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quarta-feira

Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento - modo correto de realizar

 

Convém, antes de tudo, notar que a adoração ao Santíssimo NÃO é um ato litúrgico. Ela pode ser INSERIDA em um ato litúrgico, isso sim.

Tanto é verdade que se pode adorar o Santíssimo no tabernáculo, em uma visita eucarística etc.

Pois bem, passemos aditante.

O Rito da Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento, previsto no Ritual Romano, consta de duas formas: a exposição simples e a exposição solene. Diferem-se porque a simples é feita com o Santíssimo no cibório, enquanto a solene é feita com o Santíssimo no ostensório, e também porque a solene pede pluvial, enquanto a simples não. Na forma solene, o incenso é obrigatório. Na simples, facultativo.

Em ambas as formas, segue-se o mesmo esquema: exposição, adoração, bênção, reposição.

A exposição simples pode ser feita por um sacerdote, por um diácono, ou, em casos extraordinários, por um leigo. Sendo feita por um leigo, não dá a bênção, terminando o rito com a mera reposição.

Já a exposição solene só pode ser feita por sacerdote e diácono.

Servem ao ministro da exposição alguns acólitos, idealmente, na forma solene, em número de três (podendo ser dois ou até um, em caso de necessidade).

O sacerdote e o diácono, ministros ordinários da Exposição do Santíssimo, usarão ou ALVA (com ou sem CÍNGULO, com ou sem AMITO), caso não estejam de veste talar, ou, quando com ela estiverem, vestirão por cima a SOBREPELIZ. Quer usem alva, quer usem veste talar com sobrepeliz, sempre estarão com a ESTOLA de cor branca. A veste talar do Bispo pode ser tanto a violeta quanto a preta com faixa violeta.

No fim da adoração, o sacerdote e o diácono vestirão o PLUVIAL de cor branca e, se for Exposição Solene, i.e., com ostensório, usarão o VÉU UMERAL, também branco, para segurá-lo ao dar a bênção. Na Exposição Simples, com cibório, não estará o ministro ordinário de pluvial, apenas com o véu umeral. Também se usa véu umeral para buscar o Santíssimo Sacramento quando se encontrar em outro local que não o da Exposição. Em qualquer procissão com o Santíssimo Sacramento no ostensório, o sacerdote ou diácono usará o pluvial.

O acólito, quer atue como auxiliar do ministro ordinário, quer como ministro extraordinário – nos casos previstos pela lei litúrgica –, usará ou a alva (e o cíngulo e o amito) ou a sobrepeliz sobre a veste a talar. Os demais leigos podem tanto vestir-se como o acólito, quanto se apresentar com sua roupa civil comum, mas adequada à solenidade da celebração litúrgica, ou ainda usar uma veste litúrgica aprovada pelo Ordinário.

Com base na Exposição Solene, sabe-se como fazer a simples, eis que basta tirar a obrigatoriedade do incenso, não usar pluvial, e mudar o ostensório pelo cibório.

Rito explicado da Exposição Solene

1. Exposição: O ministro, de alva e estola (ou batina, sobrepeliz e estola) abre o sacrário, com toda a reverência, e todos se ajoelham, em adoração ao Santíssimo Sacramento. Os acólitos vão ao seu lado. Entoa-se um canto eucarístico (exemplo: Ave verum Corpus, ou as primeiras estrofes do Pange Lingua, ou o Adoro te devote etc), enquanto o ministro coloca o Santíssimo Sacramento no ostensório, e este no local apropriado (um trono ou sobre o corporal que estará aberto no altar). O Santíssimo Sacramento é incensado, conforme o rito aprovado no Ritual Romano. O ministro, com o ministro e os acólitos versus Deum.

2. Adoração: O ministro e os acólitos podem ficar em adoração, mas sempre versus Deum, não "escondidos" atrás do altar, versus populum. Podem também se retirar. A adoração é livre: pode-se rezar o terço, ficar em silêncio, ler o Evangelho, fazer uma meditação, pregar, cantar, louvar etc. Geralmente é a parte do rito em que as características próprias de uma espiritualidade específica são postas "em prática". Pode-se também rezar um ofício da Liturgia das Horas, mas nunca, no rito romano moderno, a Santa Missa. Finda a adoração, o ministro e os acólitos se aproximam para rezar em silêncio. O ministro estará com o pluvial por cima das demais vestes.

3. Bênção: Todos cantam, de joelhos, diante do Santíssimo Sacramento, um hino eucarístico, de preferência o Tantum Ergo (i.e., as duas últimas estrofes do Pange Lingua), quer uma das suas melodias gregorianas, quer uma versão do mesmo hino em polifonia, quer ainda sua versão popular (em latim ou vernáculo). Na segunda estrofe, o ministro levanta-se e incensa o Santíssimo Sacramento, com o auxílio do acólito, se houver. Os demais fiéis permanecem de joelhos. Depois de incensar e cantar o Tantum Ergo, o ministro diz: "Do céu lhes destes o pão." E todos respondem: "Que contém todo o sabor." E o ministro: "Oremos: Senhor Jesus Cristo, que neste admirável sacramento...", terminando com "Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos", ao que todos respondem: "Amém." O acólito coloca o véu umeral no ministro, por cima do pluvial. Segurando o ostensório com o véu umeral, o ministro, auxiliado pelo acólito, abençoa a todos com o Santíssimo Sacramento, que é incensado segundo as rubricas. Em seguida, podem-se rezar preces conforme a devoção pessoal ou estiver estabelecido a conferência episcopal: no Brasil, reza-se o "Bendito seja Deus", em português ou latim. Nessas preces, o ministro fica, novamente, ajoelhado.

4. Reposição: O ministro e os acólitos se levantam. O ministro, então, abre a luneta do ostensório, e pega o Santíssimo, colocando-o no cibório, e guardando-o no tabernáculo, enquanto se pode cantar um canto eucarístico (por exemplo, o Adoremus in aeternum)

Velas

No mínimo duas, mas o normal são quatro para a exposição simples e seis para a solene.

Pode-se apagar a luz, mas vejo sentido e vai contra a tradição litúrgica romana, além de criar um clima "emocional" demais. As trevas são características do Ofício de Leituras e Laudes celebrados conjuntamente na Quinta, Sexta e Sábado Santos, não da Exposição. Mas, se for pastoralmente conveniente, as rubricas não proíbem.

Presença do ministro durante a adoração no Rito

A exposição solene (i.e., com ostensório) é feita SEMPRE por diácono ou sacerdote. Mas ele não precisa ficar todo o tempo na adoração. O diácono ou sacerdote expõe, depois pode se retirar, e volta só na hora da reposição. Na adoração perpétua, essa reposição é feita por ocasião da Missa, se houver, ou quando não tiver mais ninguém em oração, ou ainda em momento determinado pelos costumes locais.

Procissão com o Santíssimo

Se houver procissão do Santíssimo, ela é feita antes da bênção, como forma de adoração, ou mesmo depois da bênção. O primeiro caso é o mais comum. Se o Santíssimo está em outro local, a procissão é o tempo que decorre de sua retirada até a colocação em exposição para adoração. Todas essas formas são lícitas.

Mas é preciso atentar para uma coisa. Se na exposição sem procissão, o padre vai até o tabernáculo que está no próprio local e retira o Santíssimo para colocar no ostensório, sem estar com pluvial nem umeral (apenas alva e estola, ou batina, sobrepeliz e estola), no caso de estar o Santíssimo em outro local, já que há procissão, ele estará, desde o início dela, com pluvial e umeral. Não basta só um deles. Nem se pode deixar os dois. O mesmo para procissões antes ou depois da bênção: procissão eucarística sempre é com pluvial e umeral.

Pode-se fazer em locais fechados ou abertos.

Umbela e baldaquino

A sombrinha é a umbela (isso, sem o "r", mas a origem etimológica é a mesma), também chamada pequeno pálio. Já a cobertura maior, com as hastes laterais, é o baldaquino móvel, dossel ou grande pálio.

É obrigatório quando a procissão é feita em local aberto. Facultativa em local fechado.
 
 
 

Benção do Santíssimo Sacramento

V.: Oremos pelo nosso Santo Padre, o Papa Bento XVI.
R.: o Senhor o guarde e lhe conceda longa vida, torne-o feliz na terra e não o deixe cair sob a ira dos seus inimigos.

V.: Tu és Pedro (aleluia).
R.: E sobre esta pedra edificarei a minha Igreja. (aleluia)

Oremos: Deus, pastor e guia de todos os fiéis, olhai propício para o vosso servo o Papa Bento XVI, que constituístes pastor de vossa Igreja. Concedei-lhe, vos suplicamos, a graça de edificar seus súditos com suas palavras e exemplos, a fim de que, com o rebanho que lhe foi confiado, alcance a vida eterna. Por Cristo, Senhor nosso.
R.: Amém.

V.: Oremos por nosso bispo Dom...
R.: Que ele permaneça firme e apascente o seu rebanho na vossa fortaleza, Senhor, na sublimidade de vosso nome.

V.: Tu és sacerdote para sempre, (aleluia).
R.: Segundo a ordem de Melquisedeque.

Oremos: Ó Deus que velais sobre o vosso povo com bonda­de e o conduzis com amor, dai o Espírito de sabedoria e a abundância de vossas graças a vosso servo Dom..., nosso prelado, a quem confiastes o cuidado de nossa direção espiri­tual, para que ele cumpra fielmente junto de nós os deveres do ministério sacerdotal e receba na eternidade a recompen­sa de um fiel dispensador. Por Cristo, Senhor nosso.
R.: Amém.

TÃO SUBLIME SACRAMENTO
(ao iniciar o canto, se incensa o Santíssimo)

Tão sublime sacramento
adoremos neste altar.
Pois o Antigo Testamento
deu ao novo o seu lugar.
Venha a fé, por suplemento
os sentidos completar.
Ao Eterno Pai cantemos e a Jesus, o Salvador:
ao Espírito exaltemos,
na Trindade eterno amor;
Ao Deus Uno e trino demos a alegria do louvor. Amém.

V.: Do céu lhes destes o Pão. (aleluia)
R.: Que contém todo sabor. (aleluia)

Oremos: Deus, que neste admirável Sacramento, nos deixastes o memorial da vossa paixão, concedei-nos tal vene­ração pelos sagrados mistérios do vosso Corpo e do vosso Sangue, que experimentemos sempre em nós a sua eficácia redentora. Vós, que viveis e reinais pelos séculos dos sécu­los.
R.: Amém.

Com o véu umeral o Ministro Ordenado traça sobre nós o sinal da cruz, depois volta a ajoelhar-se e reza assim:  


Bendito seja Deus.
Bendito seja o seu Santo Nome.
Bendito seja Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
Bendito seja o nome de Jesus.
Bendito seja o seu Sacratíssimo Coração.
Bendito seja o seu preciosíssimo sangue.
Bendito seja Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento do altar.
Bendito seja o Espírito Santo Paráclito.
Bendita seja a grande Mãe de Deus Maria Santíssima.
Bendita seja a sua Santa Imaculada Conceição.
Bendita seja a sua gloriosa Assunção.
Bendita seja o nome de Maria Virgem e Mãe.
Bendito seja São José, seu castíssimo esposo.
Bendito seja Deus nos seus Anjos e nos seus Santos.

Deus e Senhor nosso protegei a vossa Igreja, dai-lhe santos pastores e dignos ministros. Derramai as vossas bênçãos, sobre o nosso santo padre, sobre o nosso bispo, sobre o nosso Pároco, sobre todo clero, sobre o chefe da Nação e do Estado e sobre todas as pessoas constituídas em dignidade para que governem com justiça. Dai ao povo brasileiro paz constante e prosperidade completa. Favorecei, com os efeitos contínuos de vossa bondade, o Brasil, a paróquia em que habitamos, a cada um de nós em particular, e a todas as pessoas por quem somos obrigados a orar ou que se reco­mendaram às nossas orações. Tende misericórdia das almas dos fiéis que padecem no purgatório. Dai-lhes, Senhor, o des­canso e a luz Eterna.

Pai nosso... Ave Maria... Glória ao Pai.




Hinos para a Adoração ao Santíssimo Sacramento
GLÓRIA A JESUS NA HÓSTIA SANTA Glória a Jesus na Hóstia Santa, que se consagra sobre o altar;/ E aos nossos olhos se levanta para o Brasil abençoar.
Que o Santo Sacramento, que é o próprio Cristo Jesus,/ Seja adorado e seja amado nesta terra de Santa Cruz.
Glória a Jesus, Deus escondido, que vindo a nós na comunhão,/ purificado, enriquecido, deixa-nos sempre o coração.
Podes Reinar
Senhor, eu sei que é teu este lugar, todos querem te adorar, toma Tu a direção. Sim ó vem ó Santo Espírito espaços preencher. Reverência a Tua Vós vamos fazer.

Podes reinar Senhor Jesus, ó sim. o teu poder teu povo sentirá, que bom,
Senhor, saber que estás presente aqui. Reina Senhor, neste lugar.

Visita cada irmão, ó meu Senhor, dá-lhe paz interior e razões pra te louvar. Desfaz todas tristezas. Incerteza, desamor, glorifica o teu nome, ó meu Senhor.

BENDITO,LOUVADO SEJA

Bendito, louvado seja (bis)
o Santíssimo Sacramento (bis)

Os anjos, todos os santos (bis)
louvem a Deus para sempre amém (bis)

Ó fica comigo, Jesus Salvador/ no Sacramento, Eterno Amor.

LENTA E CALMA

Lenta e calma sobre a terra, desce a noite e foge a luz/ Quero agora despedir-me, boa noite, meu jesus.
Ó, Senhor, dai-nos a benção e do mal que nos seduz/ Aos meus pais e a mim guardai: boa noite, meu jesus.
A teus pés, ó Virgem pura, peço a benção maternal./ Boa noite, Mãe querida, boa noite, meu Jesus.
FIZESTE-NOS, SENHOR, PARA VÓS
Fizeste-nos, Senhor, para vós, e o nosso coração está Inquieto,/ enquanto não descansar em vós, Senhor/ enquanto não descansar em vós.
Antes de tudo, meus caríssimos irmãos/ a Deus amemos e ao próximo depois,/ pois estes são os principais mandamentos/ que do Senhor Jesus, nós todos recebemos.
Primeiramente, isto é o que vos prescrevemos/ a todos que em comunidades vos reunis/ vivei unidos no amor, numa só casa/ numa só alma e num só coração.
PROVA DE AMOR MAIOR NÃO HÁ
Prova de amor maior não há,
que doar a vida pelo irmão.

Eis que Eu vos dou o Meu novo mandamento:
“Amai-vos uns aos outros, como Eu vos tenho amado!”

Vós sereis os meus amigos, se seguirdes Meu preceito:
“Amai-vos uns aos outros, como Eu vos tenho amado!”

Permanecei em Meu amor e segui Meu mandamento:
“Amai-vos uns aos outros, como Eu vos tenho amado!”

ORAÇÃO VOCACIONAL
Senhor Jesus Cristo, que inspirastes a Santo Agostinho o desejo de vos servir fielmente como religioso e sacerdote. Te pedimos, que infundas nos corações dos jovens o desejo de seguir teus passos, para servir a ti e a tua Igreja, levando ao mundo o teu Nome e a tua Mensagem.  Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Amém.
ORAÇÃO PELOS MEMBROS DA CONFEDERAÇÃO DOS CÔNEGOS REGULARES DE SANTO AGOSTINHO
Ó  Deus que chamastes Santo Agostinho das trevas do erro para ser luz de tua Igreja, te pedimos por nós, membros da grande família canonical regular, que sintamos o Dom de tua alegria que move nossos corações para aproximar-se mais perto de ti. Te pedimos, por Nosso Senhor Jesus Cristo na unidade do Espírito Santo. Amém.

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