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domingo

Maria, matéria e vida que deu forma a Vítima do Sacrifício


De fato, o seio virginal de Maria é o templo em que Jesus Cristo é consagrado Sacerdote, é também o altar em que inicia o seu Sacrifício. Do altar imaculado de Maria estende os olhos para o altar sanguinolento da Cruz, e lança-se para o Calvário com alegria e entusiasmo, fruto puro de um amor generoso.
                                                                
Todos os atos da vontade de Jesus, todas as operações do seu corpo são orientado para a Cruz, com a qual vão constituir um só sacrifício. O amor unifica e funde em só, todos os sacrifícios da vida de Jesus. Sim, é o amor que a todo o momento imola a Jesus, que o sacrifica. Imola-o, sacrifica-o, sem o matar, reservando-o sempre para novas imolações. E a todo o momento Jesus estende os braços para a Cruz, altar sublime em que se vai integrar e consumar o Sacríficio da Redenção.



Os sacrifícios da Lei Antiga eram renovados sem cessar, por insuficientes para aplacar a Divindade ofendida e santificar a humanidade pecadora. A Vítima imolada na Cruz em substituição condigna e superabundatemente, que realiza duma só vez o que não podiam os sacrifícios tão multiplicados da religião mosaica. O Sacrifício de Jesus é portanto um Sacrifício único (Hb 9, 28).
Único, este Sacrifício domina todos os tempos; abraça todas as gerações; é eterno. Não, por certo, no sentido de que a sua oblação dura toda a eternidade, pois é um ato e, como tal, transitório, temporal; mas quanto aos seus efeitos, que são eternos: a glória de Deus e a salvação das almas.
Por isso que Cristo se reveste de nossa humanidade e penetrou no Santo dos Santos do céu, em virtude do seu próprio Sangue; apareceu diante do Pai com cicatrizes das suas chagas, único vestígio de sofrimento naquela mansão da felicidade, e está no trono do céu como um Cordeiro imolado, mas vivo (Ap 5, 6-14) – exercendo as funções do seu Sacerdócio eterno (Hb 7, 24).
Mas, se é verdade que o Sacrifício único e eterno do Calvário resgatou e santificou toda a humanidade, deve acrescentar-se que esta redenção e santificação foram operadas só em potência, em raiz. Para que os frutos do Sacrifício da Cruz possam aproveitar a cada um dos membros da humanidade, na série dos tempos, é preciso que lhe sejam aplicados. Esta aplicação faz-se por meio dos Sacramentos e do Santo Sacrifício da Missa.

Podemos até afirmar que a repetição do termo sacrifício pode ser cansativo, mas não existe outra palavra que explique melhor o que é na realidade o único Culto agradável a Deus, pois só a Santa Missa é o prolongamento e renovação da Cruz, onde se torna para todos nós batizados em nome da Trindade Santa, conveniente e até necessário. Só a Santa é por excelência um ato de Culto completo que aplica em seus participantes os merecimentos de Jesus.

Quando o Concílio de Trento, anatemizou a doutrina protestante, declarou que a Missa é verdadeiro e propriamente um sacrifício.    

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