A missão do padre, não é mais do que uma extensão da de Jesus Cristo, diz respeito a Deus, a Igreja e aos homens. Pois, a missão que o Pai confiou a Jesus Cristo Nosso Senhor, Ele deu a seus discípulos (Jo 20,21). Se cada sacerdote reconhecer esta graça de Deus em suas vidas, a sociedade se renovará, porque o que está em falta no mundo não são as vocações para o ministério ordenado, mas os presbíteros assumirem de fato a sua missão de ir ao encontro das ovelhas perdidas da casa do Senhor. Isto eu creio e proclamo!
O Senhor glorioso quis, por assim dizer, repartir conosco as honras do seu trono, constituindo como seus embaixadores os sacerdotes. E, qual é o objetivo dessa embaixada aqui na terra? Fazer respeitar o seu Nome, defender os seus interesses, encarregar de proteger a sua Glória, de Lhe evitar ultrajes. Pergunto a todos vocês que me acompanham agora: será que os nossos padres têm essa consciência? A cada dia que passa, vemos jogado o Santíssimo Nome de Deus no mundo do pecado e dos escândalos! E, o pior de tudo! pelos seus sacerdotes!
Tudo isto é fruto de um sacerdócio interesseiro, vida fácil, sem fé, sem amor, nem compaixão pelo rebanho de Deus que grita e que desfalece sem a presença de seu pastor. Andam, mas, sem reconhecerem a voz de seu Dono que fala nos seus mensageiros, O procura em outros redíos.
Precisamos mudar a afirmação de que “o povo não quer mais se comprometer com a Igreja”, pois o fenômeno que a Igreja de Jesus Cristo atravessa neste momento não é novo, a cada dia que passa, milhares abandonam a Fé e se desinteressam pela Igreja por falta de ensinamento da Doutrina, do amor de seu pastor e mais ainda, da aproximação de seu padre. Cuidado! Porque esta conversa de “o errado é quem deixa a Igreja” é uma falácia! Somente as homilias mal feitas, pessoais, analfabetas e sem didáticas não basta, nem forma a pessoa na verdadeira Doutrina de Jesus Cristo, contida na Bíblia e no Catecismo da Igreja Católica. O povo já sabe que Deus é Amor, que ele é Misericordioso! Isto precisa ser anunciado de um jeito tão antigo e sempre novo que o Espírito Santo concede à aqueles que são dóceis a sua ação.
No dia em que os fiéis reconhecerem no seu sacerdote um homem de Deus, um homem da Santíssima Trindade, um adorador público, um pregador fiel do Culto de Senhor, eles se fortalecerão em Deus que os chamou pelo Batismo, à santidade.
A figura do padre, em milhares de paróquias (não todas), já não convida o povo em geral à conversão, a mudança de atitudes, a modéstia, a moral, ao respeito, a tal ponto de dizerem assim: “não vejo Jesus neste homem ou este homem não é de Deus!”
Os santos incomodavam o povo a sair de si e a fazer uma revisão de vida para abandonar as práticas do mal. Causam em nós, o mesmo impacto, os nossos padres?
Nossos confessionários viraram peças de museus, depósitos de vassouras ou suportes de chapeis na entrada das igrejas, como já testemunhei em muitos lugares em que passei pelo Brasil.
Atenção! O verdadeiro pastor chama o seu rebanho à oração, a confissão constante e ao amor a Jesus Eucaristia, sem dizer uma só palavra.
O modernismo domina viciosamente a muitos padres. A moda que a Beata Jacinta profetizou antes de morrer em Portugal no início do séc. XX se cumpre nestes últimos anos. Ela disse: “virão muitas modas que hão muito de ofender a Nosso Senhor Jesus Cristo” . Agora, vemos as pessoas que menos ainda deveriam ser infectadas com esses modismos, que são os sacerdotes, onde pelo contrário, sendo os que mais acompanham a moda.
É de se questionar isto, porque não querem usar suas vestimentas eclesiásticas, chegando a afirmarem que é inconcebível para o povo “ver padre de batina ou religioso de hábito”, mas é aceitável ver um padre usando camisas, calças, perfumes e objetos eletrônicos que custam preços altíssimos. Isto sim é inaceitável! Uma bofetada na face do fiel que se acaba no trabalho e não podem usar tais coisas, porque o seu orçamento não permite. Exigimos que muitos repensem sua caminhada ministerial e responda ao povo de Deus se, vocês estão apascentando os filhos Dele ou estão apascentando a si mesmos.
Não estou usando de difamação, mas porque eu tomo a dores do povo que vem a nós inconformados, porque não podem tratar de tais assuntos com os seus pastores, onde, se eles os questionam, são humilhados publicamente e, até espancados se não tomarem cuidado.
O padre é um homem do Pai, para lhe dar filhos de adoção, exercitar-los no seu Santo serviço, preparar-los para o seu Reino. É homem do Filho, pregador do seu Evangelho, o seu sacerdote, o dispensador dos seus mistérios, para utilizar o seu Sangue e aplicar aos homens os frutos da sua abundante redenção. É homem do Espírito Santo, o instrumento de que se serve para esclarecer as inteligências, purificar e santificar os corações. Este Espírito Divino quase que não é santificador senão pelo ministério sacerdotal, como dizia Santo Ambrósio.
Reconheçam os povos e seus pastores que: todos os sacerdotes são guardas da Santa Esposa, velam pela conservação da sua formosura, para que, seja sempre digna de seu adorável Esposo. Ela é corpo místico, cuja cabeça é Jesus e os seus membros todos os cristãos, onde os padres são partes principais. São eles os olhos para alumiar, braços para a defender, coração para a vivificar, fazendo penetrar em toda a parte a caridade, sem a qual tudo morre.
Tirai o sacerdócio, para que serve a Igreja? Tirai o sacrifício da Santa Missa, oferecida pelos padres, que seria do mundo?
Sendo assim, temos todas as ferramentas necessárias para ter uma fé viva no Senhor Ressuscitado que está na Igreja Católica governando, ensinando e Santificando. Basta conectar os canais com suas devidas funções.
A Igreja Católica é a barca, muitas vezes agitada, mas nunca será submergida! Porque ela é obra de Deus e ainda, encontramos santos sacerdotes, maravilhosos diáconos e bons seminaristas que têm retas intenções para viver uma vida pura, sem ambição, na obediência e procurando viver uma vida casta.
Rezemos para que esses homens de Deus não sejam perdidos, nem impedidos de seguir sua caminhada, levando os que se aproximam deles aos Céus. Pois o inimigo das santas vocações não vem de fora, mas está dentro da Igreja camuflado.
Que Deus nos ampare!
Em Jesus e Maria
Autor: José Wilson Fabrício da Silva 
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