Como uma introdução a reflexão que vamos fazer agora, vimos na catequese anterior o que é o verdadeiro Ecumenismo, fortalecendo assim, nossa Fé no Deus Uno e Trino; onde S. Paulo nos pede que sejamos sempre unidos, tendo: Uma só Fé, um só Batismo e um só Senhor (Ef 4,5). Com isso, estamos reafirmando a nossa crença Apostólica, que proclama, sem sombra de dúvida, a Obra de Deus Criador que veio se revelando aos poucos a humanidade (Jo 1, 1-14). Uma revelação Trinitária, conhecida sem nenhuma dúvida, em Jesus Cristo, concedido virginalmente, segundo a carne, por obra do Espírito Santo, nas entranhas de Maria sempre Virgem. E assim, vamos afirmando na doutrina Católica que:
Cremos que Deus se gerou e nasceu;
Cremos que Ele viveu uma vida simples e humana, mesmo sendo Divino;
Cremos que Ele manifestou-se em ações e palavras;
Cremos que Ele deu início e término de sua missão salvadora com uma Morte humana e uma Ressurreição divina, sem deixar em nenhum momento de ser Deus, nem Homem;
Cremos que Ele subiu por seu próprio poder ao Céu, lugar que nunca abandonou, mesmo sendo Deus-Homem aqui na terra;
Cremos que Ele julga os mortos, após a separação do espírito da matéria (Ef 4,4) e que julgará os vivos que estiverem no dia da sua segunda volta;
Cremos que Ele nos perdoou e perdoa através dos Sacramentos do Batismo, Confissão, Unção dos Enfermos;
Cremos que Deus Filho está presente na Hóstia e no Vinho Consagrado (Mc 14, 22-24/ Jo 6, 51-59/ Mt 26, 26-29/ 1Cor 11, 23-25) e que a Santa Missa é o mesmo Sacrifício de Cristo na Cruz, Único Sacrifício aceito e agradável a Deus;
Cremos que assim como Jesus Ressuscitou com seu corpo glorioso, assim também nós ressuscitaremos, onde a nossa morte é um encontro definitivo de nossa alma com Deus, mas, que o nosso corpo também se unirá ao nosso espírito para a segunda volta de Cristo (1Tes 4, 16-17), onde, logo após o julgamento dos vivos e a reafirmação da sentença dos mortos, reinaremos eternamente com Jesus na Jerusalém celeste;
Cremos que a Igreja Católica fundada por Jesus sobre Pedro (Mt 16,18), os Apóstolos e os profetas (Ef 2,20) é o grande Sacramento da Salvação, que Ele instituiu para ministrar (distribuir) os Sete Sacramentos ao seu povo;
Cremos que a só Ela é o Corpo de Cristo (1 Cor 12,28). Só ela é a Arca de Noé que abriga do dilúvio do pecado. Que os Sete Sacramentos foram todos instituídos por Jesus para salvar o homem;
Cremos que entramos pelo Batismo e permanecemos até o final da nossa vida terrena, em comunhão com os Santos, onde eles estão na glória preparada por Deus (Jo 14, 3) e que rezam por nós (Ap 8,4) diante do Trono do Altíssimo;
Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus, onde “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para argumentar, para corrigir, para encaminhar na justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e instruído para toda classe de obra boa” (2Tm 3,16-17).
Mas, a fé não deve ser somente professada e recordada, senão celebrada no Sacrifício oferecido pela Igreja ao Esposo e na celebração dos Sacramentos. Professamos nossa Fé com o Credo Apostólico que contem o que Deus, progressiva e pedagogicamente revelou em sua “economia salvífica”: a Criação e o mistério de seu Ser, “a plenitude dos tempos” (Gl 4,4) com a obra de Deus Filho, a efusão do Espírito Santo em Pentecostes como início do tempo da Igreja caminhando até a sua consumação (Mt 28,20) no Reino de Deus.
Por isso, nossa Fé deve ser celebrada na Liturgia mediante as palavras e ações sagradas com as que a Igreja, Povo de Deus e Esposa de Jesus Cristo, louva a Deus Pai por meio de seu Filho Jesus Cristo na força do Espírito Santo.
A Missa
A Santa Missa deve ocupar um lugar por excelência na vida de cada Cristão! Porque é através da participação da Missa que vamos antecipando o Céu em nossa vida. Isso a Igreja nos ensina, assim devemos crer. A excelência principal do Santo Sacrifício da Missa deve ser considerada, sem dúvida nenhuma, como essencial e absolutamente o mesmo oferecido na Cruz no alto do Calvário, com esta única diferença:
O sacrifício da Cruz foi com todo o Sangue inocente de Jesus, e não o ofereceu mais de que uma vez, satisfazendo plenamente o Filho de Deus, com esta oferta única, para todos os pecados do mundo;
Na Missa, o sacrifício do altar é o mesmo realizado na Cruz, mas, com uma diferença: é o sacrifício sem sangue, que pode ser renovado em cada lugar, tempo, língua e povo. Jesus, além de instituir a Igreja Católica, lhe dar o Mandamento Novo do amor e uma Aliança Nova (Mt 26,28), sinal de união da alma com Deus na hora do Santo Sacríficio. Por isto, quando participamos da Santa Missa com devoção, estamos ao pé da Cruz com Maria, João e as Santas Mulheres (Jo 19, 25).
Assim, o Sacrifício feito com o Sangue de Deus Filho humanado, foi o instrumento da nossa redenção. Na Santa Missa, acontece um sacrifício sem derramamento do Sangue, mas, uma transformação da substância de vinho em sangue, onde nos dá a posse, e um o valor igual e perfeito, do que aconteceu no Calvário. A Santa Missa derrama sobre aqueles que dela participam, um tesouro inesgotável de méritos infinitos do nosso Divino Salvador. E nos permite usá-los, colocando-os em nossas mãos.
A Santa Missa, então, não é simplesmente uma representação recordação apenas da Paixão e Morte do Redentor, mas uma real e verdadeira atualização do Sacrifício que foi feito no Calvário e, assim, podemos verdadeiramente dizer que o nosso Divino Salvador, em cada Missa a ser celebrada, misticamente renova sua Morte e Ressurreição por cada um de nós.
Demos graças a Deus porque Ele nos dar permissão de nos envolvermos, de uma forma especial, no Mistério que se realiza sobre o altar, onde realmente renovado, ainda que de incruento, o mesmo Sacrifício que foi feito na Cruz com derramamento de sangue. O mesmo organismo, o mesmo sangue, o próprio Jesus foi oferecido no Calvário e nos é oferecido do mesmo modo na Santa Missa.
Muitos podem se perguntar: Qual é o centro de toda a Liturgia da Igreja Católica, já que se têm os sacramentos, devoções e etc.?
O centro da Liturgia da Igreja é a Eucaristia! Ela é o centro de toda a Liturgia e de toda a ação sacramental da Igreja. A “Ceia do Senhor”, memorial de sua Paixão salvadora, atualiza com a mesma presença do Senhor Ressuscitado todos os bens salvíficos. É causa desse grandioso tesouro que santificamos o Domingo (Ap 1,10), dia em que Cristo ressuscitou, para ser neste dia semanal a nossa festa principal, em que somos convidados a participar da Eucaristia, recordando constantemente a Paixão, Ressurreição e Ascensão de Jesus. Dia em que glorificamos a Trindade, descansamos de nossos trabalhos e recarregamos a nossa bateria espiritual para todos os dias da semana. Realizamos assim, a nossa Páscoa semanal.
Que aprendamos com os Santos a forma, o gosto e comportamento piedoso de participar da Missa com infinito amor! Se aceitarmos com todo o nosso coração, todos os artigos de Fé que está contido em nosso Catecismo, não nos falta mais nada em nossa Vida Espiritual.
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