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terça-feira

Foi perda de identidade por parte da Igreja Católica?

Certo dia uma pessoa me perguntava, de que lado eu estava da Liturgia na Igreja, tradicional ou da libertação?



Respondi que estava do lado do pensamento da Igreja, de seu ensinamento! não do lado de certas correntes litúrgico-teológicas que alguns teólogos se acham no direito de optar, adaptar e definir como certas. Estou com o Magistério da Igreja, aceitando tudo o que foi afirmado antes e após do maravilhoso Concílio Vaticano II.  
Quero deixar bem claro que, quer queira ou não, a teologia da libertação trouxe uma dessacralização de nossos cultos. Principalmente o do Santo Sacrifício da Missa, vista em nossos dias por muitos do clero e do povo batizado, como um evento religioso cultural, uma refeição sagrada com muito louvor e criatividade. Isto não é e nunca será a Santa Missa.
Este já é um dos fatores detectado por vários especialistas em culto, para o grande número de adeptos de católicos em seitas ou religiões protestantes pentecostal. O povo está sedento por sacralidade, respeito e admiração pelo sagrado que não se vê mais em nossas igrejas. Muitos não sabem diferenciar uma Missa de qualquer outro culto que não seja cristão católico. Pois os hinos que se cantam em ambos sãos os mesmos, os gestos e palavras sãos os mesmos, etc. Então, o que aconteceu? Foi perda de identidade por parte da Igreja Católica?
Não, mas foi a perda de valor pelo que é nosso, valorizando o alheio que não foi feito, nem pode ser incluído na Santa Missa; pois a intenção de tais hinos, gestos, palavras, símbolos ou ambientes não foram destinados para o augusto Sacramento do Amor (a Santa Missa). Aliás, tudo o que usamos quer seja em palavras, hinos, objetos e gestos, não precisa de complemento, nem de criatividade. Porque por si mesmo, eles já falam. Pois o Mistério que participamos não é do sacerdote que celebra, nem da comunidade de participa, mas é Único e Exclusivamente da Igreja, Esposa amantíssima do Salvador, Sumo e Eterno Sacerdote. O ministro ordinário não celebra, mas empresta todo o seu ser para que o Senhor Jesus Cristo, celebre por ele. Por isto que uma Liturgia bem celebra renova a vida.
Ninguém, repito, tem o direito de mudar a fórmula que a Igreja nos apresenta como ritual de ligar o Céu a Terra pela Eucaristia. Toda a teologia litúrgica tem uma lógica por traz, a atualização da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor Vitorioso. Isto chamamos de continuidade na descontinuidade. Cristo que fala e se imola novamente em cada Santa Missa. Isto é Mistério de Fé! Não tem que ser explicado, pois é mistério, mas acreditado.
Então a consequência da perda de sacralidade e mistério é a falta de identidade e orgulho de viver a sua fé de batizado na Igreja. Aquilo que chamamos de católico praticante. Mas uma coisa é certa em nossos dias, nós da Igreja Católica não temos mais exclusividade na pregação de salvação de Jesus, mas temos a originalidade. Fomos nós que falamos primeiro dEle. Só a Igreja Católica é a CHAVE para entendermos profundamente quem é Jesus. A Igreja Católica Apostólica Romana é instrumento do Reino de Deus, Ela é a barca que conduz ao Reino. Este Reino é Graça, é Dom. A Igreja é o único meio de receber esta Graça. Quer queira ou não! Porque só na Santa Missa percebemos que Jesus Cristo é Corpo dado e Sangue derramado por nós. Neste ponto, devemos nos reconhecer incapazes de compreender. Pois os verdadeiros sábios são os mais convictos de sua ignorância sobre o Mistério que a sagrada Liturgia nos apresenta, para celebrarmos dignamente a Santa Missa. No dia que percebermos que Deus se esconde visivelmente por traz dos véus de uma Liturgia bem entendida, valorizaremos mais a ela.




O que não pode é deixar que isto continue acontecendo:














Autor: José Wilson Fabrício da Silva

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