DOMINGO DE RAMOS
Preparar:
¨ Ramos
para toda comunidade (e o suficiente que sobre para fazer as cinzas da
quarta-feira de cinzas do ano seguinte);
¨
Paramentar como de costume, sendo que, a cor litúrgica é vermelha;
¨
Turíbulo, fogo, naveta com incenso (turiferário);
¨ Cruz
de procissão (cruciferário)
¨
Castiçais (acólitos)
¨ O
sacerdote ao invés de usar casula durante a procissão deverá usar a capa de
asperge;
¨
Objetos Sagrados para à Santa Missa como de costume.
Procissão:
¨ À hora devida,
faz-se a concentração numa igreja menor ou noutro local apropriado fora da
igreja para onde se dirige a procissão. Os fiéis tenham nas mãos os ramos.
¨ No lugar mais
conveniente o celebrante reveste os paramentos de cor vermelha para a missa.
Usa-se a capa de asperge, após a procissão tira-se a mesma, revestindo-se com a
casula. Após ter se paramentado, o celebrante dirige-se até o local da bênção
dos ramos, com o canto apropriado (Hosana)
¨ Terminado o
canto, o celebrante de pé, voltado para o povo, começa: “Em nome do Pai, do
Filho, e do Espírito Santo”. Saúda o povo como de costume e profere a
exortação introdutória.
¨ Após a exortação,
o celebrante de mãos estendidas diz a oração da benção dos ramos e, sem nada
dizer, asperge os ramos com água benta.
¨ Depois da benção
dos ramos e antes da proclamação do Evangelho podem-se distribuir os ramos aos
presentes, enquanto isso se executa um canto apropriado.
¨ Em seguida o
celebrante deita incenso no turíbulo e se faz a proclamação do Evangelho da
entrada de Jesus em Jerusalém, segundo um dos quatro evangelistas: Ano “A”, Ano
“B” ou Ano “C”.
¨ Após o Evangelho,
poderá haver breve homilia.
¨ Antes de iniciar
a procissão, o celebrante poderá proferir a exortação: “Meus irmãos imitando o povo…” nos mesmos termos do Missal Romano,
ou noutros termos equivalentes; e inicia-se a procissão em direção à igreja
onde vai ser celebrada a missa. À frente vai o turiferário com o turíbulo
fumegando, a seguir, o cruciferário ladeado de dois acólitos com os castiçais
com as velas devidamente acesas, após virão os demais ministros, Diáconos, o
celebrante e o povo juntamente com seus ramos.
¨ Enquanto a
procissão avança, podem-se executar os cantos indicados no missal ou outros
adequados. No momento em que a procissão entra na igreja, canta-se o
responsório: “Ouvindo o povo que Jesus…” ou outro canto alusivo ao ingresso do
Senhor.
¨ Chegando ao
altar, o celebrante entrega o ramo a um dos ministros, venera o altar,
incensa-o. Dirige-se à sede e ali, deixa-se a capa e reveste-se a casula.
Omitidos os ritos iniciais da Missa,
conclui a procissão recitando a coleta da Missa. Caso queira, o celebrante pode
tirar a capa e vestir a casula à sua chegada ao altar, antes da costumada
reverência.
¨ Prossegue-se a
Santa Missa como de costume.
QUINTA FEIRA SANTA
M I S S A
V E S P E R T I N A
«IN COENA DOMINI»
1.— RITOS INICIAIS E
LITURGIA DA PALAVRA
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(Esta Missa
tem «Glória»).
— I. Leitura (Ex. 12,
1-8, 11-14);
— Salmo Resp. (Sl. 115, 12-13, 15-16bc,
17-18);
— II. Leitura (I
Cor. 11, 23-26);
— EVANGELHO (Jo. 13, 1-15).
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2.— RITO DO LAVA-PÉS
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Antífonas ao «lava-pés»:
— «Domine, Tu mihi lavas pedes?»;
— «Jesus erguendo-se na ceia, jarro...»;
— «Eu vos dou um novo mandamento».
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3.— ORAÇÃO DOS FIEIS
|
|
4.— LITURGIA EUCARÍSTICA
|
— Ao Ofertório, canta-se o Hino «Onde há amor e a caridade, Deus aí está».
— No Canon
Romano, «Communicantes» e «Hanc igitur» próprios;
também nas Preces Eucarísticas II e III se fazem as comemorações próprias.
— Na comunhão,
canta-se o Hino «Ele não
disse: Isto é como se fosse»
— «Bem vindos a mesa do Pai...»
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5.— TRASLADAÇÃO DO
SSMº. SACRAMENTO
|
(Procissão Eucarística para o lugar da
Reserva, cantando-se o Hino «Vamos
todos louvar juntos»).
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6.— DESNUDAÇÃO
DOS ALTARES
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(em privado).
|
Sentido: Com esta missa a Igreja começa o
Tríduo Pascal e se esforça vivamente para renovar aquela última ceia, mediante
a qual o Senhor Jesus ofereceu seu Corpo e seu Sangue a Deus Pai sob as
espécies do pão e do vinho. Nesta ceia também Jesus institui o sacerdócio
ministerial e dá a seus discípulos o mandamento novo do amor.
Preparar:
a)
No presbitério: todo o necessário para a missa; as âmbulas com hóstias para
serem consagradas (é preciso lembrar que nesta missa se consagram as hóstias
que serão distribuídas na Celebração da Paixão do Senhor – 6ª feira santa); véu
umeral (ou de ombros); velas para procissão após a missa; matracas.
b)
No lugar do “lava-pés”: cadeiras para os homens designados; jarra com água e
bacia; toalhas para secar os pés e o necessário para que o padre depois do
“lava-pés” lave-se as mãos e o gremial para o sacerdote (espécie de avental
para momentos determinados na liturgia).
Descrição
do Rito:
A entrada na Igreja e a Liturgia da
Palavra se desenvolvem como de costume.
Lembrando:
Ordem na procissão de entrada: o
turiferário com o turíbulo fumegante; um acólito com a cruz; outros acólitos
(pelo menos dois) ladeando a cruz com as velas; os outros ministros e o
sacerdote.
Quando se chega ao altar, faz-se a
reverência devida e depois do padre beijar o altar o turiferário oferece o
turíbulo a ele para que incense o altar. Acabada a incensação todos tomam seus
lugares e o ministro do livro apresenta o Missal para que o sacerdote inicie a
Santa Missa.
Enquanto se canta o Glória tocam-se
os sinos da Igreja (inclusive as sinetas) que se calarão até a Vigília Pascal.
Segue-se normalmente a Missa até a homilia inclusive. Terminada esta, inicia-se
o lavatório dos pés. O sacerdote deixa a casula, cinge-se com o gremial e se
aproxima de cada homem, derrama água sobre seus pés e seca-os com a ajuda dos
ministros, enquanto isso se cantam as antífonas apropriadas.
Depois do lavatório dos pés o
sacerdote regressa à sede e lava as mãos e volta a colocar a casula. Em seguida
faz a oração dos fiéis, já que nesta Missa não se diz o credo.
Desde a preparação dos dons até a
Comunhão inclusive tudo se faz como de costume. Terminada a comunhão dos fiéis,
deixa-se sobre o altar a(s) âmbula (s) com as hóstias e se diz a oração para
depois da comunhão.
Dita esta oração e omitidos os ritos
finais, o sacerdote de pé, diante do altar, põe incenso no turíbulo, abençoa-o
e de joelhos incensa o Santíssimo Sacramento.
A seguir recebe o véu umeral, sobe ao
altar, faz genuflexão, toma a âmbula com suas mãos cobertas com as extremidades
do véu.
Organiza-se a
procissão para levar o Santíssimo para o lugar preparado. Nessa procissão, a
ordem é a seguinte: o ministro que leva a cruz vai à frente acompanhado dos
acólitos que levam velas, a seguir o turiferário com o turíbulo fumegante; o
sacerdote que leva o Santíssimo Sacramento ladeado de velas. Ao chegar a
procissão ao lugar preparado, o sacerdote coloca a âmbula sobre o altar ou no
sacrário, cuja porta permanece aberta; e enquanto se canta oTantum ergo, o
sacerdote ajoelhado incensa o Santíssimo Sacramento. Fecha-se a porta do
sacrário. Depois de algum tempo de adoração silenciosa todos se levantam e,
feita a genuflexão, voltam para a sacristia.
No devido momento se desnuda o altar,
e se for possível, retiram-se as cruzes da Igreja (ou então sejam cobertas).
SEXTA-FEIRA SANTA
1.— LITURGIA DA PALAVRA
|
— Prostração;
— Oração Coleta;
— I. LEITURA (Is. 52, 13-53, 12);
— Salmo Resp. (Sl. 30, 2, 6, 12-13,
15-16, 17,25);
— II. LEITURA (Hb. 4, 15-16, 5, 7-9);
— PAIXÃO SEGUNDO S. JOÃO (Jo.
18, 1-19, 42).
|
2.— ORAÇÕES SOLENES
(Introduzidas por um Diácono, caso a
comunidade o tenha, ou por um ministro instituído)
|
I. Pela Santa Igreja;
II. Pelo Papa;
III. Por todos os ministros e fiéis;
IV. Pelos Catecúmenos;
V. Pela Unidade dos Cristãos;
VI. Pelos Judeus;
VII. Pelos que não crêem em Cristo;
VIII. Pelos que não crêem em Deus;
IX. Pelos governantes;
X. Pelos atribulados.
|
3.— ADORAÇÃO DA CRUZ
|
— Apresentação da Santa Cruz,
c/Invit. «Eis o Lenho da Cruz...»;
— Adoração da Cruz.
— Canta-se «Perdão meu Jesus»;
— «Prova de
amor»
|
4.— RITOS DA COMUNHÃO
|
— Trasladação do Santíssimo;
— «Pai Nosso» e embolismo;
— «Feliz os convidados para...» e COMUNHÃO;
— Canta-se «Vós sois meu Pastor ó Senhor»
— Orações «postcommunio» e «super
populum». Não tem benção
|
Sentido: Este é o dia em que “foi imolado o
Cristo, nossa Páscoa” (I Cor 5,7). A Igreja, ao olhar a Cruz de seu Senhor e
Esposo, comemora seu próprio nascimento e sua missão de estender a toda a
Humanidade os efeitos fecundos da Paixão de Cristo, que hoje celebra, dando
graças por tão inefável dom.
Esta celebração consta de três
partes: Liturgia da Palavra, adoração da Cruz e Sagrada Comunhão. O altar deve
estar descoberto por completo: sem cruz, sem velas e sem toalhas.
Preparar:
a) Na sacristia:
paramentos vermelhos.
b) No lugar
conveniente: Cruz (velada); dois candelabros.
c) No presbitério:
Missal, lecionário, toalha, corporal, tapete (para a prostração).
d) No lugar onde
fica o Santíssimo: véu umeral, dois candelabros.
Descrição
dos Ritos:
1) Ritos Introdutórios:
O sacerdote juntamente com os
ministros dirige-se para o altar em silêncio.
Chegados ao altar o sacerdote faz a
reverência devida, prostra-se, ou se julgar conveniente, ajoelha-se num
genuflexório e ora em silêncio por alguns momentos. O que o sacerdote reza?
Pedindo perdão pelo pecado do mundo. O povo permanece de joelhos.
A seguir o sacerdote, dirigindo-se à
sede, com as mãos estendidas diz a oração prevista e logo se senta.
2) Liturgia da Palavra:
Procede-se às respectivas leituras.
Na leitura da Paixão do Senhor, quando se anuncia a morte de Jesus todos se
ajoelham e faz-se uma pausa. Terminada a leitura, não se beija o livro.
Homilia. Terminada a homilia o
sacerdote, na sede ou junto ao altar, com as mãos estendidas dirige a oração
universal como se propõe no Missal, sendo introduzidas pelo diácono.
Os fiéis podem permanecer de pé ou de
joelhos durante todo o tempo das orações.
3) Adoração
da Santa Cruz
A seguir, faz-se a apresentação e
adoração da Santa Cruz, com uma das formas propostas no Missal.
¨Primeira forma de apresentação da Cruz: o
sacerdote recebe a cruz coberta e, junto ao altar, em três momentos sucessivos
a descobre e a apresenta para a adoração dos fiéis, repetindo a cada vez o
convite: Eis o lenho da Cruz.. Ao que
todos respondem: Vinde Adoremos. Terminado
o Canto, ajoelham-se e durante breve tempo adoram em silêncio a Cruz. Depois a
cruz é levada pelo presbítero à entrada do presbitério, acompanhada por dois
acólitos com velas acesas, e a coloca ali ou a entrega aos ministros para que a
sustentem levantada entre velas acesas colocadas à direita e à esquerda.
¨Segunda forma de apresentação da Cruz: o sacerdote,
acompanhado pelos acólitos, vai à porta da igreja onde toma a cruz descoberta.
Os acólitos trazem consigo velas acesas, e faz-se a procissão pela igreja até o
presbitério. Perto da porta da igreja, na metade e à entrada do presbitério, o
sacerdote eleva a cruz cantando o invitatório: Eis o lenho da Cruz.. Ao que
todos respondem: Vinde Adoremos. Depois
de cada resposta todos se ajoelham e adoram em silêncio durante breve tempo.
Depois se deixa a Cruz à entrada do presbitério, como se disse anteriormente,
para a adoração.
Para a adoração da cruz, o celebrante
deixando a casula e, se julgar conveniente, os sapatos aproxima-se em primeiro
lugar, faz a genuflexão diante da cruz, beija-a e volta à sede onde volta a
calçar-se e se reveste com a casula.
Depois do sacerdote passam adorando a
cruz os ministros e depois os demais fiéis.
4) Sagrada Comunhão:
Terminada a adoração, leva-se a cruz
a seu lugar, perto do altar. As velas acesas são colocadas junto ao altar, ou
junto à cruz. Sobre o altar se estende uma toalha e se coloca um corporal e o
Missal.
Depois vai se buscar o Santíssimo
Sacramento no lugar onde ficara reservado. Dois acólitos com velas acesas
acompanham o Santíssimo Sacramento e as deixam (as velas) sobre o altar. Na
igreja todos estão em silêncio. Uma vez estando as âmbulas sobre o altar e
descobrindo-as, faz-se a genuflexão. Diz-se o Pai-nosso com seu embolismo e se
distribui a Comunhão, como se indica no Missal. Terminada a comunhão reserva-se
novamente o Santíssimo Sacramento ou fora da igreja, no lugar anteriormente
preparado ou, se as circunstâncias exigirem, no sacrário. Depois de certo
período de silêncio, o sacerdote, de pé, diz a oração para depois da comunhão.
5) Rito de Conclusão:
Terminada a oração, depois da
comunhão, para a despedida, o sacerdote de pé, voltado para o povo e com as
mãos estendidas sobre o altar diz a oração correspondente.
Depois se faz genuflexão para a Cruz.
Todos se retiram em silêncio.
O altar se desnuda no tempo oportuno.
SÁBADO SANTO
1.— LUCERNÁRIO
(Liturgia da Luz)
|
— Bênção do Fogo Novo;
— Bênção do Círio Pascal;
— Procissão com o Círio
c/Invit. «Eis a Luz de Cristo»;
— PRECONIO PASCAL (pelo sacerdote)
|
2.— LITURGIA DA PALAVRA
(Leituras, Cânticos e Orações)
|
I. Gen. 1 — a Criação;
II. Gen. 22, 1-18 — o Sacrifício de Abraão;
III. Ex. 14-15 — a passagem do Mar Vermelho;
IV. Is. 54, 5-14 — a «Nova Jerusalém»;
V. Is. 55, 1-11 — a Salvação de Deus oferecida aos homens;
VI. Bar. 3, 9-15 — a Fonte de Sabedoria;
VII. Ezq. 36, 16-28 — Espírito Novo e coração novo;
— Canto do «Gloria in
excelsis» (tocam os sinos, as campainhas e o Orgão);
— Epístola (Rom. 6, 3-11);
— «Alleluia» e EVANGELHO:
— Ciclo «A»: Mt. 28, 1-10;
|
3.— LITURGIA BATISMAL
|
— Ladainha de Todos-os-Santos;
— Bênção das águas;
— Rito do BATISMO (se houver batizandos);
— Renovação das Promessas do Batismo
e aspersão
(Não se diz «Credo»).
|
4.— ORAÇÃO DOS FIEIS
|
|
5.— LITURGIA EUCARISTICA
|
— OFERTÓRIO — Prece Eucarística I
(Canon Romano, c/ «Communicantes» e «Hanc igitur» próprios);
— RITOS DA COMUNHÃO:
«Pai Nosso» — «Agnus Dei» — COMUNHÃO
________________________
(Ao despedir o povo, o diácono diz:
«Ide em Paz, Alleluia, alleluia»;
O povo responde: «Demos graças a Deus, Alleluia, alleluia»).
|
Sentido: Segundo antiquíssima tradição, esta é
uma noite de vigília em honra do Senhor (cf. Ex 12,42). E, a vigília que nela
se celebra para comemorar a noite santa da ressurreição do Senhor, é
considerada como a “Mãe de todas as Santas Vigílias” (Santo Agostinho). Nela a Igreja,
vigiando espera a Ressurreição do Senhor e a celebra com os sacramentos da
iniciação cristã.
Preparar:
a) Para a bênção do fogo: fogueira fora
da igreja, onde o povo possa reunir-se; círio pascal; cinco grãos de incenso e
estilete; pavio para acender o círio com a chama do fogo novo; velas para os
participantes da vigília; pinças para que o turiferário possa tirar as brasas
do fogo novo e pô-las no turíbulo.
b) Para a proclamação da Páscoa:
pedestal para o círio, perto do ambão.
c) Para a liturgia batismal: recipiente
com água; quando se celebram os sacramentos da iniciação cristã: óleo dos
catecúmenos; vela batismal; Ritual Romano.
As luzes da Igreja se apagam.
1) Bênção do fogo e preparação do
Círio:
Sentido: celebração da luz, Cristo luz do
mundo, que vai dissipando nossas trevas.
O sacerdote e os ministros
aproximam-se do lugar onde o povo está reunido para a bênção do fogo. Um dos
acólitos leva o círio pascal. Não se levam nem cruz processional nem velas
acesas. O turiferário leva o turíbulo sem carvões. Chegados ao lugar, faz-se a
acolhida e a seguir, a bênção do fogo. O turiferário, a seguir, toma brasas do
fogo novo e as coloca no turíbulo. Em seguida, o celebrante vai pronunciar
sobre o círio as palavras prescritas, realizando os ritos estabelecidos. Após
estes ritos realizados sobre o círio, o celebrante com a ajuda do ministro
acende o círio tirando a chama do fogo novo, pronunciando as palavras
prescritas.
2) Procissão:
Depois de acender o círio pascal, o
celebrante põe incenso no turíbulo. Depois, recebe o círio das mãos do acólito
e começa a procissão para entrar na Igreja. Ordem:
- Turiferário com o turíbulo
fumegante;
- Celebrante com o círio pascal;
- Demais ministros;
- Povo
Todos levam em suas mãos as velas
apagadas.
Na porta da
Igreja, o celebrante, de pé e elevando o círio, canta: Eis a luz de Cristo,
e todos respondem: Demos graças
a Deus.
A seguir no meio da Igreja fará a
mesma coisa. Nesta segunda vez, todos acendem suas velas, comunicando o fogo
entre si.
Quando o celebrante
chega diante do altar, volta-se para o povo o por terceira vez canta: Eis a luz de Cristo,
e todos respondem: Demos graças a Deus.
Em seguida coloca o círio pascal sobre o candelabro preparado para isso perto
do ambão. Neste momento acendem-se as luzes da Igreja.
3) Proclamação Pascal: O celebrante põe incenso no turíbulo
e o abençoa. Toma o turíbulo e incensa o círio e o lecionário que está sobre o
ambão e canta a Proclamação da Páscoa. O povo permanece de pé e com as velas
acesas em suas mãos.
4) Liturgia da Palavra:
Sentido: apresenta uma breve história da nossa
salvação que se realiza plenamente em Cristo nesta noite.
Terminada a
proclamação da Páscoa, todos apagam suas velas e se sentam. Antes do início das
leituras pode-se fazer o comentário. Nesta Vigília são propostas 9 leituras: 7
do Antigo Testamento e 2 do Novo testamento: a Epístola e o Evangelho. A cada
leitura do AT corresponderá um Salmo e uma oração coleta. Terminada a última
leitura do AT com seu responsório próprio e a oração correspondente, acendem-se
as velas do altar e entoa-se solenemente o Hino Glória
a Deus nas alturas. Enquanto se entoa o Glória tocam-se os
sinos e sinetas da Igreja. Terminado o hino o celebrante diz a oração da
coleta. Em seguida se senta para a leitura da Epístola. Terminada a Epístola,
todos se levantam e o celebrante entoa solenemente o Aleluia por três vezes. O
povo, depois de cada vez o repete. A seguir diz-se o salmo. Logo se lê o
Evangelho. Pode se usar o turíbulo, porém não se levam velas para a leitura do
Evangelho.
Depois do Evangelho, faz-se a homilia
e em seguida procede-se à liturgia batismal.
5) Liturgia Batismal:
Sentido: participamos da vida nova em
Cristo, pela ação santificante dos sacramentos.
A liturgia batismal se celebra na
fonte batismal ou no presbitério mesmo. A seguir, chamam-se os catecúmenos, se
os houver, com seus pais e padrinhos em caso de crianças. Em seguida os
cantores cantam as ladainhas às quais todos respondem estando de pé, em razão
do tempo pascal.
Terminadas as
ladainhas, o celebrante, perto da fonte batismal, com suas mãos estendidas
procederá à bênção, enquanto diz: Nós vos pedimos, ó Pai, que por
vosso filho desça sobre esta água a força do Espírito Santo, pode
introduzir o círio na água, uma ou três, como se diz no Missal. Depois disso,
caso haja celebração dos sacramentos do batismo e da crisma, procede-se à
administração desses sacramentos. Terminada a celebração, ou caso não se
celebrem esses sacramentos, depois da bênção da água, o celebrante, de pé,
voltado para a assembléia, recebe dos fiéis a renovação das promessas do
batismo.
6) Renovação das Promessas
Batismais:
Os fiéis, de pé, levam em suas mãos
velas acessas. O celebrante fará o interrogatório correspondente à Renovação
das promessas batismais.
Terminada a renovação das promessas o
celebrante fará a aspersão sobre o povo com a água benta, percorrendo a igreja,
enquanto se canta um hino de índole batismal.
Terminada a aspersão, o celebrante
retorna à sede, de onde, omitindo o credo dirigirá a oração universal.
7) Liturgia da Eucaristia:
Em seguida, tem início a Liturgia da
Eucaristia, que se celebra segundo o rito de costume.
8) Despedida:
Para a despedida dos fiéis, agrega-se
um duplo Aleluia.
Para a bênção final da Missa, o
celebrante poderá empregar a fórmula de bênção solene para a Missa da Vigília
Pascal, proposta no Missal.
Apêndice:
Incensação
O rito de incensação expressa
reverência e oração, como se dá a entender no Sl 140,2 e em Ap 8,3.
¨ Em
que momentos se usa o incenso na Missa?
- Durante a procissão de entrada;
- No começo da Missa para incensar o
altar;
- Para a procissão e proclamação do
Santo Evangelho;
- Na preparação dos dons para
incensar as oferendas, o altar, a cruz, o celebrante (e concelebrantes) e o
povo;
- No momento de mostrar a hóstia e o
cálice, depois da consagração.
O celebrante se está na sede,
senta-se para por incenso no turíbulo. O ministro apresenta-lhe a naveta e após
depositar o incenso no turíbulo o celebrante abençoa o incenso com o sinal da
cruz, sem dizer nada. Para passar o turíbulo ao celebrante, o turiferário
coloca a parte superior das correntes na mão esquerda do celebrante e a parte
inferior na direita.
¨ Como
incensar?
Antes e depois de incensar, faz-se
inclinação profunda à pessoa ou objeto que se incensa; excetuam-se o altar e as
oferendas para o sacrifício da Missa.
Aquele que incensa segura com a mão
esquerda as correntes por sua parte superior, e com a direita, as mesmas,
juntas, perto da parte inferior do turíbulo e o sustenta de tal maneira que
possa movê-lo comodamente. Importante lembrar que a incensação deve ser feita
com dignidade e decoro, sem mover o corpo ou a cabeça. Terá a mão esquerda que
sustenta a parte superior das correntes – firme e estável sobre o peito; a mão
e o braço direito as moverão com a parte inferior de forma cômoda e contínua.
Com três movimentos duplos se
incensam: o Santíssimo Sacramento; as relíquias da Santa Cruz e as imagens do
Senhor expostas solenemente, também as oferendas, a cruz do altar, o livro dos
Evangelhos, o círio pascal, o celebrante, a autoridade civil que por ofício
está presente na celebração, o coro e o povo, o corpo do defunto.
Com dois movimentos duplos se
incensam as relíquias e imagens dos Santos expostas para a veneração pública.
O Santíssimo Sacramento se incensa de
joelhos. As relíquias e imagens se incensam depois da incensação do altar, no
início da Santa Missa.
MISSA NO DOMINGO
DE PÁSCOA
1.— RITOS INICIAIS E
LITURGIA DA PALAVRA
|
(Missa
própria, com «Glória» e «Credo»).
— I. Leitura (Act.
10, 34a, 37-43);
— Salmo Resp. (Sl. 117, 1-2, 16ab-17, 22-23);
— II. Leitura
(Col. 3, 1-4); (ou: I Cor. 5, 6b-8);
— Seq. «Victimae Paschali laudes»;
— «Alleluia»;
— EVANGELHO (Jo. 20,
1-9); (ou: Luc. 24, 13-35).
|
2.— «CREDO» E
ORAÇÃO DOS FIÉIS
|
|
3.— LITURGIA
EUCARISTICA
|
— Pref. Pascal I;
— No Canon
Romano, «Communicantes» e «Hanc igitur» próprios.
|
4.— RITO CONCLUSIVO
|
(Ao despedir o povo, o diácono diz:
«Ide em Paz, Alleluia, alleluia».
O povo responde: «Demos graças a Deus, Alleluia, alleluia»).
|
Breve Resumo das celebrações que acontece no Tríduo
O Tríduo pascal segundo a orientação litúrgica, começa
na tarde da quinta-feira santa com a missa na Ceia do Senhor e termina na
tarde de Páscoa com as vésperas solenes, tendo como oitava para
celebrar com a mesma potência o que ocorreu no domingo santo.
A Sexta-feira santa, em que se celebra a
morte do Senhor, e o Sábado santo em
que se recorda o repouso de Cristo no sepulcro, são dias “alitúrgicos”.
Nenhum sacramento deve ser ministrado, segundo as orientações litúrgicas
durante todo o dia da sexta-feira e do sábado santo, exceto o viático em caso
de morte.
O Domingo de Páscoa tem início com a
solene vigília que se desenrola durante a noite: constitui o cume do Tríduo
pascal e celebra festivamente, no mistério, a gloriosa Ressurreição do Senhor.
Na
quinta-feira santa, além da missa do Crisma, em que são abençoados “os santos
óleos”: dos catecúmenos, e da unção dos enfermos e consagrado o da crisma
(em geral no Brasil, rezada por motivo pastorais, na quarta-feira santa) é
celebrada a missa na Ceia do Senhor que lembra a instituição da eucaristia, a
primeira missa da história.
(Na solene
Missa canta-se o hino do Glória, durante o qual tocam-se os sinos que,
depois permaneceram em silêncio até a vigília pascal. Não se diz o creio.
Após
a homilia, o celebrante procede ao “lava-pés”, para lembrar o que Jesus fez na última Ceia, num
ato de amor e de serviço para com os apóstolos. A missa termina com a oração da
comunhão, à qual segue imediatamente a procissão para a “Transladação do SSmo. Sacramento à uma capela ou altar devidamente
preparados).
A solene Liturgia da sexta-feira santa é celebrada à tarde, pelas três horas,
a não ser que razões pastorais aconselhem horas mais tarde.
Comemoramos os dois aspectos do mistério da cruz, o sofrimento que prepara para a
glória da Páscoa e a humilhação e opróbrio de Jesus dos quais
promana sua glorificação.
Hoje já é
a Páscoa:
Cristo que morre na cruz, passa deste mundo ao Pai; do seu lado brota, para
nós, a vida divina, passamos da morte do pecado à vida de Deus. Tudo isso o
revivemos liturgicamente em três momentos: Liturgia da Palavra com leitura da Paixão, Adoração da cruz e Comunhão eucarística.
(Na
sexta feira santa “na paixão do Senhor” e, conforme a oportunidade também no
Sábado santo até a Vigília pascal, celebra-se a jejum pascal).
Vigília
pascal na noite santa. Por
antiquíssima tradição, esta é “a noite de vigília em honra do Senhor”. A noite
pascal é grande sacramento da vida do cristão. Não é vigília mas já é festa.
Desenrola-se
deste modo: depois de uma breve liturgia da Luz (primeira parte), a santa Igreja medita as
“maravilhas” que o Senhor fez por seu povo desde o princípio, e confia na sua
palavra e na sua promessa (liturgia da Palavra) até o momento em que, aproximando-se
o dia da ressurreição,
com só seus membros regenerados no batismo (terceira parte ou liturgia batismal), é convidada à mesa que o Senhor preparou
para seu povo por meio de sua morte e ressurreição (quarta parte liturgia eucarística).
A
missa da noite, mesmo que celebrada antes da meia noite, é a missa pascal do
domingo da Ressurreição.
No domingo
de Páscoa há duas missas: a primeira “na noite santa”, e constitui o ápice
da solene vigília pascal, a segunda “no dia” do domingo da Ressurreição.
(Com o canto do glória na noite de Páscoa, os sinos retomam seu som festivo; volta também o alegre canto do aleluia).
A cor das vestes litúrgicas é o branco na liturgia
da quinta-feira santa, da vigília Pascal e do domingo de Páscoa; o vermelho, na
liturgia da sexta-feira santa e no domingo de Ramos e da Paixão.
Org:
José Wilson Fabrício da Silva, crl
Fonte:
Missal Dominical;
Cerimonial
dos bispos;
Diretório
de Liturgia.