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quarta-feira

O sábado santo, tal como a sexta-feira santa, é um dia dito “alitúrgico”

O sábado santo, tal como a sexta-feira santa, é um dia dito “alitúrgico”, isto é, sem celebração da Eucaristia ou de outros sacramentos:    Neste dia a Igreja abstém-se absolutamente do sacrifício da Missa. A sagrada Comunhão só pode ser dada como Viático. Não é permitida a celebração do matrimônio nem dos outros sacramentos, exceto os da Penitência e da Unção dos doentes. (Carta circular n. 75: EDREL 3185). As várias horas da oração da Igreja convidam a contemplar o repouso de Cristo no sepulcro, na expectativa da celebração da sua ressurreição. Recomenda-se muito a celebração do Ofício de leitura e das Laudes matutinas com a participação do povo. Onde isso não for possível, prepare-se uma celebração da palavra de Deus ou um exercício de piedade adequado ao mistério deste dia (Carta circular n. 73: EDREL 3183).
           

Este é o dia do “grande silêncio”. A leitura patrística do Ofício de Leitura do Sábado Santo começa assim: “Um grande silêncio reina hoje sobre a terra; um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei dorme; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque Deus adormeceu segundo a carne e despertou os que dormiam há século”. O que mais chama a atenção é precisamente o aparente “vazio” deste dia: o silêncio dos sinos, o silêncio dos cânticos, os altares nus, os sacrários abertos e vazios, a ausência de celebrações... “No Sábado Santo, a Igreja permanece junto do sepulcro do Senhor, meditando na sua Paixão e Morte, e na sua descida aos infernos, e esperando na oração e no jejum a sua Ressurreição” (Carta circular n. 73: EDREL 3183).

segunda-feira

Hora Santa para o Tríduo Pascal


Orientações Gerais
Dividir as funções para cada parte das orações presente neste roteiro.
Respeitar a disposição de tempo que cada grupo tem, para que todos tenham uma frutuosa participação nestes santos mistérios.
Para melhor andamento da hora santa, pode-se omitir um ou outro número desse roteiro.


1-SAUDAÇÃO
Dirigente: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém.
Dirigente: Irmãos, eleitos segundo a presciência de Deus Pai, pela santificação do Espírito, para obedecer a Jesus Cristo e participar da bênção da aspersão de seu sangue, graça e paz nos sejam concedidas abundantemente.
Todos: Bendito seja Deus que neste momento nos reuniu no amor de Cristo.
Dirigente: Grande é o motivo de nos reunirmos hoje, diante do Senhor Sacramentado, neste Tríduo Pascal: juntos com toda a Igreja, vamos rezar pela Santificação do Clero, por nossas intenções particulares e pela edificação de nossa paróquia. Procuremos deixar as nossas preocupações de lado agora, para fazermos uma breve companhia a Jesus Hóstia Santa. Peçamos a ele que é o Bom Pastor por aqueles que Ele escolheu e chamou, fazendo-os ministros do Evangelho.
Todos (cantando): Senhor, tu me olhaste nos olhos, a sorrir, pronunciaste meu nome. Lá na praia, eu larguei o meu barco. Junto a ti, buscarei outro mar!  

2- Dirigente: Na mesma intenção, rezemos também por todos os consagrados e consagradas, para que vivam amando a nosso Senhor presente na Hóstia consagrada e na ação da Igreja.
Todos (cantando): Sim, eu irei e levarei teu nome aos meus irmãos. Iremos nós, e o teu amor vai construir, enfim, a paz!
Dirigente: E também rezemos por todo o povo perseguindo do Senhor, de modo que nunca se afastem do chamado de Deus e sempre realizem, em suas vidas, a vontade do Pai. Por todos os cristãos não católicos, que não reconhecem a real presença de nosso Senhor na Hóstia consagrada; por todos os católicos indiferentes com a semana santa. Peçamos perdão pelos que não pedem perdão, rezemos pelos que não rezam, adoremos pelos que não adoram e esperemos pelos que não esperam em Deus.
Todos (cantando): Eis-me aqui, Senhor! Eis-me aqui, Senhor! Pra fazer tua vontade, pra viver do teu amor, pra fazer tua vontade, pra viver do teu amor, eis-me aqui, Senhor!
(Coloquemos as nossas breves intenções particulares. Conclua-se esse momento de oração espontânea com o convite à oração do Salmo 129)

3-Dirigente: Não podemos deixar de olhar para o Senhor que está escondido nas espécies sagradas presente aqui, ao agradecermos o dom da vocação que recebemos dEle, também peçamos perdão por todas as vezes que, de alguma forma, não fomos fiéis à sua voz e não realizamos sua vontade em nossas vidas, deixando de ser instrumentos seus para os nossos irmãos e irmãs. 
Coro 1: Das profundezas eu clamo a vós, Senhor: escutai a minha voz!
Coro 2: Vossos ouvidos estejam bem atentos ao clamor da minha prece!
Coro 1: Se levardes em conta nossas faltas, quem haverá de subsistir?
Coro 2: Mas em vós se encontra o perdão, eu vos temo e em vós espero.
Coro 1: No Senhor ponho a minha esperança, espero em sua palavra.
Coro 2: A minh’alma espera no Senhor mais que o vigia pela aurora.
Coro 1: Espere Israel pelo Senhor mais que o vigia pela aurora,
Coro 2: Pois no Senhor se encontra toda graça e copiosa redenção.
Coro 1: Ele vem libertar a Israel de toda a sua culpa.
Todos: Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Dirigente: Deixemos este salmo fazer ressonância em nós, podemos muito brevemente citar algum versículo que falou ao nosso coração. (Não demorar muito aqui, pois a sequência do roteiro tem necessidade de prosseguir.)
4-Dirigente: Rezemos irmãos. Senhor, Por todas as vezes que deixamos de ouvir sua voz, não cumprindo a missão que vós nos confiastes, tende compaixão de nós.
Todos: Porque somos pecadores.
Dirigente: Porque, em muitas situações de nossa vida, nos esquecemos de que nosso chamado não é para nós mesmos, e não conduzimos o povo a Vós; te pedimos Senhor, que manifestai a vossa misericórdia.
Todos: E dai-nos a vossa salvação.
Dirigente: Senhor nosso Deus todo-poderoso, Vencedor, Consolador e Animador da Igreja,  tenha compaixão de nós, e nos dê a graça da conversão.
Todos: Amém.    

5-NOSSA RESPOSTA DE GRATIDÃO AO DEUS DE AMOR                                  
Dirigente: Confiantes na misericórdia e na providência do Senhor, façamos a nossa oração pessoal. Em silêncio, contemplemos a Deus presente no meio de nós na Eucaristia. (uns 3 min. De total silêncio) juntos, cantemos:
1.     Pelos prados e campinas verdejantes eu vou! É o Senhor que me leva a descansar. Junto às fontes de águas puras, repousantes, eu vou! Minhas forças o Senhor vai animar!
REFRÃO: Tu és, Senhor, o meu Pastor! Por isso nada em minha vida faltará.
2.     Nos caminhos mais seguros junto dele eu vou e pra sempre o seu nome eu honrarei! Se eu encontro mil abismos nos caminhos, eu vou! Segurança sempre tenho em suas mãos.
Leitor 1: Esta Hora Santa está especialmente dedicada para reparar o grande pecado daquele público numeroso que vivem uma mentalidade mundano-social e pecaminosa. Em Jesus na Eucaristia vemos uma lição de amor verdadeiro e de reparação solene, mas também uma lição, misericordiosa e severa às vezes, para tantos católicos que rezam e confessam no templo, mas que violam a Lei do Senhor em sua vida social.
Leitor 2: Aqui, diante de Jesus Hóstia Santa estamos vendo a cena que encheu de estupor aos anjos: como palácio, Nosso Senhor escolheu viver por um breve tempo em um cárcere…; por trono, uma cadeira…; por diadema, a dor…; por cetro, a chacota…; por côrte, os soldados… alvo das iras, dos sarcasmos e dos golpes, manso, majestoso e humilde, com olhos suplicantes e face de angústia, banhado em sangue, mas sedento de mais dor, aqui está Jesus…
Leitor 3:  “E assim, neste mesmo cárcere de amor – o sacrário – e de gloriosa ignomínia, vos surpreendemos, Senhor, neste depois de vinte e um séculos… Vosso Coração fez o milagre de perpetuar indestrutível o calabouço da Quinta-Feira Santa… Não trocaram, oh, Rei dos Reis!, nem os enfeites de vossa majestade escarnecida, nem os grilhões de amor que vos aprisionam, nem a corte que vos ultraja, nem menos ainda mudou Vós, Jesus, Amor dos amores, imutável em vosso propósito de ser nosso cativo até à consumação dos tempos… Quem quer trocar a rebeldia do pecado em cativeiro de caridade somos nós…
Dirigente: Por isso: Convertei-nos a Vós, Jesus Sacramentado.
Todos: Convertei-nos a Vós, Jesus Sacramentado.

6-ORAÇÃO PELOS SACERDOTES (CARDEAL LEME)

Lado 1: Deixai, ó Jesus, que em vosso Coração Eucarístico, depositemos as mais ardentes preces pelo nosso clero. Multiplicai as vocações sacerdotais em nossa pátria; atrai ao vosso altar os filhos do nosso Brasil; chamai-os como instância ao vosso ministério!

Lado 2: Ó Jesus, Bom Pastor, Vós, que viestes procurar e salvar o que estava perdido, instituístes o sacerdócio da Santa Igreja para que se perpetuasse a obra da redenção. Nós vos pedimos instantemente: mandai operários à vossa vinha, mandai sacerdotes dignos à Vossa Igreja, mandai irmãos religiosos, mandai irmãs religiosas.

Lado 1: Fazei que todos aquele que, desde a eternidade, escolhestes para o Vosso serviço sigam o Vosso chamamento, mas não permitais que um indigno suba os degraus do altar. Confirmai todos os sacerdotes e religiosos em sua árdua vocação e abençoai seus esforços e trabalhos.

Lado 2: Fazei que sejam o sal da terra, o sal que preserva da corrupção; que sejam a luz do mundo, que iluminem os fieis pela palavra e pelo exemplo. Dai-lhes sabedoria, paciência e fortaleza para que promovam a Vossa honra, propaguem o Vosso Reino nos corações do homens e conduzam a almas que lhes forem confiadas à vida eterna. Amém.


7-PALAVRA DE DEUS                                                                                              

 Leitor da Palavra: Durante essa hora devemos meditar nos sofrimentos do Senhor Jesus, principalmente na sua Agonia no Horto das Oliveiras. (Passio Domini)

Renovemos a leitura da narração desta agonia segundo os Evangelistas: (Mt 26,36-46 = Mc 14, 32-42 = Lc 22,39-46).

Perto do Monte das Oliveiras havia um lugar com um jardim cognominado de Getsêmani. Jesus ali penetrou com seus discípulos, depois da celebração da Ceia. 

Como ia ali muitas vezes orar com eles, aquele lugar era conhecido por Judas, que traía o Mestre.

Então Jesus disse a seus discípulos:
"Ficai aqui enquanto vou além para orar. Orai vós mesmos, para não sucumbirdes à tentação."
Levou com Ele somente Pedro e os filhos de Zebedeu, Tiago e João, e começou a sentir-se possuído de terror, desgosto, tristeza e de angústia.
"Minha alma está triste até à morte, dizia Ele, ficai aqui e velai comigo".
Depois afastou-se a pequena distância e, ajoelhando-se com a fronte em terra, rezou para que, se fosse possível, se afastasse d'Ele a hora que se aproximava.
"Meu Pai, se for possível, e tudo Vos é possível, afastai de mim este cálice. Seja, porém, feita a Vossa vontade e não a minha!"
Interrompeu a oração para ir ter com os discípulos, encontrando-os dormindo, diz a Pedro:
"Simão, tu dormes?"
Depois dirigindo-se aos outros dois:
"Então não pudestes velar uma hora comigo?... Levantai-vos, vigiai e orai para não entrardes em tentação; pois, se o espírito está pronto, a carne é fraca."
Afastou-se novamente e repetiu a mesma oração:
"Meu Pai, se este cálice não pode passar sem que Eu o beba, cumpra-se a Vossa Vontade!"
Voltou de novo aos discípulos e encontrou-os ainda dormindo; tinham os olhos pesados de sono.
Tendo-os deixado, orou pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras:
"Meu Pai, se o quiserdes, afastai de mim este cálice; Contudo, não se cumpra a minha vontade mas a Vossa."
Tinha entrado em agonia e sua oração tornava-se cada vez mais insistente. Veio-lhe como que gotas de sangue, rolando até a terra.
Então o Anjo vindo do Céu apareceu-Lhe e O confortou.
Pela terceira vez, Ele voltou a seus discípulos dizendo:
"Dormi e repousai. Basta! Chegada é a hora..."
"Eis que o filho do Homem vai ser entregue às mãos dos pecadores. Levantai-vos, vamos, aproxima-se aquele que me deve trair."

8-REFLEXÃO
Dirigente: Em uma quinta-feira Santa, Bento XVI dirigiu uma belíssima homilia aos sacerdotes, refletindo sobre a natureza própria da vocação à qual foram chamados. Vamos dedicar, neste momento, um espaço para ouvir trechos da homilia do Santo Padre e deixar que sua mensagem caia em nossos corações.
Leitor 1: “A Quinta-Feira Santa é o dia em que o Senhor confiou aos Doze a tarefa sacerdotal de celebrar, no pão e no vinho, o Sacramento do seu Corpo e do seu Sangue, até à sua volta. O mistério do sacerdócio da Igreja encontra-se no fato de que nós, pobres seres humanos, em virtude do Sacramento, podemos falar com o seu Eu: na pessoa do Cristo. Ele quer exercer o seu sacerdócio através de nós”.
Leitor 2: “No centro encontra-se o antiquíssimo gesto da imposição das mãos, com o qual Ele tomou posse de mim, dizendo-me: “Tu me pertences”. Mas com isto disse também: “Tu estás sob a proteção das minhas mãos. Tu encontras-te sob a proteção do meu coração. Tu estás conservado na palma da minha mão e é precisamente assim que te encontras na vastidão do meu amor. Permanece no espaço das minhas mãos e dá-me as tuas”.”
Todos (cantando)Toma minhas mãos: te peço! toma meus lábios: te amo! Toma minha vida! Ó Pai, teu sou! Teu sou!
(Momento para pausa e reflexão pessoal)
Leitor 3: “Além disso, recordemos que as nossas mãos foram ungidas com o óleo, que é o sinal do Espírito Santo e da sua força. Por que precisamente as mãos? A mão do homem é o instrumento do seu agir, é o símbolo da sua capacidade de enfrentar o mundo, exatamente de “o tomar pela mão”. O Senhor impôs as suas mãos sobre nós e agora quer as nossas mãos a fim de que, no mundo, se tornem suas”.
Todos (cantando): Toma minhas mãos: te peço! toma meus lábios: te amo! Toma minha vida! Ó Pai, teu sou! Teu sou!
Leitor 4: “Se as mãos do homem representam simbolicamente as suas faculdades e, em geral, a técnica como poder de dispor do mundo, então as mãos ungidas devem constituir um sinal da sua capacidade de doar, da criatividade no ato de plasmar o mundo com o amor e para isso, sem dúvida, temos necessidade do Espírito Santo. Voltemos a colocar as nossas mãos à sua disposição e peçamos-lhe que nos tome novamente pelas mãos e que nos oriente”.
Todos (cantando): Tomado pela mão, com Jesus eu vou! Sigo como ovelha que encontrou o Pastor Tomado pela mão, com Jesus eu vou aonde Ele for!
Leitor 5: “No gesto sacramental da imposição das mãos por parte do Bispo foi o próprio Senhor que impôs as suas mãos. Este sinal sacramental resume todo um percurso existencial. Uma vez, como aconteceu com os primeiros discípulos, encontramos o Senhor e ouvimos a sua palavra: “Segue-me!”.”
Todos (cantando): Tomado pela mão, com Jesus eu vou! Sigo como ovelha que encontrou o Pastor Tomado pela mão, com Jesus eu vou aonde Ele for!
(Momento para pausa e reflexão pessoal)
Leitor 6: “Fixemos sempre de novo o nosso olhar nele e estendamos-lhe as mãos. Deixemos que a sua mão nos arrebate e assim não afundaremos, mas serviremos a vida, que é mais forte do que a morte; e o amor, que é mais vigoroso do que o ódio. O Senhor impôs as suas mãos sobre nós. E expressou o significado deste gesto com as seguintes palavras: “Já não vos chamo servos, visto que o servo não está ao corrente do que faz o seu senhor; mas a vós chamei-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi do meu Pai” (Jo 15,15).”
Todos (cantando): Te amarei Senhor, te amarei Senhor, eu só encontro a paz e alegria bem perto de ti.
Leitor 7: “Todos os sinais essenciais da Ordenação sacerdotal são, em última análise, manifestações desta palavra: a imposição das mãos; a entrega do livro da sua palavra, que Ele nos confia; a entrega do cálice, com o qual nos transmite o seu mistério mais profundo e pessoal. De tudo isto faz parte também o poder de absolver: Ele faz-nos participar inclusive na sua consciência, em relação à miséria do pecado e a toda a obscuridade do mundo, enquanto coloca nas nossas mãos a chave para reabrir a porta da casa do Pai”.
Todos (cantando): Te amarei Senhor, te amarei Senhor, eu só encontro a paz e alegria bem perto de ti.
(Momento para pausa e reflexão pessoal)
Leitor 8: “Ser amigo de Jesus, ser sacerdote, significa ser homem de oração. É deste modo que O reconhecemos e saímos da ignorância dos simples servos. Assim aprendemos a viver, a sofrer e a agir com Ele e por Ele. A amizade com Jesus é sempre amizade com os seus. Só podemos ser amigos de Jesus na comunhão com Cristo inteiro, com a cabeça e o corpo. Ser sacerdote significa tornar-se amigo de Jesus Cristo, e isto cada vez mais com toda a nossa existência”.
Todos (cantando): Toma, Senhor, nossa vida e ação, para mudá-la em fruto e missão! Toma, Senhor, nossa vida e ação, para mudá-la em missão!


9-DIRIGENTE: Jesus Sacramentado, Rei dos séculos e Senhor do mundo desde o Sacrário, não permitais que alguns dos nossos pereçam de sede a dois passos de vosso Coração, Fonte de águas vivas…, não consintais que desfaleçam de fome, rechaçando-Vos a Vós, o Pão consagrado e vivo descido do céu…
(Momento para silêncio e reflexão pessoal)

10-ROGANDO AO SENHOR PELAS VOCAÇÕES                           De joelhos
Todos: Ó Jesus, vosso maior desejo é que nós mesmos peçamos ao Senhor da vinha que mande operários para a sua messe; dignai-vos, pois, suscitar em vossa Igreja e principalmente nessa diocese, um número considerável de sacerdotes santos, que, modelados pelo vosso coração divino, só procurem, no exercício de seus deveres sacerdotais, a glória do vosso Pai celestial e a salvação das almas, que remistes com o vosso preciosismo sangue. Amém
Dirigente: Vamos agora concluir este momento de oração suplicando mais uma vez a Jesus, dizendo:
Senhor, dai-nos Padres, Padres santos, e tornai-nos dóceis a seus ensinamentos!
(Leitura espontânea) Para que o vosso santo nome seja santificado em nossa paróquia, na Ordem dos Cônegos, em nossas famílias, em nosso Brasil! Vos pedimos:

Para que o vosso reino venha a nós, aos nossos corações e ao coração de nossos filhos! Vos pedimos:

Para oferecer cada dia sobre o vosso altar o Santo Sacrifício, redenção dos nossos pecados, alivio para os nossos defuntos! Vos pedimos:

Para absolver os nossos pecados e restituir a vida às nossas almas e a paz aos nossos corações! Vos pedimos:

Para alimentar com o Pão da Eucaristia nossas almas cansadas das lutas da vida! Vos pedimos:

Para que tenhamos o conforto dos vossos divinos Sacramentos durante a vida e, sobretudo, na hora da morte! Vos pedimos:

Para ensinar às nossas crianças a Vos conhecer, amar e servir! Vos pedimos:
Para ensinar aos nossos jovens seus deveres para consigo, para com seus pais e sua pátria! Vos pedimos:

Para ensinar-nos a amar-nos uns aos outros! Vos pedimos:

Para ensinar-nos a todos o cumprimento corajoso do nosso dever e os meios de merecer a vida eterna! Vos pedimos:
Para pregar-nos a verdadeira justiça e caridade! Vos pedimos:

Para acalmar os ódios sociais e trabalhar para a união dos corações! Vos pedimos:

Para atrair as vossas bênçãos sobre a nossa casa, nossas terras e nossos bens! Vos pedimos:

Para que um dia possamos todos nos encontrar na mansão dos eleitos! Vos pedimos:

Coração Sacratíssimo de Jesus que, para testemunhar-nos vosso amor infinito, instituístes o Sacerdócio Católico, a fim de permanecer entre nós pelo ministério dos Padres. Vos pedimos:


Pai Nosso... Ave Maria... Glória

José Wilson Fabrício da Silva, crl

terça-feira

O QUE PREPARAR PARA CELEBRAR OS RITOS DA SEMANA SANTA





DOMINGO DE RAMOS

Preparar:
¨      Ramos para toda comunidade (e o suficiente que sobre para fazer as cinzas da quarta-feira de cinzas do ano seguinte);
¨      Paramentar como de costume, sendo que, a cor litúrgica é vermelha;
¨      Turíbulo, fogo, naveta com incenso (turiferário);
¨      Cruz de procissão (cruciferário)
¨      Castiçais (acólitos)
¨      O sacerdote ao invés de usar casula durante a procissão deverá usar a capa de asperge;
¨      Objetos Sagrados para à Santa Missa como de costume.


Procissão:
¨    À hora devida, faz-se a concentração numa igreja menor ou noutro local apropriado fora da igreja para onde se dirige a procissão. Os fiéis tenham nas mãos os ramos.
¨    No lugar mais conveniente o celebrante reveste os paramentos de cor vermelha para a missa. Usa-se a capa de asperge, após a procissão tira-se a mesma, revestindo-se com a casula. Após ter se paramentado, o celebrante dirige-se até o local da bênção dos ramos, com o canto apropriado (Hosana)
¨    Terminado o canto, o celebrante de pé, voltado para o povo, começa: “Em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo”.  Saúda o povo como de costume e profere a exortação introdutória.
¨    Após a exortação, o celebrante de mãos estendidas diz a oração da benção dos ramos e, sem nada dizer, asperge os ramos com água benta.
¨    Depois da benção dos ramos e antes da proclamação do Evangelho podem-se distribuir os ramos aos presentes, enquanto isso se executa um canto apropriado.
¨    Em seguida o celebrante deita incenso no turíbulo e se faz a proclamação do Evangelho da entrada de Jesus em Jerusalém, segundo um dos quatro evangelistas: Ano “A”, Ano “B” ou Ano “C”.
¨    Após o Evangelho, poderá haver breve homilia.
¨    Antes de iniciar a procissão, o celebrante poderá proferir a exortação: “Meus irmãos imitando o povo…” nos mesmos termos do Missal Romano, ou noutros termos equivalentes; e inicia-se a procissão em direção à igreja onde vai ser celebrada a missa. À frente vai o turiferário com o turíbulo fumegando, a seguir, o cruciferário ladeado de dois acólitos com os castiçais com as velas devidamente acesas, após virão os demais ministros, Diáconos, o celebrante e o povo juntamente com seus ramos.
¨    Enquanto a procissão avança, podem-se executar os cantos indicados no missal ou outros adequados. No momento em que a procissão entra na igreja, canta-se o responsório: “Ouvindo o povo que Jesus…” ou outro canto alusivo ao ingresso do Senhor.
¨    Chegando ao altar, o celebrante entrega o ramo a um dos ministros, venera o altar, incensa-o. Dirige-se à sede e ali, deixa-se a capa e reveste-se a casula.
Omitidos os ritos iniciais da Missa, conclui a procissão recitando a coleta da Missa. Caso queira, o celebrante pode tirar a capa e vestir a casula à sua chegada ao altar, antes da costumada reverência.
¨    Prossegue-se a Santa Missa como de costume.

QUINTA FEIRA SANTA



M I S S A    V E S P E R T I N A
«IN COENA DOMINI»
1. RITOS INICIAIS E
LITURGIA DA PALAVRA
(Esta Missa tem «Glória»).
 I. Leitura (Ex. 12, 1-8, 11-14);
 Salmo Resp. 
(Sl. 115, 12-13, 15-16bc, 17-18);
 II. 
Leitura (I Cor. 11, 23-26);
 EVANGELHO (Jo. 13, 1-15).
2. RITO DO LAVA-PÉS

Antífonas ao «lava-pés»:
 «Domine, Tu mihi lavas pedes?»;
 
«Jesus erguendo-se na ceia, jarro...»;
 
«Eu vos dou um novo mandamento».
3. ORAÇÃO DOS FIEIS

4. LITURGIA EUCARÍSTICA

 
Ao Ofertório, canta-se o Hino «Onde há amor e a caridade, Deus aí está».
 No Canon Romano, «Communicantes» e «Hanc igitur» próprios;
também nas Preces Eucarísticas II e III se fazem as comemorações próprias
.
 Na comunhão, canta-se o Hino «Ele não disse: Isto é como se fosse» 
 «Bem vindos a mesa do Pai...» 
5. TRASLADAÇÃO DO
SSMº. SACRAMENTO

(Procissão Eucarística para o lugar da Reserva, cantando-se o Hino «Vamos todos louvar juntos»).
6. DESNUDAÇÃO
DOS ALTARES
 

(em privado).


Sentido: Com esta missa a Igreja começa o Tríduo Pascal e se esforça vivamente para renovar aquela última ceia, mediante a qual o Senhor Jesus ofereceu seu Corpo e seu Sangue a Deus Pai sob as espécies do pão e do vinho. Nesta ceia também Jesus institui o sacerdócio ministerial e dá a seus discípulos o mandamento novo do amor.

Preparar:
a)        No presbitério: todo o necessário para a missa; as âmbulas com hóstias para serem consagradas (é preciso lembrar que nesta missa se consagram as hóstias que serão distribuídas na Celebração da Paixão do Senhor – 6ª feira santa); véu umeral (ou de ombros); velas para procissão após a missa; matracas.
b)        No lugar do “lava-pés”: cadeiras para os homens designados; jarra com água e bacia; toalhas para secar os pés e o necessário para que o padre depois do “lava-pés” lave-se as mãos e o gremial para o sacerdote (espécie de avental para momentos determinados na liturgia).

Descrição do Rito:
A entrada na Igreja e a Liturgia da Palavra se desenvolvem como de costume.
Lembrando:
Ordem na procissão de entrada: o turiferário com o turíbulo fumegante; um acólito com a cruz; outros acólitos (pelo menos dois) ladeando a cruz com as velas; os outros ministros e o sacerdote.
Quando se chega ao altar, faz-se a reverência devida e depois do padre beijar o altar o turiferário oferece o turíbulo a ele para que incense o altar. Acabada a incensação todos tomam seus lugares e o ministro do livro apresenta o Missal para que o sacerdote inicie a Santa Missa.
Enquanto se canta o Glória tocam-se os sinos da Igreja (inclusive as sinetas) que se calarão até a Vigília Pascal. Segue-se normalmente a Missa até a homilia inclusive. Terminada esta, inicia-se o lavatório dos pés. O sacerdote deixa a casula, cinge-se com o gremial e se aproxima de cada homem, derrama água sobre seus pés e seca-os com a ajuda dos ministros, enquanto isso se cantam as antífonas apropriadas.
Depois do lavatório dos pés o sacerdote regressa à sede e lava as mãos e volta a colocar a casula. Em seguida faz a oração dos fiéis, já que nesta Missa não se diz o credo.
Desde a preparação dos dons até a Comunhão inclusive tudo se faz como de costume. Terminada a comunhão dos fiéis, deixa-se sobre o altar a(s) âmbula (s) com as hóstias e se diz a oração para depois da comunhão.
Dita esta oração e omitidos os ritos finais, o sacerdote de pé, diante do altar, põe incenso no turíbulo, abençoa-o e de joelhos incensa o Santíssimo Sacramento.
A seguir recebe o véu umeral, sobe ao altar, faz genuflexão, toma a âmbula com suas mãos cobertas com as extremidades do véu.
Organiza-se a procissão para levar o Santíssimo para o lugar preparado. Nessa procissão, a ordem é a seguinte: o ministro que leva a cruz vai à frente acompanhado dos acólitos que levam velas, a seguir o turiferário com o turíbulo fumegante; o sacerdote que leva o Santíssimo Sacramento ladeado de velas. Ao chegar a procissão ao lugar preparado, o sacerdote coloca a âmbula sobre o altar ou no sacrário, cuja porta permanece aberta; e enquanto se canta oTantum ergo, o sacerdote ajoelhado incensa o Santíssimo Sacramento. Fecha-se a porta do sacrário. Depois de algum tempo de adoração silenciosa todos se levantam e, feita a genuflexão, voltam para a sacristia.

No devido momento se desnuda o altar, e se for possível, retiram-se as cruzes da Igreja (ou então sejam cobertas).

SEXTA-FEIRA SANTA




1. LITURGIA DA PALAVRA
 Prostração;
 Oração Coleta;
 I. LEITURA (Is. 52, 13-53, 12);
 Salmo Resp. (Sl. 30, 2, 6, 12-13, 15-16, 17,25);
 II. LEITURA (Hb. 4, 15-16, 5, 7-9);
 PAIXÃO SEGUNDO S. JOÃO (Jo. 18, 1-19, 42).
2. ORAÇÕES SOLENES
(Introduzidas por um Diácono, caso a comunidade o tenha, ou por um ministro instituído)

I. Pela Santa Igreja;
II. Pelo Papa;
III. Por todos os ministros e fiéis;
IV. Pelos Catecúmenos;
V. Pela Unidade dos Cristãos;
VI. Pelos Judeus;
VII. Pelos que não crêem em Cristo;
VIII. Pelos que não crêem em Deus;
IX. Pelos governantes;
X. Pelos atribulados.
3. ADORAÇÃO DA CRUZ

 Apresentação da Santa Cruz, c/Invit. 
«Eis o Lenho da Cruz...»;
 Adoração da Cruz.
 Canta-se «Perdão meu Jesus»;
«Prova de amor» 
4. RITOS DA COMUNHÃO

 Trasladação do Santíssimo;
 
«Pai Nosso» e embolismo;
 
«Feliz os convidados para...» e COMUNHÃO;
 Canta-se «Vós sois meu Pastor ó Senhor» 
 Orações «postcommunio» e «super populum». Não tem benção


Sentido: Este é o dia em que “foi imolado o Cristo, nossa Páscoa” (I Cor 5,7). A Igreja, ao olhar a Cruz de seu Senhor e Esposo, comemora seu próprio nascimento e sua missão de estender a toda a Humanidade os efeitos fecundos da Paixão de Cristo, que hoje celebra, dando graças por tão inefável dom.
Esta celebração consta de três partes: Liturgia da Palavra, adoração da Cruz e Sagrada Comunhão. O altar deve estar descoberto por completo: sem cruz, sem velas e sem toalhas.
Preparar:
a)    Na sacristia: paramentos vermelhos.
b)    No lugar conveniente: Cruz (velada); dois candelabros.
c)    No presbitério: Missal, lecionário, toalha, corporal, tapete (para a prostração).
d)    No lugar onde fica o Santíssimo: véu umeral, dois candelabros.

Descrição dos Ritos:

1) Ritos Introdutórios:
O sacerdote juntamente com os ministros dirige-se para o altar em silêncio.
Chegados ao altar o sacerdote faz a reverência devida, prostra-se, ou se julgar conveniente, ajoelha-se num genuflexório e ora em silêncio por alguns momentos. O que o sacerdote reza? Pedindo perdão pelo pecado do mundo. O povo permanece de joelhos.
A seguir o sacerdote, dirigindo-se à sede, com as mãos estendidas diz a oração prevista e logo se senta.
2) Liturgia da Palavra:
Procede-se às respectivas leituras. Na leitura da Paixão do Senhor, quando se anuncia a morte de Jesus todos se ajoelham e faz-se uma pausa. Terminada a leitura, não se beija o livro.
Homilia. Terminada a homilia o sacerdote, na sede ou junto ao altar, com as mãos estendidas dirige a oração universal como se propõe no Missal, sendo introduzidas pelo diácono.
Os fiéis podem permanecer de pé ou de joelhos durante todo o tempo das orações.
3)    Adoração da Santa Cruz
A seguir, faz-se a apresentação e adoração da Santa Cruz, com uma das formas propostas no Missal.
¨Primeira forma de apresentação da Cruz: o sacerdote recebe a cruz coberta e, junto ao altar, em três momentos sucessivos a descobre e a apresenta para a adoração dos fiéis, repetindo a cada vez o convite: Eis o lenho da Cruz.. Ao que todos respondem: Vinde Adoremos. Terminado o Canto, ajoelham-se e durante breve tempo adoram em silêncio a Cruz. Depois a cruz é levada pelo presbítero à entrada do presbitério, acompanhada por dois acólitos com velas acesas, e a coloca ali ou a entrega aos ministros para que a sustentem levantada entre velas acesas colocadas à direita e à esquerda.

¨Segunda forma de apresentação da Cruz: o sacerdote, acompanhado pelos acólitos, vai à porta da igreja onde toma a cruz descoberta. Os acólitos trazem consigo velas acesas, e faz-se a procissão pela igreja até o presbitério. Perto da porta da igreja, na metade e à entrada do presbitério, o sacerdote eleva a cruz cantando o invitatório: Eis o lenho da Cruz.. Ao que todos respondem: Vinde Adoremos. Depois de cada resposta todos se ajoelham e adoram em silêncio durante breve tempo. Depois se deixa a Cruz à entrada do presbitério, como se disse anteriormente, para a adoração.

Para a adoração da cruz, o celebrante deixando a casula e, se julgar conveniente, os sapatos aproxima-se em primeiro lugar, faz a genuflexão diante da cruz, beija-a e volta à sede onde volta a calçar-se e se reveste com a casula.
Depois do sacerdote passam adorando a cruz os ministros e depois os demais fiéis.
4) Sagrada Comunhão:
Terminada a adoração, leva-se a cruz a seu lugar, perto do altar. As velas acesas são colocadas junto ao altar, ou junto à cruz. Sobre o altar se estende uma toalha e se coloca um corporal e o Missal.
Depois vai se buscar o Santíssimo Sacramento no lugar onde ficara reservado. Dois acólitos com velas acesas acompanham o Santíssimo Sacramento e as deixam (as velas) sobre o altar. Na igreja todos estão em silêncio. Uma vez estando as âmbulas sobre o altar e descobrindo-as, faz-se a genuflexão. Diz-se o Pai-nosso com seu embolismo e se distribui a Comunhão, como se indica no Missal. Terminada a comunhão reserva-se novamente o Santíssimo Sacramento ou fora da igreja, no lugar anteriormente preparado ou, se as circunstâncias exigirem, no sacrário. Depois de certo período de silêncio, o sacerdote, de pé, diz a oração para depois da comunhão.
5) Rito de Conclusão:
Terminada a oração, depois da comunhão, para a despedida, o sacerdote de pé, voltado para o povo e com as mãos estendidas sobre o altar diz a oração correspondente.
Depois se faz genuflexão para a Cruz. Todos se retiram em silêncio.
O altar se desnuda no tempo oportuno.

SÁBADO SANTO

1. LUCERNÁRIO
(Liturgia da Luz)
 Bênção do Fogo Novo;
 Bênção do Círio Pascal;
 Procissão com o Círio c/Invit. 
«Eis a Luz de Cristo»;
 PRECONIO PASCAL (pelo sacerdote)
2. LITURGIA DA PALAVRA
(Leituras, Cânticos e Orações)

I. Gen. 1  a Criação;
II. Gen. 22, 1-18  o Sacrifício de Abraão;
III. Ex. 14-15  a passagem do Mar Vermelho;
IV. Is. 54, 5-14  a «Nova Jerusalém»;
V. Is. 55, 1-11  a Salvação de Deus oferecida aos homens;
VI. Bar. 3, 9-15  a Fonte de Sabedoria;
VII. Ezq. 36, 16-28  Espírito Novo e coração novo;
 Canto do «Gloria in excelsis» (tocam os sinos, as campainhas e o Orgão);
 Epístola (Rom. 6, 3-11);
 
«Alleluia» e EVANGELHO:
 Ciclo «A»: Mt. 28, 1-10;
3. LITURGIA BATISMAL

 Ladainha de Todos-os-Santos;
 Bênção das águas;
 Rito do BATISMO 
(se houver batizandos);
 Renovação das Promessas do Batismo e aspersão
(Não se diz «Credo»).
4. ORAÇÃO DOS FIEIS

5. LITURGIA EUCARISTICA

 OFERTÓRIO  Prece Eucarística I
(Canon Romano, c/ «Communicantes» e «Hanc igitur» próprios);
 RITOS DA COMUNHÃO:
«Pai Nosso»  «Agnus Dei»  COMUNHÃO
________________________

(Ao despedir o povo, o diácono diz:
«Ide em Paz, Alleluia, alleluia»;
O povo responde: «Demos graças a Deus, Alleluia, alleluia»).

Sentido: Segundo antiquíssima tradição, esta é uma noite de vigília em honra do Senhor (cf. Ex 12,42). E, a vigília que nela se celebra para comemorar a noite santa da ressurreição do Senhor, é considerada como a “Mãe de todas as Santas Vigílias” (Santo Agostinho). Nela a Igreja, vigiando espera a Ressurreição do Senhor e a celebra com os sacramentos da iniciação cristã.

Preparar:
a) Para a bênção do fogo: fogueira fora da igreja, onde o povo possa reunir-se; círio pascal; cinco grãos de incenso e estilete; pavio para acender o círio com a chama do fogo novo; velas para os participantes da vigília; pinças para que o turiferário possa tirar as brasas do fogo novo e pô-las no turíbulo.

b) Para a proclamação da Páscoa: pedestal para o círio, perto do ambão.

c) Para a liturgia batismal: recipiente com água; quando se celebram os sacramentos da iniciação cristã: óleo dos catecúmenos; vela batismal; Ritual Romano.

As luzes da Igreja se apagam.
1) Bênção do fogo e preparação do Círio:
Sentido: celebração da luz, Cristo luz do mundo, que vai dissipando nossas trevas.

O sacerdote e os ministros aproximam-se do lugar onde o povo está reunido para a bênção do fogo. Um dos acólitos leva o círio pascal. Não se levam nem cruz processional nem velas acesas. O turiferário leva o turíbulo sem carvões. Chegados ao lugar, faz-se a acolhida e a seguir, a bênção do fogo. O turiferário, a seguir, toma brasas do fogo novo e as coloca no turíbulo. Em seguida, o celebrante vai pronunciar sobre o círio as palavras prescritas, realizando os ritos estabelecidos. Após estes ritos realizados sobre o círio, o celebrante com a ajuda do ministro acende o círio tirando a chama do fogo novo, pronunciando as palavras prescritas.
2) Procissão:
Depois de acender o círio pascal, o celebrante põe incenso no turíbulo. Depois, recebe o círio das mãos do acólito e começa a procissão para entrar na Igreja. Ordem:
- Turiferário com o turíbulo fumegante;
- Celebrante com o círio pascal;
- Demais ministros;
- Povo
Todos levam em suas mãos as velas apagadas.
Na porta da Igreja, o celebrante, de pé e elevando o círio, canta: Eis a luz de Cristo, e todos respondem: Demos graças a Deus.
A seguir no meio da Igreja fará a mesma coisa. Nesta segunda vez, todos acendem suas velas, comunicando o fogo entre si.
Quando o celebrante chega diante do altar, volta-se para o povo o por terceira vez canta: Eis a luz de Cristo, e todos respondem: Demos graças a Deus. Em seguida coloca o círio pascal sobre o candelabro preparado para isso perto do ambão. Neste momento acendem-se as luzes da Igreja.

3) Proclamação Pascal: O celebrante põe incenso no turíbulo e o abençoa. Toma o turíbulo e incensa o círio e o lecionário que está sobre o ambão e canta a Proclamação da Páscoa. O povo permanece de pé e com as velas acesas em suas mãos.

4) Liturgia da Palavra:

Sentido: apresenta uma breve história da nossa salvação que se realiza plenamente em Cristo nesta noite.

Terminada a proclamação da Páscoa, todos apagam suas velas e se sentam. Antes do início das leituras pode-se fazer o comentário. Nesta Vigília são propostas 9 leituras: 7 do Antigo Testamento e 2 do Novo testamento: a Epístola e o Evangelho. A cada leitura do AT corresponderá um Salmo e uma oração coleta. Terminada a última leitura do AT com seu responsório próprio e a oração correspondente, acendem-se as velas do altar e entoa-se solenemente o Hino Glória a Deus nas alturas. Enquanto se entoa o Glória tocam-se os sinos e sinetas da Igreja. Terminado o hino o celebrante diz a oração da coleta. Em seguida se senta para a leitura da Epístola. Terminada a Epístola, todos se levantam e o celebrante entoa solenemente o Aleluia por três vezes. O povo, depois de cada vez o repete. A seguir diz-se o salmo. Logo se lê o Evangelho. Pode se usar o turíbulo, porém não se levam velas para a leitura do Evangelho.
Depois do Evangelho, faz-se a homilia e em seguida procede-se à liturgia batismal.
5) Liturgia Batismal:

Sentido: participamos da vida nova em Cristo, pela ação santificante dos sacramentos.

A liturgia batismal se celebra na fonte batismal ou no presbitério mesmo. A seguir, chamam-se os catecúmenos, se os houver, com seus pais e padrinhos em caso de crianças. Em seguida os cantores cantam as ladainhas às quais todos respondem estando de pé, em razão do tempo pascal.
Terminadas as ladainhas, o celebrante, perto da fonte batismal, com suas mãos estendidas procederá à bênção, enquanto diz: Nós vos pedimos, ó Pai, que por vosso filho desça sobre esta água a força do Espírito Santo, pode introduzir o círio na água, uma ou três, como se diz no Missal. Depois disso, caso haja celebração dos sacramentos do batismo e da crisma, procede-se à administração desses sacramentos. Terminada a celebração, ou caso não se celebrem esses sacramentos, depois da bênção da água, o celebrante, de pé, voltado para a assembléia, recebe dos fiéis a  renovação das promessas do batismo.

6) Renovação das Promessas Batismais:

Os fiéis, de pé, levam em suas mãos velas acessas. O celebrante fará o interrogatório correspondente à Renovação das promessas batismais.
Terminada a renovação das promessas o celebrante fará a aspersão sobre o povo com a água benta, percorrendo a igreja, enquanto se canta um hino de índole batismal.
Terminada a aspersão, o celebrante retorna à sede, de onde, omitindo o credo dirigirá a oração universal.
7) Liturgia da Eucaristia:

Em seguida, tem início a Liturgia da Eucaristia, que se celebra segundo o rito de costume.
8) Despedida:

Para a despedida dos fiéis, agrega-se um duplo Aleluia.
Para a bênção final da Missa, o celebrante poderá empregar a fórmula de bênção solene para a Missa da Vigília Pascal, proposta no Missal.
Apêndice: Incensação

O rito de incensação expressa reverência e oração, como se dá a entender no Sl 140,2 e em Ap 8,3.
¨      Em que momentos se usa o incenso na Missa?
- Durante a procissão de entrada;
- No começo da Missa para incensar o altar;
- Para a procissão e proclamação do Santo Evangelho;
- Na preparação dos dons para incensar as oferendas, o altar, a cruz, o celebrante (e concelebrantes) e o povo;
- No momento de mostrar a hóstia e o cálice, depois da consagração.
O celebrante se está na sede, senta-se para por incenso no turíbulo. O ministro apresenta-lhe a naveta e após depositar o incenso no turíbulo o celebrante abençoa o incenso com o sinal da cruz, sem dizer nada. Para passar o turíbulo ao celebrante, o turiferário coloca a parte superior das correntes na mão esquerda do celebrante e a parte inferior na direita.
¨      Como incensar?
Antes e depois de incensar, faz-se inclinação profunda à pessoa ou objeto que se incensa; excetuam-se o altar e as oferendas para o sacrifício da Missa.
Aquele que incensa segura com a mão esquerda as correntes por sua parte superior, e com a direita, as mesmas, juntas, perto da parte inferior do turíbulo e o sustenta de tal maneira que possa movê-lo comodamente. Importante lembrar que a incensação deve ser feita com dignidade e decoro, sem mover o corpo ou a cabeça. Terá a mão esquerda que sustenta a parte superior das correntes – firme e estável sobre o peito; a mão e o braço direito as moverão com a parte inferior de forma cômoda e contínua.
Com três movimentos duplos se incensam: o Santíssimo Sacramento; as relíquias da Santa Cruz e as imagens do Senhor expostas solenemente, também as oferendas, a cruz do altar, o livro dos Evangelhos, o círio pascal, o celebrante, a autoridade civil que por ofício está presente na celebração, o coro e o povo, o corpo do defunto.
Com dois movimentos duplos se incensam as relíquias e imagens dos Santos expostas para a veneração pública.
O Santíssimo Sacramento se incensa de joelhos. As relíquias e imagens se incensam depois da incensação do altar, no início da Santa Missa.

MISSA NO DOMINGO
DE PÁSCOA

1. RITOS INICIAIS E
LITURGIA DA PALAVRA
(Missa própria, com «Glória» e «Credo»).
 I. Leitura (Act. 10, 34a, 37-43);
 Salmo Resp. 
(Sl. 117, 1-2, 16ab-17, 22-23);
 II. 
Leitura (Col. 3, 1-4); (ou: I Cor. 5, 6b-8);
 Seq. 
«Victimae Paschali laudes»;
 «Alleluia»;
 EVANGELHO (Jo. 20, 1-9); (ou: Luc. 24, 13-35).
2. «CREDO» E
ORAÇÃO DOS FIÉIS

3. LITURGIA
EUCARISTICA

 Pref. Pascal I;
 No Canon Romano, «Communicantes» e «Hanc igitur» próprios.
4. RITO CONCLUSIVO

(Ao despedir o povo, o diácono diz:
«Ide em Paz, Alleluia, alleluia».
O povo responde: «Demos graças a Deus, Alleluia, alleluia»).


Breve Resumo das celebrações que acontece no Tríduo

O Tríduo pascal segundo a orientação litúrgica, começa na tarde da quinta-feira santa com a missa na Ceia do Senhor e termina na tarde de Páscoa  com as vésperas solenes, tendo como oitava para celebrar com a mesma potência o que ocorreu no domingo santo.

A Sexta-feira santa, em que se celebra a morte do Senhor, e o Sábado santo em que se recorda o repouso de Cristo no sepulcro, são dias “alitúrgicos”. Nenhum sacramento deve ser ministrado, segundo as orientações litúrgicas durante todo o dia da sexta-feira e do sábado santo, exceto o viático em caso de morte.

O Domingo de Páscoa tem início com a solene vigília que se desenrola durante a noite: constitui o cume do Tríduo pascal e celebra festivamente, no mistério, a gloriosa Ressurreição do Senhor.

Na quinta-feira santa, além da missa do Crisma, em que são abençoados “os santos óleos”: dos catecúmenos, e da unção dos enfermos e consagrado o da crisma  (em geral no Brasil, rezada por motivo pastorais, na quarta-feira santa) é celebrada a missa na Ceia do Senhor que lembra a instituição da eucaristia, a primeira missa da história.

(Na solene Missa canta-se o hino do Glória, durante o qual tocam-se os sinos que, depois permaneceram em silêncio até a vigília pascal. Não se diz o creio.

Após a homilia, o celebrante procede ao “lava-pés”, para lembrar o que Jesus fez na última Ceia, num ato de amor e de serviço para com os apóstolos. A missa termina com a oração da comunhão, à qual segue imediatamente  a procissão para a “Transladação do SSmo. Sacramento à uma capela ou altar devidamente preparados).

A solene Liturgia da sexta-feira santa é celebrada à tarde, pelas três horas, a não ser que razões pastorais aconselhem horas mais tarde.

Comemoramos os dois aspectos do mistério da cruz, o sofrimento que prepara para a glória da Páscoa e a humilhação e opróbrio de Jesus dos quais promana sua glorificação.

Hoje já é a Páscoa: Cristo que morre na cruz, passa deste mundo ao Pai; do seu lado brota, para nós, a vida divina, passamos da morte do pecado à vida de Deus. Tudo isso o revivemos liturgicamente em três momentos: Liturgia da Palavra com leitura da Paixão, Adoração da cruz Comunhão eucarística.

(Na sexta feira santa “na paixão do Senhor” e, conforme a oportunidade também no Sábado santo até a Vigília pascal, celebra-se a jejum pascal).

Vigília pascal na noite santa. Por antiquíssima tradição, esta é “a noite de vigília em honra do Senhor”. A noite pascal é grande sacramento da vida do cristão. Não é vigília mas já é festa.

Desenrola-se deste modo: depois de uma breve liturgia da Luz (primeira parte), a santa Igreja  medita as “maravilhas” que o Senhor fez por seu povo desde o princípio, e confia na sua palavra e na sua promessa (liturgia da Palavra) até o momento em que, aproximando-se o dia da ressurreição, com só seus membros regenerados no batismo (terceira parte ou liturgia batismal), é convidada à mesa que o Senhor preparou  para seu povo por meio de sua morte e ressurreição (quarta parte liturgia eucarística).

A missa da noite, mesmo que celebrada antes da meia noite, é a missa pascal do domingo da Ressurreição.

No domingo de Páscoa há duas missas: a primeira “na noite santa”, e constitui o ápice da solene vigília pascal, a segunda “no dia” do domingo da Ressurreição.

(Com o canto do glória na noite de Páscoa, os sinos retomam seu som festivo; volta também o alegre canto do aleluia).

A cor das vestes litúrgicas é o branco na liturgia da quinta-feira santa, da vigília Pascal e do domingo de Páscoa; o vermelho, na liturgia da sexta-feira santa e no domingo de Ramos e da Paixão.

  Org: José Wilson Fabrício da Silva, crl
Fonte: Missal Dominical;
Cerimonial dos bispos;

Diretório de Liturgia.