A Ressurreição de Maria
Os cristãos já celebravam desde o séc. II uma solenidade chamada de a Festa da Assunção de Maria.
Mas, só depois entre os anos 321 a 387, pelo registro escrito de Pseudo-Miletóm, é que aparece, como que, coletivo para toda a Igreja do oriente, a crença na Assunção de Maria. E a partir do séc. III, começa surgir às referências literárias falando, ensinando e devotando a antiga Assunção de Maria. No escrito grego intitulado DE OBITUS DOMIAE do séc. IV, duas cidades estão em desacordo para ver qual foi à verdadeira que Maria foi elevada aos Céus – Éfeso e Jerusalém. Aqui não importa o lugar, e sim o fato de Maria ter sido assunta ao Céu. Também se fala da Assunção no livro chamado DE TRANSITU VIRGINIS, atribuído a S. Miletóm de Sardes e uma carta apócrifa atribuída a S. Dionísio o Areopagita do séc. III. Também escreveram sobre a Assunção, S. André de Creta, S. João Damasceno e São Modesto de Jerusalém, etc., etc. e etc.
Assim crendo, os cristãos orientais foram os primeiros a celebrarem a festa da Dormissão de Nossa Senhora, que depois, nós do acidente, também passamos a celebrar-la igualmente no dia 15 de agosto a partir do séc. VIII. Os santos padres, tanto orientais como ocidentais, passaram a celebrar a Solenidade da Assunção de Maria afirmando que ela estava fundamentada na cooperação materna de Maria desde a Encarnação redentora. “Era necessário, disse Germano de Constantinopla (+733), que a Mãe da Vida compartisse a morada da Vida” (PG 98, 348).
De uma parte, a Maternidade Divina criou um vínculo espiritual e corporal entre Maria e seu Filho; vínculo que deve adquirir toda sua força no Céu pela presença da alma e do corpo glorioso de Maria. De outra, a co-redenção significa a associação de Maria ao sofrimento do Calvário (Jo 19, 25), mas, também um triunfo glorioso em que culmina seu sacrifício. Então, Maria, é a única associada à redenção objetiva, é também a única associada à Ressurreição e Ascensão corporal de Cristo, sendo ela elevada aos Céus não por força própria, mas por graça de Cristo.
Os argumentos tomados da Conceição Imaculada e da Virgindade devem completar-se na perspectiva da Maternidade Divina e co-redentora; em virtude desta maternidade, a plenitude da graça se transformou em plenitude de glória. E a consagração virginal fez com que o corpo de Maria compartisse a glória do seu Filho.
A definição dogmática da Assunção não afirmou claramente a morte de Maria. Mas, sabemos que Ela para se igualar em tudo a seu Divino Filho, morre de amor e desejo de encontrar-Lo e sentir-Lo de perto com seu corpo material, já cansado pelos anos que a graça de Deus a concedia. Então, dorme no Senhor e também ressuscita nEle. Era justo que o corpo que deu vida material a Jesus, recebesse Vida Eterna depois do descanso terrenal no Céu.
Pois, Maria se assemelha a seu Santíssimo Filho participando de sua glória, com a permissão de Deus Pai e a força do Espírito Santo. São João evangelista – entre os anos 81 a 98 d.C., depois de ter sofrido em Roma o tormento de ser queimado numa caldeira de azeite, foi desterrado para a Ilha de Patmos, no mar de Egeu. E em uma visão registrada no livro do Apocalipse 12, disse ter visto:
Uma Mulher gloriosa, vestida de Sol (vestida de Cristo);
Com a coroa de doze estrelas na cabeça (representando ela como Rainha. Rainha dos Apóstolos, do Céu e da terra, representada nas doze estrelas; as doze tribos de Israel);
E a lua debaixo de seus pés (mostrando que assim como o sol administra o dia e a lua administra a noite, ela dar lugar ao sol logo pela manhã. Maria dar a luz (lugar) ao Sol (Cristo).
Sabemos que esse texto dar um duplo entendimento na teologia. O primeiro é a glória da Igreja e o segundo é a glória de Maria, mas aqui, queremos ficar com a segunda interpretação. Então, o Dogma da Assunção tem como referência a Mãe de Deus, que logo após sua vida terrena foi levada em corpo e alma à Glória Celestial. Este Dogma foi proclamado pelo Papa Pio XII, em 1º de novembro de 1950, na Constituição Munificentisimus Deus, onde ele revestido com a autoridade que lhe é de direito, como proclamou Jesus Cristo em Mt 16,18, disse:
“Depois de elevar a Deus muitas reiteradas preces e invocar a Luz do Espírito da Verdade para a Glória de Deus onipotente, que outorga a Virgem Maria sua benevolência, para honra de seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte. Para aumentar a glória da mesma Mãe Augusta e para gozo e alegria de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser Dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi Assunta de corpo e alma à Glória dos Céus”.
Entretanto, por que é importante para que nós católicos recordemos e aprofundemos nossos estudos e nosso amor sobre o Dogma da Assunção da Santíssima Virgem Maria ao Céu?
O Catecismo da Igreja Católica responde dizendo:“A Assunção da Santíssima Virgem, constitui uma participação única na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos demais cristãos (CIC 966)”. A importância da Assunção para nós, homens e mulheres do começo do Terceiro Milênio da Era Cristã, tem como efeito a relação que existe entre a Ressurreição de Cristo e a nossa. A presença de Maria, Mulherda nossa raça (Gn 3,15), ser humano como nós, se encontra entre a Ressurreição de Cristo e a nossa, isto é: uma antecipação de nossa própria ressurreição.
Vamos encontrar no Catecismo da Igreja Católica (CIC 966), citando aLúmen Gentium 59, que consequentemente usa a Bula da Proclamação do Dogma ensinando que: “Finalmente, a Virgem Imaculada, preservada de toda mancha do pecado original, terminado o curso de sua vida na terra, foi levada à Glória dos Céus, e elevada ao Trono do Senhor como Rainha do Universo, para ser conformada plenamente a seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado da morte”.
O Beato João Paulo II, em uma de suas catequeses sobre a Assunção, explica o mesmo nos seguintes termos:
“O Dogma da Assunção afirma que o corpo de Maria foi glorificado depois de sua morte. Com efeito, enquanto para os demais homens a ressurreição dos corpos será no fim do mundo, para Maria a glorificação de seu corpo se antecipou por privilégio único” (JP II, 2-julho-1997)...
“Contemplando o mistério da Assunção da Virgem, é possível compreender o plano da Providência Divina com respeito à humanidade: depois de Cristo encarnado, Maria é a primeira criatura humana que realiza o ideal escatológico, antecipando a plenitude da felicidade, prometida aos escolhidos mediante da ressurreição dos corpos”. (JP II, Audiência Geral de 9 de julho de 1997)... Maria Santíssima nos mostra o destino final daqueles que ‘escutam a palavra de Deus e a cumprem’ (Lc. 11,28). Nos estimula a elevar nosso olhar às alturas, onde se encontra Cristo, sentado à direita do Pai, e onde está também a humilde serva de Nazaré, em sua glória celestial”(JP II, 15-agosto-1997).
Por isso entendemos que o mistério da Assunção da Santíssima Virgem Maria ao Céu convida-nos a fazer uma pausa na agitada vida que levamos para refletir sobre o sentido da nossa estadia aqui na terra, sobre nosso último fim: a Vida Eterna, junto com a Santíssima Trindade, a Santíssima Virgem Maria e os anjos e santos do Céu. Ao saber que Maria está no Céu, gloriosa em corpo e alma, como nos foi prometido a àqueles que fazem a vontade de Deus, renova-nos a esperança em nossa imortalidade futura e a felicidade perfeita para sempre.
E é aqui que aparece biblicamente o valor da Assunção e coroação de Maria no Reino esperado por nós. Vemos a Jesus por excelência e Maria a Imagem da Igreja ressuscitada. O Cristo glorioso realiza o ideal escatológico da natureza humana, elevada ao lugar perpétuo de repouso e contemplação de Deus. Maria é associada a Jesus porque segundo o plano da salvação, uma comunidade, uma pareia, deveria encarnar a este ideal e anunciar sua extensão universal. O Homem e uma Mulher representam a ressurreição corporal destinada a toda humanidade perdida pelo antigo Adão e a antiga Eva no paraíso. E para os que não aceitam esse Dogma, pergunto: Se vocês aceitam a assunção de homens pecadores como reza na Palavra de Deus em Gn 5, 23-24 e 2Rs 2, 1-18; por que não aceitam a Assunção daquela que não tinha pecado?
Nossa Senhora da Assunção, rogai por nós!
Mas, só depois entre os anos 321 a 387, pelo registro escrito de Pseudo-Miletóm, é que aparece, como que, coletivo para toda a Igreja do oriente, a crença na Assunção de Maria. E a partir do séc. III, começa surgir às referências literárias falando, ensinando e devotando a antiga Assunção de Maria. No escrito grego intitulado DE OBITUS DOMIAE do séc. IV, duas cidades estão em desacordo para ver qual foi à verdadeira que Maria foi elevada aos Céus – Éfeso e Jerusalém. Aqui não importa o lugar, e sim o fato de Maria ter sido assunta ao Céu. Também se fala da Assunção no livro chamado DE TRANSITU VIRGINIS, atribuído a S. Miletóm de Sardes e uma carta apócrifa atribuída a S. Dionísio o Areopagita do séc. III. Também escreveram sobre a Assunção, S. André de Creta, S. João Damasceno e São Modesto de Jerusalém, etc., etc. e etc.
Assim crendo, os cristãos orientais foram os primeiros a celebrarem a festa da Dormissão de Nossa Senhora, que depois, nós do acidente, também passamos a celebrar-la igualmente no dia 15 de agosto a partir do séc. VIII. Os santos padres, tanto orientais como ocidentais, passaram a celebrar a Solenidade da Assunção de Maria afirmando que ela estava fundamentada na cooperação materna de Maria desde a Encarnação redentora. “Era necessário, disse Germano de Constantinopla (+733), que a Mãe da Vida compartisse a morada da Vida” (PG 98, 348).
De uma parte, a Maternidade Divina criou um vínculo espiritual e corporal entre Maria e seu Filho; vínculo que deve adquirir toda sua força no Céu pela presença da alma e do corpo glorioso de Maria. De outra, a co-redenção significa a associação de Maria ao sofrimento do Calvário (Jo 19, 25), mas, também um triunfo glorioso em que culmina seu sacrifício. Então, Maria, é a única associada à redenção objetiva, é também a única associada à Ressurreição e Ascensão corporal de Cristo, sendo ela elevada aos Céus não por força própria, mas por graça de Cristo.
Os argumentos tomados da Conceição Imaculada e da Virgindade devem completar-se na perspectiva da Maternidade Divina e co-redentora; em virtude desta maternidade, a plenitude da graça se transformou em plenitude de glória. E a consagração virginal fez com que o corpo de Maria compartisse a glória do seu Filho.
A definição dogmática da Assunção não afirmou claramente a morte de Maria. Mas, sabemos que Ela para se igualar em tudo a seu Divino Filho, morre de amor e desejo de encontrar-Lo e sentir-Lo de perto com seu corpo material, já cansado pelos anos que a graça de Deus a concedia. Então, dorme no Senhor e também ressuscita nEle. Era justo que o corpo que deu vida material a Jesus, recebesse Vida Eterna depois do descanso terrenal no Céu.
Pois, Maria se assemelha a seu Santíssimo Filho participando de sua glória, com a permissão de Deus Pai e a força do Espírito Santo. São João evangelista – entre os anos 81 a 98 d.C., depois de ter sofrido em Roma o tormento de ser queimado numa caldeira de azeite, foi desterrado para a Ilha de Patmos, no mar de Egeu. E em uma visão registrada no livro do Apocalipse 12, disse ter visto:
Uma Mulher gloriosa, vestida de Sol (vestida de Cristo);
Com a coroa de doze estrelas na cabeça (representando ela como Rainha. Rainha dos Apóstolos, do Céu e da terra, representada nas doze estrelas; as doze tribos de Israel);
E a lua debaixo de seus pés (mostrando que assim como o sol administra o dia e a lua administra a noite, ela dar lugar ao sol logo pela manhã. Maria dar a luz (lugar) ao Sol (Cristo).
Sabemos que esse texto dar um duplo entendimento na teologia. O primeiro é a glória da Igreja e o segundo é a glória de Maria, mas aqui, queremos ficar com a segunda interpretação. Então, o Dogma da Assunção tem como referência a Mãe de Deus, que logo após sua vida terrena foi levada em corpo e alma à Glória Celestial. Este Dogma foi proclamado pelo Papa Pio XII, em 1º de novembro de 1950, na Constituição Munificentisimus Deus, onde ele revestido com a autoridade que lhe é de direito, como proclamou Jesus Cristo em Mt 16,18, disse:
“Depois de elevar a Deus muitas reiteradas preces e invocar a Luz do Espírito da Verdade para a Glória de Deus onipotente, que outorga a Virgem Maria sua benevolência, para honra de seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte. Para aumentar a glória da mesma Mãe Augusta e para gozo e alegria de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser Dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi Assunta de corpo e alma à Glória dos Céus”.
Entretanto, por que é importante para que nós católicos recordemos e aprofundemos nossos estudos e nosso amor sobre o Dogma da Assunção da Santíssima Virgem Maria ao Céu?
O Catecismo da Igreja Católica responde dizendo:“A Assunção da Santíssima Virgem, constitui uma participação única na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos demais cristãos (CIC 966)”. A importância da Assunção para nós, homens e mulheres do começo do Terceiro Milênio da Era Cristã, tem como efeito a relação que existe entre a Ressurreição de Cristo e a nossa. A presença de Maria, Mulherda nossa raça (Gn 3,15), ser humano como nós, se encontra entre a Ressurreição de Cristo e a nossa, isto é: uma antecipação de nossa própria ressurreição.
Vamos encontrar no Catecismo da Igreja Católica (CIC 966), citando aLúmen Gentium 59, que consequentemente usa a Bula da Proclamação do Dogma ensinando que: “Finalmente, a Virgem Imaculada, preservada de toda mancha do pecado original, terminado o curso de sua vida na terra, foi levada à Glória dos Céus, e elevada ao Trono do Senhor como Rainha do Universo, para ser conformada plenamente a seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado da morte”.
O Beato João Paulo II, em uma de suas catequeses sobre a Assunção, explica o mesmo nos seguintes termos:
“O Dogma da Assunção afirma que o corpo de Maria foi glorificado depois de sua morte. Com efeito, enquanto para os demais homens a ressurreição dos corpos será no fim do mundo, para Maria a glorificação de seu corpo se antecipou por privilégio único” (JP II, 2-julho-1997)...
“Contemplando o mistério da Assunção da Virgem, é possível compreender o plano da Providência Divina com respeito à humanidade: depois de Cristo encarnado, Maria é a primeira criatura humana que realiza o ideal escatológico, antecipando a plenitude da felicidade, prometida aos escolhidos mediante da ressurreição dos corpos”. (JP II, Audiência Geral de 9 de julho de 1997)... Maria Santíssima nos mostra o destino final daqueles que ‘escutam a palavra de Deus e a cumprem’ (Lc. 11,28). Nos estimula a elevar nosso olhar às alturas, onde se encontra Cristo, sentado à direita do Pai, e onde está também a humilde serva de Nazaré, em sua glória celestial”(JP II, 15-agosto-1997).
Por isso entendemos que o mistério da Assunção da Santíssima Virgem Maria ao Céu convida-nos a fazer uma pausa na agitada vida que levamos para refletir sobre o sentido da nossa estadia aqui na terra, sobre nosso último fim: a Vida Eterna, junto com a Santíssima Trindade, a Santíssima Virgem Maria e os anjos e santos do Céu. Ao saber que Maria está no Céu, gloriosa em corpo e alma, como nos foi prometido a àqueles que fazem a vontade de Deus, renova-nos a esperança em nossa imortalidade futura e a felicidade perfeita para sempre.
E é aqui que aparece biblicamente o valor da Assunção e coroação de Maria no Reino esperado por nós. Vemos a Jesus por excelência e Maria a Imagem da Igreja ressuscitada. O Cristo glorioso realiza o ideal escatológico da natureza humana, elevada ao lugar perpétuo de repouso e contemplação de Deus. Maria é associada a Jesus porque segundo o plano da salvação, uma comunidade, uma pareia, deveria encarnar a este ideal e anunciar sua extensão universal. O Homem e uma Mulher representam a ressurreição corporal destinada a toda humanidade perdida pelo antigo Adão e a antiga Eva no paraíso. E para os que não aceitam esse Dogma, pergunto: Se vocês aceitam a assunção de homens pecadores como reza na Palavra de Deus em Gn 5, 23-24 e 2Rs 2, 1-18; por que não aceitam a Assunção daquela que não tinha pecado?
Nossa Senhora da Assunção, rogai por nós!
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