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sexta-feira

O BANQUETE DO CODEIRO


A Missa na terra é a apresentação do banquete das núpcias do cordeiro. Na celebração diária da missa, percebemos as realidades do culto celeste do sumo sacerdote e de seu corpo místico.
            “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo...” “Depois disso, eu vi: Uma porta estava aberta no céu”. (Ap 3, 20; 4,1).


O dom da missa


            O papa João Paulo II chamou a missa de “céu na terra” e explicou que “a liturgia que celebramos na terra é misteriosa participação na liturgia celeste”. Vamos realmente ao céu quando vamos à missa, independente da qualidade da música ou fervor da homilia.
A missa é o céu na terra. Muitos de nós admitimos querer obter mais da missa. Bem, não podemos obter mais do que o próprio céu.
            Há muitas liturgias eucarísticas na Igreja Católica: ambrosiana, armênia, bizantina, caldéia, copta, malabar, mlancar, maronita, melquita e rutena, entre outras; cada uma nos mostra um recanto diferente do céu na terra.

No céu agora mesmo


Eu (Scott Hahn), queria entender os primeiros cristãos, mas não tinha nenhuma experiência de liturgia. Por isso, persuadi a mim mesmo a ir ver, como uma espécie de exercício acadêmico, mas jurando o tempo todo que não ia me ajoelhar nem participar de idolatria. Sentei-me num banco no fundo da igreja. Um sino soou e todos se levantaram quando o padre surgiu. Permaneci sentado, como calvinista evangélico, fui instruído para acreditar que a missa era o maior sacrilégio que alguém poderia cometer. Tinha aprendidoo que era um ritual com o propósito de “sacrificar Jesus Cristo outra vez”. Por isso eu seria um espectador.

Impregnado da Escritura


            À medida que a missa prosseguia, alguma coisa me tocou. A Bíblia estava diante de mim nas palavras da missa! Uma passagem era de Isaías, outra do salmo, outro de Paulo. Eu queria interromper tudo e gritar: “Ei! Posso explicar o que está acontecendo a partir das Escrituras? Isso é maravilhoso!”. Ouvi o sacerdote pronunciar as palavras da consagração: “Isto é o meu corpo... Este é o cálice do meu sangue...”. Quando vi o sacerdote elevar a hóstia, percebi que uma prece subia ao meu coração em um sussurro: “Meu Senhor e meu Deus. Sois realmente vós”. Não imaginava uma emoção maior que aquelas palavras provocaram em mim. Porém, a experiência intensificou-se um momento depois, quando ouvi repetirem: “Cordeiro de Deus... Cordeiro de Deus... Cordeiro de Deus...”. Percebi imediatamente onde eu estava, estava no livro do Apocalipse, no qual Jesus é chamado de Cordeiro nada menos que vinte e oito vezes. Estava nas festas das Núpcias que João descreve. Estava diante do trono do céu, onde Jesus é saudado para sempre como cordeiro.

Fumaça santa


Em outras oportunidades que voltei à missa ia descobrindo mais passagens das escrituras consumadas diante dos meus olhos. Vi sacerdotes paramentados, um altar, uma assembléia que entoava: “Santo, santo, santo”. Vi a fumaça de incenso. Ouvi a invocação de anjos e santos; eu mesmo entoava os aleluias, pois me sentia cada vez mais atraído a essa adoração.


Descobri que os primeiros padres e bispos da Igreja consideravam o Apocalipse como a chave da liturgia e a liturgia como a chave do Apocalipse. Eu me via querendo levantar durante a liturgia e dizer: “Ei, pessoal. Quero lhes mostrar onde vocês estão no livro do Apocalipse! Consultem...


 Segundo o Concilio Vaticano II – Na liturgia terrena, antegozando, participamos da liturgia celeste, que se celebra na cidade santa da Jerusalém celeste, para a qual, peregrinos, nos encaminhamos. Lá, Cristo está à direita de Deus, ministro do santuário e tabernáculo verdadeiro; com toda a milícia do exercito celestial entoamos um hino de glória ao Senhor e, venerando a memória dos Santos, esperamos fazer parte da sociedade deles; suspiramos pelo Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, até que ele, nossa vida, se manifeste, e nós apareçamos com ele na glória.

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