O sábado santo, tal como a
sexta-feira santa, é um dia dito “alitúrgico”, isto é, sem celebração da
Eucaristia ou de outros sacramentos: Neste dia a Igreja abstém-se
absolutamente do sacrifício da Missa. A sagrada Comunhão só pode ser dada como
Viático. Não é permitida a celebração do matrimônio nem dos outros sacramentos,
exceto os da Penitência e da Unção dos doentes. (Carta circular n.
75: EDREL 3185). As várias horas da oração da Igreja convidam a contemplar o
repouso de Cristo no sepulcro, na expectativa da celebração da sua
ressurreição. Recomenda-se muito a celebração do Ofício de leitura e das Laudes
matutinas com a participação do povo. Onde isso não for possível, prepare-se
uma celebração da palavra de Deus ou um exercício de piedade adequado ao
mistério deste dia (Carta circular n. 73: EDREL 3183).
Este
é o dia do “grande silêncio”. A leitura patrística do Ofício de Leitura do
Sábado Santo começa assim: “Um grande silêncio reina hoje sobre a terra; um
grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei dorme; a terra estremeceu e ficou
silenciosa, porque Deus adormeceu segundo a carne e despertou os
que dormiam há século”. O que mais chama a atenção é precisamente o aparente
“vazio” deste dia: o silêncio dos sinos, o silêncio dos cânticos, os altares
nus, os sacrários abertos e vazios, a ausência de celebrações... “No Sábado
Santo, a Igreja permanece junto do sepulcro do Senhor, meditando na sua Paixão
e Morte, e na sua descida aos infernos, e esperando na oração e no jejum a sua
Ressurreição” (Carta
circular n.
73: EDREL 3183).
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