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terça-feira

O QUE PREPARAR PARA CELEBRAR OS RITOS DA SEMANA SANTA





DOMINGO DE RAMOS

Preparar:
¨      Ramos para toda comunidade (e o suficiente que sobre para fazer as cinzas da quarta-feira de cinzas do ano seguinte);
¨      Paramentar como de costume, sendo que, a cor litúrgica é vermelha;
¨      Turíbulo, fogo, naveta com incenso (turiferário);
¨      Cruz de procissão (cruciferário)
¨      Castiçais (acólitos)
¨      O sacerdote ao invés de usar casula durante a procissão deverá usar a capa de asperge;
¨      Objetos Sagrados para à Santa Missa como de costume.


Procissão:
¨    À hora devida, faz-se a concentração numa igreja menor ou noutro local apropriado fora da igreja para onde se dirige a procissão. Os fiéis tenham nas mãos os ramos.
¨    No lugar mais conveniente o celebrante reveste os paramentos de cor vermelha para a missa. Usa-se a capa de asperge, após a procissão tira-se a mesma, revestindo-se com a casula. Após ter se paramentado, o celebrante dirige-se até o local da bênção dos ramos, com o canto apropriado (Hosana)
¨    Terminado o canto, o celebrante de pé, voltado para o povo, começa: “Em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo”.  Saúda o povo como de costume e profere a exortação introdutória.
¨    Após a exortação, o celebrante de mãos estendidas diz a oração da benção dos ramos e, sem nada dizer, asperge os ramos com água benta.
¨    Depois da benção dos ramos e antes da proclamação do Evangelho podem-se distribuir os ramos aos presentes, enquanto isso se executa um canto apropriado.
¨    Em seguida o celebrante deita incenso no turíbulo e se faz a proclamação do Evangelho da entrada de Jesus em Jerusalém, segundo um dos quatro evangelistas: Ano “A”, Ano “B” ou Ano “C”.
¨    Após o Evangelho, poderá haver breve homilia.
¨    Antes de iniciar a procissão, o celebrante poderá proferir a exortação: “Meus irmãos imitando o povo…” nos mesmos termos do Missal Romano, ou noutros termos equivalentes; e inicia-se a procissão em direção à igreja onde vai ser celebrada a missa. À frente vai o turiferário com o turíbulo fumegando, a seguir, o cruciferário ladeado de dois acólitos com os castiçais com as velas devidamente acesas, após virão os demais ministros, Diáconos, o celebrante e o povo juntamente com seus ramos.
¨    Enquanto a procissão avança, podem-se executar os cantos indicados no missal ou outros adequados. No momento em que a procissão entra na igreja, canta-se o responsório: “Ouvindo o povo que Jesus…” ou outro canto alusivo ao ingresso do Senhor.
¨    Chegando ao altar, o celebrante entrega o ramo a um dos ministros, venera o altar, incensa-o. Dirige-se à sede e ali, deixa-se a capa e reveste-se a casula.
Omitidos os ritos iniciais da Missa, conclui a procissão recitando a coleta da Missa. Caso queira, o celebrante pode tirar a capa e vestir a casula à sua chegada ao altar, antes da costumada reverência.
¨    Prossegue-se a Santa Missa como de costume.

QUINTA FEIRA SANTA



M I S S A    V E S P E R T I N A
«IN COENA DOMINI»
1. RITOS INICIAIS E
LITURGIA DA PALAVRA
(Esta Missa tem «Glória»).
 I. Leitura (Ex. 12, 1-8, 11-14);
 Salmo Resp. 
(Sl. 115, 12-13, 15-16bc, 17-18);
 II. 
Leitura (I Cor. 11, 23-26);
 EVANGELHO (Jo. 13, 1-15).
2. RITO DO LAVA-PÉS

Antífonas ao «lava-pés»:
 «Domine, Tu mihi lavas pedes?»;
 
«Jesus erguendo-se na ceia, jarro...»;
 
«Eu vos dou um novo mandamento».
3. ORAÇÃO DOS FIEIS

4. LITURGIA EUCARÍSTICA

 
Ao Ofertório, canta-se o Hino «Onde há amor e a caridade, Deus aí está».
 No Canon Romano, «Communicantes» e «Hanc igitur» próprios;
também nas Preces Eucarísticas II e III se fazem as comemorações próprias
.
 Na comunhão, canta-se o Hino «Ele não disse: Isto é como se fosse» 
 «Bem vindos a mesa do Pai...» 
5. TRASLADAÇÃO DO
SSMº. SACRAMENTO

(Procissão Eucarística para o lugar da Reserva, cantando-se o Hino «Vamos todos louvar juntos»).
6. DESNUDAÇÃO
DOS ALTARES
 

(em privado).


Sentido: Com esta missa a Igreja começa o Tríduo Pascal e se esforça vivamente para renovar aquela última ceia, mediante a qual o Senhor Jesus ofereceu seu Corpo e seu Sangue a Deus Pai sob as espécies do pão e do vinho. Nesta ceia também Jesus institui o sacerdócio ministerial e dá a seus discípulos o mandamento novo do amor.

Preparar:
a)        No presbitério: todo o necessário para a missa; as âmbulas com hóstias para serem consagradas (é preciso lembrar que nesta missa se consagram as hóstias que serão distribuídas na Celebração da Paixão do Senhor – 6ª feira santa); véu umeral (ou de ombros); velas para procissão após a missa; matracas.
b)        No lugar do “lava-pés”: cadeiras para os homens designados; jarra com água e bacia; toalhas para secar os pés e o necessário para que o padre depois do “lava-pés” lave-se as mãos e o gremial para o sacerdote (espécie de avental para momentos determinados na liturgia).

Descrição do Rito:
A entrada na Igreja e a Liturgia da Palavra se desenvolvem como de costume.
Lembrando:
Ordem na procissão de entrada: o turiferário com o turíbulo fumegante; um acólito com a cruz; outros acólitos (pelo menos dois) ladeando a cruz com as velas; os outros ministros e o sacerdote.
Quando se chega ao altar, faz-se a reverência devida e depois do padre beijar o altar o turiferário oferece o turíbulo a ele para que incense o altar. Acabada a incensação todos tomam seus lugares e o ministro do livro apresenta o Missal para que o sacerdote inicie a Santa Missa.
Enquanto se canta o Glória tocam-se os sinos da Igreja (inclusive as sinetas) que se calarão até a Vigília Pascal. Segue-se normalmente a Missa até a homilia inclusive. Terminada esta, inicia-se o lavatório dos pés. O sacerdote deixa a casula, cinge-se com o gremial e se aproxima de cada homem, derrama água sobre seus pés e seca-os com a ajuda dos ministros, enquanto isso se cantam as antífonas apropriadas.
Depois do lavatório dos pés o sacerdote regressa à sede e lava as mãos e volta a colocar a casula. Em seguida faz a oração dos fiéis, já que nesta Missa não se diz o credo.
Desde a preparação dos dons até a Comunhão inclusive tudo se faz como de costume. Terminada a comunhão dos fiéis, deixa-se sobre o altar a(s) âmbula (s) com as hóstias e se diz a oração para depois da comunhão.
Dita esta oração e omitidos os ritos finais, o sacerdote de pé, diante do altar, põe incenso no turíbulo, abençoa-o e de joelhos incensa o Santíssimo Sacramento.
A seguir recebe o véu umeral, sobe ao altar, faz genuflexão, toma a âmbula com suas mãos cobertas com as extremidades do véu.
Organiza-se a procissão para levar o Santíssimo para o lugar preparado. Nessa procissão, a ordem é a seguinte: o ministro que leva a cruz vai à frente acompanhado dos acólitos que levam velas, a seguir o turiferário com o turíbulo fumegante; o sacerdote que leva o Santíssimo Sacramento ladeado de velas. Ao chegar a procissão ao lugar preparado, o sacerdote coloca a âmbula sobre o altar ou no sacrário, cuja porta permanece aberta; e enquanto se canta oTantum ergo, o sacerdote ajoelhado incensa o Santíssimo Sacramento. Fecha-se a porta do sacrário. Depois de algum tempo de adoração silenciosa todos se levantam e, feita a genuflexão, voltam para a sacristia.

No devido momento se desnuda o altar, e se for possível, retiram-se as cruzes da Igreja (ou então sejam cobertas).

SEXTA-FEIRA SANTA




1. LITURGIA DA PALAVRA
 Prostração;
 Oração Coleta;
 I. LEITURA (Is. 52, 13-53, 12);
 Salmo Resp. (Sl. 30, 2, 6, 12-13, 15-16, 17,25);
 II. LEITURA (Hb. 4, 15-16, 5, 7-9);
 PAIXÃO SEGUNDO S. JOÃO (Jo. 18, 1-19, 42).
2. ORAÇÕES SOLENES
(Introduzidas por um Diácono, caso a comunidade o tenha, ou por um ministro instituído)

I. Pela Santa Igreja;
II. Pelo Papa;
III. Por todos os ministros e fiéis;
IV. Pelos Catecúmenos;
V. Pela Unidade dos Cristãos;
VI. Pelos Judeus;
VII. Pelos que não crêem em Cristo;
VIII. Pelos que não crêem em Deus;
IX. Pelos governantes;
X. Pelos atribulados.
3. ADORAÇÃO DA CRUZ

 Apresentação da Santa Cruz, c/Invit. 
«Eis o Lenho da Cruz...»;
 Adoração da Cruz.
 Canta-se «Perdão meu Jesus»;
«Prova de amor» 
4. RITOS DA COMUNHÃO

 Trasladação do Santíssimo;
 
«Pai Nosso» e embolismo;
 
«Feliz os convidados para...» e COMUNHÃO;
 Canta-se «Vós sois meu Pastor ó Senhor» 
 Orações «postcommunio» e «super populum». Não tem benção


Sentido: Este é o dia em que “foi imolado o Cristo, nossa Páscoa” (I Cor 5,7). A Igreja, ao olhar a Cruz de seu Senhor e Esposo, comemora seu próprio nascimento e sua missão de estender a toda a Humanidade os efeitos fecundos da Paixão de Cristo, que hoje celebra, dando graças por tão inefável dom.
Esta celebração consta de três partes: Liturgia da Palavra, adoração da Cruz e Sagrada Comunhão. O altar deve estar descoberto por completo: sem cruz, sem velas e sem toalhas.
Preparar:
a)    Na sacristia: paramentos vermelhos.
b)    No lugar conveniente: Cruz (velada); dois candelabros.
c)    No presbitério: Missal, lecionário, toalha, corporal, tapete (para a prostração).
d)    No lugar onde fica o Santíssimo: véu umeral, dois candelabros.

Descrição dos Ritos:

1) Ritos Introdutórios:
O sacerdote juntamente com os ministros dirige-se para o altar em silêncio.
Chegados ao altar o sacerdote faz a reverência devida, prostra-se, ou se julgar conveniente, ajoelha-se num genuflexório e ora em silêncio por alguns momentos. O que o sacerdote reza? Pedindo perdão pelo pecado do mundo. O povo permanece de joelhos.
A seguir o sacerdote, dirigindo-se à sede, com as mãos estendidas diz a oração prevista e logo se senta.
2) Liturgia da Palavra:
Procede-se às respectivas leituras. Na leitura da Paixão do Senhor, quando se anuncia a morte de Jesus todos se ajoelham e faz-se uma pausa. Terminada a leitura, não se beija o livro.
Homilia. Terminada a homilia o sacerdote, na sede ou junto ao altar, com as mãos estendidas dirige a oração universal como se propõe no Missal, sendo introduzidas pelo diácono.
Os fiéis podem permanecer de pé ou de joelhos durante todo o tempo das orações.
3)    Adoração da Santa Cruz
A seguir, faz-se a apresentação e adoração da Santa Cruz, com uma das formas propostas no Missal.
¨Primeira forma de apresentação da Cruz: o sacerdote recebe a cruz coberta e, junto ao altar, em três momentos sucessivos a descobre e a apresenta para a adoração dos fiéis, repetindo a cada vez o convite: Eis o lenho da Cruz.. Ao que todos respondem: Vinde Adoremos. Terminado o Canto, ajoelham-se e durante breve tempo adoram em silêncio a Cruz. Depois a cruz é levada pelo presbítero à entrada do presbitério, acompanhada por dois acólitos com velas acesas, e a coloca ali ou a entrega aos ministros para que a sustentem levantada entre velas acesas colocadas à direita e à esquerda.

¨Segunda forma de apresentação da Cruz: o sacerdote, acompanhado pelos acólitos, vai à porta da igreja onde toma a cruz descoberta. Os acólitos trazem consigo velas acesas, e faz-se a procissão pela igreja até o presbitério. Perto da porta da igreja, na metade e à entrada do presbitério, o sacerdote eleva a cruz cantando o invitatório: Eis o lenho da Cruz.. Ao que todos respondem: Vinde Adoremos. Depois de cada resposta todos se ajoelham e adoram em silêncio durante breve tempo. Depois se deixa a Cruz à entrada do presbitério, como se disse anteriormente, para a adoração.

Para a adoração da cruz, o celebrante deixando a casula e, se julgar conveniente, os sapatos aproxima-se em primeiro lugar, faz a genuflexão diante da cruz, beija-a e volta à sede onde volta a calçar-se e se reveste com a casula.
Depois do sacerdote passam adorando a cruz os ministros e depois os demais fiéis.
4) Sagrada Comunhão:
Terminada a adoração, leva-se a cruz a seu lugar, perto do altar. As velas acesas são colocadas junto ao altar, ou junto à cruz. Sobre o altar se estende uma toalha e se coloca um corporal e o Missal.
Depois vai se buscar o Santíssimo Sacramento no lugar onde ficara reservado. Dois acólitos com velas acesas acompanham o Santíssimo Sacramento e as deixam (as velas) sobre o altar. Na igreja todos estão em silêncio. Uma vez estando as âmbulas sobre o altar e descobrindo-as, faz-se a genuflexão. Diz-se o Pai-nosso com seu embolismo e se distribui a Comunhão, como se indica no Missal. Terminada a comunhão reserva-se novamente o Santíssimo Sacramento ou fora da igreja, no lugar anteriormente preparado ou, se as circunstâncias exigirem, no sacrário. Depois de certo período de silêncio, o sacerdote, de pé, diz a oração para depois da comunhão.
5) Rito de Conclusão:
Terminada a oração, depois da comunhão, para a despedida, o sacerdote de pé, voltado para o povo e com as mãos estendidas sobre o altar diz a oração correspondente.
Depois se faz genuflexão para a Cruz. Todos se retiram em silêncio.
O altar se desnuda no tempo oportuno.

SÁBADO SANTO

1. LUCERNÁRIO
(Liturgia da Luz)
 Bênção do Fogo Novo;
 Bênção do Círio Pascal;
 Procissão com o Círio c/Invit. 
«Eis a Luz de Cristo»;
 PRECONIO PASCAL (pelo sacerdote)
2. LITURGIA DA PALAVRA
(Leituras, Cânticos e Orações)

I. Gen. 1  a Criação;
II. Gen. 22, 1-18  o Sacrifício de Abraão;
III. Ex. 14-15  a passagem do Mar Vermelho;
IV. Is. 54, 5-14  a «Nova Jerusalém»;
V. Is. 55, 1-11  a Salvação de Deus oferecida aos homens;
VI. Bar. 3, 9-15  a Fonte de Sabedoria;
VII. Ezq. 36, 16-28  Espírito Novo e coração novo;
 Canto do «Gloria in excelsis» (tocam os sinos, as campainhas e o Orgão);
 Epístola (Rom. 6, 3-11);
 
«Alleluia» e EVANGELHO:
 Ciclo «A»: Mt. 28, 1-10;
3. LITURGIA BATISMAL

 Ladainha de Todos-os-Santos;
 Bênção das águas;
 Rito do BATISMO 
(se houver batizandos);
 Renovação das Promessas do Batismo e aspersão
(Não se diz «Credo»).
4. ORAÇÃO DOS FIEIS

5. LITURGIA EUCARISTICA

 OFERTÓRIO  Prece Eucarística I
(Canon Romano, c/ «Communicantes» e «Hanc igitur» próprios);
 RITOS DA COMUNHÃO:
«Pai Nosso»  «Agnus Dei»  COMUNHÃO
________________________

(Ao despedir o povo, o diácono diz:
«Ide em Paz, Alleluia, alleluia»;
O povo responde: «Demos graças a Deus, Alleluia, alleluia»).

Sentido: Segundo antiquíssima tradição, esta é uma noite de vigília em honra do Senhor (cf. Ex 12,42). E, a vigília que nela se celebra para comemorar a noite santa da ressurreição do Senhor, é considerada como a “Mãe de todas as Santas Vigílias” (Santo Agostinho). Nela a Igreja, vigiando espera a Ressurreição do Senhor e a celebra com os sacramentos da iniciação cristã.

Preparar:
a) Para a bênção do fogo: fogueira fora da igreja, onde o povo possa reunir-se; círio pascal; cinco grãos de incenso e estilete; pavio para acender o círio com a chama do fogo novo; velas para os participantes da vigília; pinças para que o turiferário possa tirar as brasas do fogo novo e pô-las no turíbulo.

b) Para a proclamação da Páscoa: pedestal para o círio, perto do ambão.

c) Para a liturgia batismal: recipiente com água; quando se celebram os sacramentos da iniciação cristã: óleo dos catecúmenos; vela batismal; Ritual Romano.

As luzes da Igreja se apagam.
1) Bênção do fogo e preparação do Círio:
Sentido: celebração da luz, Cristo luz do mundo, que vai dissipando nossas trevas.

O sacerdote e os ministros aproximam-se do lugar onde o povo está reunido para a bênção do fogo. Um dos acólitos leva o círio pascal. Não se levam nem cruz processional nem velas acesas. O turiferário leva o turíbulo sem carvões. Chegados ao lugar, faz-se a acolhida e a seguir, a bênção do fogo. O turiferário, a seguir, toma brasas do fogo novo e as coloca no turíbulo. Em seguida, o celebrante vai pronunciar sobre o círio as palavras prescritas, realizando os ritos estabelecidos. Após estes ritos realizados sobre o círio, o celebrante com a ajuda do ministro acende o círio tirando a chama do fogo novo, pronunciando as palavras prescritas.
2) Procissão:
Depois de acender o círio pascal, o celebrante põe incenso no turíbulo. Depois, recebe o círio das mãos do acólito e começa a procissão para entrar na Igreja. Ordem:
- Turiferário com o turíbulo fumegante;
- Celebrante com o círio pascal;
- Demais ministros;
- Povo
Todos levam em suas mãos as velas apagadas.
Na porta da Igreja, o celebrante, de pé e elevando o círio, canta: Eis a luz de Cristo, e todos respondem: Demos graças a Deus.
A seguir no meio da Igreja fará a mesma coisa. Nesta segunda vez, todos acendem suas velas, comunicando o fogo entre si.
Quando o celebrante chega diante do altar, volta-se para o povo o por terceira vez canta: Eis a luz de Cristo, e todos respondem: Demos graças a Deus. Em seguida coloca o círio pascal sobre o candelabro preparado para isso perto do ambão. Neste momento acendem-se as luzes da Igreja.

3) Proclamação Pascal: O celebrante põe incenso no turíbulo e o abençoa. Toma o turíbulo e incensa o círio e o lecionário que está sobre o ambão e canta a Proclamação da Páscoa. O povo permanece de pé e com as velas acesas em suas mãos.

4) Liturgia da Palavra:

Sentido: apresenta uma breve história da nossa salvação que se realiza plenamente em Cristo nesta noite.

Terminada a proclamação da Páscoa, todos apagam suas velas e se sentam. Antes do início das leituras pode-se fazer o comentário. Nesta Vigília são propostas 9 leituras: 7 do Antigo Testamento e 2 do Novo testamento: a Epístola e o Evangelho. A cada leitura do AT corresponderá um Salmo e uma oração coleta. Terminada a última leitura do AT com seu responsório próprio e a oração correspondente, acendem-se as velas do altar e entoa-se solenemente o Hino Glória a Deus nas alturas. Enquanto se entoa o Glória tocam-se os sinos e sinetas da Igreja. Terminado o hino o celebrante diz a oração da coleta. Em seguida se senta para a leitura da Epístola. Terminada a Epístola, todos se levantam e o celebrante entoa solenemente o Aleluia por três vezes. O povo, depois de cada vez o repete. A seguir diz-se o salmo. Logo se lê o Evangelho. Pode se usar o turíbulo, porém não se levam velas para a leitura do Evangelho.
Depois do Evangelho, faz-se a homilia e em seguida procede-se à liturgia batismal.
5) Liturgia Batismal:

Sentido: participamos da vida nova em Cristo, pela ação santificante dos sacramentos.

A liturgia batismal se celebra na fonte batismal ou no presbitério mesmo. A seguir, chamam-se os catecúmenos, se os houver, com seus pais e padrinhos em caso de crianças. Em seguida os cantores cantam as ladainhas às quais todos respondem estando de pé, em razão do tempo pascal.
Terminadas as ladainhas, o celebrante, perto da fonte batismal, com suas mãos estendidas procederá à bênção, enquanto diz: Nós vos pedimos, ó Pai, que por vosso filho desça sobre esta água a força do Espírito Santo, pode introduzir o círio na água, uma ou três, como se diz no Missal. Depois disso, caso haja celebração dos sacramentos do batismo e da crisma, procede-se à administração desses sacramentos. Terminada a celebração, ou caso não se celebrem esses sacramentos, depois da bênção da água, o celebrante, de pé, voltado para a assembléia, recebe dos fiéis a  renovação das promessas do batismo.

6) Renovação das Promessas Batismais:

Os fiéis, de pé, levam em suas mãos velas acessas. O celebrante fará o interrogatório correspondente à Renovação das promessas batismais.
Terminada a renovação das promessas o celebrante fará a aspersão sobre o povo com a água benta, percorrendo a igreja, enquanto se canta um hino de índole batismal.
Terminada a aspersão, o celebrante retorna à sede, de onde, omitindo o credo dirigirá a oração universal.
7) Liturgia da Eucaristia:

Em seguida, tem início a Liturgia da Eucaristia, que se celebra segundo o rito de costume.
8) Despedida:

Para a despedida dos fiéis, agrega-se um duplo Aleluia.
Para a bênção final da Missa, o celebrante poderá empregar a fórmula de bênção solene para a Missa da Vigília Pascal, proposta no Missal.
Apêndice: Incensação

O rito de incensação expressa reverência e oração, como se dá a entender no Sl 140,2 e em Ap 8,3.
¨      Em que momentos se usa o incenso na Missa?
- Durante a procissão de entrada;
- No começo da Missa para incensar o altar;
- Para a procissão e proclamação do Santo Evangelho;
- Na preparação dos dons para incensar as oferendas, o altar, a cruz, o celebrante (e concelebrantes) e o povo;
- No momento de mostrar a hóstia e o cálice, depois da consagração.
O celebrante se está na sede, senta-se para por incenso no turíbulo. O ministro apresenta-lhe a naveta e após depositar o incenso no turíbulo o celebrante abençoa o incenso com o sinal da cruz, sem dizer nada. Para passar o turíbulo ao celebrante, o turiferário coloca a parte superior das correntes na mão esquerda do celebrante e a parte inferior na direita.
¨      Como incensar?
Antes e depois de incensar, faz-se inclinação profunda à pessoa ou objeto que se incensa; excetuam-se o altar e as oferendas para o sacrifício da Missa.
Aquele que incensa segura com a mão esquerda as correntes por sua parte superior, e com a direita, as mesmas, juntas, perto da parte inferior do turíbulo e o sustenta de tal maneira que possa movê-lo comodamente. Importante lembrar que a incensação deve ser feita com dignidade e decoro, sem mover o corpo ou a cabeça. Terá a mão esquerda que sustenta a parte superior das correntes – firme e estável sobre o peito; a mão e o braço direito as moverão com a parte inferior de forma cômoda e contínua.
Com três movimentos duplos se incensam: o Santíssimo Sacramento; as relíquias da Santa Cruz e as imagens do Senhor expostas solenemente, também as oferendas, a cruz do altar, o livro dos Evangelhos, o círio pascal, o celebrante, a autoridade civil que por ofício está presente na celebração, o coro e o povo, o corpo do defunto.
Com dois movimentos duplos se incensam as relíquias e imagens dos Santos expostas para a veneração pública.
O Santíssimo Sacramento se incensa de joelhos. As relíquias e imagens se incensam depois da incensação do altar, no início da Santa Missa.

MISSA NO DOMINGO
DE PÁSCOA

1. RITOS INICIAIS E
LITURGIA DA PALAVRA
(Missa própria, com «Glória» e «Credo»).
 I. Leitura (Act. 10, 34a, 37-43);
 Salmo Resp. 
(Sl. 117, 1-2, 16ab-17, 22-23);
 II. 
Leitura (Col. 3, 1-4); (ou: I Cor. 5, 6b-8);
 Seq. 
«Victimae Paschali laudes»;
 «Alleluia»;
 EVANGELHO (Jo. 20, 1-9); (ou: Luc. 24, 13-35).
2. «CREDO» E
ORAÇÃO DOS FIÉIS

3. LITURGIA
EUCARISTICA

 Pref. Pascal I;
 No Canon Romano, «Communicantes» e «Hanc igitur» próprios.
4. RITO CONCLUSIVO

(Ao despedir o povo, o diácono diz:
«Ide em Paz, Alleluia, alleluia».
O povo responde: «Demos graças a Deus, Alleluia, alleluia»).


Breve Resumo das celebrações que acontece no Tríduo

O Tríduo pascal segundo a orientação litúrgica, começa na tarde da quinta-feira santa com a missa na Ceia do Senhor e termina na tarde de Páscoa  com as vésperas solenes, tendo como oitava para celebrar com a mesma potência o que ocorreu no domingo santo.

A Sexta-feira santa, em que se celebra a morte do Senhor, e o Sábado santo em que se recorda o repouso de Cristo no sepulcro, são dias “alitúrgicos”. Nenhum sacramento deve ser ministrado, segundo as orientações litúrgicas durante todo o dia da sexta-feira e do sábado santo, exceto o viático em caso de morte.

O Domingo de Páscoa tem início com a solene vigília que se desenrola durante a noite: constitui o cume do Tríduo pascal e celebra festivamente, no mistério, a gloriosa Ressurreição do Senhor.

Na quinta-feira santa, além da missa do Crisma, em que são abençoados “os santos óleos”: dos catecúmenos, e da unção dos enfermos e consagrado o da crisma  (em geral no Brasil, rezada por motivo pastorais, na quarta-feira santa) é celebrada a missa na Ceia do Senhor que lembra a instituição da eucaristia, a primeira missa da história.

(Na solene Missa canta-se o hino do Glória, durante o qual tocam-se os sinos que, depois permaneceram em silêncio até a vigília pascal. Não se diz o creio.

Após a homilia, o celebrante procede ao “lava-pés”, para lembrar o que Jesus fez na última Ceia, num ato de amor e de serviço para com os apóstolos. A missa termina com a oração da comunhão, à qual segue imediatamente  a procissão para a “Transladação do SSmo. Sacramento à uma capela ou altar devidamente preparados).

A solene Liturgia da sexta-feira santa é celebrada à tarde, pelas três horas, a não ser que razões pastorais aconselhem horas mais tarde.

Comemoramos os dois aspectos do mistério da cruz, o sofrimento que prepara para a glória da Páscoa e a humilhação e opróbrio de Jesus dos quais promana sua glorificação.

Hoje já é a Páscoa: Cristo que morre na cruz, passa deste mundo ao Pai; do seu lado brota, para nós, a vida divina, passamos da morte do pecado à vida de Deus. Tudo isso o revivemos liturgicamente em três momentos: Liturgia da Palavra com leitura da Paixão, Adoração da cruz Comunhão eucarística.

(Na sexta feira santa “na paixão do Senhor” e, conforme a oportunidade também no Sábado santo até a Vigília pascal, celebra-se a jejum pascal).

Vigília pascal na noite santa. Por antiquíssima tradição, esta é “a noite de vigília em honra do Senhor”. A noite pascal é grande sacramento da vida do cristão. Não é vigília mas já é festa.

Desenrola-se deste modo: depois de uma breve liturgia da Luz (primeira parte), a santa Igreja  medita as “maravilhas” que o Senhor fez por seu povo desde o princípio, e confia na sua palavra e na sua promessa (liturgia da Palavra) até o momento em que, aproximando-se o dia da ressurreição, com só seus membros regenerados no batismo (terceira parte ou liturgia batismal), é convidada à mesa que o Senhor preparou  para seu povo por meio de sua morte e ressurreição (quarta parte liturgia eucarística).

A missa da noite, mesmo que celebrada antes da meia noite, é a missa pascal do domingo da Ressurreição.

No domingo de Páscoa há duas missas: a primeira “na noite santa”, e constitui o ápice da solene vigília pascal, a segunda “no dia” do domingo da Ressurreição.

(Com o canto do glória na noite de Páscoa, os sinos retomam seu som festivo; volta também o alegre canto do aleluia).

A cor das vestes litúrgicas é o branco na liturgia da quinta-feira santa, da vigília Pascal e do domingo de Páscoa; o vermelho, na liturgia da sexta-feira santa e no domingo de Ramos e da Paixão.

  Org: José Wilson Fabrício da Silva, crl
Fonte: Missal Dominical;
Cerimonial dos bispos;

Diretório de Liturgia.

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