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quarta-feira

Igreja e igrejas: a doutrina católica POR DOM HENRIQUE SOARES






Igreja e igrejas: a doutrina católicaPDFImprimirE-mail
Doutrina Católica
Ter, 02 de Março de 2010 10:55

Caro Internauta, A Congregação para a Doutrina da Fé, por ordem de Bento XVI, tornou público um pequeno e precioso documento contendo respostas a algumas questões sobre a Igreja. Não há aí nada de novo. Pelo contrário: deseja-se somente reafirmar a doutrina do Concílio Vaticano II que muitos, em nome do Concílio, insistem em deturpar e até mesmo negar. Vou comentar cada parágrafo porque é muito importante que todo católico compreenda bem! Um consolo que tenho é que, lendo os textos deste blog e do site, você encontrará a mesmíssima doutrina! É meu propósito: servir fielmente à Igreja, ajudando os irmãos a bem compreender e viver a riqueza de nossa fé...


É de todos conhecida a importância que teve o Concílio Vaticano II para um conhecimento mais profundo da eclesiologia católica, quer com a Constituição dogmática Lumen Gentium quer com os Decretos sobre o Ecumenismo (Unitatis redintegratio) e sobre as Igrejas Orientais (Orientalium Ecclesiarum). Muito oportunamente, também os Sumos Pontífices acharam por bem aprofundar a questão, atendendo sobretudo à sua aplicação concreta: assim, Paulo VI com a Carta encíclica Ecclesiam suam (1964) e João Paulo II com a Carta encíclica Ut unum sint (1995).


O sucessivo trabalho dos teólogos, tendente a ilustrar com maior profundidade os múltiplos aspectos da eclesiosologia, levou à produção de uma vasta literatura na matéria. Mas, se o tema se revelou deveras fecundo, foi também necessário proceder a algumas chamadas de atenção e esclarecimentos, como aconteceu com a Declaração Mysterium Ecclesiae (1973), a Carta aos Bispos da Igreja Católica Communionis notio (1992) e a Declaração Dominus Iesus (2000), todas elas promulgadas pela Congregação para a Doutrina da Fé.


A complexidade estrutural do tema, bem como a novidade de muitas afirmações, continuam a alimentar a reflexão teológica, nem sempre imune de desvios geradores de dúvidas, a que esta Congregação tem prestado solícita atenção. Daí que, tendo presente a doutrina íntegra e global sobre a Igreja, entendeu ela dar com clareza a genuína interpretação de algumas afirmações eclesiológicas do Magistério, por forma a que o correto debate teológico não seja induzido em erro, por motivos de ambigüidade.


Observação minha: Observe bem qual a preocupação da Santa Sé: apesar de o Magistério ter feito várias intervenções neste período pós-conciliar, há vários teólogos que insistem em sustentar teses confusas, ambíguas e até contrárias à doutrina católica. Basta recordar o quanto criticaram a Dominus Iesus. No entanto, não adianta delirar! A doutrina católica sobre a Igreja é exatamente a que vai apresentada a seguir!


Primeira questão: Terá o Concílio Ecumênico Vaticano II modificado a precedente doutrina sobre a Igreja?
Resposta: O Concílio Ecumênico Vaticano II não quis modificar essa doutrina nem se deve afirmar que a tenha mudado; apenas quis desenvolvê-la, aprofundá-la e expô-la com maior fecundidade.


Foi quanto João XXIII claramente afirmou no início do Concílio. Paulo VI repetiu-o e assim se exprimiu no ato de promulgação da Constituição Lumen Gentium: "Não pode haver melhor comentário para esta promulgação do que afirmar que, com ela, a doutrina transmitida não se modifica minimamente. O que Cristo quer, também nós o queremos. O que era, manteve-se. O que a Igreja ensinou durante séculos, também nós o ensinamos. Só que o que antes era perceptível apenas em nível de vida, agora também se exprime claramente em nível de doutrina; o que até agora era objeto de reflexão, de debate e, em parte, até de controvérsia, agora tem uma formulação doutrinal segura". Também os Bispos repetidamente manifestaram e seguiram essa mesma intenção.


Observação minha: Aqui, se procura explicar que a doutrina católica não foi modificada pelo Vaticano II. Uma coisa é o progresso, o desenvolvimento orgânico da doutrina – que sempre houve e haverá na história da Igreja; outra, bem diferente é a adulteração, a modificação! A Congregação para a Doutrina da Fé procura, portanto, deixar claro que a eclesiologia do Vaticano II deve ser interpretada à luz da perene Tradição da Igreja. Como Bento XVI tanto insiste, o Vaticano II não foi uma ruptura nem uma revolução, mas um progresso na vida e na fé da Igreja de Cristo.


Segunda questão: Como deve entender-se a afirmação de que a Igreja de Cristo subsiste na Igreja católica?
Resposta: Cristo "constituiu sobre a terra" uma única Igreja e instituiu-a como "grupo visível e comunidade espiritual", que desde a sua origem e no curso da história sempre existe e existirá, e na qual só permaneceram e permanecerão todos os elementos por Ele instituídos. "Esta é a única Igreja de Cristo, que no Símbolo professamos como sendo una, santa, católica e apostólica […]. Esta Igreja, como sociedade constituída e organizada neste mundo, subsiste na Igreja Católica, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele".


Na Constituição dogmática Lumen Gentium 8, subsistência é esta perene continuidade histórica e a permanência de todos os elementos instituídos por Cristo na Igreja católica, na qual concretamente se encontra a Igreja de Cristo sobre esta terra.


Enquanto, segundo a doutrina católica, é correto afirmar que, nas Igrejas e nas comunidades eclesiais ainda não em plena comunhão com a Igreja católica, a Igreja de Cristo é presente e operante através dos elementos de santificação e de verdade nelas existentes, já a palavra "subsiste" só pode ser atribuída exclusivamente à única Igreja católica, uma vez que precisamente se refere à nota da unidade professada nos símbolos da fé (Creio… na Igreja "una"), subsistindo esta Igreja "una" na Igreja católica.


Observação minha: Muito bem articulada, muito equilibrada esta resposta! Vejamos: (1) Explica que a Igreja de Cristo subsiste única e exclusivamente na Igreja católica (aquela que está em comunhão com o Sucessor de Pedro e os Bispos em comunhão com ele); (2) esclarece o que significa “subsistir”: é a perene continuidade histórica e a permanência de todos os elementos instituídos por Cristo para a sua Igreja. O decreto Unitatis Redintegratio, do Vaticano II, diz quais são esses elementos. Eis alguns: a profissão de fé em Jesus como Senhor e Salvador, a fé na Trindade, a Palavra de Deus ouvida e proclamada segundo a Tradição apostólica, os sacramentos, de modo particular o Batismos e a Eucaristia, a sucessão apostólica dos Bispos, o ministério petrino, a veneração da virgem Maria e dos Santos de Cristo, a vida da graça, a caridade fraterna, os dons e carismas do Espírito Santo, o martírio, o zelo missionário, a esperança na vida eterna... Todos estes elementos fazem parte da Igreja de Cristo e nela não podem faltar. Ora, somente na Igreja católica eles se encontram na sua totalidade. (3) Esta resposta faz eco também à Declaração Dominus Iesus, que ensina não ser possível falar em vários graus de subsistência: a subsistência é uma só e plena. Em outras palavras: A Igreja de Cristo subsiste, permanece, continua de modo completo somente na Igreja católica!


Terceira questão: Porque se usa a expressão "subsiste na", e não simplesmente a forma verbal "é"?
Resposta: O uso desta expressão, que indica a plena identidade da Igreja de Cristo com a Igreja católica, não altera a doutrina sobre Igreja; encontra, todavia, a sua razão de verdade no fato de exprimir mais claramente como, fora do seu corpo, se encontram "diversos elementos de santificação e de verdade", "que, sendo dons próprios da Igreja de Cristo, impelem para a unidade católica".


"Por isso, as próprias Igrejas e Comunidades separadas, embora pensemos que têm faltas, não se pode dizer que não tenham peso ou sejam vazias de significado no mistério da salvação, já que o Espírito se não recusa a servir-se delas como de instrumentos de salvação, cujo valor deriva da mesma plenitude da graça e da verdade que foi confiada à Igreja católica".


Observação minha: Note-se o compromisso com a verdade e, ao mesmo tempo, a delicadeza ecumênica desta resposta. Primeiro, o texto explica que tanto faria dizer: “A Igreja de Cristo subsiste na Igreja católica” quanto “A Igreja de Cristo é a Igreja católica”. A questão é que afirmar simplesmente “é” torna mais difícil compreender como fora da sua unidade visível possam existir elementos eclesiais. O “subsiste” é mais compatível com a doutrina segundo a qual fora da unidade da Igreja católica há elementos de salvação. Em segundo lugar, o texto deixa claro que o Espírito Santo utiliza também as comunidades não católicas na obra da salvação. Tudo quanto essas comunidades possuam de realmente eclesial deriva da plenitude católica e a ela conduzem!


Quarta questão: Porque é que o Concílio Ecumênico Vaticano II dá o nome de "Igrejas" às Igrejas orientais separadas da plena comunhão com a Igreja católica?


Resposta: O Concílio quis aceitar o uso tradicional do nome. "Como estas Igrejas, embora separadas, têm verdadeiros sacramentos e, sobretudo, em virtude da sucessão apostólica, o Sacerdócio e a Eucaristia, por meio dos quais continuam ainda unidas a nós por estreitíssimos vínculos", merecem o título de "Igrejas particulares ou locais", e são chamadas Igrejas irmãs das Igrejas particulares católicas.


"Por isso, pela celebração da Eucaristia do Senhor em cada uma destas Igrejas, a Igreja de Deus é edificada e cresce". Como, porém, a comunhão com a Igreja católica, cuja Cabeça visível é o Bispo de Roma e Sucessor de Pedro, não é um complemento extrínseco qualquer da Igreja particular, mas um dos seus princípios constitutivos internos, a condição de Igreja particular, de que gozam essas venerandas Comunidades cristãs, é de certo modo lacunosa.


Por outro lado, a plenitude da catolicidade própria da Igreja, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele, encontra na divisão dos cristãos um obstáculo à sua realização plena na história.


Quinta questão: Por que razão os textos do Concílio e do subseqüente Magistério não atribuem o título de "Igreja" às comunidades cristãs nascidas da Reforma do século XVI?
Resposta: Porque, segundo a doutrina católica, tais comunidades não têm a sucessão apostólica no sacramento da Ordem e, por isso, estão privadas de um elemento essencial constitutivo da Igreja. Ditas comunidades eclesiais que, sobretudo pela falta do sacerdócio sacramental, não conservam a genuína e íntegra substância do Mistério eucarístico, não podem, segundo a doutrina católica, ser chamadas "Igrejas" em sentido próprio.


Observação minha: Aqui, nestas duas últimas perguntas, é importante reter o seguinte: (a) Os católicos denominam “igrejas” em sentido teológico somente aquelas comunidades que conservaram a plena sucessão apostólica dos Bispos e a Eucaristia plena. É o caso das Igrejas particulares (dioceses) ortodoxas e vétero-católicas. Teologicamente, não existe um Igreja ortodoxa, mas Igrejas (dioceses) ortodoxas, que não estão em comunhão plena com o Bispo de Roma e, assim, não estão na plena unidade da Igreja de Cristo. Têm elas uma ferida grave: falta-lhes o ministério petrino, que Cristo quis na sua Igreja. (b) Os católicos denominam “comunidades eclesiais” aquelas denominações surgidas da Reforma Protestante: faltam-lhes a sucessão apostólica dos Bispos e a Eucaristia plena. Ora, sem o ministério ordenado na sua plenitude e sem a Eucaristia não há Igreja; há comunidades que possuem elementos da Igreja de Cristo! (c) É digno de nota que o texto esclarece que também a Igreja católica se ressente de tais divisões, pois que são um obstáculo à sua plena realização na história. O ecumenismo, busca da unidade visível de todos os cristãos, é, pois, uma necessidade também para o bem dos católicos.


fonte    :http://www.domhenrique.com.br/index.php/doutrina-catolica/825-igreja-e-igrejas-a-doutrina-catolica

terça-feira

A Liturgia das Horas, segundo a Tradição dos Autores Espirituais da Ordem Canonical




Pelo nosso Abade Charles Egger, Cônego Regular de Windesheim, Abade Primaz da Confederação dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho (traduzido do italiano pelo Côn. Lawrence Byrne, CRL)
Este é um tema atraente porque a celebração da Liturgia das Horas Canonical é algo profundamente e tipicamente canônico. Pode-se dizer que, se considera o desenvolvimento de nossa Ordem, o Escritório Coral das Horas Canonical como um elemento constitutivo da própria Ordem. Ordens Mendicantes pode deixá-lo para fora - e em parte já o fizeram - as ordens monásticas entre si poderia encontrar outras formas de oração comum que não é a "Liturgia das Horas" oficial, mas Cônegos Regulares devem cumprir este Escrito Choral em virtude de sua própria instituição.



Esta adquire uma particular importância no período pelo qual estamos passando, nós estamos testemunhando, de fato, uma queda secular de capítulos canônicos, instituído e exigido especialmente para a oração litúrgica. Por isto, cabe a nós, Cônegos Regulares, portanto, para preservar na Igreja esta chama, desenvolvê-lo. O tema é muito grande, especialmente para a quantidade do material que diz respeito à celebração das Horas Canonical. Basta pensar nas Constituições muito velhas de nossas Congregações ou as Regras, como também o costumários, ordinais, etc, que dedicam um espaço bastante grande para o Ofício Coral. Então, existem alguns autores espirituais da nossa Ordem que, de vez em quando, tenho lidado bastante com este tópico. Vou me esforçar para fazer uma espécie de síntese, e destacar os pontos principais para iluminar o ensino da nossa Tradição sobre este importante ponto da vida Canonical.


I.                   A estrutura do Ofício Divino

Hugo de São Victor, em sua obra "Eruditiones Theologicae" tem um livro (II) em "De officiis ecclesiasticis" (sobre o ofícios eclesiásticos), onde ele explica a estrutura do Ofício Divino. É interessante ouvir a voz do século 12 sobre o assunto. Ele começa com a hora de Prima, fala da hora "o dono da casa mandou os trabalhadores para a sua vinha" (c.1). Na hora da Tercia nos reunimos novamente na igreja para louvar a Deus, e para oferecer e apresentar-nos ao serviço de Dele com a recitação de três salmos para as três horas seguintes (1). Na hora Sexta, nos reunimos novamente para cantar salmos em honra de Deus, e dizendo três salmos nos recomendamos à proteção divina para as três horas sucessivas, diz: a 7, 8 e 9 (2). Mais uma vez nos reunimos para a hora da Nona, e leitura de três salmos nos estabelecemos no serviço de Deus para as três horas sucessivas, ou seja, nós nos fortalecemos contra as astutas ciladas do inimigo para a hora, 10 11 e 12 (3) . Vésperas: "no início da noite, diz ao pôr do sol, oferecemos um sacrifício da tarde, quando reunir-nos para o Seu louvor (4).


Hugo de São Victor lembra o costume, até recentemente em voga, de recitar salmos, refletindo os cinco sentidos do homem que diariamente impedem-no bem. "Portanto, no início da noite, quando nos preparamos para dormir, que é uma espécie de imagem da morte, e está exposto a muitos perigos, pedimos perdão pelas faltas cometidas com nossos cinco sentidos, por isso, cantamos cinco salmos." (5)

Hugo acrescenta um capítulo sobre o uso de antífonas, (c.6). Ele afirma que Santo Inácio de Antioquia introduziu-los. Santo Inácio teve uma visão de anjos que cantavam hinos à Trindade usando antífonas. Ele então apresentou a sua utilização em Antioquia e de lá se espalhou através de toda a Igreja. Completas: este "é recitado porque com ele nós realizamos tudo o que temos de fazer até para dormir" (6). Há quatro salmos que lembram os 4 elementos do nosso corpo (7). Hugo então dá três hinos, diz: "Procul recedant Somnia etc", "Fessa labore corpora noctis quiete recrea ...", "Precamur, Sancte Domine, nos Defende no hac Nocte, sente-nobis em Te Requies, quietam noctem tribue." É interessante notar que havia, então, uma maior variedade de hinos do que nos escritos aceitos, até a recente reforma litúrgica.

Depois segue-se o capítulo "De officio nocturnali" (C.8) (do Ofício da Noite). Hugo explica a antífona "Domine labia mea aperies" (Senhor abra os meus lábios); após o sono este Invitatório ocorre, pelo qual somos lembrados de elogiar a Deus. Depois de Salmo 94 segue o hino "com que os corações se inerte pelo sono despertado para louvar a Deus" (8). O hino também tem uma função especial, diz para levantar o coração a Deus. Em seguida, ele explica as três Noites que correspondem aos três "vigílias" dos romanos (c.9). A vigília é o quarto "Antelucanum 'a que corresponde as Laudes da manhã. O Salmo responsorial é explicado porque o padre cumpriu algumas partes dos ritos de sacrifício, juntamente com o povo.

No capítulo "De Laudibus matutinis" que diz: "as Laudes da manhã ocupa a última parte da noite, diz a vigília de quarta, que se estende até o nascer do sol "(9) e continua o autor:" Neste momento encontramos, como poderíamos dizer que o único meio de salvação é cantar louvores a Deus de várias maneiras "(10) diariamente. Hugo recorda os salmos das Laudes; diz Sal.92 "Dominus regnavit"; Sal.97 "Jubilate Deo omnis terra"; Sal.62 "Deus meus Deus te de luce ad Vigilio"; Sal.66 "Deus Misereatur." Por último, há dois ou três salmos que formam um unidade, uma vez que não são ininterrupta com "Gloria Patri": Sal.148 "Laudate Dominum de coelis"; Ps.149 "Cantate Domino canticum novum"; Sal.150 "Laudate Dominum em sanctis." Nos dias feriais, considerados como dias de penitência, no lugar do primeiro salmo, há o "Miserere". Hugo também faz alusão ao hino de três crianças (Tres Pueri) e outros hinos de acordo com a variedade dos dias.


A Regra Portuense (1117): contém uma espécie de tratado sobre o Ofício Divino e as horas única para a qual voltaremos. A estrutura é a tradicional. Sete horas são estabelecidas desde os tempos antigos de acordo com o testemunho do salmista: "Sete vezes eu cantado seus louvores" e porque há tantas celebrações de louvor em um dia, pois há dias em uma semana (11). As "Vigílias das Noites", o "Louvores da Manhã", são enumerados; Prima segue sobre o qual observa-se que ela foi introduzida em tempos mais recentes nos mosteiros palestinos, e depois toda a Igreja seguiu o exemplo. Foi acrescentado, sem dúvida, pela obra do Espírito Santo (12). Com a introdução do primeiro, tem-se oito horas canônicas, e este número, que é um perfeito, é um sinal de alegria universal para a ressurreição em que veremos o mistério da Santíssima Trindade, e regozijou sem fim (13 ). Na Regra Portuense lá, segue a Tercia, Sexta, Noa, Vésperas e Completas pelo qual os vários grupos de três ciclos hora do dia foram santificados (14).


Seria interessante, mas muito tempo, para analisar a este respeito a "Ordo Officiorum Lateranensis Ecclesiae", composta antes de 1145 por Bernard, Prior do Capítulo dos Regulares Lateranenses, que atraiu as suas origens a partir do canonicato de São Frediano em Lucca. A estrutura não é o usual: durante a noite "Matinas", então o "Laudes Matudinal", depois da Tercia aos domingos e dias de festa seguiu-se uma procissão pelos claustros com a "Station" para uma reunião de oração no capítulo "velho ",  fala da Casa do Capítulo antigo. No "Ordo" é descrita a liturgia da noite magnífica da Vigília Pascal, com 24 aulas, das quais doze foram em grego e doze foram em latim, celebrada na presença do Papa e da Cúria geral (15). O mesmo deve ser dito (assim diz o Ordo) na Vigília de Pentecostes ", mas apenas doze lições são lidas na igreja, seis em grego, seis em Latim. De acordo com o uso antigo 24 lições foram necessários, mas desde que a Cúria se cansou dele, às vezes ("taedio affecta erat") e às vezes era impedido por outros assuntos, esta prática foi abandonada. Quando em grandes solenidades, o "Senhor Apostólico" (o Papa) que residia, em seguida, no Patriarcado de Latrão adjacentes, assistido na Missa celebrada Ofício em Latrão, tinha o dever de entoar as antífonas. Nos dias de festa, o "Coro Papal" esteve presente e participou de um lado do coro, enquanto os Cônegos Regulares de Latrão foram do outro lado.

Segue-se um fato interessante: uma vez que de acordo com a bondade de Deus, a Vida Canonical foi observada nesta igreja, e os clérigos vinham de outras partes do mundo para servir a Deus, estes últimos não sabiam cantar de acordo com o costume romano, e assim os Cônegos Regulares, com mais propriedade deveriam cantar o Escrito Choral em um lado do coro, tanto no Matinas e Laudes, com a prévia alguns dias antes e após, dois irmãos prudentes convidava cinco ou seis cantores capazes de cumprir esta tarefa, e saber como alternar confortavelmente com o Coro papal com outro lado do coro(16).

John Deacon, um membro desse Capítulo CRL antigo, que viveu na época do Papa Alexandre III (1159-1181) observa em sua obra "De Ecclesia Lateranensi" que nesta igreja que é uma imagem da igreja celestial, a música é jogada no Escrito da Noite e em Laudes, na Missa e nas Vésperas (17). No entanto, não há canto durante a missa, com um lugar especial, como está reservado para o "Pater Noster", que é usado em cada parte do Ofício; esta igreja sendo consagrada ao Salvador, considera a oração que ele ensinou aos seus discípulos, para ser mais importante e deve ser preferida, mais do que as outras orações (18).


II. A Importância do Escrito Choral

O Escrito coral foi aceito em Comunidades Canonicais já no primeiro milênio, como um "serviço de Deus", um termo técnico e um significado de um serviço de louvor. Nossos mestres espirituais insistiram neste ponto. "Louvor divino", diz São Lourenço Justiniano, "é um sacrifício salutar". Ninguém é capaz de adequadamente apreciar o valor do louvor divino, compreender a sua utilidade ou o valor da sua alegria (19).


 Bl. John Ruysbroeck diz: "Devemos louvar a Deus com todas as nossas forças. De fato a louvar a Deus é a ação e a ocupação de um coração que ama, e quando o coração está cheio deste louvor divino, ele deseja que todas as criaturas, juntamente com si mesmo, irrompeu em concórdia no louvor de Deus". Este é sem dúvida uma declaração geral, mas nos leva ao verdadeiro significado do Ofício Coral. Para o mesmo John Ruysbroeck, o grande contemplativo cônego regula,r terá dois coros, um sobre o qual Cristo presidirá em Sua natureza humana, o outro será o coro de anjos. E qual será a tarefa dos dois coros? O autor responde: "para louvar a Deus é o ato adequado aos anjos e aos bem-aventurados e para aqueles que amam a Deus sobre a terra" (20).


Neste sentido, Aachen fala de um Gabinete de Celestial (c.17). Tomás de Kempis em seus escritos sobre a "disciplina claustral", onde tem um capítulo bonito em coro e a  realização do Ofício Divino (c.8), onde ele diz: "o coro é o lugar sagrado de Deus e dos anjos, onde o Divino Ofício é realizado pelos ministros da Igreja que canta os salmos, com reverência e devoção. Os religiosos são dispostos em coro como os anjos no céu. É o trabalho dos anjos para louvar a Deus sem interrupção e o trabalho dos religiosos para cantar os salmos e orar com atenção "(21).


John Gruber, um Cônego Regulare da Santa Cruz, que viveu no século 18, em sua obra "Alimenta pietatis Augustiniae" sintetizou bem o dever primário dos Cônegos Regulares. "Penso", diz ele, "que depois do que diz respeito ao cuidado das almas, a principal função dos Cônegos Regulares é esta: o louvar a Deus na Terra, com hinos e cânticos públicos, a exemplo dos Bem-aventurados no céu, e está de noite e de dia em horas fixas em coro "(22). Santo Agostinho parece recomendar este quando, na sua Regra, ele diz: ". Orationibus instaurar horis et temporibus constitutis" (Seu ronda diária inclui horários fixos de oração; tentar usar estes tempos bem). Tem-se observado que, de acordo com ele, há uma profundidade teológica real, neste contexto, a salmodia é a oração do Corpo Místico escolhido, o que levanta a sua voz todos os dias em vários momentos com Cristo (23).


A recitação dos salmos é a expressão de alegria, de tristeza, de penitência da Igreja em oração. Na salmodia, invocamos a Deus com as orações do próprio Senhor, com Ele oramos por ele e nele (24). "Ergo loquitur christus, quia in Christo loquitur Ecclesia, et in Ecclesia loquitur Christus; et corpus em Capite, caput et in corpore (25). ("Que Cristo, portanto, fala, porque em Cristo a Igreja fala, e no Cristo fala, o corpo do chefe, e o chefe do Corpo").


É significativo que o Concílio Vaticano II na Constituição sobre a Liturgia, fala de um hino celeste, trazida por Cristo a este mundo,  "Hino que é cantado eternamente nos lugares celestiais." Ele une a Si toda a humanidade e associa a si mesmo no levantado desta canção de louvor divino "(26). Portanto, acima de tudo, o culto público de Deus é o ato principal da virtude da religião.


Mas ao lado desta dimensão vertical, há também uma dimensão horizontal, enunciado por Vat.II: "A Igreja intercede pelo Ofício Divino para a salvação do mundo" (27). Este conceito é claramente expresso na Regra de Aachen (c.17 "Para que os Cônegos observem as horas canônicas"). Além disso, cumprindo os louvores Divinos que devemos orar ao Senhor por seus próprios pecados e os do povo, através de cujas ofertas vivem. Especialmente elas devem, de acordo com a advertência do Apóstolo (1 Tm. 2), oferecer as suas súplicas, orações, pedidos e ações de graças por todos os homens, pelos reis e por aqueles que ocupam lugares de responsabilidade "(28). De acordo com a Regra Portuense, como veremos, na hora da Tercia um aspecto ecumênico é encontrado: o Espírito Santo deveria unir "em um rebanho da Igreja", todos aqueles que estão divididos (c.5).

Tomás de Kempis, que é injustamente acusado por alguns de ser um introvertido, longe da vida real, diz no capítulo acima unilocais "Em Coro e cumprir o Ofício Divino": "A partir do cumprimento de tal ofício santo, não só ganha na medida em que você merecer uma recompensa eterna do Senhor, mas pode ser útil a todos os fiéis, especialmente para as almas dos defuntos, por implorar graças e perdão na horas diárias e Santas Missas. Você obterá que em mais completa medida de acordo como você deve orar por todos com maior assiduidade e fervor intenso (29).


Devemos agora considerar brevemente o significado especial de cada Hora do Ofício Divino que nos santifica na noite e de várias partes do dia. Não está de acordo com a tradição genuína da Igreja e em particular com a Ordem Canonical, o uso introduzido de acumular a recitação das Horas litúrgicas. Pius Parsch insistiu muito sobre a "veritas temporis" (tempo certo), e explicou em sua obra "Explicação do Breviário" e outros escritos a chave para compreender o sentido das Horas únicas, de um lado há a mesma Hora determinado de dia ou da noite; por outro lado, o mistério se a salvação que se realiza naquela hora determinada (ele o chamou de "background soteriológica").


Estes conceitos são bem expressas na parte 3 do Estado de Portuense, onde se lida com o Ofício Divino. Estas são as principais indicações:



"Vigília da Noite" é noite: Nós temos que estar vigilantes para que quando o Senhor vier à noite, Ele possa encontrar-nos prontos. Portanto, devemos louvar a Deus, à noite, juntamente com Paulo e Silas; além disso, o salmista diz: "Levanto-me à noite para louvar-te." Há também o aspecto soteriológico: o Anjo atingiu o primogênito de Israel durante a noite, e Deus, então, entregou o povo de Israel, Cristo foi entregue à noite para a fúria dos judeus, os cristãos batizados, especialmente na noite de Páscoa são entregues a partir da morte do pecado; ". que passou a noite em oração", então, finalmente, há o exemplo de Cristo.


"Matitudinal Laudes": a noite começa a cessar. Este fenômeno natural dá origem a muitas considerações espirituais: "Que essa hora" - Portanto, a regra diz - "seja o Senhor glorificado pelo esplendor da Sua Ressurreição, e no qual a luz da graça novas e o sol da justiça é dada ao fiel, por isto deve ser sempre celebrada com louvores divinos "(c.3). A noite é o símbolo da morte: Cristo escolheu-a subir no final da noite para nos mostrar que as trevas do pecado e da morte seria exterminada e uma nova vida iria começar.


Prima é a hora em que nos lembra da hora em que a Ressurreição de Cristo foi anunciado para as santas mulheres e os Apóstolos.


Tercia é a hora da descida do Espírito Santo. "Neste descida havia tal abundância da graça do Espírito Santo - como se afirma - que os apóstolos falavam em todas as línguas, e todos entenderam cada apóstolo, como se eles falassem uma única linguagem, enquanto houve uma diversidade de línguas . Com isso, pretendeu-se que o Espírito do Senhor deveria se juntar e unir-se no seio da Igreja todos aqueles que o orgulho do espírito do mal tinha dividido na construção da torre "(c.5).


Sexta: o homem foi criado no dia 6, mas seduzido pelo diabo. Cristo crucificado na hora sexta redimiu pelo Seu Sangue.


Noa: o dia de mudanças ao anoitecer; se pensa da eternidade. É a hora em que Jesus morreu e nos fez participantes da companhia dos bem-aventurados. Nesta hora, Pedro e João curou o coxo na frente do Templo. Além disso, à mesma hora ", em Cornélio, o caminho da salvação foi mostrado para os gentios". É interessante notar que na "Liturgia das Horas" nova este último pensamento foi retomado, por exemplo, na oração do Nenhum na terça-feira da semana 4: "Deus qui Cornelio Centurioni angelum misisti tuum, ut Viam ei salutis ostenderet ... "(" Deus Todo-Poderoso nos lembramos como Vos enviastes o seu anjo ao centurião Cornélio para lhe mostrar o caminho da salvação ... ").


Vésperas: o dia está chegando ao fim: nos consagramos a Deus por uma observância mística (mystica observatione) o fim da nossa vida e todos os nossos atos. Além disso, esta é uma hora eucarística, porque nela Cristo instituiu o sacramento do Seu Corpo e Sangue.


Completas: esta é a hora em que a comunidade cristã antes de se retirar para descansar, pensa em seus pecados, aqueles cometidos durante o dia. Naquela hora Jesus orou no jardim do Gethsemeni para ser liberado das maquinações dos judeus. Ele nos deu um exemplo: nós também devemos orar para ser libertado do "então engano noturno do diabo" (c.7).


III. A maneira de celebrar a Liturgia das Horas Canonical


Uma parte muito grande da tradição canônica - e aqui consideramos especialmente os vários "códices vitae" (modos de vida) - e os autores espirituais, ter atenção especial à maneira de celebrar o Ofício. É uma preocupação que permeia todas as épocas da Ordem, especialmente as de reforma e o fervor.
1. Assiduidade




          Antes de tudo assiduidade, pessoa ou consciência é recomendado. Isso já está incutida nas regras antigas de São Chrodegang (c.6) e Aachen (c.17). No segundo, é dito: "deixe os Cônegos de trabalhar com todas as suas forças para observar as referidas Horas 'com vigilância mais atenta" (vigilantissima cura).


Em seguida, nas Constituições e vários documentos semelhantes, esta obrigação de assiduidade é insistente. Cito dois: o "Liber Ordinis" de São Victor, em Paris e as Constituições da Windesheim, que em grande parte, depende, em primeiro: "Liber Ordinis" C.26: "Regularibus horis omnes pariter canonici quam laici no choro Interesse debent "(Todos os cônegos, bem como os irmãos leigos devem estar em coro na hora regular); Constituições de Windesheim c.3" Regularibus horis omnes pariter fratres clerici Interesse debent "(Todos os clérigos irmãos devem estar presente nas horas regulares ).


É prescrito que eles deveriam deixar tudo ao som do sino e ir à igreja sem demora. Tomás de Kempis diz que a verdade religiosa é conhecida pelo fervor que ele mostra em participar do Ofício. "O então quem é negligente nos os louvores divinos ou se cala ou está ausente, não é um amigo de Deus, nem um cidadão do céu, porque os anjos estão sempre com a intenção de louvar a Deus (30).E em outros lugares: "uma vida angélica se reconhece no coro com devoção e reverência" (31).


Com relação ao fervor de assistir Escritório coral, mesmo em pequenas comunidades, encontramos um testemunho lindo nas Constituições da Congregação de São Bernardo em 1437. No capítulo quatorze, lemos: "De divinis officiis tam discendis na hospitalização quam em membris" (no que diz respeito, diz o  Escrito tanto na hospitalidade, como na Comunidade) diz-se que onde há mais de quatro religiosos, o Ofício Divino deve ser comemorado todos os dias, cantando-a na medida do possível. Onde há mais de três padres que deve recitar o Ofício, juntamente com uma voz baixa, mas em festas de casal e nas solenidades importantes, eles devem cantar todas as orações. Onde há dois padres, eles dirão juntos nas solenidades, Matinas, Missa e Vésperas (32).


É de notar que a Constituição Apostólica "Ad decorem Ecclesiae Dei sponsae" de Bento XII (1338), que quis dar um novo ajuste e geral para toda a Ordem Canonical, é muito exigente quanto a este ponto, em n.31- lo é afirmado que "onde há três ou mais cônegos, uma missa, pelo menos, deve ser cantada e as Horas deve ser cantada" (33).


Para concluir e passar para outros pontos, ouçamos Hugo de St. Victor, em seu comentário sobre a Regra de Santo Agostinho (c.3), "para rezar antes do tempo de Ofício Divino é improviso, para rezar no templo declarado é a obediência: omitir o tempo destinado para a oração é a negligência (34).


2. Preparação






          Nas Constituições antiga é frequentemente sublinhada a preparação individual e coletiva de Ofício Divino. De acordo com o costumeiro ou Constituições de Marbach (c.5), o cônego regular, logo que ouve o sino durante a noite, se levanta, faz o sinal da cruz com uma invocação à Trindade e recita o Salmo 24, " ad te Domine animam meam levavi "(" Para ti, ó Senhor, eu levantei a minha alma ") entra no coro e reza com o coração mais do que com a boca, dizendo esta oração:" Gratias tibi atrás, omnipotens pater, qui me dignatus es custodire no hac Nocte; et depecor clementiam tuam, misericors Domine, ut concedas mihi venturum diem ita peragere em tuo servitio, cum humilitate et discret ione, quatenus tibi complaceat Servitus mea "(" Eu te dou graças, Pai Todo-Poderoso,. que se dignou guarda-me através desta noite, e peço a sua clemência, Senhor misericordioso, que Vós irá conceder-me para passar esse dia chegando em seu serviço com humildade e discrição, de modo que o meu serviço possa ser agradável a Ti "). A partir daí segue a oração trinitária da Comunidade, que precede imediatamente a recitação do Ofício Divino (35).


Nesta matéria, as prescrições da "Ordo Claustralis" do São Victor e João em Bolonha (século 13), são semelhantes. Os Cônegos Regulares ao subir ao coro, fazem o sinal da Cruz, dizem o verso "Domine, aperies labia mea", então Salmo 69 "Deus nos meum intende adiutorium", o "Pai Nosso", uma oração com a qual,  é processado para um noite tranquila e pedindo para ser capaz de passar o dia de tal maneira "que à noite e sempre, possamos nos referir aos nossos agradecimentos e louvores" (ad vesperum et Semper tibi, Domino Deo nostro, laudes et gratias referamus). Segue-se a procissão do dormitório para a igreja, enquanto cada uma recita para si mesmo o salmo "Para ti, ó Deus, eu levantei a minha alma" (Ad te, Domine, animam meam levavi). Em coro o "Glória ao Pai ..." usual é dito antes do Ofício Divino (36).


Isto difere pouco do que foi descrito pelas Constituições da Congregação da Canonical Arrouaise: o sinal da cruz sobre a crescente, "Pai Nosso", a recitação privada no dormitório dos salmos "Deus nos adjoutorium" e "Para ti, ó Deus, eu levantei a minha alma "(Ad te Domine animam meam levavi), enquanto eles em procissão entrar na igreja (37). Do mesmo teor são as Constituições que foram introduzidas no século 13 nas canônicas austríacas, da Baviera e Canonries Bohemian (38).


Tomás de Kempis também exorta seus noviços dizendo: "Vamos nos preparar para a entrada em coro com devotas orações" (39), e em outros lugares "Assim que vocês despertaram, levantam-se rapidamente e preparem sua alma para a vigília sagrada e o canto dos salmos "(40). Finalmente, o seu confrade, o Windesheim Cônego John Mombaer (Mauburnus) em seu "Roseum spiritulium exercitiorum" dá a mesma admoestação com estes versos que deve impressionar-se na mente: "Exsurgens Alacer, benedic salveto Mariam"  "recolhimento, abordagem, pura acendeu o templo "(41).


3. Atenção e devoção





Aqui eu gostaria de citar imediatamente Regra de Santo Agostinho para a dignidade que ela merece, mesmo que, como é conhecida, historicamente ele não é a primeira regra da Ordem. Deve haver uma perfeita harmonia entre a recitação material e o espírito interno de orar: "Quanto às orações vocais, salmos, hinos e assim por diante, tome cuidado para que a voz não faça todo o trabalho, enquanto o coração fica para trás" (Psalmis hymnis et cum oratis Deum, na hoc versetur corde, quod profertur em voce). Podem ser os nossos sentimentos que a Igreja fornece na recitação do Ofício Divino. Em outros lugares o santo diz: "muitos oram a Deus, mas não se faz senti-Lo, nem pensam Nele como deveriam. Estes podem ter o som dos suplicantes, mas não a voz deles, uma vez que falta espírito "(42).


Esta preocupação é encontrada também no Estado de Aachen (C18), "as mentes daqueles cantando para o Senhor deve estar em concórdia com suas vozes" (Psallentium na ecclesia Dominomens concordare debet cum voce), palavras que Hugo de São Victor repete ao pé da letra em seu comentário sobre a Regra de Santo Agostinho, onde ele explica exatamente a necessidade de harmonia entre a recitação externa com a atenção interna.


Tomás de Kempis diz nesta matéria, "esteja em coro com temor e reverência e cantem os salmos em honra do Altíssimo. Sejam continuamente lembrados e continuamente ligados a Deus. Ouça com diligência a Palavra de Deus que está sendo lida e cantada. Não vos deixeis distrair com aborrecimento, mas restringi seu corpo para servir o espírito. Para quem recita os salmos com devoção, uma nova graça é muitas vezes concedida. Se uma leitura ou um salmo não agradá-lo ao primeiro som da voz, espere pela graça do Espírito Santo e persevere até o fim. O Senhor virá sem demora a visitá-lo, quando invocar-Lo com o desejo (43).


Jean Santeuil (em latim Santolius), uma Cônego Regular de São Victor, o grande humanista francês, compôs um verso sobre a maneira de cantar os salmos. Ele insiste em atenção, "para que as coisas exteriores não viole a santidade da mente / segure os sentidos cativo sob uma lei forte" (espécie Ne rerum violenta sacraria mentis / Captivos sensus dura sub lege tenete). Se alguém for atingido pelo fervor e recolhimento de que ele vê em coro "deixe-se sentir que Deus está presente e o adore" (sentiat ESSE Deum et presentem pronus adoret) (44).


São Lourenço Justiniano, o Geral, antes de se tornar patriarca de Veneza, da Congregação Canonical de São Jorge em Alga, em sua obra "Sulla disciplina e perfezione religiosa" (disciplina religiosa e perfeição) tem um longo capítulo (c.17) intitulado "Quales ESSE debeant qui divinis intersunt Laudibus Deo et psallant" (que tipo de homens deveriam ser os presentes que cante ao Senhor). A alma deve estar atento às Àquele que está atento a ele. Durante este tempo abençoado não pense em mais nada mas mantém a presença do Redentor o suficiente (45).


O Cônego Regular Gerlac Peters (1411) de Windesheim, diz em sua obra "Ignitum cum Deo soliloquium" (monólogo interior com Deus), "Em cada tempo, lugar, evento, mas especialmente e, em particular no Ofício Divino, desejo colocar-me diante de Deus inteiramente com a maior humildade do coração e do corpo "(46).


Tomás de Kempis exorta os seus irmãos para levantar e cantar em coro, como se eles estavam no meio dos anjos de Deus. Ele prossegue: "Que todos os vossos irmãos, sejam para ti como os anjos de Deus, e espero que um dia a cantar no céu com aqueles a quem você agora cantar os salmos na terra." Ele também dá essa admoestação prática: "O inimigo semeia joio. Que anteriormente ocupava a mente, retorna durante a oração. Mas quem é devoto, não toma conhecimento de qualquer coisa em seu interior, mas Deus e a si mesmo, como se ele já estivesse levantado até o coro celestial "(47). São Lourenço Justiniano afirma que os anjos estão presentes no coro dos que cantam louvores a Deus, desde que a sua oração é cantada distintamente, com atenção, com cuidado, com harmonia: "si tamen distincte attente si, si vigilanter, si ardenter, si concorditer, si humiliter, proferantur "(48).


Se a celebração das Horas Canonical é executada com estas disposições internas e externas, torna-se alegre. Santo Agostinho já dizia: "Quem canta o louvor, não só elogios, mas alegremente louvor" (Qui CANTAT laudem non solum Laudat, sed hilariter Laudat) (49). Richard de São Victor interpreta essa oração de louvor quando ele descreve o júbilo da alma do que o louvor divino derrama (50). Tomás de Kempis poderia muito bem dizer a seus noviços que "nada é mais salutar, nada mais doce e agradável, do que louvar a Deus com hinos e direto da alma para cima com os anjos no céu, se libertando da vileza da terra" (51 ). São Lourenço Justiniano observa que o canto dos salmos é um colóquio doce, agradável e familiar entre Deus e o homem ", que contém imensa doçura" (quae immensas em si continet delectationes) (52).


Sabe-se que muitos Cônegos Regulares se alegraram muito sobre o "Ofício Celestial". Registro isto em  Francis Van Tolen em sua biografia sobre Tomás de Kempis, que cantavam os salmos com alegria e devoção, como se fossem de degustação requintado "salmão." Assim, observa-se uma confrade jocosamente. Thomas respondeu a este jogo de palavras: "Graças a Deus, esses salmos são como o salmão para mim." (Deo gratias Psalmi mihi Salmones - em línguas germânicas, este jogo de palavras é mais evidente em alemão, salmo = salm; em holandês,. salmo = Zalm) (53). Do Bem-aventurado Alain de Solminihac, um Cônego Regular de Chancelade e mais tarde bispo de Cahors, é dito que enquanto ele estava cantando em coro, ele difundiu a partir de seu rosto toda a alegria que sentia em sua alma (54).



A escola espiritual da Ordem, diz o "Devotio Moderna", cujos principais defensores foram os Cônegos Regulares de Windesheim, e que foi um movimento eficaz, prático, mas não também sem experiências místicas, pensava vários meios para manter a atenção do cônego regular para a Liturgia das Horas e aumentar-lo em fervor. O já mencionado John Mombaer é o mestre principal deste, por assim dizer, tecnicismo espiritual, mas outros membros de sua congregação fez sua contribuição, como veremos. Fiel ao método de sintetizar o ensino por versos, Mombaer diz: "sis reverens, simul attentus devotus em horis" (55) e na sua obra "Rosetum" existe um "diretório de cumprir as horas", que é um tratado completo sobre este assunto.


Ele diz que o conhecimento dos salmos é necessário. Insiste também na atenção às palavras, mas melhor ainda, e de acordo com ele, a atenção "para o sentido", e especialmente "para o fim." Feliz do homem que pode aplicar-se a todos os três juntos no mesmo tempo, pronuncia as palavras claramente, atenta para o significado dos salmos e extrai elementos para promover a devoção interna (56). No entanto, é sempre melhor adquirir este sentimento piedoso e devoto ("devotionis affectus") do que para ocupar-se em duas outras coisas. Mombaer cita também Hugo de São Victor segundo a qual, a oração não é perfeita se não for acompanhada ou precedida pela meditação (57).
Com base nestes princípios, ele construiu sua "chiropsalterium" (do grego, cheir = mão, e psalterium "), diz: "Salmodia mão" que deveria servir para manter viva a atenção tripla. Em sua obra "Rosetum", há um projeto gráfico para este "chiropsalterium": toda a mão esquerda, os dedos e a superfície da palma da mão contem uma ou mais palavras de que se deve prestar atenção durante Ofício Divino; isso acontece na prática, se a mente se fixa enquanto o dedo da mão direita toca a parte relativa à esquerda. Se o dedo da direita permanece inerte, que significa que há uma omissão ou distração. Embora esse dedo está em movimentos, o coração deve animar-se com os sentimentos internos correspondentes à digitação destes divididos em cinco partes principais "manus psalmodic.":


A primeira diz respeito aos atos da alma que têm por objeto diretamente o próprio Deus, e subdivide-se em cinco grupos localizados nos cinco dedos. Neste, Mombaer segue Hugo de St. Victor, em sua obra "De MoDo orandi" (sobre a forma de rezar), por exemplo, o polegar temos a prestação de agradecimento, admiração e louvor (58). Estes três atos serve o "capatio benevolentiae" quando se diz algo "em laudem oras Quem ejus." No dedo indicador, encontra-se a "comemoração da miséria", considerado para o passado "cum dolores", para o presente "cum pudore ", para o futuro" cum timore. "Aqui Mombaer refere-se a São Boaventura. No dedo médio, temos a "personae commendatio", diz, com o desejo "fecisti participaliter bonum", participando nas boas obras da Igreja, "bonum confidenter idades", de confiar em Deus. O dedo anelar contém a consideração de um inimigo, diz, "Accusatio partis adversae" do diabo e homens vivos.

O mal que nos vem esta parte pode ser no coração, na boca ou em obras. Tocar a pouco, o cônego regular implora a misericórdia divina "imploratio divinae misericordiae." Eu não pretendo atraso sobre este assunto. Com Mombaer, o "Devotio Moderna" perde um pouco de sua força, insistindo em técnicas semelhantes meticuloso e complicado, que nos parece excessivo.
Ele também propõe outros métodos para manter a atenção e despertar sentimentos de devoção, como a consideração de um mistério de Cristo a ser feita em todas as horas canônicas. Para facilitar isso, ele compôs para cada hora, curtos versos latinos. Também nos dá a sua "cítara spiritualis", (a cítara espiritual), o trabalho de um devoto, provavelmente uma Cônego de  Windesheim. Ele baseia-la nas vogais, AEIOU. Cada um dos quais lembra à mente uma qualidade divina sobre a qual meditar durante o Ofício Divino. Deve ser dito, em geral, que o uso desses meios - técnicas espirituais, com uma utilização racional e moderada - é o patrimônio da Moderna Devotio e uma de suas características, por exemplo, Florence Radewijns e Gerard van Zuphen; Irmãos da Vida Comum, e John Vos van Huesden, o grande Prior de Windesheim, tinha pontos fixos e argumentos sobre a qual meditar todos os dias da semana.


Quando de acordo com os costumes de Windesheim, o Escrito de Nossa Senhora seguia à longa noite do coral, onde o cansaço veio facilmente. Mombaer aconselhou o pensamento do inferno e os tormentos, antes de partir para dormir. O mesmo é encontrado em Thomas de Kempis (Sermão aos Noviços 6)...  Thomas acrescenta: "Deixe a um preguiçoso pensar no inferno e ele não vai dormir em coro, cansado por cansaço" ("ergo Cogita piger de inferno dormitabis et non no choro Lassus Prae taedio"). Mas se isso não irá produzir o efeito desejado, de medidas mais enérgicas foram tomadas, por exemplo, a aplicação de vinagre para os olhos, ou furando as unhas na carne (59).


Note-se que em várias Congregações e Comunidades Canonicais, havia um ou dois "guardiões" do coro que teve que assistir a atenção daqueles em coro e acordar aqueles que dormem. Estes colocaram-se no meio do coro, e se isso ocorreu, eles se aproximaram do vencido pelo sono, colocava o breviário na frente dele para acordar-lo. Deste, temos o testemunho do "Scutum Canonicorum" de Arno de Reichersberg (60).


4. Observância do rito



Sobre este ponto, a Regra de Santo Agostinho é bastante clara: "Cante ou recite de acordo com o livro: não coloque pedaços para se adequar ao seu estado de espírito." (Et nolite cantare, nisi quod legitis ESSE cantandum . Quod non ita Autem scriptum est, ut cantetur). Hugo de St. Victor comenta sobre essa passagem assim: "Não é conveniente que o cantar na igreja seja feito de acordo com um de capricho, mas o que nossos pais (" maiores ") escreveram e eliminados neste contexto, devem ser observadas com fidelidade. "Se alguma coisa deve ser mudada, isso deve ser feito por deliberação da parte mais antiga da comunidade (61).


De fato, na Ordem Canonical, prescrições, rituais e minutos foram elaborados sobre o Ofício Divino, que são encontrados nas Constituições, Estatutos, costumários ou em textos semelhantes, como no "Libri Ordinarii, Libri Ordinis, Libri Officiorum", que em detalhe estabelece a parte ritual do Ofício Divino, da missa e outras funções litúrgicas. Não há nenhuma razão para atrasar sobre este assunto. Só uma coisa eu gostaria de gravar sobre isso é o "códices", que insistem na concórdia de vozes, diz, a harmonia das vozes, a pausa, e não para tirar as últimas sílabas dos versos. Na Constituição "decoro Ad Ecclesiae Dei sponsae" de Bento XII acima citados, há um capítulo "Divinorum Officiorum recitatio" (a recitação do Ofício Divino), onde é dito: que os cônegos "não correndo ou atransando, mas de forma clara, distinta e devotamente eles devem cantar "(62). John Gr cita ¸ a este propósito os seguintes versos:
Dum licet, em medio fac pausam nec trahe FINEM,
Et prius non posterior versus incipiatur,
Donec anterior cantando perficiatur (63).
(Onde é permitido, faça uma pausa, nem tire o final,
e o versículo seguinte não deva ser iniciado muito rapidamente,
até que a anterior é concluída no canto.)




5. Depois de o Instituto Divino





Para a celebração litúrgica do Ofício Divino ou uma parte dele que está sendo terminado, a mente deve permanecer recolhidas para fomentar a vida espiritual que deve ser cultivada com cuidado a cada dia. Aqui uma proposição de Santo Agostinho se encaixa: "Consequentemente queridos irmãos, o que temos cantado com uma voz consoante, devemos saber e ver com o coração" (Proinde, Carissimi, quod consona voce cantavimus, sereno etiam corde nosse et videre debemus) (64). Sobre este ponto os senhores do Moderna Devotio insisti principalmente. Tomás de Kempis em sua "Brevis Admonitio spiritualis exercitii", ("A admoestação curto em exercícios espirituais"), tem um breve capítulo sobre meditação "depois de Matinas", após o Ofício da Noite.


Em outra parte ele diz que depois da celebração das Horas Canonicais, nós não devemos dar-nos abertos a coisas externas para não perder a graça recebida em oração. Em vez, devemos lembrar-nos e manter-se longe do ruído, render graças a Deus, e considerando que o que ouvimos cantados. "O que não ajuda", ele continua "para louvar a Deus por uma hora, em seguida, dar-se às coisas seculares e fútil? Procurar não perder os preciosos frutos de suas orações. O espírito de devoção passa rapidamente se não for vigiado pelo silêncio "(65).



Mombaer também recomenda que um exercício espiritual fervoroso deve seguir o Ofício Divino. No citado "Directorium", ele tem um capítulo "De Modo horas terminandi atque exercitiis assumendis" (Sobre a maneira de terminar a horas e os exercícios a realizar depois deles). Ele deseja examinar a nós mesmos no caminho que temos comemorado o Instituto que pedia perdão pelas faltas cometidas. Ele nos exorta, além disso a agradecer a Deus porque Ele permitiu-nos para louvá-Lo, Ele infundiu Sua graça e consolou-nos com a esperança de ser ouvido. Finalmente lemos "exhibitum officium dominó dedicar offere" (para oferecer devoção ao Senhor do Escrito recitado). Sua observação é possivelmente interessante: "Unde numquam huiusmodi oblatio est intermittenda sed semper quemadmodum Facit et ecclesia, missas pós-dum, Suscipe, Sancta Trinitas, etc" (De onde vem este tipo de oferta é para nunca mais ser deixado de fora, mas sempre depois do Horário de ser cantado, assim como a Igreja faz, enquanto após as missas, ela diz, "sancta Suscipe Trinitas etc"). Sabe-se que esta oração fazia parte do ofertório da missa, antes da reforma de Paulo VI. 



Mombaer apresenta-nos também com uma oração para rezar em particular após as horas canônicas: "Aceite, ó Senhor meu Deus, pelos méritos e orações da gloriosa Virgem Maria e de todos os Santos, em N. particular (dos anjos ou apóstolos etc) a apresentação do meu serviço, e se nestes elogios que eu fiz, saiu alguma coisa digna, põe teus bons olhos sobre mim, e se eu tiver negligenciado alguma coisa, graciosamente perdoa, através de Cristo nosso Senhor. "(Suscipe, domine deus Meus, precibus et Meritis gloriosissimae Virginis Mariae et omnium Sanctorum tuorum singulariter N. [angelorum vel apostolorum etc] obsequium servitutis meae, et si quid sua Laudibus dignum egi, clemens respice , et, si quid negligentius actum est, propitius ignosce. Per Christum Dominum).


IV. A participação do povo na celebração litúrgica das Horas


Tem que se dizer que, em geral, a participação dos fiéis no Ofício Divino era bastante rara durante a Idade Média e da época mais moderna quase até nossos dias, se não completamente inexistente em vários lugares. O Gabinete foi reservado não só aos clérigos e religiosos. Nem se pode chamar de "participação animada" pelo menos na maioria dos casos, o canto das Vésperas que teve lugar aos domingos e dias de festa em latim nas igrejas. Este é, naturalmente, em contraste com o cristianismo antigo em que os salmos tinham penetrado no uso pelo povo nesta participação na oração oficial da Igreja. Devemos ser suficientes para ler os relatos maravilhosos em "Peregrinatio Aetheriae" sobre a liturgia de Jerusalém cerca de 400 AD (66).



No entanto, existe algo de positivo durante a Idade Média e é orgulho dos Cônegos Regulares ter cultivado a música sacra popular (em vernáculo) e por ter sido inserido nas celebrações litúrgicas. Isso é verificável para as regiões da língua germânica - mas isso precisa ser mais pesquisado.



Não apareceu no "Annals of Klosterneuburg" (Jahrbuch des Stiftes Klosterneuburg) um interessante estudo de Walter Lipphardt sobre a música criada no canonries medieval da Ordem (67). Há uma longa descrição de um canto popular "Cristo erstanden ist" (Cristo ressuscitou). Este é regularmente associado ao rito litúrgico da "visitatio sepulchri" (a visitação do sepulcro), no qual muitas vezes é cantado o conhecido a sequência "laudes Victimae Pascali" (Louvor à vítima pascal). Aqui está como o rito é incluído de acordo com o "Ordinarium" do capítulo regular da catedral de Salzburgo (c.1160): Refrão: "sicut dixit Surrexit enim" (Ele se levantou como disse); Populus: "Cristo ist erstanden von der marter "(Cristo ressuscitou de tormento). E assim os retornou o clero em coro (Et ita Clerus redeat em chorum). Em seguida, o Bispo ou o Prior começa:. "Te Deum Laudamus" (Nós te louvamos ó Deus) (68) 



Encontramos o mesmo rito em São Nicolau de Passau, Vorau, São Floriano, Herrenchiemsee, Ranshofen e todos cônegos da Congregação Lateranse, antiga. Nos últimos mencionados, é um ponto importante, o cântico acima citado como popular é inserido também na Segunda Vésperas da Páscoa. A estrutura desta é o seguinte "Vésperas segundo lugar (sic): Aleluia, Aleluia, Aleluia. Laudate Pueri Psalmus. Em Psalmus exitu Israel. Refrão: victime paschali. A resposta de Cristo ao povo. Note-se, se as pessoas não estiverem presentes, a antífona Et respicientes e Magnificat é cantado "(69).



A menção à participação do povo é encontrado também nas Constituições da Congregação de São Nicolau e São Bernardo de 1438, publicada pelo Cardeal John Cervantes. No capítulo sobre "De divinis officiis" (Sobre o Ofício Divino), é dito: "Onde na verdade só haveria um (cônego), deixe-o estudar dia e noite, devotamente o Ofício Divino, e distintamente fazei-o cumprir na igreja se ele pode, aos domingos e dias de festa, pelo menos cantando-se há uma igreja paroquial e se ele tem algumas pessoas com conhecimento para ajudá-lo, ele levará a celebração. Em grandes festas, que ele comemorar Matinas, Missa e Vésperas em voz alta (70). 



De modo geral, chegamos ao momento de Adrian Grea e depois Pio Parsch, o Cônego regular de Klosterneuburg, que encontra em nossa Ordem uma clara idéia desta participação do povo. Parsch já em 1926-27, por ocasião de reuniões e encontros entre os sacerdotes para promover a liturgia entre o povo, como a participação de uma proposta. Em seu livro "Volksliturgie" (Liturgia das pessoas, Viena 1952), e em outros escritos, ele expôs sua tese: o breviário não é monopólio do clero, mas deve tornar-se novamente o que tinha sido no cristianismo antigo, fala que a oração é da comunidade eclesial. Finalmente, é importante notar o seguinte trecho da "Declaração sobre a vida Canonical" do Conselho Primacial: "comunidades Canonicais deve esforçar-se para que as pessoas assumam uma parte ativa com eles no sacrifício eucarístico e a oração da Igreja" ( 71). 



De tudo que foi dito, resulta com evidência notável de que a celebração digna e atenciosa, da Liturgia das Horas foi, deveria ser, e deve tornar-se novamente uma das nossas preocupações principais. Esse pensamento é expresso na "Declaração" mesmo ", Cônegos Regulares, portanto, deve ter uma grande reverência para esta oração da Igreja e, portanto, tomar cuidado especial sobre a sua celebração, lembrando que, enquanto eles estão oferecendo essas orações a Deus, eles estão em pé diante do trono de Deus, em nome de sua mãe, a Igreja "(72).



Notas
(1) "Hora inquam tertia iterum em Ecclesia congregamur ad confitendum Domino, et por tres repetiones Psalmi supradicti nn famulati Dei por tres horas sequentes praesentamus et offerimus" (c.3).
(2) "Na sexta iterum congregamur ad psallendum Domino et per tres repetitiones Psalmi supradicti nn divinae tuitioni por tres horas sequentes commendamus, scilicet por septimam Horam, octavam et nonam" (ibid.).
(3) "Iterum Hora nona convenimus et tribus repetitionibus eiusdem Psalmi nn no Dei famulatu por tres horas sequentes statuimus sive munimus nn ab insidiis inimici, scilicet por decimam et duodecimam" (ibid.).
(4) "Em initio noctis, linguado videlicet occidente, vespertinum Deo offerimus sacrificium, Quando ad confitendum Domino conventimus" (c.5).
(5) "Unde na initio noctis quando ad dormitionem accedimus, cui multa pericula assistunt, pro mdelictis quinque sensuum veniam deprecando quinque psalmos cantamus" (ibid).
(6) "Completorium ideo dicitur, quia em EO complentur quae usque ad dormitionis quietem facienda sunt" (c.7).
(7) Ibid.
(8) "Quo corda adhuc torpentia ad laudes exctantur Dei" (c.8).
(9) "Laudes matutinae noctis contraditório sibivindicant ultimam, quartam videlicet vigiliam, quae usque ad solis ortum protenditur" (c.10).
(10) ". In hoc officio quasti reperta salutis via unica, Domino laudes multipliciter cantamus"
Há pouca dúvida de que o primeiro é de origem monástica, mas na medida em que a Palestina passa, sabemos que cerca de 400 dC, havia apenas cinco horas canônicas: vigílias, Laudes, Sextas, Noas, Vésperas, a que na Quaresma, Tercia foi adicionada. Isto resulta do "Peregrinato Aetheriae." Tanto quanto Roma vai, sabe-se que no início do século 6, houve a mesma estrutura, mas Tercia ocupava um lugar fixo.
(11) "Septem horas antiquitus statutas testatur dicens David Psalmographus: septies in die laudem dixi tibi, ut tot essenc Laudum exhibitiones em morrer, quot et ipsi morre" (p.III, c.1).
(12) "Prima vero licet novo tempore no Oriente apud monasteria Palestinorum primitus Statuta sentar et Inventa, tamen quia omnis eam suscipit Ecclesia, pro EO quod non Spiritu Sancto dubitatur adiuncta, summa pariter devotione et laudem exhibitione celebranda est" (ibid., c . 4).
(13) "Tem itaque octo Spiritus Sanctus horas por antiquos patres et Modernos em Ecclesia diebus singulis celebrari instituit, ut quia morre decursionibus viginti quatuor horarum perficitur, singulae tres Horae proprias laudes haberent, quarum exhibitione Sancta Trinitas Semper coleretur et homo nosterinterior peccato cogitationis, Semper et actionis purificaretur, et quo ipse dignius Trinitate adhaerere mereretur, quae et ideo ad octonarium surgunt, ut universale Ressurrectionis gaudium praesignent, em quo um peccatis omnibus liberi ipsius Trinitatis mysterium plenissima cognitione videbimus et exinde cum ipsa fina gaudebimus "(ibid., c 0,1).
(14) Ver nota 13.
(15) L. Fischer, Bernardi .... Ordo Officiorum Ecclesiae Lateranensis, M · nchen-Freising 1916, p. 62.
(16) Ibid., P.140.
(17) Em hac eccleia, quia typum Gerit coelestis Ecclesiae, em morrer noctuque Matutinis et Missa Seu Vesperis pulsatur festiva "(PL 194, 1549).
(18) Ibid. 1550.
(19) Para o significado de "famulatus dei" ver J. Siegwart, Die Chorherren-und Chorfrauengemeinschaften der Schweiz deutschsprachigen vom 6. Jahrhundert bis 1160, Freiburg 1962, p.200. - São Lourenço Justiniano, De castro connubio verbi et animae: "Est namque divina laus sacrificium salutare .... Nullus divinae laudis valet aestimare pretium, profectum intelligere et gaudium pensare ".
(20) Bl. J. Rusbroeck, Spiritualium nuptiarum líber, II, 14: "Denique tota nostra facultate laudandus nobis est Deus ... Sane Laudibus Deum afficere cordium amantium iucundissima actio et occupatio est et cuius cor laude plenum est divina, na Dei laudem creaturas omnes una secum propumpere et consnare apetite. "- De septem amoris gaudibus libelo" Christus Autem em natura Humana dexttrum moderabitur chorum, utpote qui celsissimus atque nobilissimus est omnium, quae sunt umquam condita uma Deo et ad hunc chorum pertinentes omnes em Quibus ipse vivit et qui vivunt em ipso. Alter coro angelicis spiritibus assignatur "- Spiritualium nuptiarum líber, II, 14:".. Laudate Deum maxime proprius est actus angelorum et hominum beatorum, atque etiam Deum em amantium terris "
(21) "Chorus Dei est et sanctorum angelorum lugar sacratus, ubi divinum Agitur officium, praesentibus ecclesiae ministris cum reverentia et devotione psallentibus. Sicut Angeli em caelo, sic religiosi ordinati sunt no choro. Opus Angelorum est Deum semperlaudare, opus est religiosorum intenta Mente psallere et orare ".
(22) Alimenta pietatis Augustinianae, Lincii 1744, p.311.
(23) De oper. seg. 29, 37; PL 40, 576; Enarr. no ps. Cxviii, 29, 4; PL 37, 1587; Epist. 29, 11; PL 33, 120; De civ.Dei XXII, 8, 7, PL 37, 1817.
(24) cfr. Enarr. no ps. LXXXV, 1; PL 37, 1082 - Enarr. no ps. CLX, 3: PL 37, 1817.
(25) Enarr. no ps. XXX, 2, 1, 4; PL 36,232.
(26) n. 83.
(27) Ibid., N. 83.
(28) "Debent quoque iuxta Apostolum, 1 Tm. 2, primo omnium ab seu fieri obsecrationes, Oratio, postulationes, gratiarum actiones pro omnibus hominibus, pro regibus et omnibus, qui em sublmitate sunt constituti ".
(29) "Nequam enim em tam Sancto opere ipsi tibi proficies aeternam uma Domino mercedem promerendo, sed etiam cunctis Christifidelibus et praecipue anomabus defunctis prodesse potes, gratiam et veniam em cotidianis horis et patroa implorando, et Tanto plenius QUANTO saepius et ferventius pro omnibus oraveris . "
(30) "ergo Qui Dei uma Laudibus torpescit aut aut tacet si absentat, non est amicus Dei nec Civis caeli, quia angeli Semper em Laudibus Dei sunt."
(31) Libellus _piritualis Exercitii, 7: "Vita est angelica chorum cum devotione et reverentia frequentare".
(32) L. Quaglia - C. Giroud, Les Constitutiones de la priorado du Grand-Saint-Bernard, Torino 1956, p.39.
(33) E. Amort, Vetus discplina canonicorum, I, p.473.
(34) "Ante tempus est orare providentia, in tempore constituto orare est Oboedientia, tempus est negligentia praeterire orandi".
(35) J. Siegwart, Die consuetudines des Augustiner-Chorherrenstiftes Marbach im Elsa ·, Freiburg, 1965, pp 107-108.
(36) Ordo Canonicus, II, 1947, pp39-40.
(37) Constitutiones Canonicorum Regularium Ordinis Arroasiensis, ed. L. Milis, Turnholti 1970, pp 30-31.
(38) cf. E. Amort, op. cit., p.509.
(39) Sermo ad novembro 6: "Ad ingressumchori devotis precibus nn praeparemus".
(40) Lib. Spir. Exercitii, 6: "ut statim suscitatus fueris, surge alacriter et praepara cor tuum et ad vigilandum psallendum Domino em laetitia et exsulatione."> BR>
(41) Rosetum spiritualium exercitorum, Dietarium exercitorum, III.
(42) Enarr. no ps. CXXXIX, 19; PL 37, 1809: "Quam vários Autem deprecantur Deum et non sentiunt nec bene cogitant de Deo. Sonum deprecationis habere possunt, vocem não possunt, quia vita est ibi non "
(43) Exerctia spiritualia, 5: "Sta no choro cum METU et reverentia et psalle nomini Domini altissimi. Sis INTEGRE collectus, ac Deo familiariter intentus. Dilligenter ausculta Dei verba, quae et ibi leguntur cantantur.Noli taedio vinci, sed COGE corpus spiritui servire. Datur enim frequentador nova gratia dedicar psallenti. Si non ad primum oris tui sonum lectio SAPIT aut Psalmus, expectativas Domini gratiam et usque persevera no FINEM. Veniat incunctanter Dominus et visitabit desideranter ad clamantem si.
(44) Operum omnium editio secunda, Parisiis 1968, II, p. 58.
(45) "Intendere debet (anima) omnino Illi, qui ... Nihil sibi intendit vero de iis quae sunt Foris, illo tempore cigitet beato, nihil appetat, sed ei sufficiat praesentia redemptoria".
(46) "Em omni tempore, et loco casibus, maxime et praecipue no divino officio assistam coram Domino totus et inteiro, humilimo corde et corpore" (c. 18).
(47) Libellus de disciplina claustralium, 8: "Omnes fratres tui sint tamquam angeli Dei. Et nunc cum Quibus psallis in terris, Spera etiam te cantaturum em Caelis "- cf. ibid:. "Quidquid homo ante exercet, hoc sibi frequentador postmodum em oratione occurrit. Inimicus ibi non venit nisi ut zizania superminet. Devotus choralis soli Deo et sibi intendit, tamquam em caelesti choro translatus et elevatus esset ".
(48) Lc
(49) Enarr no ps. LXXII.
(50) Beniarmin Maior, 5, 18; PL196, 190: "Hunc tunc Procul dubio psaltem psallere facimus, Quando magno ex cordis tripudio na divina praeconia iubilamus, et em gratiarum actionem assurgentes, ex intimis visceribus no divinas laudes cum magno cordis Clamore reboamus . "
(51) Sermo ad novembro 28: ". Nihil salubrius, nihil et iucundius dulcius, quam Deum laudare em hymnis et psalmis, et habere cor sursum cum angelis em Caelis, Infirmis neglectis"
(52) L. c.
(53) Vita Thomae de Kempis Francisco Tolensi Canonico regularidades authore: Ven. Viri Thomae maléolos de Kempis Opera Omnia, ópera et studio J. Henrici Sommalii, Coloniae Agr. 1680, pp36-37.
(54) IG Grueber, op. cit., p. 317.
(55) Rosetum spiritualium exercitorum, Directorium solvendarum horarum, tit. IV.
(56) Ibid.
(57) De Modo orandi, 1: "Sic ergo orationi sancta meditatio necessaria est, ut omnino perfecta ESSE oratio nequeat, si eam meditatio não comitetur praecedat aut."
(58) Ibid, 7:. Est affectus dilectionis .... Est affectus admirationis .... Est affectus congratulationis .... De istis affectibus primi tres ad ISTUD praecipue gênero pertinentes Scriptuarum, em laudatio caber quo. "
(59) p. Debongnie, Jean Mombaer de Bruxelles, Louvain-Toulouse 1928, p. 133.
(60) "Solent diligentiores quique vigiliarum no choro unum custodem ponere, qui in medio Chori stans, interdum sedens et, et, cum opportuerit, obambulans, ei, dormientem Quem, seu torpidum viderit, librum porriget .... eum suscitabit "(PL 194, 1510).
(61) Expositio super-Regulam S. Augustini, 3: "Non enmim decet cantus Eclesiástico fieri debeat secundum arbitrium diversorum, sed firmiter servandus est secundum scripta et Instituta maiorum .... Si quid Autem Mutari oportet aut constitui, non debet hoc cito fieri aut leviter, ne arbitrio tantum Duorum vel trium, sed sicut convocatis fratribus Sanior pars canonicae congregationis decreverit est ordinandum "
(62) cap. 53; E. Amort, op. cit. I, p. 487.
(63) Op. cit., p. 320.
(64) Enarr. no ps. XVIII; PL 36, 157.
(65) Libellus de disciplina clausralium, 8: "quae sua Finitis no divino officio celebrantur, não te statim effundas ad exteriora, ne Perdas gratiam, quam consecutus es orando; sed potius pós vota labiorum tuorum te recollige et na maiori gratiarum actione ab omni strepitu solus Permane ruminando ea, quae audisti. Quid PRODEST una Hora laudare Deum, et Altera saecularia et Inania pertractare? Noli pretiosum fructum orationum tuarum et Laborem Divini operis pro vilibus exponere iocis et nugis. Nam cito perit devotio, quae non custoditur sub silentii freno ".
(66) Santo Agostinho refere que a partir do uso popular dos salmos, os erros linguísticos não pode ser extirpado como "que" não podemos agora retirar as vozes cantanda do povo: sobre este ponto as palavras 'floriet sanctificatio mea "tirar nada do sentido”. Um ouvinte mais aprendeu e gostaria de corrigir isso para que não 'floriet ", mas" florebit' devem ser usados, nem nada de impedir a correção, exceto o costume dos cantores "(De doctr. Cristo. II, 13, 20).
(67) Studien zur Musikpflege in den mittelalterlichen Augustiner-Chorherrenstiften des deutschen Sprachgebietes: Jahrbuch des Stiftes Klosterneuburg, NF, 7, 1971, pp 7-102.
(68) Ibid. p. 8.
(69) Ibid. p. 17.
(70) Ubi vero non nisi fuerit unus [canonicus], officium suum Nocturnum et diurnum studeat dedicar adimplere na ecclesia si poterit; et diebus Dominicis et pluribus festivis aut dispondat si celebraturum; saltem diebus Dominicis et cantando, si parrochialis ecclesia et fuerit parrochianos habeat scientes eum juvare, nisi justa de Causa, submissa voce duxerit celebrare. Majoribus vero festivitatibus matutinas, missam et vésperas alta voce, si habeat ministrum vel ministros, celebret. L. Quaglia - C. Giroud, op. cit., p. 86.
(71) No. 24.
(72) Ibid.