria acima de tudo o bem espiritual dos fiéis e o que acima se
manda observar no n. 866. Ao reitor da igreja, auxiliado pelos seus
colaboradores na ação pastoral, pertence estabelecer epreparar tudo quanto
respeita às leituras, ao canto, bem como aos subsídios de ordem pastoral
destinados afavorecer a participação frutuosa do povo e decoro da celebração.
873.
Para o rito da dedicação da igreja, preparar-se-á: a) No local donde sai a
procissão: − Pontifical Romano; − cruz processional; − se as relíquias dos
Santos forem levadas em procissão, o que vem indicado adiante, no n. 876a. b)
Na sacristia ou no presbitério ou no corpo da igreja a ser dedicada, conforme
os casos: − Missal Romano, Lecionário; − caldeirinha de água benta e
aspersório; − vasos com o santo crisma; − toalhas para limpar a mesa do altar;
− se for necessário, toalha de linho encerada ou uma tela impermeável, à medida
do altar; − bacia ou jarro de água, toalhas e todo o necessário para lavar as
mãos do Bispo e dos presbíteros que ungirem as paredes da igreja; − gremial; −
fogareiro para queimar o incenso e perfumes, ou grãos de incenso e velas finas para
serem queimadas sobre o altar; − turíbulos com a respectiva naveta de incenso e
colher; − cálice de tamanho suficiente, corporal, sanguinhos, manustérgio; −
pão, vinho e água para a celebração da Missa; − cruz do altar, se não estiver
já colocada no presbitério uma cruz, ou a cruz levada na procissão de entrada
não venha a ser colocada junto do altar; − véu de ombros, se tiver de ser
inaugurada a capela do Santíssimo Sacramento; − toalhas, velas, castiçais − uma
vela pequena que o Bispo há de entregar ao diácono; − flores segundo as
conveniências.
874.
É de louvar se mantenha o antigo costume de fixar nas paredes da igreja cruzes
de pedra, bronze oumatéria adequada, ou de as esculpir nas próprias paredes.
Neste sentido, preparar-se-ão doze ou quatrocruzes, conforme o número das
unções, dispondo-as devidamente pelas paredes da igreja a alturaconveniente.
Por baixo de cada cruz cravar-se-á um suporte no qual se fixará um pequeno
castiçal com velapara ser acendida.
875.
Na Missa da dedicação da igreja, usam-se paramentos brancos ou de cor festiva.
Preparar-se-ão, portanto: − para o Bispo: alva, estola, cruz peitoral,
dalmática, casula, mitra, báculo pastoral, pálio (caso tenha direito a ele); −
para os presbíteros concelebrantes: paramentos para a Missa; − para os
diáconos: alvas, estolas e dalmáticas; − para os restantes ministros: alvas ou
outras vestes devidamente aprovadas.
876.
No caso de se deporem relíquias dos Santos debaixo do altar, preparar-se-á o
seguinte: a) No lugar de onde sai a procissão: − cofre com as relíquias,
rodeado de flores e tochas. No caso de fazer a entrada simples, o cofre pode
colocar-se no presbitério em lugar adequado, antes de se dar início ao rito; −
para os diáconos que hão de transportar as relíquias: alva, estola de cor vermelha,
tratando-se de relíquias de Mártir, ou de cor branca nos outros casos, e
dalmáticas, se as houver. No caso de as relíquias serem transportadas por
presbíteros, preparar-se-ão casulas para estes, em vez das dalmáticas. As
relíquias podem também ser transportadas por outros ministros, revestidos de
alva ou de sobrepelizsobre o hábito talar ou outras vestes devidamente
aprovadas. b) No presbitério: − uma pequena mesa na qual ficará colocado o
cofre com as relíquias, durante a primeira parte do rito da dedicação. c) Na
sacristia: − betume ou argamassa para fixar a tampa da cavidade. Deve estar
presente um pedreiro para, no devido momento, fechar o sepulcro das relíquias.
877.
Redigir-se-á a ata da dedicação da igreja em dois exemplares, a serem assinados
pelo Bispo, peloreitor da igreja e pelos representantes da comunidade local. Um
dos exemplares guardar-se-á no arquivo dadiocese, o outro no cartório da igreja
dedicada. Se houver deposição das relíquias, haja terceiro exemplar da ata para
ser incluído no relicário. Na ata deve mencionar-se o ano, o mês e o dia da
dedicação da igreja, o nome do Bispo que celebra orito, o Titular da igreja,
bem como, se for o caso, os nomes dos Mártires ou dos Santos cujas relíquias
sãodepositadas debaixo do altar. Além disso, colocar-se-á em local apropriado
da igreja uma inscrição com a indicação do dia, mês eano da dedicação, Titular
da igreja e nome do Bispo que celebrou o rito.
878.
Para melhor realçar a importância e dignidade da Igreja particular,
festejar-se-á o aniversário dadedicação da sua igreja catedral: na própria
igreja catedral, com o grau de solenidade; nas restantes igrejas dadiocese, com
o grau de festa. Isto, no próprio dia em que ocorrer o aniversário da
dedicação. Se esse diaestiver perpetuamente impedido, esta celebração será
fixada no dia livre mais próximo. O aniversário da dedicação de igreja própria
será, nela, celebrada com o grau de solenidade.
ENTRADA NA IGREJA
879.
A entrada na igreja, que vai ser dedicada, realiza-se, conforme as
circunstâncias de tempo e lugar, deuma das três formas a seguir descritas. Primeira
forma: Procissão.
880.
A porta da igreja a ser dedicada deve estar fechada. À hora marcada, o povo
reúne-se numa igreja vizinha ou noutro local adequado, de onde partirá a
procissão para a igreja. Se houverem de ser depositadassob o altar relíquias
dos Mártires ou dos Santos, estas deverão estar já preparadas no local onde se
reúne o povo.
881.
Bispo e presbíteros concelebrantes, diáconos e ministros, revestidos dos
respectivos paramentos, dirigem-se para o local onde o povo está reunido.
Depostos o báculo e a mitra, o Bispo, voltado para o povo, diz: Em nome do Pai.
E saúda o povo, dizendo: A graça e a paz, ou outras palavras de preferência
tomadas da Sagrada Escritura. O povo responde: Bendito seja Deus que nos reuniu
no amor de Cristo, ou com outras palavras semelhantes. Em seguida, o Bispo fala
ao povo com estas palavras ou outras semelhantes: Com grande alegria estamos
aqui reunidos.
882.
Terminada a monição, o Bispo recebe a mitra e o báculo e inicia-se a procissão
para a igreja a serdedicada. Não se levam velas, a não ser as que rodeiam as
relíquias dos Santos. Não se queima incenso na procissão, nem na Missa antes do
rito da incensação e iluminação do altar e da igreja (cf. nn. 905s).
Ocruciferário vai à frente, sem os ceroferários que costumam acompanhá-lo;
seguem primeiro os ministros; emseguida, os diáconos ou presbíteros com o relicário
ladeado por ministros ou fiéis com tochas acesas; depoisos presbíteros
concelebrantes e o Bispo acompanhado de dois diáconos e os ministros do livro e
da mitra, e, por fim, os fiéis. Durante a procissão, canta-se o Salmo 121, com
a antífona: Alegres iremos ou outro canto apropriado.
883.
No limiar da igreja, todos param. Os delegados daqueles que se dedicaram à
construção da igreja (fiéis da paróquia ou da diocese, benfeitores, arquitetos,
operários) entregam o edifício ao Bispo. Oferecem-lhe, conforme as
circunstâncias, instrumentos jurídicos de posse do edifício ou as chaves, ou
maquete da igrejaou livro contendo o desenrolar da obra e os nomes dos que a
dirigiram e dos operários. Um dos delegadosdirige breves palavras ao Bispo e à
comunidade, realçando oportunamente algo do que a nova igreja querexprimir pela
arte e a forma peculiar. Em seguida, o Bispo ordena ao presbítero, a quem
compete o múnuspastoral da igreja, que abra a porta.
884.
Aberta a porta, o Bispo convida o povo a entrar, com estas palavras ou outras
semelhantes: Entraipelas portas do Senhor. Com o cruciferário à frente, o Bispo
e todos entram na igreja. Enquanto entra aprocissão, canta-se o Salmo 23 com a
antífona: Ó portas, levantai vossos frontões, ou outro canto apropriado.
885.
O Bispo, sem beijar o altar, vai diretamente para a cátedra. Os concelebrantes,
diáconos e ministrosdirigem-se para os lugares que lhes estão destinados no
presbitério. As relíquias dos Santos são depostas emlugar conveniente do
presbitério, rodeadas de tochas. Em seguida, benze-se a água, segundo o rito
adiantedescrito, nos nn. 892ss.Segunda forma:Entrada solene.
886.
Se a procissão não se puder fazer ou se não for oportuno fazê-la, os fiéis
reúnem-se à porta da igrejaque vai ser dedicada, onde, se for o caso, já terão
sido depostas, em forma privada, as relíquias dos Santos. O Bispo e os
presbíteros concelebrantes, os diáconos e ministros, cada qual paramentado com
asvestes próprias, procedidos do cruciferário, dirigem-se para a porta da
igreja, onde o povo está reunido. Paraque este rito exprima a verdade do ato,
convém que a porta da igreja esteja fechada. O Bispo, os concelebrantes, os
diáconos e outros ministros dirigem-se para lá por fora da mesma. Setal não for
possível, o Bispo com os que o acompanham sai da própria igreja, ficando a
porta aberta.
887.
O Bispo, depõe o báculo e a mitra, e saúda os presentes, dizendo: A graça e a
paz, ou outras palavrasadequadas, de preferência da Sagrada Escritura. O povo
responde: Bendito seja Deus que nos reuniu no amorde Cristo, ou com outra
fórmula apropriada. Depois, o Bispo dirige-se ao povo, dizendo: Com grande
alegriaestamos aqui reunidos, ou outra monição de sentido semelhante.
888.
Após a monição o Bispo retoma a mitra e, se for oportuno canta-se o Salmo 121
com a antífona: Alegres iremos, ou outro canto apropriado. Entretanto, os
representantes dos que colaboraram na construçãoda igreja (fiéis da paróquia ou
da diocese os que deram sua contribuição, arquitetos, operários) fazem
entregada igreja ao Bispo, apresentando-lhe, conforme as circunstâncias, os
instrumentos jurídicos da posse doedifício, ou as chaves ou maquete da
construção, ou livro em que se descreveram as diversas fases da obra eem que
estejam registrados os nomes daqueles que a dirigiram e levaram a cabo. Um dos
delegados dirige breves palavras ao Bispo e à assembléia, explicando, se for
necessário, o que a nova igreja tenta exprimir, quer no estilo, quer na sua
forma peculiar. A seguir, se a porta estiver fechada, o Bispo convida o
presbitérioencarregado do ministério pastoral da igreja a abri-la.
889.
O Bispo recebe o báculo e convida o povo a entrar na igreja, dizendo: Entrai
pelas portas do Senhor,ou outras palavras adequadas. E faz-se a procissão da
entrada, como se disse acima, nos nn. 884-885. Todosvão ocupar os seus lugares.
As relíquias dos Santos são depostas em lugar adequado do presbitério,
rodeadasde tochas. Em seguida, benze-se a água segundo o rito adiante descrito,
nos nn. 892ss.Terceira forma:Entrada simples.
890.
Não se podendo fazer a entrada solene, faz-se a entrada simples. Reunido o povo
na igreja, o Bispo, ospresbíteros concelebrantes, diáconos e ministros,
devidamente paramentados, precedidos do cruciferáriodirigem-se da sacristia,
através da nave da igreja, para o presbitério. No caso de se haverem de
depositar, sob o altar, relíquias dos Santos, estas são transportadas para
opresbitério na própria procissão da entrada, seja da sacristia, seja da capela
onde, já desde a véspera, tenhamficado expostas à veneração dos fiéis. Havendo justa
causa, podem-se depositar, antes de iniciado o rito, emlugar adequado do
presbitério, com tochas acesas em volta. Durante a procissão canta-se a
antífona da entrada: É assim o nosso Deus, ou Alegres iremos, com o Salmo 121
ou outro canto apropriado.
891.
Chegada a procissão ao presbitério, as relíquias dos Santos são depostas em
lugar adequado, cercadasde tochas acesas. Os presbíteros concelebrantes,
diáconos e ministros vão ocupar os lugares que lhes estãodestinados. O Bispo,
sem beijar o altar, vai diretamente para a cátedra. Depõe o báculo e a mitra, e
saúda opovo, dizendo: A graça e a paz, ou outras palavras adequadas, tomadas de
preferência da Sagrada Escritura. O povo responde: Bendito seja Deus que nos
reuniu no amor de Cristo, ou com outra fórmula apropriada. Em seguida, os
representantes dos que colaboraram na construção da igreja (fiéis da paróquia
ou dadiocese, os que deram a sua contribuição, arquitetos, operários) fazem a
entrega da igreja ao Bispo,apresentando-lhe, conforme as circunstâncias, os
instrumentos jurídicos da posse do edifício, ou as chaves, oumaquete da
construção, ou livro em que se descreveram as diversas fases da obra e em que
estejamregistrados os nomes daqueles que a dirigiram e levaram a cabo. Um dos
delegados dirige breves palavras ao Bispo e à assembléia, explicando, se for
necessário, o que a nova igreja tenta exprimir, quer no estilo, quer nasua
forma peculiar.
BÊNÇÃO DA ÁGUA E ASPERSÃO
892.
Terminado o rito de entrada, o Bispo benze a água para aspergir o povo em sinal
de penitência e emmemória do batismo, e bem assim para aspergir as paredes da
nova igreja e o altar. Os ministros apresentamao Bispo que está de pé na
cátedra, recipiente com água. O Bispo convida todos a orar, dizendo:
Estamosaqui, meus irmãos, ou outras palavras semelhantes. Oram todos em
silêncio durante uns momentos. Depois, oBispo prossegue: Ó Deus, por todas as
criaturas.
893.
O Bispo, acompanhado dos diáconos, percorre a nave da igreja aspergindo o povo
e as paredes comágua benta. De regresso ao presbitério, asperge o altar.
Enquanto isso, canta-se a antífona: Vi a água saindo,no tempo da Quaresma:
Quando eu for santificado ou outro canto apropriado.
894.
Feito isto, o Bispo volta para a cátedra; e. terminado o canto, de pé, de mãos
juntas, diz: Deus, o Paidas misericórdias. Em seguida, canta-se o hino: Glória
a Deus nas alturas, terminado o qual, o Bispo canta ourecita como de costume, a
coleta da Missa.
LITURGIA DA PALAVRA
895.
O Bispo senta-se e recebe a mitra. Todos se sentam. A proclamação da Palavra de
Deus seja bemcelebrada do seguinte modo: dois leitores, um com o Lecionário da
Missa que tomou da credência e osalmista vão à presença do Bispo. Este, de pé,
com a mitra, recebe o Lecionário e mostra-o ao povo, com aspalavras: A Palavra
de Deus ressoe sempre. Depois entrega o Lecionário ao primeiro leitor. Leitor e
salmista dirigem-se para o ambão, levando o Lecionário de modo que todos o
vejam.
896.
Há três leituras, devendo a primeira ser sempre do capítulo 8 de Neemias;
segue-se-lhe o Salmo 18; asegunda leitura e o Evangelho escolhem-se do
Lecionário para a Missa da dedicação da igreja. Ao Evangelho, não se levam
luzes nem incenso.
897.
Proclamado o Evangelho, o Bispo senta-se, recebe como de costume, a mitra e o
báculo, e profere ahomilia. Comentando as leituras bíblicas, explica o
significado do rito com o qual o edifício é dedicado a Deus, contribuindo para
o incremento da igreja.
898.
Terminada a homilia, o Bispo depõe o báculo e a mitra. Todos se levantam e
canta-se ou recita-se osímbolo. Omite-se a oração universal, pois em vez dela
canta-se a ladainha dos Santos.
PRECE DE DEDICAÇÃO E UNÇÕES
Súplica litânica
899.
Terminado o Símbolo, o Bispo convida o povo a orar, dizendo: Meus irmãos,
oremos a Deus, ououtras palavras semelhantes. Em seguida, canta-se a ladainha
dos Santos, a que todos respondem; aos domingos e durante o tempopascal ficam
todos de pé; nos outros dias, todos se põem de joelhos, depois de o diácono
dizer: Ajoelhemo-nos. Na ladainha inserem-se, no lugar adequado, invocações do
Titular da igreja, do Padroeiro do lugar e, se for o caso, dos Santos cujas
relíquias vão ser depositadas. Também se podem acrescentar outras
petiçõesrelacionadas com a especial natureza do rito e condição dos fiéis.
Terminado o canto da ladainha o Bispo, de pé, de mãos estendidas, recita a
oração: Senhor, aceitaicom clemência. O diácono, se for o caso diz:
Levantai-vos. E todos se levantam. O Bispo retoma a mitra, paraproceder à
deposição das relíquias. Onde não houver deposição das relíquias dos Santos, o Bispo
diz deimediato a prece da dedicação, indicada adiante, no n. 901.
Deposição das relíquias
900.
Depois, se houver relíquias de Mártires ou de outros santos para se depositarem
sob o altar, o Bispodirige-se para o altar. Um diácono ou um presbítero apresenta
as relíquias ao Bispo, que as encerra emsepulcro previamente preparado.
Enquanto isso, canta-se a antífona: Ó santos de Deus, ou Os corpos dos santos,
com o Salmo 14, ou outro canto apropriado. Um pedreiro fecha o sepulcro, e o
Bispo volta para a cátedra. Prece de dedicação.
901.
Em seguida, o Bispo, de pé e sem mitra, na cátedra ou no altar, de mãos
estendidas, canta ou recita emvoz alta: Deus, santificador e guia de vossa
Igreja.Unção do altar e das paredes da igreja.
902.
Depois, o Bispo, tira, se necessário, a casula e põe o gremial. Dirige-se, em
seguida para o altar, acompanhado dos diáconos e outros ministros, um dos quais
com o vaso do crisma, e procede à unção doaltar e das paredes da igreja. Se o
Bispo quiser associar a si, na unção das paredes da igreja, alguns presbíteros
dos que com ele concelebram o rito sagrado, terminada a unção do altar,
entrega-lhes os vasos com o santo crisma e com elesprocede às unções. Note-se
que só aos presbíteros é que o Bispo pode confiar o ofício de ungir as paredes.
903.
O Bispo, diante do altar, de mitra, diz em voz alta: O altar e a casa. Depois,
derrama o santo crismano meio do altar e nos quatro cantos do mesmo, sendo de
recomendar que unja toda a superfície da mesa. A seguir, unge as paredes da
igreja com o santo crisma, marcando com o sinal da cruz as doze ou quatorze
cruzes convenientemente dispostas, podendo nisto ser ajudado por dois ou quatro
presbíteros. Nocaso de confiar a unção das paredes aos presbíteros, estes,
assim que o Bispo tiver ungido o altar, ungem asparedes da igreja, marcando as
cruzes com o santo crisma. Enquanto isso, canta-se a antífona: Eis aqui
ahabitação, ou É santo o templo, com o salmo 83 ou outro canto adequado.
904.
Feita a unção do altar e das paredes da igreja, o Bispo volta para a cátedra e
senta-se; os ministroslevam-lhe o necessário para lavar as mãos. Depois, o
Bispo tira o gremial e reveste a casula. Os presbíteroslavam também as mãos
depois da unção das paredes.
Incensação do altar e da igreja
905.
Após o rito da unção, coloca-se em cima do altar um fogareiro para queimar o
incenso ou perfumes; ou, se se preferir, coloque-se um punhado de incenso
misturado com velas sobre o altar. O Bispo colocaincenso no fogareiro e
benze-o; ou com uma pequena vela que um ministro lhe apresenta, acende o
incenso, dizendo: Suba a nossa oração Senhor. Depois, o Bispo coloca incenso
nalguns turíbulos, benze-o e incensa o altar. Em seguida, volta para acátedra,
é incensado e senta-se. Os ministros percorrem a nave da igreja e incensam o povo
e as paredes. Enquanto isso, canta-se a antífona: Veio um anjo, ou A fumaça do
incenso, o Salmo 137, ou outrocanto apropriado.
Iluminação do altar e da igreja
906.
Terminada a incensação, alguns ministros limpam a mesa do altar com toalhas e,
se necessário, estendem sobre ela uma tela impermeável; depois, cobrem o altar
com uma toalha e, se for conveniente, adornam-no com flores; colocam os
castiçais com velas, requeridas para a celebração da Missa, e, se forpreciso,
dispõem devidamente a cruz.
907.
Depois, o diácono aproxima-se do Bispo, e este de pé, entrega-lhe pequena vela
acesa, dizendo emvoz alta: A luz de Cristo. Em seguida, o Bispo senta-se. O
diácono aproxima-se do altar e acende as velaspara a celebração da Eucaristia.
Nesta altura ilumina-se festivamente a igreja: acendem-se todas as velas, incluindo
as que estão colocadas onde se fizeram as unções, bem como todas as lâmpadas da
Igreja em sinalde alegria. Enquanto isso, canta-se a antífona: Despontou a tua
luz, ou, no tempo da Quaresma: Jerusalém,cidade santa, com o cântico de Tobias,
ou outro canto apropriado, de preferência em honra de Cristo, luz domundo.
LITURGIA EUCARÍSTICA
908.
Diáconos e ministros preparam o altar como de costume. Depois, alguns fiéis
apresentam o pão, ovinho e a água para a celebração do sacrifício do Senhor. O
Bispo recebe as oferendas na cátedra. Durante aapresentação destas, é
conveniente cantar a antífona: Na simplicidade, ou outro canto apropriado. Quando
tudo estiver preparado, o Bispo dirige-se para o altar, e, depois de tirar a
mitra, beija-o. A Missa prossegue como de costume; porém, não se incensam nem
as oferendas nem o altar.
909.
Diz a Oração eucarística I ou III, com o prefácio próprio do rito da dedicação
da igreja. Na Oração eucarística I diz-se o Recebei, ó Pai próprio; na Oração
eucarística III, insere-se aintercessão própria. E tudo o mais, como de
costume, até à comunhão inclusive.
INAUGURAÇÃO DA CAPELA DO SANTÍSSIMO
SACRAMENTO
910.
A inauguração da capela onde irá ficar guardada a Santíssima Eucaristia convém
realizá-la destemodo. Depois da comunhão, a âmbula com o Santíssimo Sacramento
permanecerá sobre o altar. O Bispo vaipara a cátedra, e todos oram em silêncio
durante uns momentos. Em seguida, o Bispo diz a Oração depois da comunhão.
911.
Após a oração, o Bispo volta para o altar. Coloca e benze o incenso, e incensa
de joelhos o Santíssimo Sacramento. Depois, recebe o véu de ombros e toma a
âmbula com as mãos envoltas no mesmo véu. Em seguida organiza-se a procissão,
na qual é conduzido o Santíssimo Sacramento através da igrejaaté à capela da
reposição. À Frente, vai o cruciferário, no meio dos acólitos com os castiçais
de velas acesas; segue-se o clero, diáconos, presbíteros concelebrantes,
ministro com o báculo do Bispo, dois turiferários comos turíbulos acesos, o
Bispo com o Santíssimo Sacramento, um pouco atrás dele os dois diáconos
assistentes, e depois os ministros do livro e da mitra. Todos levam velas, e,
em volta do Santíssimo Sacramento, tochas. Durante a procissão, canta-se a
antífona: Glorifica o Senhor, Jerusalém, com o Salmo 147, ou outrocanto
apropriado.
912.
Chegada a procissão à capela da reposição, o Bispo entrega a âmbula ao diácono,
e este depõe-nasobre o altar ou dentro do sacrário, deixando a porta aberta. O
Bispo, de joelhos, incensa o Santíssimo Sacramento. Segue-se certo espaço de
tempo durante o qual todos oram em silêncio. Depois o diácono guardaa âmbula no
sacrário ou fecha a porta do mesmo. Um ministro acende a lâmpada que arderá
continuamentediante do Santíssimo Sacramento.
913.
Se a capela onde ficou reposto o Santíssimo Sacramento estiver bem à vista dos
fiéis, o Bispo dáimediatamente a bênção final da Missa. Se não, a procissão
regressa ao presbitério pela via mais curta, e o Bispo dá a bênção, do altar ou
dá cátedra; e a Missa termina como se dirá adiante, no n. 915.
914.
Não havendo inauguração da capela do Santíssimo Sacramento, terminada a
comunhão dos fiéis, o Bispo recita a Oração depois da comunhão, e a Missa
conclui-se como segue.
BÊNÇÃO DA DESPEDIDA
915.
O Bispo dá a bênção com a fórmula do Pontifical. O Diácono despede o povo como
de costume.
CAPÍTULO X
DEDICAÇÃO DE IGREJA ONDE JÁ SE
COSTUMA CELEBRAR O CULTO
916.
Para que o simbolismo atinja toda a sua força e os ritos o seu pleno
significado, a inauguração deigreja deve coincidir com a sua dedicação. E
assim, tanto quanto possível, evitar-se-á celebrar Missa numaigreja antes de
ser dedicada. No caso, porém, de se fazer a dedicação de igrejas em que
normalmente se celebrem já os sagradosmistérios, o Ritual a seguir é o que
ficou descrito acima, nos nn. 864-915. Além disso, não sem motivo se devem
distinguir igrejas novas, nas quais o significado da dedicaçãose apresenta com
mais clareza, das igrejas há muito construídas. Para a dedicação destas
últimas, requer-se: − que o altar nunca tenha sido consagrado, pois, segundo o
costume e o direito litúrgico, com razão se proíbe dedicar igreja sem a
dedicação do altar, dado que a dedicação do altar é a parte mais importante de
todo o rito; − que haja no templo algo de novo ou substancialmente modificado
(por ex., ter sido a igreja totalmente restaurada, ou restaurado o presbitério
de acordo com as normas acima enunciadas, nos nn. 48-51), ou ter sido alterada
sua condição jurídica (por ex., ter a igreja passado a paroquial).
917.
Tudo quanto acima se disse, nos nn. 864-878, é aplicado igualmente a este Ritual, salvo se
emmanifesta discrepância com as circunstâncias previstas neste mesmo Ritual ou
quando neste se indicar outracoisa. Este Ritual diverge do descrito no capítulo
IX principalmente nos seguintes pontos: a) omite-se o rito de abertura das
portas da igreja (cf. acima, nn. 884 ou 889), uma vez que já está aberta aos
fiéis; a entrada faz-se, portanto, em forma de “entrada simples” (cf. acima,
nn. 890-891). Tratando-se, porém, da dedicação de igreja que esteve muito tempo
fechada ao culto e agora é abertade novo às celebrações sagradas, pode-se fazer
este rito, pois neste caso, ele tem pleno sentido; b) o rito da entrega da
igreja ao Bispo (cf. acima. nn. 883, 888, 891) pode, segundo os casos, manter-
se ou omitir-se, ou então adaptar-se de modo a condizer com a situação da
igreja dedicada (por ex., convém que se conserve na dedicação de igreja
recentemente construída; mas deverá omitir-se na dedicação de igreja antiga em que
nada da sua estrutura tenha sido alterado; o rito será adaptado na dedicação de
igreja antiga profundamente restaurada); c) omite-se o rito da aspersão das
paredes da igreja com água benta (cf. acima, nn. 892-894), dado o seu caráter
lustral; d) omite-se o que é específico da primeira proclamação da Palavra de
Deus (cf. acima, n. 896), pelo que a liturgia da Palavra se faz como de
costume; em vez do capítulo 8 do livro de Neemias, com o Salmo 18 e seu
responsório (cf. acima, n. 896), escolher-se-á outra leitura apropriada.
CAPÍTULO XI
DEDICAÇÃO DE ALTAR
INTRODUÇÃO
918.
O altar, em que se torna presente o sacrifício da cruz sob os sinais
sacramentais, é também a mesa do Senhor, na qual o povo de Deus, na Missa, é
convidado a participar. E é também o centro da ação de graçascelebrada na
Eucaristia.
919.
Convém que toda e qualquer igreja haja um altar fixo e dedicado; noutros locais
destinados àscelebrações sagradas, o altar pode ser fixo ou móvel. Segundo o
uso tradicional na Igreja e de acordo com o significado do altar, a mesa do
altar fixo deveser de pedra, e mesmo de uma só pedra natural. Contudo, a juízo
da Conferência Episcopal, pode utilizar-seoutra matéria digna, sólida,
artisticamente trabalhada.
920.
Convém se mantenha o costume de depor por baixo do altar que vai ser dedicado,
relíquias de Santos, ainda que não mártires (cf. acima, n. 866).
921.
Dada a sua própria natureza, o altar só a Deus é dedicado, pois só a Deus é
oferecido o Sacrifícioeucarístico. Este sentido da dedicação do altar, que a
igreja sempre manteve, expressa-o belamente SantoAgostinho com estas palavras:
“A nenhum dos mártires, mas ao próprio Deus dos mártires, embora emmemória dos
mártires, elevamos altares”. Se em algum lugar existir o costume de dedicar
altares a Deus em honra dos Santos, pode-seconservar tal costume, desde que aos
fiéis fique bem claro que o altar só a Deus é dedicado. Nas novas igrejas,
nunca se coloquem sobre o altar figuras ou imagens dos Santos. Do mesmo modo,
não se coloquem sobre a mesa do altar relíquias dos Santos, quando são expostas
àveneração do povo.
922.
Dado que o altar se torna sagrado, antes de mais, com a celebração da
Eucaristia, para que os fatoscorrespondam à verdade, haja o cuidado de não
celebrar a Missa no novo altar antes de ser dedicado, demodo que a Missa da
dedicação seja também a primeira Eucaristia celebrada sobre o referido altar.
923.
É ao Bispo que tem a seu cargo a cura pastoral de igreja particular que compete
dedicar a Deus osnovos altares erigidos dentro da sua diocese. Se ele o não
puder fazer, confie a missão a outro Bispo, mormente ao seu coadjutor ou
auxiliar na cura pastoral dos fiéis para quem o novo altar é erigido. Em
casosabsolutamente peculiares, pode confiar essa missão a presbítero, ao qual
dará delegação especial.
924.
Para dedicar o novo altar, escolher-se-á um dia em que os fiéis possam acorrer
em maior número, depreferência um domingo, salvo quando razões de ordem
pastoral aconselhem outra coisa. O rito da dedicaçãodo altar não se pode
celebrar no Tríduo pascal, na Quarta-feira de Cinzas, nos dias da Semana Santa,
nem na Comemoração de todos os fiéis defuntos.
925.
A celebração da Eucaristia está intimamente ligada ao rito da dedicação do
altar. Celebra-se a “Missada dedicação do altar”. Porém, no Natal do Senhor,
Epifania, Ascensão, Domingo de Pentecostes, bem comonos domingos do Advento, da
Quaresma e da Páscoa, toma-se a Missa do dia, exceto a Oração sobre asoferendas
e o prefácio, intimamente ligados que estão ao rito.
926.
Convém que o Bispo concelebre a Missa com os presbíteros presentes, sobretudo
com aqueles a quem está confiada a missão de dirigir a paróquia ou a comunidade
para a qual o altar é erigido.
927.
Compete ao Bispo e àqueles que têm a seu cargo a celebração do rito, julgar da
oportunidade de sedeporem relíquias do Santos. Neste ponto, observar-se-á o que
ficou dito acima, no n. 866, tendo em contaacima de tudo o bem espiritual dos
fiéis e o sentido autêntico da liturgia.
928.
Os fiéis, não só devem ser informados a tempo da dedicação do novo altar, mas
tambémoportunamente preparados para participação ativa no rito. Devem, por
conseqüência, ser instruídos sobre o significado de cada um dos ritos e o modo
como elesse realizam. Desta forma, os fiéis ficarão imbuídos do verdadeiro amor
que ao altar é devido. Compete ao reitor da igreja em que o altar vai ser
dedicado, auxiliado pelos seus colaboradores naação pastoral, determinar e
preparar tudo quanto se relaciona com as leituras, cantos, meios de ação
pastoral,seja no sentido de incentivar a frutuosa participação do povo, seja no
de promover o decoro da celebração.
929.
Para o rito da dedicação ao altar, preparar-se-á: a) Missal Romano, Lecionário,
Pontifical Romano; b) cruz e livros dos Evangelhos a ser levados a procissão;
c) caldeirinha de água a ser abençoada com o aspersório; d) vaso com o santo
crisma; e) toalhas para limpar a mesa do altar; f) se for necessário, toalha de
linho encerada ou tela impermeável do tamanho do altar; g) bacia e jarro com
água, toalhas e o mais que for necessário para o Bispo lavar as mãos; h)
gremial; i) fogareiro para queimar o incenso e os perfumes; ou grãos de incenso
e velas finas para queimar sobre o altar; j) turíbulo com naveta de incenso e
colher; k) cálice de tamanho suficiente, corporal, sanguinhos e manustérgio; l)
pão, vinho e água para a Missa; m)cruz do altar, se no presbitério não houver
já uma cruz, ou se a cruz levada na procissão da entrada não vier a ser
colocada junto do altar; n) toalha, velas e castiçais; o) eventualmente,
flores.
930.
Na Missa da dedicação do altar, usam-se paramentos brancos ou de cor festiva.
Devem preparar-se: a) para o Bispo: alva, estola, cruz peitoral, casula, mitra,
báculo pastoral, pálio (se o usar); b) para os presbíteros concelebrantes:
paramentos para a Missa; c) para os diáconos: alvas, estolas e eventualmente
dalmáticas; d) para os restantes ministros: alvas ou outras vestes devidamente
aprovadas.
931.
Se houver relíquias dos Santos a serem encerradas sob o altar, preparar-se-á:
a) No lugar de onde parte a procissão: − cofre com as relíquias, cercado de
flores e tochas. O cofre pode eventualmente colocar-se em lugar adequado do
presbitério, antes de começar o rito; − para os diáconos que houverem de
transportar as relíquias: alva, estola de cor vermelha, se as relíquias forem
de Mártir, ou de cor branca nos outros casos, bem como dalmáticas, se as houver
disponíveis. Se as relíquias forem transportadas por presbíteros, preparam-se
casulas para estes, em vez de dalmáticas. As relíquias podem também ser
transportadas por outros ministros, revestidos de alvas ou desobrepelizes sobre
o hábito talar, ou de outras vestes, devidamente aprovadas. b) No presbitério:
− pequena mesa onde ficará o cofre com as relíquias durante a primeira parte do
rito da dedicação. c) na sacristia: − betume ou argamassa para fechar a tampa,
deve também estar presente um pedreiro para, no devido momento, fechar o
sepulcro das relíquias.
932.
É conveniente manter o costume de introduzir no cofre das relíquias um
pergaminho em que semencione o dia, mês e ano da dedicação do altar, nome do
Bispo que celebra o rito, Titular da igreja, bemcomo os nomes dos Mártires ou
de outros Santos cujas relíquias irão ser depositadas sob o altar. A ata da
dedicação será redigida em duplicado, devendo um dos exemplares ser guardado no
arquivodiocesano e o outro na igreja. Ambos os exemplares serão assinados pelo
Bispo, pelo reitor da igreja e pelosdelegados da comunidade local.
ENTRADA NA IGREJA
933.
Reunido o povo, o Bispo, presbíteros concelebrantes, diáconos e ministros,
devidamenteparamentados, dirigem-se da sacristia, através da nave da igreja,
para o presbitério.
934.
As relíquias dos Santos, se houver, que serão depositadas sob o altar, sejam
levadas ao presbitérionesta procissão de entrada, a partir da sacristia, ou de
capela onde, já desde a véspera, tenham ficado expostasà veneração dos fiéis.
Havendo justa causa, podem-se depositar, antes de iniciado o rito, em lugar
adequado do presbitério, com tochas acesas em volta.
935.
Durante a procissão, canta-se a antífona de entrada: Olhai, ó Deus, ou Irei ao
altar do Senhor, com o Salmo 42, ou outro canto apropriado.
936.
Chegada a procissão ao presbitério, as relíquias dos Santos são depostas em
lugar próprio, cercadas detochas acesas. Os presbíteros concelebrantes, diáconos
e ministros vão ocupar os lugares que lhes estãodestinados. O Bispo, sem beijar
o altar, vai diretamente para a cátedra. Depõe o báculo e a mitra e saúda
opovo; dizendo: A graça e a paz, ou outras palavras adequadas, tomadas de
preferência da Sagrada Escritura. O povo responde: Bendito seja Deus, que nos
reuniu no amor de Cristo, ou com outra fórmula adequada.
BÊNÇÃO DA ÁGUA E ASPERSÃO
937.
Terminado o rito da entrada, o Bispo benze a água para aspergir o povo em sinal
de penitencia e emmemória do batismo, bem como para aspergir o altar. Os
ministros apresentam ao Bispo que está de pé nacátedra, um recipiente com água.
O Bispo convida todos a orar, dizendo: Com grande alegria ou outraspalavras
semelhantes. Oram todos em silêncio durante uns momentos. Depois o Bispo diz a
oração: Ó Deus, por vós.
938.
Terminada a invocação sobre a água, o Bispo, acompanhado dos diáconos, percorre
a nave da igrejaaspergindo o povo com a água benta. De regresso ao presbitério,
asperge o altar. Enquanto isso, canta-se a antífona: Vi a água saindo, ou, no
tempo da Quaresma: Quando eu forsantificado, ou outro canto apropriado.
939.
Depois da aspersão, o Bispo volta para a cátedra; e, terminado o canto, de pé e
de mãos juntas, diz:Deus, Pai de misericórdia. Em seguida, canta-se o hino:
Glória a Deus nas alturas, a não ser que ocorra um domingo de Adventoou da
Quaresma. Terminado o hino, o Bispo, de pé, canta ou recita, como de costume, a
Coleta da Missa.
LITURGIA DA PALAVRA
940.
Na Liturgia da Palavra, faz-se tudo como de costume. As leituras e o Evangelho
tomam-se, conformeas rubricas, do Lecionário para o rito da dedicação do altar,
ou da Missa do dia.
941.
Proclamado o Evangelho, o Bispo, habitualmente de mitra e báculo, profere a
homilia. Comentando-se as leituras bíblicas, explica o significado do rito.
942.
Diz-se, sempre o Símbolo. Omite-se, porém, a oração universal, pois em vez dela
canta-se a ladainhados Santos.
PRECE DE DEDICAÇÃO E UNÇÃO
Súplica litânica
943.
Terminado o Símbolo, o Bispo convida o povo a orar, dizendo: Meus irmãos,
nossas preces, ou outraspalavras semelhantes. Em seguida, canta-se a ladainha
dos Santos, a que todos respondem. Aos domingos e durante o tempopascal, ficam
todos de pé. Nos outros dias, todos se põem de joelhos, depois de o diácono
dizer: Ajoelhemo-nos. Na ladainha, inserem-se, no lugar adequado, invocações do
Titular da igreja, do Padroeiro do lugar e, se for o caso, dos Santos cujas
relíquias vão ser depositadas. Também se podem acrescentar outras
petiçõesrelacionadas com a especial natureza do rito e condição dos fiéis.
Terminado o canto da ladainha, o Bispo, de pé, de mãos estendidas, recita a
oração: Senhor, aceitaicom clemência. Depois, o diácono, se for o caso, diz:
Levantai-vos. E todos se levantam. O Bispo retoma amitra, para proceder à
deposição das relíquias. Onde não houver deposição das relíquias dos Santos, o
Bispo diz de imediato a prece da dedicação, indicada adiante no n.
945.Deposição das relíquias.
944.
Depois, se houver relíquias de Mártires ou de noutros Santos, para se depositarem
sob o altar, o Bispodirige-se ao altar. Um diácono ou presbítero apresenta as
relíquias ao Bispo, o qual as coloca em sepulcropreviamente preparado. Enquanto
isso, canta-se a antífona: Ó Santos de Deus, ou Os corpos dos santos, como
Salmo 14, ou outro canto apropriado. Um pedreiro fecha o nicho, e o Bispo volta
à sua cátedra.Prece da dedicação.
945.
Em seguida, o Bispo, de pé junto doa altar, sem mitra, de mãos estendidas,
canta ou recita: Nós vosagradecemos, Senhor. Unção do altar.
946.
Depois, o Bispo tira, se necessário, a casula e põe o gremial. Dirige-se para o
altar, acompanhado dediácono ou outro ministro com vaso do santo crisma. O
Bispo, diante do altar, de mitra, diz em voz alta: Santificai, Senhor. Depois,
derrama o santo crisma no meio do altar e nos quatro cantos do mesmo,
sendorecomendável que unja toda a superfície da mesa. Durante a unção, fora do
tempo pascal, canta-se a antífona: O Senhor, nosso Deus, com o Salmo 44; no
tempo pascal a antífona A pedra, com o Salmo 117, ou outro canto apropriado.
Terminada a unção do altar, o Bispo volta para a cátedra, senta-se, lava as
mãos e tira o gremial.
Incensação do altar
947.
Após o rito da unção, coloca-se em cima do altar um fogareiro para queimar o
incenso ou osperfumes; ou, se preferir, coloque-se sobre o altar um punhado de
incenso misturado com velas. O Bispocoloca incenso no fogareiro, ou, com
pequena vela que um ministro lhe apresenta, acende o incenso, dizendo: Suba
nossa oração, Senhor.Revestimento e iluminação do altar
948.
Terminada a incensação, alguns ministros limpam a mesa do altar com toalhas e,
se necessário, estendem sobre ela uma tela impermeável; depois, cobrem o altar
com uma toalha e, se for conveniente,adornam-no com flores; colocam os
castiçais com velas, requeridas para a celebração da Missa, e, se forpreciso, dispõem
devidamente a cruz.
949.
Depois, o diácono aproxima-se do Bispo, e este, de pé, entrega-lhe pequena vela
acesa, dizendo emvoz alta: A luz de Cristo. Em seguida, o Bispo senta-se. O
diácono aproxima-se do altar e acende as velaspara a celebração eucarística.
950.
Nesta altura, faz-se iluminação festiva: acendem-se todas as lâmpadas em volta
do altar, em sinal de alegria. Enquanto isso, canta-se a antífona: Em vós,
Deus, ou outro canto apropriado, de preferência em honrade Cristo, luz do
mundo.
LITURGIA EUCARÍSTICA
951.
Diáconos e ministros preparam o altar, como de costume. Depois, alguns fiéis
apresentam o pão, ovinho e a água, para a celebração do Sacrifício do Senhor. O
Bispo recebe as oferendas na cátedra. Durante aapresentação destas, é
conveniente cantar a antífona: Se tu vens oferecer, ou Moisés consagrou, ou
outrocanto apropriado. Quando tudo estiver preparado, o Bispo dirige-se para o
altar e, depois de tirar a mitra, beija-o. A Missa prossegue como de costume;
porém, não se incensam as oferendas nem o altar.
952.
Diz-se sempre a oração sobre as oferendas: Senhor, nosso Deus, nós vos pedimos
e o prefácio próprio, que vêm no Pontifical, pois fazem parte do rito da
dedicação do altar. Diz-se a oração eucarística I ou III.
953.
No fim da Missa, o Bispo dá a bênção com a fórmula do Pontifical. O diácono despede
o povo comode costume.
CAPÍTULO XII
BÊNÇÃO DE UMA IGREJA
INTRODUÇÃO
954.
Os edifícios sagrados ou igrejas, destinados de forma estável à celebração dos
divinos mistérios, convém sejam dedicados a Deus segundo o Ritual da dedicação
de igreja, em que ritos e símbolos lhe dãotoda a sua força expressiva. Não
sendo dedicados, ao menos sejam benzidos, segundo o rito a seguir descrito. As
capelas, oratórios e edifícios sagrados que, em razão de circunstâncias
especiais, se destinam aoculto divino, só por algum tempo, convém benzê-los
segundo o Ritual adiante descrito. Quando são abençoadas as igrejas, capelas ou
oratórios, tudo quanto neles se encontra, como cruz, imagens, órgão, sinos e
estações da “Via sacra”, considera-se abençoado e erigido, não precisando, por
isso, de nova bênção ou ereção.
955.
No que se refere à preparação da celebração, à escolha do Titular e preparação
dos fiéis, seguir-se-á, com as devidas adaptações, o que atrás ficou dito,
acerca da dedicação da igreja, nos nn. 864-871 e 887.
956.
A igreja ou capela é abençoada pelo Bispo da diocese ou por presbítero por ele
delegado. A igreja ou capela pode ser abençoada em qualquer dia, exceto no
Tríduo pascal. Escolher-se-á, porém, de preferência um dia em que os fiéis
possam acorrer em maior número, sobretudo um domingo, a não ser que motivos
deordem pastoral aconselhem outra coisa.
957.
Nos dias indicados na tabela dos dias litúrgicos como nos nn. 1-4, celebra-se a
Missa do dia; nosoutros dias, pode-se celebrar a Missa do dia ou a Missa do
Titular da igreja ou capela.
958.
Para o rito da bênção da igreja ou capela, prepara-se tudo o que se requer para
a Missa. O altar, mesmo que tenha sido abençoado ou dedicado, fica despido até
ao início da liturgia eucarística. Além disso, preparar-se-á em lugar adequado
do presbitério: a) caldeirinha com água e aspersório, bem como turíbulo com
naveta do incenso e colher; b) pontifical Romano; c) cruz do altar, desde que
não tenha sido já colocada outras cruz no presbitério, ou a que é levada na
procissão da entrada se coloque junto do altar; d) toalhas, velas e castiçais
e, segundo as conveniências, flores.
959.
No caso de se realizar a dedicação do altar ao mesmo tempo que a bênção da
igreja, prepara-se tudo o que ficou indicado acima, nos nn. 929 e 931, no caso
de se deporem sob o altar relíquias de Santos.
960.
Na Missa da bênção da igreja, usam-se paramentos brancos ou de cor festiva.
Ter-se-á, portanto, preparado: a) para o Bispo: alva, estola, cruz peitoral,
casula, mitra e báculo pastoral; b) para os presbíteros concelebrantes:
paramentos para a Missa; c) para os diáconos: alvas, estolas e, eventualmente,
dalmáticas; d) para os restantes ministros: alvas ou outras vestes devidamente
aprovadas.
DESCRIÇÃO DO RITO
961.
Reunido o povo, e enquanto se executa canto de entrada, Bispo, presbíteros
concelebrantes, diáconose ministros, devidamente paramentados, partem da
sacristia e, precedidos do cruciferário, dirigem-se atravésda igreja para o
presbitério. Chegada a procissão ao presbitério, o Bispo, sem beijar nem
incensar o altar, vai diretamente para acátedra; os outros vão ocupar os
lugares que lhes estão destinados.
962.
Terminado o canto, o Bispo depõe o báculo e a mitra e saúda o povo, dizendo: A
graça e a paz ououtras palavras adequadas, tomadas de preferência da Sagrada
Escritura. O povo responde: Bendito seja Deusque nos reuniu no amor de Cristo,
ou com outra fórmula adequada.
963.
A seguir, o Bispo benze a água para aspergir o povo em sinal de penitência e em
memória do batismo, bem como para aspergir as paredes da nova igreja ou capela.
Os ministros levam uma vasilha com água ao Bispo, que está de pé na cátedra.
Este convida todos a orar, dizendo: Com grande alegria, ou outra
moniçãosemelhante. Todos oram um momento em silêncio. Depois o Bispo prossegue
com a oração: Ó Deus, por vós.
964.
Terminada a invocação sobre a água, o Bispo, acompanhado dos diáconos, vai pela
nave da igreja, aspergindo o povo e as paredes com água benta. De regresso ao
presbitério, asperge o altar, a não ser que jáesteja abençoado ou dedicado.
Enquanto isso, canta-se a antífona: Vi a água saindo ou, no tempo da Quaresma:
Quando eu for santificado, ou outro canto apropriado. Após a aspersão, o Bispo
regressa à cátedra e, terminado o canto, de pé, de mãos juntas, diz: Deus, o Pai
das misericórdias.
965.
Depois, fora da Missa dominical e dia da semana do tempo do Advento e da
Quaresma, é cantado ohino Glória a Deus nas alturas. Em seguida, o Bispo recita
a Coleta da Missa.
966.
A Missa continua depois como de costume. Todavia: − as leituras tomam-se,
segundo as rubricas, da liturgia do dia ou do Lecionário para o rito da
dedicação da igreja; ao Evangelho, não se levam luzes nem incenso; − depois do
Evangelho, o Bispo profere a homilia, comentando as leituras bíblicas e
explicando o significado do rito; − diz-se o Símbolo, segundo as rubricas; a
oração universal se faz como de costume.
967.
Depois disto, se o altar tiver que ser abençoado, o Bispo dirige-se para junto
dele. Enquanto isso, canta-se a antífona: Quais rebentos de oliveira, ou outro
canto apropriado. Terminado o canto, o Bispo, de pé e sem mitra, convida os
fiéis à oração dizendo: Nossa comunidade, ou outra monição semelhante. Todos
oram um momento em silêncio. Depois, o Bispo, de mãos estendidas, canta ou
recita em voz alta a oração: Bendito sois, ó Deus. Terminada a oração, o Bispo
coloca incenso nalguns turíbulos, benze-o e incensa o altar. Depois,recebe a
mitra, volta para a cátedra, onde é incensado e senta-se. Os ministros vão
através da igreja,incensando o povo e a nave da igreja.
968.
Se houver dedicação do altar, recitado o Símbolo e, omitida a oração universal,
observar-se-á o acimaindicado, nos nn. 943-950. Não havendo nem a bênção nem a
dedicação do altar (por ex., no caso de ter sido transferido para a nova igreja
um altar já abençoado ou dedicado), logo depois da oração universal, a Missa
continua como adiante vai indicado, no n. 969.
969.
Terminada a oração universal, o Bispo senta-se e recebe a mitra. Os ministros
cobrem o altar com umatoalha em segundo as conveniências, enfeitam-no com
flores, dispõem os castiçais com as velas necessáriaspara a Missa e, se for o
caso, colocam a cruz em seu devido lugar. Preparado o altar, alguns fiéis
apresentam o pão, o vinho e água para a celebração do Sacrifício do Senhor. O
Bispo recebe as oferendas na cátedra. Durante a apresentação das oferendas é
conveniente cantar aantífona: Se tu vens oferecer, ou Moisés santificou, ou
outro canto adequado.
970.
Estando tudo preparado, o Bispo dirige-se para o altar, depõe a mitra e
beija-o. A Missa prosseguecomo de costume; só não se incensam as oferendas nem
o altar. No caso, porém, de o altar não ter sido bentonem dedicado nesta
celebração, faz-se a incensação como de costume. Havendo de ser inaugurada a
capela do Santíssimo Sacramento, terminada a Comunhão dos fiéis, faz-se tudo
como acima ficou descrito, nos nn. 910-913.971. Para a bênção, o Bispo serve-se
da fórmula do Pontifical. O diácono despede o povo como decostume.
CAPÍTULO XIII
BÊNÇÃO DE ALTAR
INTRODUÇÃO
972.
Chama-se altar móvel, quando não está preso ao pavimento, de modo a poder
transferir-se. Sendocomo é uma mesa destinada exclusivamente e de forma estável
ao banquete ou sacrifício eucarístico, deve-se-lhe religioso respeito. Importa,
pois, que o altar móvel, antes de entrar em uso, se não for dedicado, seja
pelomenos abençoado.
973.
O altar móvel pode ser construído de quaisquer materiais sólidos apropriados para
uso litúrgico, conforme as tradições e costumes das diversas regiões.
974.
Na ereção de altar móvel, observar-se-á, com as devidas adaptações, o que está
estabelecido nos livroslitúrgicos. Não é permitido, porém, encerrar na sua base
relíquias dos Santos.
975.
Convém que o altar móvel seja abençoado pelo Bispo da diocese ou pelo
presbítero reitor da igreja.
976.
O altar móvel pode ser abençoado em qualquer dia, exceto na Sexta-feira da
Paixão do Senhor e no Sábado Santo. Contudo, deverá escolher-se especialmente
um dia em que os fiéis possam acorrer em maior número, de preferência um
domingo, salvo se motivos de ordem pastoral aconselharem outra coisa.
977.
No rito, celebra-se a Missa do dia. Na liturgia da Palavra, fora dos dias
indicados nos nn. 1-9 da tabela dos dias litúrgicos, podem-se ler uma ou duas
leituras do Lecionário para a dedicação do altar.
978.
Até ao início da liturgia eucarística, o altar deve estar totalmente despido.
Portanto, a cruz, se for ocaso, toalhas, velas e o mais que é preciso para o
seu arranjo, dispor-se-ão em lugar conveniente do presbitério.
DESCRIÇÃO DO RITO
979.
Na Missa, faz-se tudo como de costume. Terminada, porém, a oração universal, o
Bispo dirige-se parao altar a ser abençoado. Enquanto isso, canta-se a
antífona: Quais rebentos de oliveira, ou outro cantoapropriado.
980.
Depois, o Bispo, de pé, sem mitra, convida os fiéis à oração, dizendo: Nossa
comunidade ou outra monição semelhante. Todos oram uns momentos em silêncio.
Depois o Bispo, de mãos estendidas, canta ourecita em voz alta a oração:
Bendito sois ó Deus. A seguir, asperge o altar com água benta e incensa-o.
Volta depois para a cátedra, recebe a mitra, éincensado e senta-se. Um ministro
incensa o povo.
981.
Os ministros cobrem o altar com toalha e, segundo as conveniências, enfeitam-no
com flores; colocamos castiçais com as velas necessárias para a celebração da
Missa e, se for o caso, dispõem a cruz no seudevido lugar.
982.
Preparado o altar, alguns fiéis apresentam o pão, o vinho e a água, para a
celebração do sacrifício do Senhor. O Bispo recebe as oferendas na cátedra.
Enquanto isso, é conveniente cantar a antífona: Se tu vensoferecer, ou outro
canto adequado.983. Estando tudo preparado, o Bispo dirige-se para o altar,
depõe a mitra, e beija-o. A Missa prosseguecomo de costume. Contudo não se
incensam as oferendas nem o altar.
CAPÍTULO XIV
BÊNÇÃO DE CÁLICE E DE PATENA
INTRODUÇÃO
984.
O cálice e a patena, em que o vinho e o pão são oferecidos, consagrados e
recebidos, pelo fato deserem destinados exclusivamente e de forma estável à
celebração da Eucaristia, tornam-se “vasos sagrados”.
985.
A intenção de destinar estes vasos à celebração da Eucaristia manifesta-se
perante a comunidade dosfiéis por meio de bênção especial, que é louvável se
faça dentro da Missa.
986.
Qualquer sacerdote pode benzer o cálice e a patena, desde que sejam
confeccionados de acordo comas normas da Instrução Geral sobre o Missal Romano.
987.
Devendo-se benzer apenas o cálice ou a patena, adapte-se oportunamente o do
Pontifical.
DESCRIÇÃO
DO RITO
988.
Celebra-se a Missa do dia. Na liturgia da Palavra, fora dos dias indicados nos
nn. 1-9 da tabela dos dias litúrgicos, pode-se ler uma ou duas leituras do
Lecionário.
989.
Após a leitura da Palavra de Deus, profere-se a homilia, em que o Bispo comenta
as leituras bíblicas eexplica o sentido da bênção do cálice e da patena
utilizados na celebração eucarística.
990.
Terminada a oração universal, os ministros ou os delegados da comunidade que
oferece o cálice e apatena, vão depô-los sobre o altar. O Bispo, acompanhado
dos diáconos assistentes, dirige-se para o altar, enquanto se canta a antífona:
Elevo o cálice, ou outro canto apropriado.
991.
Terminado o canto, o Bispo diz: Oremos. Todos oram uns momento em silêncio.
Depois o Bispocontinua com a oração: Para celebrar o sacrifício.
992.
Em seguida, os ministros estendem o corporal sobre o altar. Alguns fiéis
apresentam o pão, o vinho ea água para a celebração do Sacrifício do Senhor. O
Bispo coloca as oferendas na patena e no cálice recém-abençoados e faz o
ofertório como de costume. Enquanto isso, é conveniente cantar a antífona:
Elevo o cálice, com o Salmo 115, ou outro cantoadequado.
993.
Após da oração: De coração contrito e humilde, será oportuno incensar as
oferendas e o altar. Depoisa Missa prossegue como de costume.
994.
Conforme as circunstâncias da celebração, pode ser conveniente que os fiéis
recebam o Sangue de Cristo pelo cálice recém-abençoado.
CAPÍTULO XV
BÊNÇÃO DE NOVA FONTE BATISMAL
INTRODUÇÃO
995.
O Batistério ou lugar onde está a fonte batismal (com água corrente ou não) é
reservado ao sacramento do Batismo e deve ser especialmente digno, pois ali
renascem os cristãos pela água e pelo Espírito Santo. Seja em capela situada
dentro ou fora da igreja, seja em outro lugar dentro da igreja à vistados
fiéis, no futuro, construir-se-á de forma a corresponder a numerosa
participação. A fonte batismal ou recipiente em que, conforme a oportunidade,
se prepara a água para o Batismo no presbitério, há de brilhar pelo asseio e bom
gosto artístico.
996.
É conveniente que o rito seja realizado pelo Bispo da diocese, ou por
presbítero pároco ou reitor daigreja.
997.
Se esta bênção se der juntamente com a celebração do batismo, na Vigília pascal
ou fora dela, observa-se quanto acima ficou descrito, nos nn. 356-367, 427, 430
e 440-448. Porém, em vez da fórmulahabitual da bênção da água, o Bispo, de mãos
estendidas e voltado para a fonte batismal, diz a oração: ÓDeus, criador do
mundo. Abençoada a fonte, prossegue a celebração do Batismo, como de costume.
998.
Fora da celebração do Batismo, a bênção da fonte batismal pode-se efetuar em
qualquer dia e aqualquer hora, exceto na Quarta-feira de Cinzas, Semana Santa e
Comemoração de todos os fiéis defuntos. Escolher-se-á de preferência um dia em
que os fiéis possam acorrer em maior número.
999.
Para a celebração do rito, preparar-se-á: a) Ritual Romano e Lecionário; b)
turíbulo e naveta com incenso; c) caldeirinha para nela se colocar a água da
pia, depois de abençoada, e o aspersório; d) círio pascal e candelabro para o
mesmo, a ser colocado no meio do presbitério ou junto da pia batismal; e) sedes
para o Bispo e ministros; f) vestes sagradas de cor branca ou festiva; − para o
Bispo: alva, cruz peitoral, estola, pluvial (ou casula, se também celebrar a
Missa), mitra e báculo pastoral; − para os presbíteros: paramentos para a
Missa; − para os diáconos: alvas e eventualmente, dalmáticas; − para os
restantes ministros: alvas, ou outras vestes devidamente aprovadas.
RITOS INICIAIS
1000.
Reunido o povo, organiza-se a procissão, saindo da sacristia, através da
igreja, até ao batistério. Àfrente, o turiferário com o turíbulo aceso: atrás
dele, o acólito com o círio pascal, os ministros, diáconos, presbíteros e
Bispo, todos devidamente paramentados.
1001.
Enquanto isso, canta-se a antífona: Vós lhes dais de beber, ou Em vós está a
fonte da vida, com oSalmo 35, ou outro canto apropriado.
1002.
Chegada a procissão ao batistério, vão todos para os lugares que lhes estão
destinados. O círio pascalcoloca-se no candelabro preparado no meio do
presbitério ou junto da fonte batismal. Terminado o canto, o Bispo depõe o
báculo e a mitra e saúda o povo, dizendo: A graça de nosso Senhor Jesus Cristo,
ou comoutras palavras adequadas, tomadas, de preferência da Sagrada Escritura.
O povo responde: Bendito seja Deus, ou com outra fórmula adequada. Depois, o
Bispo prepara os fiéis para a celebração, com estamonição: Viemos até aqui, ou
com outra de sentido equivalente.
1003.
Após a monição, o Bispo junta as mãos e diz: Oremos. E todos oram por uns
momentos em silêncio. A seguir, o Bispo estende as mãos e recita a oração: Ó
Deus que, no mistério da regeneração.
LITURGIA DA PALAVRA
1004.
Feito isto, o Bispo senta-se e recebe a mitra. Em seguida, lêem-se um ou vários
textos da Sagrada Escritura do Lecionário para a administração dos sacramentos
da Iniciação cristã, intercalados com salmosresponsoriais adequados e
intercalados de momentos de silêncio sagrado. A leitura do Evangelho
ocuparásempre o lugar principal.
1005.
Após a leitura da Palavra de Deus, o Bispo profere a homilia, na qual explicará
as leituras bíblicas, deforma que os presentes compreendam mais plenamente a
importância do Batismo e o significado da fonte batismal.
BÊNÇÃO DA NOVA FONTE
1006.
O Bispo depõe a mitra e convida os fiéis a orar, dizendo: Caríssimos irmãos, é
chegado o momento, ou outra monição semelhante. Todos oram por uns momentos em
silêncio. Em seguida, o Bispo, voltado paraa fonte batismal, diz a oração; Ó
Deus, criador do mundo.
1007.
Terminada a invocação sobre a fonte, e enquanto está é incensada, aconselha-se
um canto, por ex., Eisa voz do Senhor ou A voz do Pai ressoa, ou ainda Esta é a
fonte da vida. Após isto, se for oportuno, o Bispo, de pé e de mitra, de frente
para o povo, recebe a renovação das promessas da fé batismal e asperge o
povocom água tirada da fonte.
CONCLUSÃO DO RITO
1008.
Neste momento faz-se a oração comunitária, que pode ser a que se usa na
celebração da Missa ou a do Ritual Romano. Segue-se a oração dominical, que o
Bispo oportunamente introduz com a monição: Lembrados do nosso batismo, ou com
outras palavras de sentido semelhante. Em seguida, o Bispo recita aoração: Ó
Deus, que comunicastes.
1009.
Por último, o Bispo abençoa o povo como de costume, como vai indicado adiante,
nos nn. 1120-1121. Finalmente, o diácono despede o povo, dizendo: Vamos em paz
e todos respondem: Graças da Deus.
1010.
Se esta bênção se realizar dentro da Missa, celebra-se a Missa do dia ou uma
Missa votiva, segundoas rubricas. Uma das leituras pode ser do Lecionário para
a administração dos sacramentos da Iniciaçãocristã.
CAPÍTULO XVI
BÊNÇÃO DE NOVA CRUZ QUE SE VAI
COLOCAR À VENERAÇÃO PÚBLICA
INTRODUÇÃO
1011.
Entre as sagradas imagens, tem o primeiro lugar aquela que representa “a Cruz
preciosa e vivificante”, pois ela é o símbolo de todo o mistério pascal.
Nenhuma outra imagem é mais cara ao povo cristão, nenhumamais antiga. A santa
Cruz representa a Paixão de Cristo e o seu triunfo sobre a morte; e ao mesmo
tempo, nodizer dos santos Padres, ela enuncia a segunda vinda gloriosa.
1012.
A bênção de nova Cruz pose-se realizar em qualquer dia e a qualquer hora,
exceto na Quarta-feira de Cinzas, Tríduo Pascal e na Comemoração de todos os
fiéis defuntos. De preferência, escolher-se-á um dia emque os fiéis possam
acorrer em maior número. Haverá, oportunamente, preparação dos fiéis, para
queparticipem do rito de forma ativa.
1013.
O rito descrito neste capítulo tem em conta dois casos: a) bênção solene de
Cruz erigida em lugar público separado da igreja; b) bênção da cruz principal
colocada em lugar de destaque no interior da igreja, onde se reúne a comunidade
dos fiéis; neste caso, o rito da bênção começa como vem mais adiante, no n.
1020.
1014.
Para o rito, preparar-se-á: a) Ritual Romano, Lecionário; b) turíbulo com
naveta do incenso e colher; c) castiçais do rito, usam-se paramentos de cor
vermelha ou festiva. Preparam-se, pois: − para o Bispo: alva, cruz peitoral,
estola, pluvial, mitra, báculo pastoral; − para os diáconos: alvas, estolas e,
eventualmente, dalmáticas; − para os restantes ministros: alvas ou outras
vestes devidamente aprovadas.
DESCRIÇÃO
DO RITO
1015.
Onde for possível, convém que a comunidade dos fiéis se dirija
processionalmente da igreja ou deoutro local conveniente para o lugar onde está
erguida a Cruz a ser abençoada. Se não se puder, ou não se julgar oportuna a
procissão, os fiéis concentram-se no local onde estáerguida a referida Cruz.
Reunido o povo, o Bispo, revestido de alva, cruz peitoral, estola e pluvial, de
mitra ebáculo, aproxima-se acompanhado dos ministros. Depõe o báculo e a mitra,
e saúda os fiéis, dizendo: A graçade nosso Senhor Jesus Cristo, que por nós
pendeu do madeiro da cruz, esteja convosco, ou outra saudaçãosemelhante. O povo
responde: Bendito seja Deus, ou com outra fórmula adequada.
1016.
Em seguida, o Bispo dirige aos fiéis breves palavras para preparar-lhes o
espírito para a celebração eexplicar-lhes o sentido do rito, servindo-se, se
quiser, das palavras do Ritual. Terminada a monição, o Bispo convida-os a orar
e, após breve oração em silêncio, de mãosestendidas, recita a coleta: Ó Deus, o
vosso Filho.
1017.
Depois da coleta o Bispo recebe a mitra e o báculo, e o diácono, se for
conveniente, diz em voz alta: Prossigamos em paz; e organiza-se a procissão para
o local onde está erguida a Cruz. Durante a procissão, canta-se a antífona: Nós
devemos gloriar-nos, com o Salmo 97, ou outro canto apropriado. Não havendo
procissão, logo após a coleta faz-se a leitura da Palavra de Deus.
1018.
Após a oração, o Bispo põe a mitra, senta-se, e faz-se a proclamação da Palavra
de Desus. Lêem-seuma ou várias leituras da Escritura Sagrada, intercalando o
respectivo salmo responsorial. Os textosescolhem-se do Lecionário para a “Missa
do mistério da Santa Cruz”.
1019.
Depois, o Bispo profere a homilia, na qual explica as leituras bíblicas e a
virtude da Cruz do Senhor.
1020.
Terminada a homilia, o Bispo tira a mitra e, de pé, diante da Cruz, benze-a,
com o ração: Nós vosbendizemos, Senhor, ou Senhor, Pai santo. No fim coloca incenso
no turíbulo. E enquanto todos cantam aantífona Adoramos, Senhor ou Pelo sinal
da santa Cruz, ou outro canto apropriado em honra da Santa Cruz, o Bispo, de pé
diante da nova Cruz, incensa-a.
1021.
Concluída a incensação, podendo-se realizar comodamente, o Bispo, os ministros
e os fiéis veneram anova Cruz: aproximam-se processionalmente um por um e
fazem-lhe a devida reverência, dobrando o joelhodiante dela, beijando-a ou
prestando-lhe outro sinal de veneração, conforme os costumes locais. Se, devido
à afluência do povo ou por outro motivo razoável, nem todos se puderem
aproximar umpor um para venerar a Cruz, o Bispo, em breves palavras, convida o
povo à veneração da Santa Cruz, veneração esta que se pode efetuar guardando
uns momentos de silêncio ou preferindo uma aclamaçãoadequada.
1022.
Após a veneração da Cruz, reza-se a oração universal, na forma habitual da
celebração da Missa, oucomo vem no Ritual Romano. A oração universal termina
com a oração dominical, cantada ou recitada portodos, e pela oração recitada
pelo Bispo. Depois, o Bispo recebe a mitra e o báculo e abençoa o povo como de
costume. O diácono despede-o, dizendo: Vamos em paz. Todos respondem: Graças a
Deus. E entoa-se, eventualmente, um canto apropriadoà glória da Cruz do Senhor.
CAPÍTULO XVII
BÊNÇÃO DE SINO
INTRODUÇÃO
1023.
Na Igreja latina tem prevalecido o costume, que é bom conservar, de benzer os
sinos antes de secolocarem no campanário. Convém que o rito seja celebrado pelo
Bispo da diocese, pelo pároco, ou peloreitor da igreja. Conforme as
circunstâncias, o sino é abençoado durante a celebração da Palavra de Deus.
1024.
A bênção do sino pode fazer-se em qualquer dia, exceto na Quarta-feira de
Cinzas, na Semana Santa ena Comemoração de todos os fiéis defuntos. Mas o
melhor será em dia em que os fiéis possam acorrer emmaior número, de
preferência domingo.
1025.
Convém suspender ou colocar o sino no local designado de modo que, se for o
caso, se possa andar àvontade em volta dele e tocar. Para o rito preparar-se-á
o seguinte: a) Ritual Romano e Lecionário; b) caldeirinha da água benta com o
aspersório; c) cruz processional e tochas para os ministros; d) turíbulo e
naveta com o incenso. Para a celebração do rito, usam-se paramentos brancos ou
de cor festiva. Preparam-se: − para o Bispo: alva, estola, cruz peitoral,
pluvial, mitra, báculo pastoral; − para os diáconos: alvas, estolas e,
eventualmente, dalmáticas; − para os restantes ministros: alvas ou outras
vestes devidamente aprovadas.
DESCRIÇÃO
DO RITO
1026.
Reunido o povo, o Bispo, de mitra e báculo, dirige-se em procissão para a sede
ou para o local ondeestá colocado o sino a ser abençoado. À frente vai o
cruciferário no meio de dois ministros com tochasacesas; seguem-se os
ministros, os diáconos, os presbíteros e o Bispo. Enquanto isso, executa-se um
canto apropriado.
1027.
Terminado o canto, o Bispo depõe o báculo e a mitra, e saúda o povo, dizendo: A
graça de nosso Senhor. Em seguida, convém dirigir aos fiéis algumas palavras,
para preparar-lhes o espírito para a celebração.
1028.
Feito isto, o Bispo recebe a mitra, senta-se, e faz-se a proclamação da Palavra
de Deus. Lêem-se uma ou várias leituras da Sagrada Escritura das indicadas no
Ritual Romano, intercalando o respectivo salmo responsorial.
1029.
Após a leitura da Palavra de Deus, o Bispo profere a homilia, na qual,
comentando as leituras bíblicas, explica o significado e o uso do sino na
tradição e na vida da Igreja.
1030.
Terminada a homilia, o Bispo depõe o báculo e a mitra, e, de pé diante do sino,
benze-o, com aoração: Nós vos bendizemos, Senhor, Pai santo, ou: Ó Deus, a
vossa voz. Em seguida, asperge o sino comágua benta e incensa-o. Enquanto isso,
pode cantar-se a antífona: Cantai ao Senhor, com o Salmo 149, ououtro canto
apropriado.
1031.
Terminado o canto, diz-se a oração universal, que pode ser na forma habitual da
celebração da Missaou do Ritual Romano. A oração universal termina com a oração
dominical, cantada ou recitada por todos, e aoração dita pelo Bispo. Depois, o
Bispo recebe a mitra e o báculo e abençoa o povo como de costume ou como
indicado no Ritual. O diácono despede o povo, dizendo: Vamos em paz. Todos
respondem: Graças a Deus. Se parecer conveniente, o Bispo e os fiéis, antes de
se retirarem, tocam o sino abençoado, em sinal de alegria.
1032.
Se a bênção do sino se realizar dentro da Missa, procede-se do seguinte modo:
a) celebra-se a Missa do dia; b) as leituras, fora das solenidades, festas e
domingos, podem-se tomar da Missa do dia ou das que vêm no Ritual Romano para a
bênção do sino; c) a bênção do sino faz-se depois da homilia, segundo o rito
acima descrito, no n. 1030; d) o sino só se toca no fim da Missa.
CAPÍTULO XVIII
RITO DE COROAÇÃO DE IMAGEM DA BEM-AVENTURADA
VIRGEM MARIA
INTRODUÇÃO
1033.
A veneração para com as imagens da Bem-aventurada Virgem Maria manifesta-se de
modo peculiar, ornando com a coroa real a cabeça da Virgem santa e, se for o
caso, também a de seu Filho. Com este rito, osfiéis professam que a Santíssima
Virgem, elevada à glória celeste em corpo e alma, é com razão consideradae
invocada como Rainha, sendo como é Mãe e Cooperadora de Cristo, Rei do Universo,
que, com o seuprecioso sangue adquiriu todos os povos em herança.
1034.
Ao Bispo da diocese, juntamente com a comunidade local, compete decidir sobre a
coroação daimagem da Bem-aventurada Virgem Maria. Note-se, porém, que não é
oportuno coroar senão as imagens, às quais os fiéis acorram com tanta confiança
que gozem de certa celebridade, e o lugar onde são veneradas setenha tornado a
sede e como que o centro de genuíno culto litúrgico e de autêntica vida cristã.
É também necessário que os fiéis desejosos de coroação da imagem da
Bem-aventurada Virgem Maria recebam a devida instrução acerca do rito, de modo
a compreendê-lo perfeitamente e a interpretá-lo noseu verdadeiro sentido.
1035.
O diadema ou coroa a depor na imagem deve ser de matéria apta a exprimir a
singular dignidade da Santíssima Virgem. Evitar-se-á, porém, excessiva
magnificência ou suntuosidade que possam destoar dasobriedade do culto cristão
ou causar entre os fiéis certo escândalo, por causa do seu baixo nível de vida.
1036.
É conveniente que o rito seja celebrado pelo Bispo diocesano. Se ele o não
puder, encarregará dessamissão outro Bispo ou presbítero, seu associado ou
auxiliar na cura pastoral dos fiéis, em cuja igreja éhonrada a imagem a ser
coroada. No caso de a imagem ser coroada em nome do Romano Pontífice,
observar-se-á o que vier indicadono Breve Apostólico.
1037.
É conveniente celebrar o rito da coroação nas solenidades e festas da
Bem-aventurada Virgem Mariaou noutros dias festivos. Não se deve, porém,
realizar nas maiores solenidades do Senhor, ou em dias de caráter penitencial.
Conforme os casos, a coroação da imagem da Bem-aventurada Virgem Maria pode
realizar-se dentroda Missa, nas Vésperas da Liturgia das Horas ou numa
celebração apropriada da Palavra de Deus.
1038.
Além do necessário para a celebração da ação litúrgica em que é inserido o
rito, preparar-se-á oseguinte: a) Ritual da coroação; b) Lecionário; c) coroa
ou coroas postas em lugar adequado; d) caldeirinha da água benta com o
aspersório; e) turíbulo com a naveta do incenso e colher. Usam-se paramentos
brancos ou de cor festiva, salvo se for celebrada Missa que exija outra cor. Se
for celebrada Missa, preparam-se: − para o Bispo: alva, cruz peitoral, estola,
casula, mitra, báculo pastoral; − para os diáconos: alvas, estola e,
eventualmente, dalmáticas; − para os restantes ministros: alvas ou outras
vestes devidamente aprovadas.
I.
COROAÇÃO
DENTRO DA CELEBRAÇÃO DA EUCARISTIA
1039.
Se for permitida pelas rubricas, convém celebrar a Missa da Bem-aventurada
Virgem Maria Rainha(dia 22 de agosto), ou a Missa correspondente ao título
representado na imagem a coroar.
1040.
Na Missa, tudo se realiza como de costume até ao Evangelho inclusive. Terminado
o Evangelho, o Bispo profere a homilia, na qual explicará as leituras bíblicas
e a maternidade e a realeza da Bem-aventuradaVirgem Maria no mistério da
Igreja. Ação de graças e invocação.
1041.
Após a homilia, os ministros apresentam as coroas (a coroa) com que as imagens
de Cristo e sua Mãevão ser coroadas. O Bispo depõe a mitra e levanta-se; e, de
pé, junto da sede, diz a oração: Vós sois bendito, Senhor, na qual, sendo
coroado somente a imagem da Bem-aventurada Virgem Maria, as palavras a imagemde
Cristo e de sua Mãe são substituídas por imagem da mão do vosso Filho como vem
indicado no lugarpróprio.Imposição da coroa.
1042.
Terminada a oração, o Bispo asperge as coroas (a coroa) com água benta e, sem
dizer nada, adornacom a coroa a imagem da Bem-aventurada Virgem Maria. Se a
imagem da Santíssima Virgem forrepresentada com o Menino Jesus, primeiro é
coroada a imagem do Filho depois da Mãe. Imposta a coroa, canta-se a antífona:
Excelsa Rainha do mundo, ou outro canto apropriado. Enquanto isso, o Bispo
incensa a imagem da Bem-aventurada Virgem Maria. Terminado o canto, diz-se a oração
universal segundo o Ritual ou de outra forma conveniente. Se parecer oportuno,
o Bispo, após a incensação das oferendas, do altar e da cruz, incensa também
aimagem da Bem-aventurada Virgem Maria.
1043.
Depois, a Missa prossegue como de costume. No fim da Missa, canta-se a
antífona: Salve Rainha, ou Ave, Rainha do céu, ou, no tempo pascal, rainha do
céu ou outro canto apropriado em louvor da Bem-aventurada Virgem Maria.
II. COROAÇÃO COM A CELEBRAÇÃO DE
VÉSPERAS
1044.
Se as rubricas o permitirem, convém celebrar as Vésperas da Bem-aventurada
Virgem Maria Rainha ou as Vésperas correspondente ao título representado na
imagem a coroar.
1045.
As Vésperas iniciam-se como de costume. Antes do hino, o Bispo, se for
conveniente, dirige aos fiéisuma exortação, preparando-lhe o espírito para a
celebração. Segue-se o canto dos salmos com suas antífonas. Terminada a
salmodia, é conveniente uma leitura mais longa, escolhida do Lecionário para
ascelebrações da bem-aventurada Virgem Maria. A seguir, o Bispo profere a homilia.
1046.
Após a homilia, é conveniente que todos meditem em silêncio, por uns momentos,
a Palavra de Deus. Segue-se o responsório breve Santa Maria, ou outro canto do
gênero.
1047.
Terminado o canto, o Bispo depõe a mitra e levanta-se. Todos se levantam. De
pé, na cátedra, o Bispobenze a coroa ou coroas com a oração Vós sois bendito,
Senhor, e asperge-as com água benta. Em seguida, aproxima-se da imagem e a
adorna com a coroa sem dizer nada.
1048.
Imposta a coroa, entoa-se o cântico Magnificat com uma das antífonas que vêm no
Ritual. Enquantose executa o cântico evangélico, o Bispo, depois de incensado o
altar e a cruz, incensa também a imagem da Bem-aventurada Virgem Maria.
1049.
Terminado o canto faz-se a oração universal segundo um dos formulários do
Ritual. Depois da oraçãodominical, a não ser que se tenha de dizer a oração do
Ofício do dia, o Bispo diz a oração Ó Deus, quefizestes, como vem no Ritual.
Depois, o Bispo abençoa o povo como de costume. O diácono despede o povo, dizendo:
Vamos em paz. Todos respondem: Graças a Deus. Por fim, é bom cantar uma
antífona da bem-aventurada Virgem Maria.
III. COROAÇÃO COM A CELEBRAÇÃO DA
PALAVRA DE DEUS
1050.
Na sacristia ou noutro lugar conveniente, o bispo põe sobre a alva: a cruz
peitoral, a estola e o pluvialde cor branca ou festiva, e recebe a mitra e o
báculo. Faz depois a entrada na igreja como de costume. Enquanto isso canta-se
a antífona Majestosa a princesa real, com o Salmo 44, ou outro
apropriado.Chegando diante do altar, depõe o báculo e a mitra, beija o altar e
dirige-se para a cátedra. Terminado ocanto, saúda o povo, dizendo: A graça de
nosso Senhor Jesus Cristo, ou outra saudação semelhante.
1051.
A seguir, dirige aos fiéis uma breve monição, preparando-lhes o espírito para a
celebração e explicando-lhes o significado do rito. Terminada a monição,
convida-os a orar; e após uma breve oração emsilêncio, diz a oração: Ó Deus que
fizestes.
1052.
Terminada a oração, todos se sentam. O Bispo recebe a mitra. Começa então a
celebração da Palavrade Deus, como de costume. As leituras escolhem-se do
Lecionário, para as celebrações da Bem-aventuraVirgem Maria, mormente da
Bem-aventurada Virgem Maria Rainha, intercalando um salmo responsorial
oumomentos de silêncio sagrado. A leitura do Evangelho ocupará sempre lugar
privilegiado.
1053.
Terminadas as leituras, o Bispo faz a homilia; e tudo o mais como ficou
descrito acima, nos nn. 1041-1042. Seguem-se as preces litânicas na forma
indicada no Ritual ou de outra forma adequada. Terminada a ladainha, o Bispo
abençoa o povo, e o diácono faz a despedida. Por fim, canta-se uma antífona,
conforme, o tempo litúrgico ou outro canto apropriado.
CAPÍTULO XIX
BÊNÇÃO DE UM CEMITÉRIO
INTRODUÇÃO
1054.
Considerando o cemitério como lugar sagrado, a igreja procura e aconselha que
os novos cemitérios, construídos pela comunidade católica ou pela autoridade
civil em países católicos, sejam abençoados e nelesse erga a Cruz do Senhor,
sinal de esperança e de ressurreição para todos os homens. Os discípulos de
Cristo “nem pelo país, nem pela língua, nem pelo seu comportamento cívico
sediferenciam do resto dos homens” com os quais desejam conviver amigavelmente.
Eis porque oram por todosao Pai celeste e erguem preces pelos “que morreram na
paz de Cristo e por aqueles cuja fé só Deusconheceu”. E assim, os cristãos
sepultam nos cemitérios e veneram os corpos, não só daqueles que a fé
tornouseus irmãos, mas também daqueles que a natureza humana fez seus
semelhantes: a todos Cristo remiu naCruz, por todos derramou o seu sangue.
1055.
A bênção do cemitério pode-se efetuar em qualquer dia, exceto na Quarta-feira
de Cinzas e na Semanam Santa. Contudo, escolher-se-á de preferência um dia em
que os fiéis possam acorrer em maior número,mormente o domingo, pois a
comemoração semanal da Páscoa do Senhor exprime melhor o sentido pascal damorte
cristã.
1056.
Convém que o rito seja celebrado pelo Bispo da diocese. Se este não puder
fazer, confie essa missão aoutro Bispo ou a um presbítero, especialmente àquele
que tem como associado e colaborador na cura pastoralda diocese ou dos fiéis
que construíram o cemitério (por ex., o reitor ou o pároco do cemitério). Da
bênçãoefetuada, feitas as necessárias adaptações ao que ficou dito acima, no n.
877, lavrar-se-á auto em duplicata,do qual se guardará um exemplar na cúria
diocesana e o outro no arquivo do cemitério.
1057.
Para a celebração do rito da bênção do cemitério, preparar-se-á: a) Ritual
Romano, Lecionário; b) cruz processional e tochas para os ministros levarem na
procissão da igreja para o cemitério; c) caldeirinha de água benta com
aspersório, turíbulo e naveta com incenso; d) se o altar da capela do cemitério
houver de ser dedicado ou abençoado, o que se requer para a sua ornamentação, e
todo o necessário para a dedicação ou bênção do mesmo; e) se, depois da bênção,
se celebrar no cemitério o Sacrifício eucarístico, todo o necessário para a
celebração da Missa. Para a celebração do rito, usam-se as veste sagradas da
cor adequada. Assim, preparar-se-á: − para o Bispo: alva, estola, cruz
peitoral, eventualmente o pluvial, casula, mitra, báculo pastoral; − para os
presbíteros concelebrantes: paramentos para a concelebração da Missa; − para os
diáconos: alvas, estolas, eventualmente dalmáticas; − para os restantes
ministros: alvas ou outras vestes devidamente aprovadas.
IDA PARA O CEMITÉRIO
1058.
Onde for possível, convém que a comunidade dos fiéis se dirija, na devida
ordem, da igreja ou dooutro lugar conveniente para o cemitério que vai ser
abençoado. Não se podendo ou não se julgando oportunofazer a procissão, os
fiéis concentram-se à entrada do cemitério. O Bispo, revestido de alva, estola
e pluvial (ou, se houver Missa no cemitério e as circunstâncias o aconselharem,
de casula), com mitra e báculo,aproxima-se, com os ministros, do povo reunido.
Depõe o báculo e a mitra e saúda os fiéis, dizendo: A graça de nosso Senhor
Jesus Cristo, que é oautor da vida, ou outra saudação semelhante. O povo
responde: Bendito seja Deus, ou de outra formaadequada.
1059.
Depois, o Bispo, se for oportuno, prepara o espírito dos fiéis para a
celebração proferindo a monição: Caríssimos irmãos, motivados pela piedade
cristã, ou outra fórmula equivalente. Após a monição, convida aorar: e, depois
duma breve oração em silêncio, recita a coleta: Ó Deus, com os vossos fiéis.
1060.
Terminada a oração, o diácono, se for o caso, diz: Prossigamos em paz. E
organiza-se a procissão parao cemitério. À frente, o cruciferário entre dois
ministros com tochas acesas; seguem-se os ministros e o Bispo, de mitra e
báculo, e atrás dele os fiéis. Enquanto isso pode-se cantar o Salmo 117 com a
antífona: Soisvós meu abrigo, ou outra das indicadas no Ritual, ou outros
cantos apropriados. Não havendo procissão, logoapós a coleta o Bispo, depois de
receber a mitra e o báculo, no cemitério, entra acompanhado dos ministros
efiéis. Enquanto isso, canta-se a antífona: Ouvi do céu uma voz, com o Salmo
133, ou outro canto apropriado.
LEITURA DA PALAVRA DE DEUS
1061.
A procissão dirige-se para o local onde está levantada a Cruz, e ali se faz a
leitura da Palavra de Deus. Se aí não se puder fazê-lo comodamente, vai-se para
a capela ou para outro lugar mais adequado.
1062.
Depois, lêem-se um ou mais textos da Sagrada Escritura. Celebrando-se a seguir
a Liturgia Eucarística, proclamam-se, intercalando o respectivo salmo
responsorial, pelo menos duas leituras tiradas do Lecionário dos defuntos,
devendo a segunda ser a do Evangelho.
1063.
Terminadas as leituras, o Bispo faz a homilia, comentando as leituras bíblicas
e explicando o sentidopascal da morte cristã.
BÊNÇÃO DA CRUZ E DO CEMITÉRIO
1064.
Terminada a homilia, o Bispo de pé, sem mitra, diante da Cruz levantada no meio
do cemitério, benzea mesma e o próprio cemitério, dizendo oração: Ó Deus de toda
consolação. Depois, coloca incenso noturíbulo e incensa a Cruz. Em seguida,
asperge com água benta o cemitério e os presentes. A aspersão docemitério, pode
fazê-la ou de pé no centro do mesmo ou circundando os muros. Neste caso, convém
se cantea antífona: Os ossos humilhados, com o Salmo 50.
LITURGIA EUCARÍSTICA OU PRECES
1065.
Após isto, no caso de se celebrar o Sacrifício do Senhor pelos defuntos, o
Bispo reveste, eventualmente a casula e dirige-se para o altar preparado para a
circunstância. Feita juntamente com osministros a devida reverência, venera o
altar beijando-o. O diácono ou os ministros colocam no altar o corporal, o
sanguinho, o cálice e o Missal; depois, apresentam o pão, o vinho e a água; e a
Missa prossegue como de costume.
1066.
Havendo de se dedicar ou benzer o altar da capela do cemitério, observar-se-á
quanto acima ficou ditoacerca da dedicação (nn. 943ss.) ou da bênção (nn.
979ss.) do altar.
1067.
No caso de não haver celebração da Eucaristia, terminada a aspersão do
cemitério, reza-se a oraçãodos fiéis, na forma usual da Missa ou segundo o
Ritual Romano. A oração universal termina com a oraçãodominical, cantada ou
recitada por todos, e a oração recitada pelo Bispo. A seguir, o Bispo recebe a
mitra e obáculo e abençoa o povo como de costume. O diácono despede o povo
dizendo: Vamos em paz. Todosrespondem: Graças a Deus. E retiram-se. Rito da
dedicação do cemitério, comum a várias confissões cristãs.
1068.
Dando-se o caso de o cemitério ser construído pela autoridade pública ou por
uma comunidade cristã, ou seja, por irmãos separados e por católicos, e
destinado à sepultura de defuntos pertencentes principalmenteàs comunidades
cristãs, esse cemitério convém seja dedicado com uma celebração ecumênica, numa
forma acombinar por todos os participantes nela interessados. Essa celebração,
na parte que toca aos católicos, serádeterminada pelo Ordinário do lugar. Presença
de católicos num rito de dedicação de cemitériode religião não cristã ou que
tenha caráter puramente laico1069. Se uma comunidade católica for convidada a
tomar parte na dedicação de cemitério que revista umcaráter próprio de religião
não cristã ou puramente laico, a Igreja, não se recusa a estar presente nem a
fazerpreces por todos os defuntos. Compete, porém, ao Ordinário do lugar
determinar o modo de presença doscatólicos. Entretanto, o sacerdote católico e
os fiéis, se tal lhes for facultado, deverão escolher as leituras da Sagrada
Escritura, os salmos e orações que traduzam claramente a doutrina da Igreja
sobre a morte e o fim dohomem, que, por sua própria natureza, tende para o Deus
vivo e verdadeiro.
CAPÍTULO XX
PRECES PÚBLICAS A FAZER QUANDO UMA
IGREJA TIVER SIDO VIOLADA
INTRODUÇÃO
1070.
Os delitos cometidos numa igreja atingem e prejudicam em certa medida toda a
comunidade dosirmãos que crêem em Cristo, dos quais o edifício sagrado é sinal
e imagem. Devem considerar-se tais, não só os crimes e delitos que constituem
ofensa grave aos sagradosmistérios, mormente às espécies eucarísticas, e se
cometem em desprezo da Igreja, mas também os queofendem gravemente a dignidade
do homem e da sociedade humana. A Igreja é violada com ações gravemente
injuriosas, nela praticadas com escândalo dos fiéis, e, de talmodo graves e
contrárias à santidade do lugar, que, a juízo do Ordinário do lugar, não é
lícito exercer nela oculto, enquanto a injúria não for reparada por meio de
rito penitencial.
1071.
A injúria feita à igreja deve ser reparada quanto antes mediante rito
penitencial. Enquanto não seefetuar este rito, não se pode celebrar nela a
Eucaristia nem quaisquer outros sacramentos ou ritos litúrgicos. Entretanto,
através da pregação da Palavra de Deus e exercícios de piedade, convém preparar
os fiéis para orito penitencial, e, mais do que isso, renová-los interiormente
por meio da celebração do sacramento da Penitência. Em sinal de penitência, o
altar deve estar despido, removendo dele todos os sinais que
habitualmenteexprimem júbilo e alegria: luzes acesas, flores e outras coisas do
gênero.
1072.
Convém que o rito penitencial seja presidido pelo Bispo da diocese, para
mostrar que não é só acomunidade local, mas toda a Igreja da diocese, que se
associa ao rito e está disposta à conversão e ápenitência. Conforme os casos, o
Bispo, juntamente com o reitor da igreja da comunidade local, determinará
sedeve haver celebração do Sacrifício eucarístico ou celebração da Palavra de
Deus.
1073.
O rito penitencial pode celebrar-se num dia qualquer, exceto no Tríduo pascal e
nos domingos esolenidades. Nada obsta, porém, e até pode convir, para não prejudicar
espiritualmente os fiéis, que o ritopenitencial seja celebrado na véspera de
domingo ou solenidades.
1074.
Para a celebração do rito penitencial, preparar-se-á: a) Ritual Romano,
Lecionário; b) caldeirinha da água benta com o aspersório; c) turíbulo com a
naveta do incenso e colher; d) cruz processional e tochas para os ministros; e)
toalhas, velas e as demais coisas necessárias para ornamentação do altar; f)
tudo o que se requer para a celebração da Missa, no caso de se celebrar. No
rito penitencial, usam-se paramentos roxos ou de cor penitencial, segundo os
costumes locais,salvo se for celebrada Missa que exija paramentos doutra cor.
Preparar-se-á: − para o Bispo: alva, cruz peitoral, estola, pluvial ou casula,
mitra, báculo pastoral; − para os concelebrantes: paramentos para a Missa; −
para os diáconos: alvas, estolas e, eventualmente, dalmáticas; − para os
restantes ministros: alvas ou outras vestes devidamente aprovadas.
I.RITO PENITENCIAL COM CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA
1075.
O rito mais apropriado para reparar a violação feita à igreja é aquele em que a
ação penitencial secombina adequadamente com a celebração da Eucaristia. Assim
como a nova igreja é dedicada sobretudodesta maneira, é bom que a igreja
violada seja igualmente reintegrada da mesma forma.
1076.
Em razão da comunhão que une os sacerdotes ao Bispo na celebração do rito
penitencial, convém que o Bispo concelebre a Missa com os presbíteros
presentes, sobretudo com aqueles que exercem o múnuspastoral na igreja que foi
profanada.
1077.
Os textos próprios requeridos para a celebração da Missa vêm indicados no lugar
respectivo do Ritual. Contudo, pode-se celebrar a Missa que se considere mais
adequada para reparar a violação feita, por ex.: Missa da Santíssima
Eucaristia, quando tiver sido gravemente profanado o Santíssimo Sacramento, ou
entãoa Missa para fomentar a concórdia, caso, no próprio edifício da igreja,
tiver acontecido grave rixa entre osirmãos da comunidade.
ENTRADA NA IGREJA
1078.
Conforme as circunstâncias o aconselhem, a concentração do povo e a entrada na
igreja podem-serealizar de uma das duas formas a seguir descritas. Primeira
forma: Procissão.
1079.
À hora marcada, o povo concentra-se numa igreja vizinha ou noutro local
adequado, donde se possaconvenientemente organizar a procissão, precedida do
cruciferário, em direção à igreja cuja violação vai serreparada. O Bispo, de
mitra e báculo, os presbíteros concelebrantes, diáconos e ministros, revestidos
cadaqual com as suas vestes, dirigem-se para o local onde está reunido o povo.
O Bispo depõe o báculo e a mitra, e saúda o povo.
1080.
Depois, o Bispo com monição apropriada, prepara o espírito dos fiéis para a
celebração. Em seguida, convida-os a orar; e, após breve oração em silêncio,
recita a coleta.
1081.
Nesta altura, se for oportuno, o diácono diz: Prossigamos em paz, e a procissão
dirige-seordenadamente para a igreja a ser reparada. À frente, o cruciferário
entre dois acólitos com castiçais de velas acesas; seguem-se os ministros,
ospresbíteros concelebrantes, o Bispo, de mitra e báculo, acompanhado dos
diáconos, e por fim os fiéis. No decurso da procissão, canta-se, como de
costume, a ladainha dos Santos, na qual se inserem, nolugar próprio, as
invocações do Padroeiro do lugar e do Titular da igreja que vai ser reparada. Antes
dainvocação: Jesus, Filho do Deus vivo, inserem-se uma invocação relacionada
com o rito a celebrar; e podem-se acrescentar outras correspondentes às
necessidades da comunidade.
1082.
Depois de entrar na igreja, o Bispo, omitida a inclinação ao altar, dirige-se
para a sede; osconcelebrantes, diáconos e ministros vão para os lugares que
lhes estão destinados no presbitério. Depois, o Bispo depõe o báculo e a mitra,
benze a água e faz a aspersão, como adiante se descreve nos nn. 1085-1086.
Segunda forma:
Entrada
1083.
Se não puder haver ou não for oportuno a procissão, os fiéis reúnem-se na
igreja. O Bispo, de mitra ebáculo, os presbíteros concelebrantes, os diáconos e
os ministros, revestidos com suas vestes próprias, precedidos do cruciferário
entre dois ministros com tochas, dirigem-se da sacristia para o
presbitério,atravessando a nave da igreja. Enquanto isso, canta-se uma antífona
com o Salmo 129, ou outro canto apropriado.
1084.
Chegada a procissão ao presbitério, os ministros, diáconos e presbíteros concelebrantes
dirigem-separa os lugares a eles destinados. O Bispo, omitida a reverência ao
altar, dirige-se para a sede. Depõe obáculo e a mitra e saúda o povo.
BÊNÇÃO E ASPERSÃO DA ÁGUA
1085.
Terminado o rito da entrada, o Bispo benze a água para aspergir o povo em
memória do batismo, emsinal de penitência, e para a aspersão do altar e das
paredes da igreja violada. Os ministros apresentam ao Bispo, que está de pé
junto da sede um recipiente com água. O Bispo convida todos a orar, e, após
breveprece em silêncio, recita a oração da bênção.
1086.
Recitada a invocação sobre a água, o Bispo, acompanhado dos diáconos, asperge o
altar com a águabenta e, se quiser, vai pela nave da igreja, aspergindo o povo
e as paredes. Enquanto isso, canta-se uma antífona.
1087.
Terminada a aspersão, o Bispo volta para a sede. Em seguida, de mãos juntas,
convida a orar; e apósbreve oração em silêncio, de mãos estendidas, recita a
coleta.
LITURGIA DA PALAVRA
1088.
Na liturgia da Palavra, as leituras, salmo responsorial e versículo antes do
Evangelho tomam-se do Lecionário da “Missa pela remissão dos pecados”, a não
ser que, atentas as circunstâncias, outras leituraspareçam mais indicadas. Lido
o Evangelho, o Bispo, como de costume, senta-se na sede, de báculo e mitra, salvo
se não lhe parecer melhor doutro modo, e profere a homilia. Comentando as
leituras bíblicas, fala dadignidade restituída ao templo e bem assim da
santidade da Igreja local, que sempre deve crescer.
1089.
Se no início da celebração se tiver cantado a ladainha dos Santos, omite-se a
oração universal. Docontrário, convém rezar uma oração universal na qual às
súplicas habituais se junte uma prece insistentepedindo a conversão e o perdão,
segundo os esquemas propostos pelo Ritual Romano.
LITURGIA EUCARÍSTICA
1090.
Terminada a oração dos fiéis, o Bispo recebe a mitra e senta-se. O diácono e os
ministros cobrem oaltar com a toalha e, eventualmente, enfeitam-no com flores;
dispõem convenientemente os castiçais com asvelas requeridas para a celebração
da Missa, e se for o caso, a cruz. Preparado o altar, alguns fiéis apresentam o
pão, o vinho e a água para a celebração da Eucaristia. O Bispo recebe as
oferendas na sede. Durante a apresentação das oferendas, pode-se cantar uma
antífona ououtro canto apropriado. Quando tudo estiver preparado, o Bispo depõe
a mitra, dirige-se para o altar e beija-o. A Missaprossegue como de costume.
Dita a oração de coração contrito e humilde, incensam-se as oferendas e o
altar. Segue-se a oração sobre as oferendas.
1091.
Onde tiver acontecido grave ofensa das espécies eucarísticas, omitidos os ritos
de conclusão, segue-se,conforme as conveniências, a exposição e bênção do
Santíssimo, como vem indicado adiante, no n. 1105. Para a bênção final, que se
dá como de costume, o Bispo pode utilizar uma das fórmulas da bênçãosolene. O
diácono despede o povo como de costume.
II. RITO PENITENCIAL COM CELEBRAÇÃO
DA PALAVRA DE DEUS
1092.
No caso de haver somente uma celebração da Palavra de Deus, faz-se tudo como
ficou indicadoacima, nos nn. 1079-1089. A seguir implora-se a misericórdia de
Deus com a súplica proposta pelo Ritual ou com outra súplicaadequada de sentido
penitencial. Depois, os ministros ou os fiéis estendem a toalha sobre o altar e
enfeitam-no eventualmente com flores, enquanto se ilumina festivamente a
igreja. O Bispo aproxima-se do altar, beija-o e incensa-o. Terminada a
incensação, de pé, junto ao altar, dirige uma monição adequada, de introdução
àoração dominical, e todos a cantam ao mesmo tempo. Em seguida, o Bispo diz uma
oração apropriada, indicadas no Ritual. O povo é abençoado e despedido como de
costume.
CAPÍTULO XXI
PROCISSÕES
1093.
As procissões públicas e sagradas, isto é, as súplicas solenes do povo fiel sob
a direção do clero, caminhando ordenadamente sobretudo de um lugar sagrado para
outro, com preces e cantos são um costumemuito antigo que a Igreja católica
herdou dos santos Padres. Tendo por finalidade fomentar a piedade dosfiéis,
comemorar os benefícios de Deus, render-lhe graças, implorar o auxílio divino,
devem celebrar-se comos sentimentos de religião que lhes são devidos.
Encerrando em si mesma grandes e divinos mistérios, eobtendo de Deus aqueles
que as realizam piedosamente, frutos salutares de piedade cristã, aos pastores
dealmas compete advertir sobre elas e instruir os fiéis.
1094.
As procissões podem ser ordinárias, isto é, que se realizam durante o ano em
dias fixos, segundo asnormas dos livros litúrgicos ou dos costumes das Igrejas,
ou extraordinárias, quer dizer, ordenadas por umacausa pública e realizadas em
dias especiais.
1095.
Entre as procissões ordinárias, têm a primazia as procissões da festa da
Apresentação do Senhor, do Domingo de Ramos na Paixão do Senhor, da Vigília
pascal, nas quais se comemoram os mistérios do Senhor; e ainda a procissão do
Santíssimo Sacramento, depois da Missa, na solenidade do Corpo e Sangue de
Cristo.
1096.
As procissões extraordinárias são marcadas pela Conferência Episcopal, como no
caso das Rogações, ou pelo Ordinário do lugar, tais como as procissões por
alguma necessidade pública, procissões com relíquiassagradas ou imagens, e
outras do gênero.
1097.
Excetuando-se as procissões com o Santíssimo Sacramento, que se organizam a
seguir à Missa, dadoque é obrigatório consagrar na mesma Missa a hóstia que se
há de levar na procissão, todas as outrasprocissões devem em regra preceder da
Missa a ser celebradas salvo se, havendo causa grave, o Ordinário dolugar
julgue doutro modo.
1098.
As procissões, mormente as que se efetuam através da via pública, devem ser
preparadas e ordenadasde tal modo que constituam motivo de edificação para todo
o povo. Devem, além disso, adaptar-se àmentalidade dos povos, bem como à índole
da cidade ou do lugar.
1099.
Na organização das procissões, observe-se o ritual para as mesmas descrito
neste Cerimonial e nos outros livros litúrgicos respectivos. À frente da
procissão, vai sempre a cruz ladeada por dois castiçais develas. Precede-a,
menos nas procissões do Santíssimo Sacramento, o turiferário com o turíbulo
aceso, no casode usar o incenso.
1100.
Nas procissões do Santíssimo Sacramento, do santo lenho da Cruz, das relíquias,
imagens e outrasdeste gênero, quando o Bispo participar da procissão, convém
que ele próprio, revestido do pluvial, presida àprocissão, levando ele mesmo o
Santíssimo Sacramento ou o objeto sagrado. No caso de o Bispo, revestido do
pluvial, não levar o Santíssimo Sacramento ou o objeto sagrado, irásempre à
frente daquele que os leva. Se assistir à procissão em vestes corais, irá atrás
do Santíssimo ou doobjeto sagrado. Os outros Bispos que porventura participem
da procissão em vestes corais, vão atrás do Santíssimo Sacramento ou do objeto
sagrado, indo mais próximos do Santíssimo os de maior dignidade. Se
foremrevestidos de pluvial, irão à frente do Bispo, de modo que os de maior
dignidade fiquem sempre maispróximos do Santíssimo Sacramento ou do objeto
sagrado.
1101.
Exceto nas procissões do Santíssimo Sacramento e com relíquias da Santa Crua, o
Bispo, se forrevestido de vestes sagradas, leva mitra, e, quando não tenha de
levar nada na mão, por ex. uma vela, umapalma, leva também o báculo. Quando o
Bispo não levar o báculo, leva-o um ministro à frente dele.
CAPÍTULO XXII
EXPOSIÇÃO E BÊNÇÃO DA EUCARISTIA
INTRODUÇÃO
1102.
A exposição da Santíssima Eucaristia leva a reconhecer nela a admirável
presença de Cristo e convidaà intima união com ele, união esta que atinge o seu
auge na comunhão sacramental. Por isso, deve atender-sea que transpareça nestas
exposições o culto do Santíssimo Sacramento na sua relação com a Missa.
1103.
Diante do Santíssimo exposto à adoração pública, genuflete-se só com um joelho.
1104.
Para a exposição do Santíssimo Sacramento no ostensório, preparar-se-á: a) Em
cima ou ao lado do altar, conforme os casos: − ostensório e, eventualmente, o
corporal; − quatro ou seis velas; − sendo oportuno, flores; − Ritual Romano; −
véu de ombros; − cadeiras e genuflexórios, se forem precisos e em lugar
adequado, para o Bispo e os ministros. b) Na sacristia: − turíbulo com a naveta
do incenso e colher; − paramentos de cor branca ou festiva; − para o Bispo:
alva, cruz peitoral, estola, pluvial, mitra, báculo pastoral; − para os
presbíteros: alvas, estolas, pluviais; − para os diáconos: alvas, estolas e,
eventualmente, dalmáticas; − para os restantes ministros: alvas ou outras vestes
devidamente aprovadas.
EXPOSIÇÃO PROLONGADA
Exposição
1105.
Se a exposição for mais solene e prolongada, a hóstia destinada à adoração deve
ser consagrada na Missa que imediatamente a precede, e coloca-se no ostensório,
sobre o altar, após a comunhão. A Missatermina com a oração depois da comunhão
omitindo-se os ritos de conclusão. Antes de se retirar, o Bispoincensa o
Santíssimo, com o rito adiante descrito, no n. 1109.
1106.
Se a exposição se efetuar fora da Missa e o Bispo a ele presidir, este será recebido
como acima ficoudescrito, no n. 79. Na sacristia ou noutro lugar adequado, põe
a cruz peitoral, a estola e o pluvial da corconveniente, e, normalmente, recebe
a mitra e o báculo. Assistem-no dois diáconos, ou pelo menos um, revestido das
veste sagradas correspondentes à sua ordem. Na falta de diáconos, o Bispo é
assistido porpresbíteros revestidos de pluvial.
1107.
Chegando ao altar, o Bispo entrega o báculo pastoral ao ministro, depõe a mitra
e juntamente com osdiáconos assistentes, faz ao altar profunda reverência, ou
genuflexão, se o Santíssimo Sacramento seconservar no presbitério. E fica de
joelhos diante do altar.
1108.
O diácono põe o véu de ombros, vai buscar o Santíssimo no lugar da reserva e,
acompanhado pelosacólitos com velas acesas, coloca-o no ostensório sobre a mesa
do altar, coberta com uma toalha e, se foroportuna, também com o corporal.
Depois, genuflete e volta para o lado do Bispo. Se o Santíssimo estiver no
altar da exposição, o diácono sobe ao altar, abre o sacrário, genuflete e põeo
Santíssimo no ostensório sobre a mesa do altar.
1109.
O Bispo levanta-se; o turiferário aproxima-se dele, e o Bispo coloca incenso no
turíbulo e benze-o,enquanto o diácono lhe apresenta a naveta. Depois o Bispo
ajoelha-se, recebe o turíbulo do diácono, faz inclinação juntamente com os
seusdiáconos assistentes, e incensa o Santíssimo Sacramento. Faz nova
inclinação ao Santíssimo, e devolve oturíbulo ao diácono.
1110.
Depois, se a adoração se prolongar-se por muito tempo, o Bispo pode retirar-se.
Querendo ficar, podeir para a cátedra ou para outro lugar adequado no
presbitério.
Adoração
1111.
Durante a exposição, as orações, canto e leituras devem-se escolher de modo que
os fiéis, entregues àoração, concentrem o seu espírito no Cristo Senhor. A fim
de alimentar uma oração mais íntima, escolham-se leituras da Sagrada Escritura
com homiliaou exortações breves, que levem a uma melhor estima pelo mistério
eucarístico. Convém igualmente que osfiéis respondam à Palavra de Deus com
cantos. É conveniente que, em certos momentos, se guarde o silênciosagrado.
Diante do Santíssimo Sacramento exposto por um tempo mais prolongado, pode
também celebrar-sealguma parte da Liturgia das Horas, sobretudo as Horas
principais; pois, por meio dela, prolongam-se pelasvárias horas do dia os
louvores e ações de graças que a Deus são tributadas na celebração da
Eucaristia; e sãodirigidas a Cristo e, por Ele, ao Pai, as súplicas da Igreja
em nome de todo o mundo.
Bênção
1112.
Perto do final da adoração, o Bispo dirige-se para o altar. Se for esta a
primeira vez que dele seaproxima, observa-se o que acima ficou descrito, no n.
1107. Ao chegar ao altar, entrega o báculo pastoral aoministro e depõe a mitra.
1113.
O Bispo genuflete ao mesmo tempo que os diáconos e fica de joelhos diante do altar.
Enquanto isso, entoa-se a estrofe: Tão sublime sacramento, ou outro canto
eucarístico. Depois deimpor e benzer o incenso, o Bispo, de joelhos, incensa o
Santíssimo, como acima se disse. Depois levanta-se e diz: Oremos. E todos oram
uns momentos em silêncio. A seguir, o Bispo, de mãosestendidas, diz: Senhor
Jesus Cristo, neste admirável sacramento, ou outra das orações indicadas no
Ritual Romano.
1114.
Terminada a oração, o Bispo recebe o véu de ombros, sobe ao altar, genuflete e,
ajudado pelo diácono,pega o ostensório e, levantando-o com ambas as mãos
envoltas no véu, volta-se para o povo e traça sobre ele,o sinal da cruz, sem
dizer nada. Dada a bênção, o diácono recebe das mãos do Bispo o ostensório, e
depõe-no sobre o altar. Bispo ediácono genufletem. O Bispo tira o véu de ombros
e continua de joelhos diante do altar. Enquanto isso, odiácono leva o
Santíssimo com reverência para a respectiva capela, onde o repõe no sacrário;
genuflete efecha o sacrário. Enquanto isso, o povo, se for oportuno, profere
uma aclamação adequada. O regresso à sacristia faz-se, como de costume.
II. EXPOSIÇÃO BREVE
1115.
No caso de exposição breve, com a âmbula, e o Bispo a ela presidir,
preparar-se-á: − duas velas pelo menos; − se for oportuno, o turíbulo com a
naveta do incenso; − para o Bispo: alva, cruz peitoral, estola e pluvial; −
para o diácono ou o presbítero: alva e estola; − para os restantes ministros:
alvas ou outras vestes devidamente aprovadas. Ao chegar ao altar, o Bispo
faz-lhe a devida reverência e ajoelha-se diante do altar. O diácono ou
opresbítero, expõe o Santíssimo Sacramento. No caso de usar incenso, observe-se
o que ficou dito acima, nos nn. 1109 e 1113. Perto do fim da adoração, entoa-se
a estrofe: Tão sublime Sacramento ou outro canto eucarístico. Depois, o Bispo
levanta-se e diz: Oremos. Todos oram uns momentos em silêncio. Em seguida, o
Bispo, demãos estendidas, recita uma das orações do Ritual Romano. Em seguida,
recebe o véu de ombros, sobe ao altar, genuflete, toma a âmbula com ambas as
mãosenvoltas no véu e, voltado para o povo, traça sobre ele, o sinal da cruz,
sem dizer nada. Coloca a âmbulasobre o altar, genuflete, tira o véu de ombros e
fica de joelhos diante do altar até o diácono ou o presbíterorepor o Santíssimo
Sacramento no sacrário. Feita, depois, a devida reverência, todos se retiram
para a sacristia.
CAPÍTULO XXIII
BÊNÇÃOS DADAS PELO BISPO
INTRODUÇÃO
1116.
O mistério da bênção está ligado a uma forma peculiar do sacerdócio de Cristo,
exercido segundo olugar e o ofício que compete a cada um dentro do povo de
Deus. Neste sentido, cabe ao Bispo presidirsobretudo àquelas celebrações que
dizem respeito a toda a comunidade diocesana e que, por isso mesmo, elepode
reservar para si, podendo, no entanto e de forma geral, delegar também um presbítero,
que presidirá emseu nome. Ao Bispo compete igualmente o encargo de instruir o
povo de Deus acerca do sentido exato dos ritose preces usados pela Igreja para
dar a bênção, de forma que, nas celebrações sagradas, nada se introduza que,por
superstição ou por uma mistura de vã crendice, possa de algum modo prejudicar a
pureza da fé.
1117.
A celebração típica da bênção nos livros litúrgicos é constituída de duas
partes principais: primeira, leitura da Palavra de Deus; segunda, louvor da
bondade divina e impetração do auxílio celeste. Contudo, salvaguardadas a
estrutura e a ordem destas partes principais, nos vários Rituais se concedem
faculdades nosentido de promover devidamente uma consciência, ativa e adequada
participação. E assim, ter-se-á sempreem vista a mensagem da salvação, a
comunicação da fé, o louvor de Deus, a oração, conteúdo este que éinerente a
qualquer bênção enquanto celebração, ainda quando algumas coisas sejam benzidas
com simplessinal da cruz.
I. BÊNÇÃO COMUM
1118.
No fim da Missa estacional, o Bispo abençoa o povo, na forma acima descrita, no
n. 169.
1119.
Nas outras Missas e ações litúrgicas (por ex., no fim de Vésperas ou de Laudes,
no fim de procissãoem que não se leva o Santíssimo Sacramento, etc.), ou também
fora das ações litúrgicas, o Bispo pode dar abênção, usando uma das seguintes
fórmulas: Primeira modalidade.
1120.
O Bispo recebe a mitra, se a usar, e, abrindo as mãos, saúda o povo dizendo: O
Senhor estejaconvosco; e todos respondem: Ele está no meio de nós. O Bispo, estendendo
as mãos sobre os fiéis aabençoar, continua: A paz de Deus, que supera todo
entendimento, guarde os vossos corações e vossasmentes no conhecimento e no
amor de Deus e seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo. E respondem: Amém. Em
seguida, o Bispo recebe o báculo, se o utilizar, e diz: Abençoe-vos Deus
todo-poderoso, e fazendoum tríplice sinal da cruz sobre o povo, acrescenta: Pai
e Filho e Espírito Santo.
Segunda modalidade
1121.
O Bispo, depois de saudar o povo, como acima, no n.1120, diz: Bendito seja o
nome do Senhor, etodos respondem: Agora e para sempre. Em seguida acrescenta: O
nosso auxílio está no nome do Senhor, aoque todos respondem: Que fez o céu e a
terra. Por fim, diz: Abençoe-vos, como acima. no n. 1120.
II. BÊNÇÃO APOSTÓLICA
1122.
Dentro da sua diocese, o Bispo pode dar a Bênção Apostólica, com indulgência
plenária, três vezespor ano, nas festas solenes por ele designados, mesmo
quando ele apenas participa da Missa. Os outros prelados por direito
equiparados aos Bispos diocesanos, ainda que não revestidos dadignidade
episcopal, podem, desde o início do seu múnus pastoral, conceder a bênção
papal, com a mesmaindulgência, dentro do respectivo território, três vezes por
ano, nas festas solenes por eles designadas. Esta bênção é dada no fim da
Missa, em vez da bênção habitual. Para ela se deve já orientar o atopenitencial
no princípio da Missa.
1123.
Na monição introdutória ao ato penitencial, o Bispo avisa os fiéis da bênção,
com indulgênciaplenária, que vai dar no fim da Missa, e convida-os a
arrependerem-se dos seus pecados e a disporem-se paraparticipar desta
indulgência. Em vez da fórmula com que habitualmente se conclui o ato penitencial,
emprega-se o seguinte:
Pelas
preces e méritos da Bem-aventurada sempre Virgem Maria, dos Santos Apóstolos
Pedro e Paulo e de todos os Santos, o Senhor todo-poderoso e cheio de
misericórdia vos conceda tempo deverdadeiro e frutuoso arrependimento, coração
sempre penitente e emenda da vida, perseverança nas boasobras, e, perdoando
todos os vossos pecados, vos conduza à vida eterna. R. Amém!
1124.
Na oração universal, não se omita a intenção pela Igreja e junte-se outra
especial pelo Romano Pontífice.
1125.
Terminada a oração após a comunhão, o Bispo põe a mitra. O diácono anuncia a
bênção com estas ououtras palavras semelhantes: Caros irmãos, o nosso amado
Pastor, N., por graça da Sé Apostólica, Bispo desta santa Igreja N.,em nome do
Sumo Pontífice, dará a bênção com a indulgência plenária a todos aqui
presentes,verdadeiramente arrependidos, confessados e restaurados pela sagrada
comunhão. Rogai a Deus pelo Santo Padre, o Papa N., por nosso Bispo N. e pela
santa Mãe Igreja, e esforçai-vos por viver em sua plena comunhão e santidade de
vida. R. Amém!
1126.
A seguir o Bispo, de pé, com mitra, estende as mãos e saúda o povo, dizendo: O
Senhor estejaconvosco; e todos respondem: Ele está no meio de nós. O diácono
pode proferir as palavras de convite: Inclinai-vos para receber a bênção, ou
outras palavras semelhantes. E o Bispo, com as mãos estendidas sobreo povo, profere
a fórmula da bênção solene que vem no Missal. Depois, recebe o báculo e conclui
a bênçãocom estas palavras: Pela intercessão dos santos Apóstolos São Pedro e
São Paulo, abençoe-vos Deus todo-poderoso, Paie Filho e Espírito Santo. R.
Amém! Ao proferir estas últimas palavras, traça o sinal da cruz sobre o povo.
III. OUTRAS BÊNÇÃOS
1127.
Quando alguma bênção é celebrada pelo Bispo em forma comunitária e numa grande
assembléia defiéis, o rito segue a forma prescrita, seja no Ritual seja no
livro litúrgico próprio para cada uma destasbênçãos. O Bispo põe sobre a alva a
cruz peitoral, a estola e o pluvial da cor conveniente, e usa a mitra e báculo.
1128.
Convém que assista o bispo um diácono revestido com alva, estola e
eventualmente dalmática ou umpresbítero revestido de alva ou sobrepeliz sobre o
hábito talar e estola, e ainda outros ministros com suasvestes devidamente
aprovadas. Na celebração, o Bispo, em regra, reserva para si: a saudação, uma
breve homilia de comentário àsleituras bíblicas e explicando o sentido da
bênção que vai ser dada, a oração da bênção, que dirá de pé, semmitra, a
introdução e conclusão da oração universal, caso se faça, como é louvável, e,
antes da despedida, abênção dos fiéis, que dará como de costume.
VII PARTE
DATAS MAIS IMPORTANTES
NA VIDA DO BISPO
CAPÍTULO I
ELEIÇÃO DO BISPO
1129.
Logo que a Igreja local tenha sido notificada oficialmente da provisão canônica
da mesma, celebrar-se-á em devido tempo, na igreja catedral, por convocação do
Administrador da diocese, um ato litúrgico de ação de graças a Deus e de oração
pelo eleito.
1130.
O próprio eleito deve quanto antes: a) se residir em Roma ao tempo da sua
eleição, ir apresentar-se ao Sumo Pontífice; caso contrário, enviar-lhe-á uma
carta expressando-lhe a sua comunhão com ele e o seu acatamento, e
encomendando-lhe a sua Igreja; b) proferir a profissão de fé e o juramento de
fidelidade à Sé Apostólica, perante o Cardeal para isso deputado, no caso de
estar em Roma, caso contrário perante o delegado da mesma Sé Apostólica; c)
apresentar-se ao Metropolita ou ao mais antigo dos Bispos da província, para
ser por ele informado do estado da sua diocese e, se for o caso, combinar com
ele o dia da sua ordenação episcopal; d) abandonar as tarefas a que antes se
dedicava, para se entregar à oração e à meditação e assim se preparar para o
seu novo ministério; e) pedir ao Romano Pontífice o pálio, se ele tiver
direito.
1131.
O eleito deve receber a ordenação episcopal e tomar posse canônica da sua
diocese dentro do tempoestipulado pelo direito, como se indica adiante nos nn.
1133-1140.1132. O eleito só poderá usar as vestes e insígnias episcopais a
partir do momento da sua ordenação, deacordo com as prescrições litúrgicas.
CAPÍTULO II
ORDENAÇÃO EPISCOPAL
1133.
A não ser que se encontre legitimamente impedido, o eleito deve receber a
ordenação episcopal dentrode três meses a contar da recepção das Letras
Apostólicas, e antes de tomar posse de sua função.
1134.
A ordenação do Bispo realiza-se dentro da Missa solene, segundo o rito e normas
descritos no Pontifical Romano (cf. supra, nn. 563-597).
1135.
Muito convém que a ordenação do Bispo se realize na sua própria igreja
catedral. Neste caso, tomaposse da diocese com o próprio rito da ordenação, no
qual se apresentam e se lêem as Letras Apostólicas e oordenado se senta na sua
cátedra, como se disse acima, nos nn. 573 e 589.
1136.
Em virtude de antiquíssima tradição da Igreja, e no sentido de manifestar a
colegialidade episcopal, não podem ser menos de três os Bispo concelebrantes a
sagrar o eleito, salvo dispensa da Sé Apostólica.Aliás, convém que todos os
Bispos presentes sejam co-sagrantes.
1137.
Via de regra, o sagrante principal de sufragâneo seja o Metropolita; o de
auxiliar, o Bispo local, a nãoser que na bula de nomeação o Romano Pontífice
haja providenciado doutro modo.
CAPÍTULO III
TOMADA DE POSSE DA DIOCESE
1138.
A não ser que se encontre legitimamente impedido, o promovido ao múnus de Bispo
diocesano devetomar posse canônica da sua diocese, dentro de quatro meses a
contar da recepção das Letras Apostólicas, seainda não tiver sido ordenado
Bispo; se já tiver sido ordenado, dentro de dois meses a contar da sua
recepção.
1139.
Se o Bispo for ordenado na sua própria igreja catedral, toma posse da diocese
com o rito daordenação, no qual são apresentadas e lidas as Letras Apostólicas
e o ordenado se senta na sua cátedra, comoacima se disse, nos nn. 573-589.1140.
Se o Bispo tiver sido transferido doutra Igreja, ou não receber a ordenação na
sua igreja catedral, toma posse da diocese, dentro do prazo estabelecido pelo
direito, com o rito da recepção, como adiante se descreve,nos nn. 1141-1144.
Nestes casos, o Bispo pode, por justa causa, tomar posse da sua diocese por
meio de procurador. Écontudo, preferível que o Bispo tome posse pessoalmente.
CAPÍTULO IV
RECEPÇÃO DO BISPO NA SUA IGREJA
CATEDRAL
1141.
Se o Bispo tiver sido transferido doutra Igreja ou não tiver recebido a
ordenação episcopal na suaigreja catedral, convocada a comunidade diocesana,
far-se-á a recepção com a celebração da Missaestacional, quando pela primeira
vez entra na sua Igreja.
1142.
O Bispo é recebido à porta da igreja catedral pela primeira dignidade do
cabido, ou, não havendocabido, pelo reitor da mesma igreja, revestido de
pluvial. Este apresenta-lhe o Crucifixo a beijar, e a seguir oaspersório da
água benta, com o qual o Bispo se asperge a si mesmo e aos presentes. Depois,
convém sejaconduzido à capela do Santíssimo Sacramento, que adora, de joelhos,
por alguns momentos. Em seguida, dirige-se para a sacristia, onde o mesmo
Bispo, presbíteros concelebrantes, diáconos e restantes ministros separamentam
para a Missa, que será celebrada segundo o rito estacional.
1143.
Feita a reverência ao altar, o Bispo dirige-se para a cátedra. Terminado o
canto de entrada, saúda opovo, senta-se e recebe a mitra. Um dos diáconos ou um
dos presbíteros concelebrantes apresenta as Letras Apostólicas ao Colégio dos
Consultores na presença do Chanceler da Cúria, que exara a respectiva ata.
Aseguir, do ambão, lê ao povo as referidas Letras Apostólicas, que todos
escutam sentados. No fim, todosaclamam: Graças a Deus, ou outra aclamação
apropriada. Nas dioceses recém-criadas, a comunicação dasrespectivas Letras
Apostólicas é feita ao clero e ao povo presente na igreja catedral, e o presbítero
mais velhode entre os presentes exara ata devida. Depois, se o Bispo tiver
direito ao pálio, este lhe é imposto segundo o rito descrito adiante, nos
nn.1149-1155. Feito isto, se for costume, a primeira dignidade do cabido, ou
não havendo cabido, o reitor da igrejadirige uma saudação ao Bispo. Em seguida,
de acordo com os costumes locais, o cabido e pelo menos parte do clero, e
alguns fiéis e,se for oportuno, a autoridade civil porventura presente,
aproximam-se do seu Bispo, para lhe manifestaremobediência e respeito. Depois,
omitidos o ato penitencial e, conforme os casos, o Senhor, tende piedade de
nós, o Bispodepõe a mitra, levanta-se, e canta-se: Glória a Deus nas alturas,
segundo as rubricas.
1144.
Na homilia, após o Evangelho, o Bispo dirige pela primeira vez a palavra ao seu
povo. E a Missa prossegue como de costume.
1145.
Se o próprio Metropolita introduzir o Bispo em sua igreja catedral, à porta da
igreja, ele apresenta o Bispo à primeira dignidade do cabido e preside à
procissão de entrada. Saúda o povo na cátedra e manda quesejam apresentadas e
lida as Letras Apostólicas. Terminada sua leitura e após a aclamação do povo, o
Metropolita convida o Bispo a sentar-se na cátedra. Depois o Bispo se levanta e
canta-se: Glória a Deus nasalturas, segundo as rubricas.
1146.
Se, por justa causa, o Bispo tiver tomado posse da diocese por procurador, o
rito da recepção faz-secomo ficou descrito acima, mas omite-se a apresentação e
a leitura das Letras Apostólicas.
1147.
A partir do dia da tomada de posse, o nome do Bispo deve ser proferido na
Oração eucarística portodos os presbíteros que celebrem Missa dentro da
diocese, inclusive nas igrejas e oratórios isentos.
1148.
O Bispo auxiliar ou coadjutor, que tenha sido ordenado fora da igreja catedral
da sua diocese, convémque seja apresentado ao povo pelo próprio Bispo
residencial, dentro de uma ação litúrgica.
CAPÍTULO V
IMPOSIÇÃO DO PÁLIO
1149.
Sempre que possível, a imposição do pálio realiza-se na ordenação episcopal,
imediatamente após aentrega do anel episcopal ao novo Bispo, antes da imposição
da mitra. O sagrante principal impõe o pálio, dizendo: Para a glória de Deus
todo-poderoso, como vem adiante, no n. 1154. Quando tal não se puder fazer,
convém que a imposição do pálio se integre no rito da recepção do Bispo na sua
igreja catedral. A imposição do pálio realiza-se dentro da celebração da
Eucaristia na igrejacatedral do Bispo ou noutra igreja mais adequada do seu
território; e é feita pelo Bispo a quem a Sé Apostólica houver confiado esta
missão e segundo o rito descrito a seguir.
1150.
A Missa é celebrada segundo o rito estacional. O pálio é levado na procissão de
entrada por um dosdiáconos, e colocado sobre o altar.
1151.
Em lugar adequado do presbitério, prepara-se uma sede digna para o Bispo a quem
a Sé Apostólicahouver confiado a missão da entrega do pálio. Este preside à
celebração até à imposição do pálio.
1152.
Terminado o canto de entrada, o Bispo a quem foi confiada a missão de impor o
pálio saúda o povocomo de costume e em breves palavras explica o significado do
que se vai efetuar. Depois, se a entrega dopálio se inserir na recepção do
Bispo na sua igreja catedral, o diácono vai ao ambão e lê o Mandato Apostólico,
que todos escutam sentados e, no fim, aclamam: Graças a Deus, ou de outra forma
maisadequada, segundo os costumes locais.
1153.
Lido o Mandato Apostólico ou, se a entrega do pálio não se fizer na recepção do
Bispo na sua igrejacatedral, logo a seguir à monição de quem preside, o eleito
dirige-se ao Bispo incumbido da missão de imporo pálio e, de joelhos diante
dele, que está sentado e de mitra, emite a profissão de fé e o juramento na
formaconstante das Letras Apostólicas.
1154.
Depois, o Prelado recebe do diácono o pálio e impõe-no sobre os ombros do eleito,
dizendo estafórmula: Para a glória do Deus todo-poderoso e o louvor da
Bem-aventurada sempre Virgem Maria e dosSantos Apóstolos Pedro e Paulo, em nome
do Romano Pontífice, o Papa N., e da Santa Igreja Romana, nóste entregamos o
pálio, que esteve guardado junto ao túmulo de São Pedro. Ele te é entregue para
ornamentoda Sé episcopal de N. a ti confiada, em sinal do poder de Metropolita,
para que o uses nos limites de tuaprovíncia eclesiástica. Que este pálio sirva
para ti como símbolo de unidade e convite à fortaleza, para que, no dia da
vinda e da revelação do grande Deus e príncipe dos pastores, Jesus Cristo,
possas receber, com asovelhas a ti confiadas, a estola da imortalidade e da
glória eterna. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. R. Amém!
1155.
Depois, omitido o ato penitencial, e eventualmente o Senhor tende piedade de
nós, o Arcebispo querecebeu o pálio entoa, se for o caso o hino: Glória a Deus
nas alturas. E a Missa prossegue como de costume.
CAPÍTULO VI
TRANSFERÊNCIA DO BISPO PARA OUTRA
DIOCESE OU SUA RESIGNAÇÃO
1156.
O Bispo transferido para outra diocese ou cuja resignação foi aceita pelo
Romano Pontífice fará bemem convocar o seu povo para uma ação litúrgica, a fim
de se despedir dele e com ele dar graças pelosbenefícios de Deus recebidos.
CAPÍTULO VII
MORTE E EXÉQUIAS DO BISPO
1157.
Afetado pela enfermidade ou doença, o Bispo deverá dar exemplo ao seu povo,
recebendo ossacramentos da Penitência e da Eucaristia, e, se estiver gravemente
doente, o da Unção dos enfermos.
1158.
Estando próximos da morte e tendo dela a certeza, pedirá e receberá o Sagrado
Viático, segundo o ritodescrito no ritual Romano.
1159.
O presbitério, e de modo particular o Colégio dos consultores ou o cabido da
igreja catedral, terão apeito prestar assistência espiritual ao Bispo agonizante,
cuidando sobretudo que junto dele se recitem aspreces de encomendação, e em
toda a diocese os fiéis orem por ele.
1160.
Quando o Bispo expirar, digam-se as preces do Ritual. Depois, revista-se o
defunto com suas vestesde cor roxa e com as insígnias da Missa estacional,
incluindo o pálio, no caso de ter direito a ele; mas não obáculo. Se o Bispo,
transferido de outras dioceses, tiver recebido vários pálios, estes serão
depostos no caixãodo defunto, salvo se o próprio Bispo, em vida, tiver determinado
outra coisa. Depois, até ser transferido paraa igreja catedral para a
celebração das exéquias, o corpo do Bispo deve ser exposto em lugar
conveniente, onde os fiéis o possam visitar e orar por ele. Junto do féretro ou
na igreja catedral, celebrar-se-á uma vigíliaou a Liturgia das Horas pelos
defuntos.
1161.
Em dia e hora convenientes, convocar-se-á o clero e o povo para a celebração
das exéquias do Bispona igreja catedral. As exéquias serão presididas pelo
Presidente da Conferência Episcopal da região ou pelo Metropolita; e com ele
deverão concelebrar outros Bispos e os presbíteros da diocese.
1162.
As exéquias celebram-se como ficou descrito acima, nos nn. 821-838.
1163.
À última encomendação preside somente o Bispo celebrante principal.
1164.
O corpo do Bispo diocesano defunto será sepultado na igreja, normalmente na
igreja catedral da suadiocese. O Bispo que tiver resignado à sua diocese será
sepultado na igreja catedral da sua última diocese, anão ser que tenha disposto
doutro modo.
1165.
Todas as comunidades da diocese devem orar pelo Bispo defunto, seja celebrando
a Missa ou a Liturgia das Horas dos defuntos, seja doutro modo consoante as
possibilidades.
CAPÍTULO VIII
VACÂNCIA DA SEDE EPISCOPAL
1166.
Vagando a sede episcopal, o Administrador da diocese convidará o clero e o povo
a fazer instantespreces, para que seja escolhido o pastor que assuma as
necessidades da Igreja. Em todas as igrejas da diocese, celebrar-se-á, pelo
menos ume vez, a Missa para a eleição do Bispo, desde que não ocorra um dos
diasindicados nos nn. 1-4 da tabela dos dias litúrgicos.
CAPÍTULO IX
COMEMORAÇÃO DE ALGUNS ANIVERSÁRIOS
1167.
Todos os anos, na igreja catedral e nas outras igrejas e comunidades da diocese
comemorar-se-á oaniversário da ordenação do Bispo, com a “Missa pelo Bispo”,
desde que não ocorra algum dos diasindicados nos nn. 1-6 da tabela dos dias
litúrgicos. É de louvor que, nesta dia, o Bispo do lugar presida na igreja
catedral à Missa estacional.
1168.
Por venerável tradição, comemora-se também todos os anos o aniversário de
falecimento do último Bispo, a não ser que tenha sido transferido para outra
diocese. Celebrar-se-á a Missa na igreja catedral, a qualé de louvar seja
presidida pelo Bispo do lugar. Aconselhem-se os fiéis e sobretudo os sacerdotes
a que selembrem diante do Senhor dos seus prelados que lhes pregaram a Palavra
de Deus.
VIII PARTE
CELEBRAÇÕES
LITÚRGICAS RELACIONADAS COM ATOS SOLENES DO MINISTÉRIO EPISCOPAL
CAPÍTULO I
CONCÍLIOS PLENÁRIOS OU PROVINCIAIS
E SÍNODO DIOCESANO
1169.
Vem já da antiga tradição da Igreja o costume de os Concílios e o Sínodo
diocesano incluírem acelebração de atos litúrgicos, a exemplo do que vem
referido nos Atos dos Apóstolos (15,6-29). É que ogoverno da Igreja nunca deve
ser considerado como ato puramente administrativo. Pelo contrário, visto queas
suas assembléias se reúnem em nome de Deus e para seu louvor e glória sob o
impulso do Espírito Santo, elas devem manifestar aquela unidade do Corpo de
Cristo que ressalta principalmente na liturgia sagrada. Naverdade, os que têm
encargo comum devem ter também oração comum.
1170.
Estas assembléias iniciar-se-ão com a celebração da Missa, para a qual deve ser
convocado o povo ena qual é bom que todos os membros do Concílio ou do Sínodo
concelebrem com o Presidente. Aqueles quenão concelebrarem podem comungar sob
as duas espécies. Celebra-se a Missa pelo Concílio ou pelo Sínodo, que vem no
Missal entre as Missas pela várias necessidades, com paramentos de cor
vermelha, desde que nãoocorra nenhum dos dias indicados nos nn. 1-4 da tabela
dos dias litúrgicos.
1171.
Se antes da Missa, conforme as circunstâncias, se efetuar a procissão até ao
local da reunião, canta-sea antífona: Atendei-nos, Senhor, ou outro canto
apropriado. Ali, o Presidente saúda o povo e, feita umamonição por ele próprio
ou por um dos concelebrantes ou por um diácono, o Presidente recita uma
dasorações do Missal para reunião espiritual ou pastoral, ou pela Igreja,
sobretudo local. Em seguida, coloca-seincenso no turíbulo e, depois de o
diácono eventualmente convidar em voz alta: Prossigamos em paz, organiza-se a
procissão, na qual é levado por um diácono, com todo o respeito, o livro dos
Evangelhos. No decurso da procissão para a igreja canta-se a ladainha dos
Santos. Nesta, antes da últimainvocação, acrescenta-se: Para que vos digneis
visitar e abençoar este nosso sínodo. Na devida altura,podem-se também inserir
as invocações do Santo Padroeiro ou Fundador e dos Santos da Igreja
local.Chegada a procissão à igreja, os concelebrantes fazem a devida reverência
ao altar, e vão para os lugares aeles destinados. O Presidente faz também a
reverência ao altar, incensa-o e dirige-se para a cátedra, onde, omitidos os
outros ritos iniciais, recita a coleta da Missa.
1172.
Não havendo procissão, a Missa começa como de costume, segundo o rito da Missa
estacional. Apóso Evangelho, o Evangeliário coloca-se aberto numa estante
apropriada, no meio do presbitério.
1173.
Feita a homilia pelo Presidente, recita-se ou canta-se sempre o símbolo.
Segue-se a este o juramentodos membros do Concílio ou do Sínodo, incluindo o do
próprio Presidente. Recitada a Oração depois da comunhão, o Presidente dá a
bênção, e o diácono despede o povo. Depois o Presidente começa a oração: Aqui
estamos presentes, ou outra, que todos continuam.
1174.
Enquanto durar o Concílio ou o Sínodo, convém que, antes da reunião de cada
dia, se concelebre a Missa, ou se cante a Hora da Liturgia das Horas
correspondente ao tempo do dia, ou se faça uma celebraçãoda Palavra de Deus.
Celebrando-se a Missa, o livro dos Evangelhos é respeitosamente levado na
procissão de entrada dosconcelebrantes e deposto sobre o altar, como na Missa
estacional. Proclamado o Evangelho, o livro coloca-seaberto numa estante
apropriada, no meio do presbitério. Celebrando-se uma Hora da Liturgia das
Horas, terminada esta, o livro dos Evangelhos érespeitosamente levado por um
diácono, acompanhado dos acólitos com velas acesas, e, com o mesmo rito da Missa,
lê-se um trecho adequado do Evangelho e, terminada a leitura, o diácono coloca
o livro aberto numaestante apropriada, como se disse acima. No caso de se fazer
uma celebração da Palavra de Deus, faz-se tudo como ficou dito nos nn. 221-226,
observando o que se disse das honras devidas ao livro dos Evangelhos.
1175.
No fim da última sessão, canta-se o hino A vós, ó Deus (Te Deum), conclui-se
com a bênção dada pelo Presidente e a despedida. No caso de se celebrar a Missa
nesta ocasião, o canto do hino A vós, ó Deusexecuta-se antes da Oração depois
da comunhão. Após a despedida, podem-se também, eventualmente, cantaras
chamadas “Laudes régiae” ou “carolinae”.
1176.
O que se diz dos Concílios e do Sínodo diocesano, que constituem reuniões mais
solenes, valetambém, com as devidas adaptações, para as reuniões mais
freqüentes que se costumam convocar comofazendo parte do governo ordinário das
Igrejas, tais como: reuniões da Conferência Episcopal, do Conselhopresbiteral e
outras do gênero.
CAPÍTULO II
VISITA PASTORAL
1177.
No exercício do seu ministério de visitar as paróquias ou comunidades locais da
sua diocese, o Bisponão dê a impressão de desempenhar cargo puramente
administrativo, mas proceda de modo que os fiéisreconheçam nele claramente o
pregador do Evangelho, o doutor, o pastor, o grande sacerdotes do seurebanho.
1178.
Para se alcançar mais eficazmente este objetivo, a visita do Bispo deve
fazer-se, quanto possível, naqueles dias em que os fiéis possam acorrer em
maior número. Além disso, estes devem ser, no devidotempo, preparados pelos
seus presbíteros com uma catequese adequada. Quanto à visita em si mesma,
deveser um tanto prolongada, de modo que o Bispo possa avaliar, promover e
incentivar o apostolado dospresbíteros e dos leigos bem como as obras de
caridade, coordenar a sua atividade e presidir também àscelebrações litúrgicas.
1179.
O Bispo, revestido com as vetes acima indicadas, no n. 63, será recebido da
melhor maneira, deacordo com as circunstâncias. Se for oportuno, seja recebido
solenemente e saudado pelo clero, e o povo àporta da igreja ou dentro da
própria igreja. Onde for possível e se julgar oportuno, seja mesmo
acompanhadoaté à igreja com canto festivo. Uma sóbria solenidade na recepção do
Bispo será sinal de amor e devoção dopovo fiel para com o bom pastor.
1180.
À porta da igreja, o Bispo é recebido pelo pároco revestido de pluvial. Este
dá-lhe o crucifixo a beijare depois o aspersório com água benta, com o qual o
Bispo se asperge a si mesmo e aos presentes. A seguir, eapós uma breve oração
em silêncio diante do Santíssimo Sacramento, o Bispo dirige-se para o
presbitério, onde o pároco, de pé, diante do altar, convida os fiéis a orar
pelo Bispo e, feita uma breve oração em silêncio, diz a coleta: Ó Deus, pastor
eterno, ou: Ó Deus, pastor e guia de todos os fiéis como do Missal. Depois o
Bispo saúda o povo e expõe os objetivos da visita. Por fim, recita a oração do
Titular da Igreja ou do Padroeiro do lugar, e abençoa o povo como de costume. E
o pároco despede o povo.
1181.
Havendo Missa a seguir, dita a oração pelo Bispo, este paramenta-se na sua
sede. Os presbíteros daparóquia que tem cura de almas ou residem dentro da sua
área devem concelebrar com ele, e os fiéisparticipar ativamente. Isso se deve
fazer de modo particular nos lugares mais afastados da diocese, cujoshabitantes
raras vezes ou mesmo nunca têm oportunidade de participar da Missa estacional
do Bispocelebrada na sua povoação.
1182.
Para que os fiéis vejam mais claramente ser o Bispo o principal dispensador dos
mistérios de Deus, eo orientador e responsável de toda a vida litúrgica da
igreja a ele confiada, procurar-se-á que, durante a visitapastoral, ele
administre, não só o sacramento da Confirmação, mas também, uma vez por outra,
ossacramentos, sobretudo na visita aos enfermos.
1183.
No caso de a visita se prolongar, organiza-se na igreja alguma celebração da
Liturgia das Horas ou da Palavra de Deus, com homilia do Bispo e preces pela
Igreja, tanto universal como diocesana.
1184.
Se houver oportunidade, o Bispo irá também ao cemitério, acompanhado do povo, e
ali fará precespelos fiéis defuntos, segundo o que ficou dito acima, nos nn.
399ss, a respeito da aspersão dos sepulcros.
CAPÍTULO III
TOMADA DE POSSE DO NOVO PÁROCO
1185.
Antes de o pároco fazer a sua entrada na paróquia ou no próprio ato da tomada
de posse, deve,segundo as normas do direito, fazer a profissão da fé, na
presença do Ordinário do lugar ou de seu delegado.
1186.
A apresentação do novo pároco é feita pelo Bispo ou seu delegado no dia e à
hora mais indicadas, depois de terem sido avisados os fiéis, de acordo com os
costumes locais ou se parecer oportuno, na forma aseguir descrita.
1187.
Convém que a apresentação se efetue com Missa. Esta pode ser a Missa do dia, a
Missa votiva doTitular da igreja ou do Espírito santo, segundo as rubricas. O
Bispo presidirá à Missa, concelebrando com eleo novo pároco e alguns
presbíteros da mesma paróquia ou circunscrição.
1188.
Se, por justa causa, o Bispo participar da Missa, mas não celebrar, convém ao
menos seja ele quempreside à liturgia da Palavra; e, no fim da Missa, dê a
bênção como acima se disse, nos nn. 175-185.
1189.
Seguir-se-ão os costumes locais, se os houver. Aliás, conforme os casos,
adotar-se-ão, no todo ou emparte, os ritos a seguir descritos.
1190.
Onde as circunstâncias o permitirem, o Bispo e o novo pároco serão recebidos
nos limites da paróquiae acompanhados em procissão até à porta da igreja. Aqui,
o Bispo faz em breves palavras a apresentação donovo pároco e entrega-lhes as
chaves da igreja. A apresentação pode também ser feita no princípio da Missa, após
a saudação, mormente quando, no princípio da Missa, após a saudação do Bispo,
for lido o documentode nomeação e o pároco prestar o juramento segundo as
normas do direito.
1191.
É conveniente que o Evangelho seja anunciado pelo próprio pároco, o qual se
aproxima primeiro do Bispo e dele recebe o livro e lhe pede a bênção.
1192.
Na homilia, o Bispo expõe aos fiéis a missão do pároco e explica o significado
dos ritos que se vãoseguir após a homilia.
1193.
Terminada a homilia, é de recomendar que o novo pároco renove as promessas que
fez na suaordenação, respondendo às perguntas do Bispo: Filho caríssimo, diante
do povo que será entregue aos teus cuidados, renova o propósito queprometeste
na ordenação. Queres desempenhar sempre o teu encargo, como fiel cooperador da
Ordem Episcopal, apascentandoo rebanho do Senhor sob a direção do Espírito
Santo? R. Quero! Queres celebrar com devoção e fidelidade os mistérios de
Cristo para louvor de Deus e santificaçãodo povo cristão, segundo a tradição da
Igreja? R. Quero! Queres unir-te, cada vez mais ao cristo, Sumo Sacerdote, que
se entregou ao Pai por nós, e ser comele consagrado a Deus para a salvação dos
homens? R. Quero! Queres com dignidade e sabedoria desempenhar o ministério da
palavra, proclamando o Evangelho e ensinando a fé católica? R. Quero, com a
graça de Deus! Prometes reverência e obediência a mim e aos meus sucessores? R.
Prometo! Deus que inspirou este bom propósito te conduza sempre a perfeição.
1194.
Em seguida, se for oportuno, pode organizar-se uma procissão através da igreja,
com turíbulo, cruz, velas e ministros. Nesta, o Bispo, à medida que vão
andando, vai entregando ao pároco os locais que virão a ser consagrados pelo
seu ministro: sede do presidente, capela do Santíssimo Sacramento,
batistério,confessionário. Pode também convidar o pároco a abrir a porta do
sacrário e a incensar o Santíssimo. Podetambém, fazer a incensação do
batistério. Além disso, se for fácil, poderá ainda convidar o pároco a tocar
osino. Tudo isto se pode executar, também, antes da Missa, conforme as
circunstâncias.
1195.
Na oração universal, inserir-se-á uma intenção especial pelo Bispo e pelo novo
pároco.
1196.
No rito da paz, o pároco dará a paz a alguns dos fiéis que representem a
comunidade paroquial.
1197.
Dita a Oração depois da comunhão, o Bispo convidará o pároco a dirigir breve
alocução à comunidade.
1198.
É de louvar que o pároco se dirija com o Bispo e o povo ao cemitério, e ali ore
pelos fiéis defuntos, observando-se conforme os casos o que acima no nn. 399ss,
se disse da aspersão dos sepulcros.
APÊNDICES
VESTES PRELATÍCIAS
I.
VESTES
DOS BISPOS
Vestes corais
1199.
O Bispo usa sempre o anel, sinal da fé e união nupcial com a Igreja sua esposa
(cf. supra, n.58). As vestes corais do Bispo, quer dentro quer fora da sua
diocese, são: hábito talar de cor violeta; faixade seda violeta, guarnecida de
franjas igualmente de seda nas duas extremidades (mas sem frocos); roquete
delinho ou de outro tecido semelhante; mozeta de cor violeta (sem capuz); cruz
peitoral pendente de cordão decor verde entrançado de ouro sobre a mozeta; solidéu
também de cor violeta; barrete da mesma cor, comborla. Meias também de cor
violeta.
1200.
A capa magna de cor violeta, sem arminho, pode usar-se nas festas mais solenes,
mas só dentro dadiocese.
1201.
Sapatos usuais, pretos, sem fivelas.
1202.
As veste acima referidas usam-se sempre que o Bispo se dirige publicamente para
a igreja ou delaregressa, quando participa, sem presidir, de uma celebração
litúrgica ou de um ato sagrado, e noutros casosprevistos neste
Cerimonial.Vestes em atos solenes fora das celebrações litúrgicas.
1203.
As vestes episcopais a usar em ocasiões solenes fora das celebrações litúrgicas
são: hábito talar de corpreta, avivada de cordão vermelho, com orla, costuras,
caseado e botões igualmente vermelhos, mangas semdobra; sobre ela, pode-se usar
a romeira, igualmente avivada de cordão vermelho; faixa de seda de corvioleta,
guarnecida de franjas também de seda nas duas extremidades; cruz peitoral
pendente de cordão; solidéu e cabeção de cor violeta. É inteiramente livre o
uso de meias de cor violeta. O Chapéu, de aba larga, de felpo preto, pode
eventualmente ser adornado com cordões e borlas de corverde. O uso do manto talar amplo, de seda de cor violeta, é
reservado para as circunstâncias mais solenes. Além destas vestes, pode-se usar
uma capa digna, de cor preta, à qual é permitido acrescentar uma romeira. Vestes
de uso corrente.
1204.
O traje comum ou de uso diário pode ser batina preta, não guarnecida de cordão
e cor violeta. Os Bispos pertencentes a uma família religiosa podem usar o
hábito próprio dela. Com este hábito talar, usam-semeias pretas; mas pode-se
usar o cabeção, o solidéu e a faixa de cor violeta. A cruz peitoral é
sustentada poruma corrente. Traz-se sempre o anel.
II. VESTES DOS CARDEAIS
1205.
Tudo quanto acima se disse acerca das vestes dos Bispos aplica-se às vestes dos
Cardeais, salvo oseguinte: a) o que, para os Bispos, é de cor violeta, é para
os Cardeais, de cor vermelha; b) a faixa, o solidéu e o manto talar amplo são
de seda ondeada; c) o cordão da cruz peitoral e os cordões e borlas do chapéu
são de cor vermelha e ouro; d) o barrete, de seda vermelha ondeada, só se pode
usar com as vestes corais, e não como cobertura ordinária da cabeça.
III. VESTES DE OUTROS PRELADOS
1206.
Os prelados equiparados pelo direito aos Bispos diocesanos, ainda que não
revestidos da dignidadeepiscopal, podem usar as mesmas vestes que os Bispos.
1207.
Os Prelados Superiores dos Dicastérios da Cúria Romana não revestidos da
dignidade episcopal, os Auditores da Rota Romana, o Promotor geral da justiça e
o Defensor do vínculo no Supremo tribunal da Assinatura Apostólica, os
Protonotários Apostólicos numerários e os Clérigos da Câmara Apostólicas: a)
Como hábito coral usam veste talar de cor violeta com faixa violeta guarnecida
de franjas de seda, roquete, mantelete violeta e barrete preto com borla
vermelha; b) Em atos solenes fora da liturgia, usam vestes talar preta, com
“debruns” e outros ornatos vermelhos, sem romeira, faixa violeta como acima,
manto talar amplo de cor violeta (que, no entanto, não é obrigatório). Meias
pretas e sapatos comuns sem fivelas.
1208.
Os Protonotários Apostólicos supranumerários e os Prelados honorários de Sua
Santidade: a) Como hábito coral, usam veste talar de cor violeta ou faixa de
seda da mesma cor, guarnecida de franjas, sobrepeliz não frisada e barrete
preto com borla preta; b) Em atos solenes fora das celebrações litúrgicas:
veste talar preta com debruns e outros ornatos de cor vermelha, sem romeira,
faixa violeta, como acima. Os Protonotários Apostólicos supranumerários, mas
não os Prelados honorários, podem usar, embora não obrigatoriamente, o manto
talar.
1209.
Os Capelães de Sua Santidade, quer como hábito coral quer em atos solenes fora
das celebraçõeslitúrgicas, usam veste talar preta com de bruns e outros ornatos
e faixa de seda de cor violeta. Como hábitocoral, usam a sobrepeliz por cima da
veste talar.
IV. VESTES DOS CÔNEGOS
1210.
Nas celebrações litúrgicas, como hábito coral, os cônegos que não forem Bispos,
usam, por cima daveste talar que lhes compete, somente a sobrepeliz e a murça
preta ou acinzentada, guarnecida de cordãovioleta. Os beneficiários usam
somente a sobrepeliz e a murça preta ou cinzenta. Fora das celebrações
litúrgicas, usam o traje correspondente à sua condição.