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domingo

Era da liturgia profanada




Espaço sagrado, apresentações musicais e danças dentro da Missa.
O que passa nos últimos dias é que, querem mudar o espaço sagrado, tirando a mística sacrifical e transformando-o em um espaço protestantizado, onde não há mais espaço que convide a oração, catequese visual com as sagradas imagens; chegando ao extremo de banir a imagem o crucificado dando lugar ao ressuscitado. Claro, celebrar é momento de festa também, por isso que cantamos o glória, mas a centralidade da Missa é o Sacrifício de Cristo.
O a forma de entender a Missa está tão distorcido, que ela está sendo utilizada para momentos de shows religiosos, apresentações de artistas, bailes de louvores e verdadeiro desvio teológico, causado pelos próprios (alguns) sacerdotes e grupos de liturgias. Fazendo da Missa uma reunião social de final de semana, onde as equipes de liturgias fazem dos ritos próprios da Santa Missa, momentos de danças extravagantes, anti-cristãs e o pior de tudo, totalmente fora do sentido celebrado.
A teologia da prosperidade pentecostal, já está presente na mentalidade organizadores de celebrações, onde afirmam que o sofrimento é obra do diabo e que Cristo já pagou uma vez por todas pela sua morte os nossos sofrimentos. O pare de sofrer já faz parte das homilias em nossa Igreja brasileira.
Ouvi em um encontro de religiosos no RS, da boca de uma religiosa de uma congregação que fabricam subsídios de liturgia no Brasil que: “não devemos encher as igrejas de tranqueiras (as sagradas imagens), ... o importante no templo não é o sacrário, pois não tem sentido fazer reverência, nem genuflexão para ele, porque Jesus está no altar, ele é o altar”.   Eu não vou falar o nome aqui para não comprometer-la, usarei da caridade. Apenas a questionei-a sobre o erro que ela acabara de pronunciar, mostrando aos presentes no encontro que não era assim, pois o altar tem seu valor, mas o sacrário também. Fora da SANTA MISSA, o que nos chama a oração é o sacrário, dentro da SANTA MISSA, devemos voltar os nossos olhares para o altar. Agora, uma coisa é certa! Se eu fosse da hierarquia da Igreja, mandava essa irmã estudar novamente a sagrada liturgia ou então, pediria para que ela se retirasse de minha diocese, pois o mal que ela está fazendo aos grupos de liturgia é tremendo. Simplesmente ela quer vender seus produtos enfeitados, modernos e sem sentido teológico católico. Em sinal de desagravo, convidou-me para jantar em sua comunidade, onde sua educação não me convenceu de que por amizade, eu desconsiderasse o que ela havia afirmado.
É por causa dessas más-interpretações dada aos Documentos do Concílio Vaticano II que a liturgia sagrada do Brasil, já não tem mistério, sentimento, respeito e vida. Tudo pode ser dançado, cantado e mudado. “Quem faz a liturgia em muitas paróquias são os seus sacerdotes, não a Doutrina da Igreja. Como o Sr. Bispo não está preocupado com a Sagrada Liturgia, então eu faço o que bem quero”. Afirmou um padre, quando eu o questionava sobre uma procissão que ele fez com a Eucaristia, após a consagração, antes da elevação do cálice.
É verdade que a Igreja é convidada a inculturar o Evangelho, isto não é fazer da sagrada liturgia um circo, onde eu posso trocar o cálice de um material nobre, por uma pata de vaca, como acontece em uma paróquia no Paraná, onde o padre faz missa dos bichos, dos fazendeiros, onde tudo é mudado, inclusive o ritual da Missa, onde ele inventa o seu próprio ritual. Missa não é evento social, não é picadeiro e tão pouco ritual profanizado com músicas gospel e paródias. Missa é Sacrifício, Expiação pelos nossos pecados e Mistério de Fé. Nela participamos da Mistagogia de Deus.
A Eucaristia está deixando de ser Mistério de Fé, passando a dimensão de mero banquete, algo não misterioso, coisa já entendida. Cuidado! A Eucaristia FOI, É e SEMPRE será: Mistério da Fé! Claro que comungamos, mas isto dar-se, como união íntima de Cristo à nossas almas. Por isto que devemos está sempre preparados para receber-Lo. Aos preparados, o sacerdote exulta: Felizes são os convidados à Mesa do Senhor! Em outras palavras, são felizes os que estão verdadeiramente preparados para receber o Corpo e Sangue de Cristo.



O que é esta preparação?

É a ascese, a luta que o homem deve travar com o seu próprio ser, dominando os desejos da carne. Olhando para a confissão, como algo extremamente importante, fundamental e meio pelo qual, eu me humilho na presença de Deus, para receber o perdão de todos os meus pecados, tendo como consequência a nossa união sacramental de Deus e nós.
O jejum é coisa esquecida para os dias de hoje, mas é algo querido e válido para a alma que quer se parecer com o seu Senhor que reza, vigia e jejua ao Pai.
O sacrifício corporal é a união perfeita às dores da Paixão de Cristo. Onde o enfermo não olha para as suas dores como um castigo, mas uma expiação pelos seus pecados e pecados da humanidade. Na vida da Igreja, Deus suscitou homem e mulheres que com suas chagas, convertesse os pecadores. Quanto maior é a dor dos santos, maior é o número de almas que se convertem a Deus.

Como receber-Lo?



Com o coração contrito e humilde. Após a comunhão, devemos nos alegrar, pois Cristo sacrificado quer transparecer-Se em nossas ações. O Ressuscitado, Glorioso e Vencedor nos convidam a anunciar-Lo a todos os povos. Por isto que o padre diz: Ide, a Missa terminou, inicia agora a missão de vocês. Levai a todos a alegria do Evangelho!

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