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domingo

Prefiguração da Santa Missa na Sagrada Escritura

O sacrifício de Melquisedec
David, anunciando o Messias chama-o de “Sacerdote para sempre segundo a Ordem de Melquisedec (Sal 109,4). Ora, se o sacerdócio é essencialmente orientado para o sacrifício (Hb 8, 3) – a ordem do sacerdócio derivará da ordem do sacrifício. Portanto, a forma e o rito da oblação de Melquisedec deve prefigurar o Sacrifício de Jesus Cristo, o qual sacrificará eternamente da mesma maneira de Melquisedec. Ora o Gênesis 14, 18 diz que o Sacrifício de Melquisedec constituiu na oblação do pão e do vinho. Por conseguinte um Sacrifício análogo será oferecido por Jesus Cristo durante todos os séculos. É o Sacrifício do Altar.
                   
Santa Missa, profecia de Malaquias
Ele anunciou de maneira mais explícita o sacrifício eucarístico no seu livro no capítulo I, 10-11. Segundo o ensino unânime dos Santos Padres e a doutrina do Concílio de Trento, este texto prediz a celebração perpétua e universal do Sacrificio da Missa.
Com efeito Malaquias profetiza em primeiro lugar a cessação do culto mosaico. Os sacerdotes da tribo de Levi desagradaram a Javé pela irreverente e negligente como exerciam o santo ministério, e por isso a vontade de Deus os desaprovava e não queria aceitar as oblações das suas mãos. Mas o motivo principal porque Deus rejeita as oferendas dos levitas é anunciado por Malaquias em segundo lugar: a aparição de um novo culto.

Jesus Cristo, Autor do Sacrifício Eucarístico

Ao instituir a Eucaristia, indicou claramente pelas palavras a realidade do Sacrifício. Não ele do seu Corpo: que será dado por vós (Lc 22, 19), e do seu Sangue: entregue por vós? (Mt 26, 28). Por ser a Santa Missa o momento em que escutamos a Deus e um sacrifício atualizado que se oferece nos altares da Igreja é unicamente a reprodução do ato de entrega de Jesus, instituído por ele mesmo, segundo as suas próprias palavras (Lc 22, 19).

Associação dos fiéis ao Santo Sacrifício

Todos os fiéis, em virtude do caráter batismal, se tornam participantes do sacerdócio de Cristo e aptos para receber os frutos do Sacrifício ao qual se associam pelas suas oblações e imolações.  Sendo assim, o homem tem por obrigação de reconhecer que ele tem nada de si mesmo; tudo recebe de Deus para usos breves de seus dias terrenos. Onde a Santa Missa se torna necessidade do homem para se reconciliar com Deus, gerando uma disposição para os demais sacramentos e um Sacrifício satisfatório ao Senhor Uno e Trino.
Os fiéis devem, por conseguinte, revestir-se dos sentimentos de Jesus (Fil 2,5) e unir as suas imolações quotidianas à imolação de Jesus na Cruz e às imolações passadas dos Santos, para completar em certo modo a obra redentora da Paixão de Jesus. É justamente isto que pede a Igreja na oração da solenidade da SS. Trindade. 

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