Arquivo do blog

terça-feira

Os atentados na Nigéria durante o Natal são "ódio cego e absurdo", afirma Padre Lombardi

Durante as celebrações natalinas, em pontos diferentes da Nigéria, voltou a correr o sangue de cristãos inocentes. Foram feitos vários ataques a bomba, contra igrejas católicas durante as celebrações religiosas do Santo Natal.
Ao todo 40 pessoas morreram e um grande número de fiéis ficou ferida enquanto rezavam neste domingo em suas paróquias. Os atentados ocorreram com poucas horas de diferença um do outro.
A seita islâmica Boko Haram -- movimento cujo nome significa ''educação ocidental é proibida'' e que promove a criação de um Estado islâmico na Nigéria-- assumiu a autoria do atentado contra a Igreja de Santa Teresa em Madalla, perto da capital, Abuja, que matou 35 pessoas.
Houve ainda três outras explosões, uma delas na cidade de Jos, no centro da Nigéria, na qual morreu um policial, e outro atentado em Damaturu, onde quatro pessoas perderam a vida.
"Somos responsáveis por todos os ataques dos últimos dias, inclusive pela bomba na igreja de Madalla", reivindicou um porta-voz da Boko Haram, Abul Qaqa, advertindo ainda: "Continuaremos lançando ataques como estes no norte do país nos próximos dias".
Reação da Santa Sé
"O atentado contra a igreja na Nigéria, precisamente no dia de Natal, manifesta, infelizmente, mais uma vez um ódio cego e absurdo que não tem nenhum respeito pela vida humana", foi o que disse o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi.
Segundo afirma ele em suas declarações, o atentado contra a igreja católica em Madalla "busca suscitar e alimentar ainda mais o ódio e a confusão".
A Nigéria é o sexto país do mundo em número de cristãos e o aumento das tensões inter-religiosas no país preocupa o Vaticano.
Durante a viagem de Bento XVI ao Benin, no último mês de novembro, o Papa já havia insistido na necessidade de um relacionamento pacífico entre muçulmanos e cristãos.
Padre Lombardi conclui sua nota afirmando: "Estamos próximos do sofrimento da Igreja nigeriana e de todo o povo tão afetado pela violência terrorista, mesmo nestes dias que deveriam ser de alegria e de paz".
Dirigentes reagem
Dirigentes internacionais também condenaram a violência gratuita dos ataques e as trágicas mortes ocorridas em pleno dia de Natal.
A primeira reação foi da própria Nigéria. O presidente nigeriano, o cristão Goodluck Jonathan, condenou os atos de violência como sendo uma afronta injustificada e prometeu que "o governo não vacilará em sua determinação de levar à Justiça todos os que perpetraram atos de violência hoje e no passado".
Caleb Olubolad, ministro do Interior nigeriano visitou uma das igrejas atacadas e afirmou que tudo se passa "como se ocorresse uma guerra interna no país". "Devemos estar realmente à altura e enfrentar a situação".
A Casa Branca denunciou os atentados: "Condenamos estes ataques violentos e sem sentido e a trágica perda de vidas no dia de Natal. Oferecemos nossos pêsames sinceros ao povo nigeriano e especialmente para aqueles que perderam familiares e entes queridos", disse Jay Carney, porta-voz da Casa Branca,
William Hague, Ministro das Relações Exteriores britânico disse que os atos de terrorismo "foram ataques covardes contra famílias reunidas em paz e em oração para celebrar um dia que simboliza harmonia e boa vontade entre os homens pessoas".
O ministro do Exterior da Alemanha, Guido Westerwelle, disse que "mesmo no dia de Natal, o mundo não é poupado da covardia e do medo do terrrorismo."
Dirigentes da França, Itália e Israel também criticaram os ataques.

Nenhum comentário: