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domingo

O Papa Francisco em nome da Igreja, pede perdão ao Padre Cícero Romão Batista

O bispo da diocese de Crato, dom Fernando Panico, divulgou neste domingo, durante missa na Catedral de Crato, que o Padre Cícero Romão Batista foi "perdoado" pelo Vaticano das punições impostas, mesmo sem ele souber quais seriam, entre 1892 a 1916. A reconciliação era um passo definitivo para a reabilitação do processo de beatificação do padre Cícero.
Durante a homilia na Sé do Cariri, dom Fernando Panico informou que "Hoje, por ocasião da abertura solene da Porta Santa da Misericórdia nesta Catedral de Nossa Senhora da Penha, quero anunciar com alegria, à querida Diocese de Crato e aos romeiros e romeiras do Juazeiro do Norte, um gesto concreto de misericórdia, de atenção e de carinho por parte do Papa Francisco para nós: a igreja Católica se reconcilia historicamente com o padre Cícero Romão Batista".
Segundo a carta, assinada pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, “A presente mensagem foi redigida por expressa vontade de Sua Santidade o Papa Francisco, na esperança de que Vossa Excelência Reverendíssima não deixará de apresentar à sua Diocese e aos romeiros do Padre Cícero a autentica interpretação da mesma, procurando por todos os meios apoiar e promover a unidade de todos na mais autentica comunhão eclesial e na dinâmica de uma evangelização que dê sempre e de maneira explicita o lugar central a Cristo, principio e meta da História”.
A comunicação da reconciliação da Igreja com Padre Cícero "é mais que uma reconciliação. É um pedido de perdão da Igreja pelo o que aconteceu ao sacerdote brasileiro", afirmou Armando Rafael, assessor de comunicação de dom Fernando Panico.
Na mensagem enviada à diocese do Crato, o papa Francisco exalta várias virtudes de evangelizador de padre Cícero, fundador de Juazeiro do Norte e primeiro prefeito do município.
Sobre a Reconciliação histórica da Igreja Católica com a memória do Padre Cícero Romão Batista
Em longa correspondência enviada ao Bispo Diocesano de Crato, Dom Fernando Panico, o Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, afirmou que: “A presente mensagem foi redigida por expressa vontade de Sua Santidade o Papa Francisco.
A mensagem lembra, inicialmente, as festas pelo centenário de criação da Diocese de Crato acrescentando “que (essas comemorações) põem em realce a figura do Padre Cícero Romão Batista e a nova Evangelização, procurando concretamente ressaltar os bons frutos que hoje podem ser vivenciados pelos inúmeros romeiros que, sem cessar, peregrinam a Juazeiro atraídos pela figura daquele sacerdote. Procedendo desta forma, pode-se perceber que a memória do Padre Cícero Romão Batista mantém, no conjunto de boa parte do catolicismo deste país, e, dessa forma, valoriza-la desde um ponto de vista eminentemente pastoral e religioso, como um possível instrumento de evangelização popular”.
Lembrando que Deus sempre se serve de pobres instrumentos para realizar suas maravilhas e que todos nós somos “vasos de argila” (2Co 4,7) em Suas mãos, o texto afirma, sem dúvida alguma, que Padre Cícero, pelo seu intenso amor pelos mais pobres e por sua inquebrantável confiança em Deus, foi esse instrumento escolhido por Ele. O Padre respondeu a este chamado, movido por um desejo sincero de estender o Reino de Deus.
Na correspondência constam vários tópicos, dos quais alguns são reproduzidos, a seguir, textualmente:
“Mas é sempre possível, com a distância do tempo e o evoluir das diversas circunstâncias, reavaliar e apreciar as várias dimensões que marcaram a ação do Padre Cícero como sacerdote e, deixando à margem os pontos mais controversos, por em evidência aspectos positivos de sua vida e figura, tal como é atualmente percebida pelos fiéis”.
“É inegável que o Padre Cícero Romão Batista, no arco de sua existência, viveu uma fé simples, em sintonia com o seu povo e, por isso mesmo, desde o início, foi compreendido e amado por este mesmo povo”.
“Deixou marcas profundas no povo nordestino a intensa devoção do Padre Cícero à Virgem Maria” no seu título de “Mãe das Dores e das Candeias” (...) Como não reconhecer, Dom Fernando, na devoção simples e arraigada destes romeiros, o sentido consciente de pertença à Igreja Católica, que tem na Mãe de Jesus Cristo um dos seus elementos mais característicos?
“A grande romaria do dia de Finados, iniciada pelo Padre Cícero, transmite a dimensão escatológica da existência humana. Pois, como afirma o documento de Aparecida, Nossos povos (...) têm sede de vida e felicidade em Cristo. (...)
“Não deixa de chamar a atenção o fato de que estes romeiros, desde então, sentindo-se acolhidos e tendo experimentado, através da pessoa do sacerdote, a própria misericórdia de Deus, com ele estabeleceram – e continuam estabelecendo no presente – uma relação de intimidade, chamando-o na carinhosa linguagem popular nordestina de “padim”, ou seja, considerando-o como um verdadeiro padrinho de batismo, investido da missão de acompanhá-los e de ajuda-los na vivência da sua fé”.
“No momento em que a Igreja inteira é convidada pelo Papa Francisco a uma atitude de saída, ao encontro das periferias existenciais, a atitude do Padre Cícero em acolher a todos, especialmente aos pobres e sofredores, aconselhando-os e abençoando-os, constitui sem dúvida, um sinal importante e atual”.
“O afeto popular que cerca a figura do Padre Cícero pode constituir um alicerce forte para a solidificação da fé católica no ânimo do povo nordestino (...). Portanto, é necessário, neste contexto, dirigir nossa atenção ao Senhor e agradecê-lo por todo o bem que ele suscitou por meio do Padre Cícero”.
“Assim fazendo, abrem-se inúmeras perspectivas para a evangelização, na linha desta recomendação do Documento de Aparecida; “Deve-se dar catequese apropriada que acompanhe a fé já presente na religiosidade popular”. (Documento de Aparecida, 300).
“Ao mesmo tempo que me desempenho da honra de transmitir uma fraterna saudação do Santo Padre a todo o povo fiel do sertão do Ceará, com os seus Pastores, bendizendo a Deus pelos luminosos frutos de santidade que a semente do Evangelho faz brotar nestas terras abençoadas, valho-me do ensejo para lhe testemunhar minha fraterna estima e me confirmar de Vossa Excelência Reverendíssima devotíssimo no Senhor.

http://www.opovo.com.br/app/maisnoticias/mundo/2015/12/13/noticiasmundo,3548553/papa-francisco-perdoa-padre-cicero.shtml

quinta-feira

Orientações para a celebração da Missa e da Palavra de Deus

Como celebrar a Palavra quando não há um sacerdote ou diácono?


            A Eucaristia é, por excelência, a celebração do Dia do Senhor. O Catecismo da Igreja Católica prescreve: “O mandamento da Igreja determina e especifica a lei do Senhor: ‘Aos domingos e nos outros dias de festa de preceito, os fiéis têm a obrigação de participar da Missa’. Satisfaz o preceito de participar dela quem a assiste segundo o rito católico no próprio dia da festa ou à tarde do dia anterior” (CIC 2180).

           A Celebração da Palavra não deve ser confundida com a Missa. O documento 43 – “Animação da vida litúrgica no Brasil”–, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), assim nos orienta: “Contudo, não confundimos nunca estas celebrações com a Eucaristia. Missa é Missa. Celebração da Palavra, mesmo com a distribuição da comunhão, não deve levar o povo a pensar que se trata do Sacrifício da Missa. É errado, por exemplo, apresentar as oferendas, rezar o Cordeiro de Deus e dar a bênção própria dos ministros ordenados”.
            O ideal seria que todas as comunidades pudessem participar da Missa, contudo a realidade que vivemos no Brasil não é essa. Segundo o documento 43 da CNBB, cerca de 70% das comunidades no Brasil não têm acesso à Celebração Eucarística presidida por um ministro ordenado. Muitas delas se encontram em regiões distantes que não permitem aos fiéis ir a uma igreja. O que fazer em tais casos? Qual a orientação da Igreja?
            Vejamos o que diz a Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium sobre a Sagrada Liturgia: “Promova-se a celebração da Palavra de Deus nas vigílias das festas mais solenes, em alguns dias feriais do Advento e da Quaresma e nos domingos e dias de festa, especialmente onde não houver sacerdote; neste caso, será um diácono ou outra pessoa delegada pelo bispo a dirigir a celebração” (SC, 35.4).
            A Congregação para o Culto Divino, no “Diretório para celebrações dominicais na ausência do presbítero”, no parágrafo 20, assim prescreve: “Entre as muitas formas celebrativas que se encontram na tradição litúrgica, é muito recomendada a Celebração da Palavra de Deus”. O mesmo diretório diz: “Quando em alguns lugares não for possível celebrar a Missa aos domingos, veja-se primeiro se os fiéis não podem deslocar-se à igreja de um lugar mais próximo e participar aí da celebração do mistério eucarístico. Quando a celebração da Missa dominical não é possível, é muito recomendada a celebração da Palavra de Deus, seguida da comunhão eucarística. Mas é necessário que os fiéis percebam com clareza que tais celebrações têm simplesmente carácter supletivo, e não venham a considerá-las como a melhor solução para as atuais dificuldades ou concessão feita à comodidade. Por isso, as celebrações dominicais, na ausência do presbítero, nunca podem realizar-se aos domingos naqueles lugares onde a Missa já foi ou vier a ser celebrada nesse dia ou tiver sido celebrada na tarde do dia anterior, mesmo noutra língua”. Recomendo a leitura atenta do “Diretório para celebrações dominicais na ausência do Presbítero”, publicado pela Congregação para o Culto Divino.
            A celebração dominical na ausência do presbítero é orientada por um diácono que a preside ou, na sua falta, por um leigo designado pelo pároco.
            A CNBB publicou um documento (número 52) sobre “Orientações para a celebração da Palavra de Deus”.  Neste documento, encontramos alguns dados importantes:
1. Para a Celebração da Palavra de Deus não existe um ritual próprio. Muitas comunidades seguem o esquema da Celebração Eucarística, omitindo algumas partes ou usando um subsídio específico.
2. Na Celebração da Palavra, sejam valorizados os seguintes elementos: 1) Reunião em nome do Senhor; 2) Proclamação e atualização da Palavra; 3) Ação de Graças; e 4) Envio em Missão.

O documento ainda oferece um roteiro:
1. Ritos iniciais: Saudação, acolhida, introdução no espírito da celebração, rito penitencial. Quem preside conclui os ritos iniciais com uma oração.
2. Leitura, Salmo e Evangelho.
3. Partilha da Palavra de Deus.
4. Profissão de Fé.
5. Oração dos Fiéis.
6. Momento de Louvor: Não deve ter, de modo algum, a forma de Celebração Eucarística.
7. Oração do Senhor – Pai Nosso.
8. Abraço da Paz.
9. Comunhão Eucarística: Nas comunidades onde se distribui a Comunhão durante a Celebração da Palavra, o Pão Eucarístico pode ser colocado sobre o altar antes do momento do louvor, como sinal da vinda do Cristo, Pão Vivo que desceu do céu.
10. Ritos finais.
Padre Flávio Sobreiro

Atenção!
O Documento 52 da CNBB sobre a Celebração da Palavra de Deus foi para uma realidade litúrgica vivida em um período crítico da falta de conhecimento e consciência litúrgica no Brasil. Sendo assim, os números 62, 64, 67, 70, 74, 78, 90 e 91 foram revisados. E, em conformidade com a SC, assim ficou estabelecido pela Comissão Nacional de Liturgia da CNBB as seguintes indicações:

Celebração da Santa Missa com o Padre
Procissão de Entrada

·        Antes da Procissão de Entrada, se prepara o Altar revestido sempre de toalha branca (IGMR 117 e 304), não importando em que período do Tempo Litúrgico esteja. Depois, coloca-se 2, 4, 6 ou 7 velas, caso seja o Bispo que celebre, sobre o altar ou próximo dele (IGMR 117).
Para a procissão de entrada se espera a ordem hierarquicamente ordenada: incenso, cruz proces-sional, velas, acólitos (ministros do altar), o Evangeliário, diáconos, sacerdotes, bispos, cardeais e o papa.
Saudação inicial
·        A saudação inicial está prevista com a saudação ao altar (inclinação e o beijo em sinal de veneração). (IGMR 49). Usando a lógica, cada um faz a saudação ao altar conforme a ordem da procissão e o grau da hierarquia que cada um pertence. O presidente da celebração faz a reverência ao altar sozinho. Exceto quando o Presbítero (ou o Bispo) vem acompanhado por dois diáconos, onde os três fazem a reverência e o beijo do altar.
·        Se usará incenso no começo da celebração, depois do beijo do altar, o sacerdote recebe o turíbulo, incensa primeiro a cruz que está sobre o altar, depois incensa o altar com 3x2. Pode-se ainda incensar depois do altar, incensar a Imagem do(a) padroeiro(a) com apenas 3x1
·        O sinal da cruz é feito por todos, mas o falar em Nome do Pai... é dito pelo sacerdote;
·        A saudação ao povo com as fórmulas previstas pela Igreja no missal ou uma outra similar; (IGMR 50)
·        É colocado pelo celebrante ou um ministro ou comentarista as intenções especiais que introduzam os fiéis na celebração do dia, (IGMR 51) se não foram mencionadas no comentário antes do hino de entrada. 
·        Aqui pode-se acolher além dos visitantes, também pode-se fazer um ato de acolhida da Imagem do Padroeiro do lugar. E, assim que a Imagem chegar ao presbitério, pode-se incensa-la com 3x1.
·        Se a comunidade não preparou uma para-liturgia, pode aqui apresentar algo que é significativo para a comunidade. Exemplo: algo sobre a Missão, a Festa que se celebra.
·        Logo em seguida, a introdução ao Ato Penitencial. (IGMR 51)
Ato Penitencial
·        O sacerdote convida os fiéis para o Ato Penitencial. Após breve pausa de silêncio, é realizado por toda assem-bleia através de uma fórmula de confissão geral, concluída pela absolvição do sacerdote;
·        Aos domingos, particular-mente no tempo pascal, em lugar do Ato Penitencial de costume, pode-se fazer a benção e a aspersão da água em recordação do batismo. (IGMR 51).
·        O gesto de lavar as mãos em recipientes como ato penitencial não está pres-crito, nem fomentado no Missal. Sendo assim, evite-se. A mesma coisa é dito sobre o uso das palmas nas musicas rituais da missa (Kyrie, Hino de Louvor, Cordeiro de Deus, Santo).
·        Uma procissão antes da Missa, em alguns lugares e dias, é aceito como Ato Penitencial da Missa, conforme a orientação da Conferência Episcopal.
Hino de Louvor
·        Depois do Ato Penitencial não é prescrito nenhum comentário, nem por parte do sacerdote, nem do comentarista. Pois, o Senhor, Tem Piedade de Nós que está prescrito que se cante ou reze depois do Eu confesso a Deus... (IGMR 52). já é a introdução ao Hino de Louvor.
·        O Glória é um hino antiquíssimo e venerável, pelo qual a Igreja, congre-gada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus e ao Cordeiro. O texto deste hino não pode ser substituído por outro. (IGMR 53)
·        Então, o Glória não é um hino para a Trindade, mas exclusivamente é um hino cristológico. E o Missal nos diz que essa norma deve ser observada. Quando não se tem condições de cantá-lo, a Igreja nos pede que se reze, mas que não seja suprimido ou mudado por qualquer outro hino. 
Oremos (oração do dia)
·        O sacerdote convida o povo a rezar dizendo Oremos; o Missal nos orienta que o celebrante fique em silêncio por alguns instantes, tomando consciência de que todos estão na presença de Deus e formulando interiormente os seus pedidos. Logo sem seguida, se diz a Oração da coleta.  (IGMR 54)
·        Lembrem-se que as intenções especiais foram ditas no comentário antes do hino de entrada ou depois do da saudação a assembleia, antes do Ato Penitencial.
Liturgia da Palavra
·        É parte principal da liturgia da Palavra em que Deus fala ao seu povo. (IGMR 55)
·        O silêncio faz parte da Liturgia da Palavra, sempre depois de cada leitura, e após o término da homilia. (IGMR 56)
·        Não é permitido trocar as leituras e o salmo respon-sorial, constituídos da Palavra de Deus, por outros textos não-bíblicos. (IGMR 57) Exemplo: Ler a biografia da vida de um santo, uma história da comunidade ou parte de uma Regra de vida de uma congregação religiosa.
·        Na celebração com o povo, as leituras e o salmo devem ser profe-ridas sempre do ambão. (IGMR 58) O Salmo Responsorial é Palavra de Deus, e por isso é aconselhável que siga a orientação da Igreja, na hora de proclamá-lo.
·        As leituras são proclamadas pelo leitor. (IGMR 59). Aqui evita-se teatralização, jogral, poesia que mostre a arte na substituição da leitura obrigatória da Palavra de Deus na missa.
·        Estando o diácono em uma celebração Eucarística, a precedência para a Proclamação do Evangelho é dele. Terminando a leitura do Evangelho, o Evangeliário pode ser colocado já na credência (IGMR 175). Também pode deposita-lo sobre o altar até a hora do ofertório; deixá-lo sobre o ambão ou preparar uma estante para ele.
·        Ocasionalmente, o diácono pode ser delegado para fazer a homilia de uma missa, porém, nunca essa faculdade é conferida ao leigo. (IGMR 66)
·        Após a homilia pode-se ministrar os Sacramentos do Batismo, Crisma, Ordem, Matrimônio e Unção de Enfermos.
·        O Credo é símbolo ou profissão de nossa fé. Ele pode ser cantado ou recitado pelo sacerdote com o povo aos domingos e solenidades. (IGMR 67)
·        As preces recebe o nome de Oração Universal. Normal-mente serão estas as séries de intenções: pelas neces-sidades da Igreja, pelos pode-res públicos e pela salvação do mundo, pelos que sofrem qualquer dificul-dade, pela comunidade local. (IGMR 69)
·        As preces são proferidas do ambão em primeiro lugar. (IGMR 71)
Liturgia Eucarística
·        Se o Evangeliário estiver sobre o altar, antes de preparar as ofertas sobre o corporal, o sacerdote ou o diácono retira do altar e entrega ao acólito para que seja colocado na credência.  
·        No início da liturgia eucarística são levadas ao altar as oferendas que se converterão no corpo e no sangue de Cristo. (IGMR 73) É simbólico quando a própria comunidade vem trazendo as oferendas de pão e de vinho. Podem ser oferecidos além das oferendas ordinárias, flores, velas, alfaias novas para o uso do culto. Também podem trazer em oferta os mantimentos para os pobres e a oferta em dinheiro para a manutenção do templo, que serão colocados em lugar conveniente, fora da mesa eucarística.
·        O canto do ofertório se prolonga até que os dons tenham sido colocados sobre o altar. (IGMR 74) Quando se há o uso do incenso, o canto se prolonga até o momento da incensação da assembleia.
·        Se na missa estiver outros concelebrantes,  após a Oração sobre as Oferendas, todos circunda o altar para acompanhar o Prefácio ao lado do presidente da celebração.
·        Se a Missa é solene, com o Hino do Sanctus, os acólitos trazem o turíbulo, a naveta com 2, 4 ou 6 velas.
·        Na hora da epiclese (da vinda do Espírito Santo), os diáconos (IGMR 179), os acólitos, exceto os que estiverem portando as velas, e todo o povo se ajoelham em sinal de adoração.
·        Existem partes da Prece Eucarística que pode ser dada aos concelebrantes para que a rezem. Para isto o missal indica com os seguintes sinais: C1, C2, C3.
·        Na hora da doxologia, o diácono toma o cálice que está sobre o corporal, e o sacerdote principal toma a patena com o corpo de Cristo. Terminada de rezar a prece, concluímos com a aclamação Amém do povo. (IGMR 79)
·        O próprio sacerdote convida o povo a rezar a Oração do Pai Nosso.
·        Terminando o Pai Nosso, na hora do embolismo (Livrai-nos ó Pai) os outros diáconos (ou ministro) se dirigem até a capela do Santíssimo para trazer as ambulas para colocar sobre o corporal do altar, para que na hora do Cordeiro de Deus, o sacerdote faça a fração do Pão sobre as outras ambulas que necessitarão para a comunhão dos fiéis. (IGMR 83) Depois, os concele-brantes e os diáconos que vão ajudar a distribuir a Santa Comunhão, se dirigem à credência para purificar as mãos. Estes podem ser ajudados pelos acólitos.
·        A mesma regra vale para os ministros extraordinários da Comunhão. Terminando o Pai Nosso, vão imediatamente à capela do Santíssimo buscar as ambulas, coloco-às sobre o corporal, logo em seguida podem purificar as mãos e esperar a hora da comunhão, para comungarem das mãos do celebrante e levarem a Comunhão aos demais irmãos da assembleia.
·        O sacerdote depois do Cordeiro de Deus prepara-se rezando em silêncio, e o povo também deve ficar em silêncio por um breve momento. E, depois o sacerdote mostra o pão eucarístico sobre a patena ou sobre o cálice dizendo: Felizes os convidados... (IGMR 84)
·        Chegando a hora da comunhão, os diáconos (e ministros) recebem a comunhão das mãos do sacerdote. (IGMR 182)
·        Não é permitido que os fiéis recebam por si mesmos a Eucaristia, nem o cálice consagrado e muito menos passar de mão em mão entre si. (IGMR 161)
·        Terminado a santa comunhão, deve-se guardar um pouco de silêncio para a oração pessoal.
·        Para completar a oração do povo de Deus e encerrar todo o rito da comunhão, o sacerdote profere a Oração depois da Comunhão. (IGMR 88)
·        Após a oração pós-comunhão, pode-se fazer breves comunicações e a benção final, com a despedida do povo feita pelo diácono ou pelo próprio sacerdote. (IGMR 90)

Celebração da Palavra por um Ministro Extraordinário

Procissão de Entrada

·        Antes da Procissão de Entrada, se prepara o Altar revestido sempre de toalha branca (IGMR 117 e 304), não importando em que período do Tempo Litúrgico esteja. Depois, coloca-se 2, 4, 6 velas sobre o altar ou próximo dele (IGMR 117).

Para a procissão de entrada se espera a ordem hierarquicamente ordenada: A cruz processional, velas, acólitos (ministros do altar), ministros extraordinários.
Saudação inicial
·        A saudação inicial está prevista com reverência ao Altar em sinal de veneração).
·        Usando a lógica, cada um faz a saudação ao altar conforme a ordem da procissão e o grau da hierarquia que cada um pertence.
·        Todos os ministros do Altar vão aos seus lugares, e o Ministro que presidirá a Palavra se dirige ao Ambão e faz a saudação Em nome do Pai...
·        O sinal da cruz é feito por todos, mas o falar em Nome do Pai... é dito pelo Ministro;
·        A saudação ao povo com as fórmulas previstas pela Igreja (arqui)diocesana ou uma outra similar usando sempre o nós; (IGMR 50)
·        É colocado pelo Ministro ou o comentarista as intenções especiais que introduzam os fiéis na celebração do dia, (IGMR 51) se não foram mencionadas no comentário antes do hino de entrada. 
·        Aqui pode-se acolher além dos visitantes, também pode-se fazer um ato de acolhida da Imagem do Padroeiro do lugar. Logo em seguida, a introdução ao Ato Penitencial. (IGMR 51)
Ato Penitencial
·        O Ministro convida os irmãos para o Ato Penitencial. Após breve pausa de silêncio, é realizado por toda assem-bleia através de uma fórmula de confissão geral, concluído pela intercessão do Ministro: Que Deus tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados...;
·        Aos domingos, particular-mente no tempo pascal, em lugar do Ato Penitencial de costume, pode-se fazer a benção e aspersão da água em recordação do batismo. (IGMR 51).   Com a água já benta, os ministros podem aspergir sobre si e sobre os demais irmãos.
·        O gesto de lavar as mãos em recipientes como ato de perdão não está pres-crito, nem fomentado no Missal.
·        Uma procissão antes da Missa, em alguns lugares e dias, é aceito como Ato Penitencial da Missa, conforme a orientação da Conferência Episcopal.
Hino de Louvor
·        Depois do Ato Penitencial não é prescrito nenhum comentário, nem por parte do sacerdote, nem do comentarista. Pois, o Senhor, Tem Piedade de Nós que está prescrito que se cante ou reze depois do Eu confesso a Deus... (IGMR 52). já é a introdução ao Hino de Louvor.
·        O Glória é um hino antiquíssimo e venerável, pelo qual a Igreja, congre-gada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus e ao Cordeiro. O texto deste hino não pode ser substituído por outro. (IGMR 53)
·        Então, o Glória não é um hino para a Trindade, mas exclusivamente é um hino cristológico. E o Missal nos diz que essa norma deve ser observada. Quando não se tem condições de cantá-lo, a Igreja nos pede que se reze, mas que não seja suprimido ou mudado por qualquer outro hino. 
Oremos (oração do dia)
·        O Ministro convida os irmãos a rezar dizendo Oremos; o Missal nos orienta que o celebrante fique em silêncio por alguns instantes, toman-do consciência de que todos estão na presença de Deus e formulando interiormente os seus pedidos. Logo sem seguida, se diz a Oração da coleta.  (IGMR 54)
·        Lembrem-se que as intenções especiais foram ditas no comentário antes do hino de entrada ou depois do da saudação a assembleia, antes do Ato Penitencial.
Liturgia da Palavra
·        É parte principal da liturgia da Palavra em que Deus fala ao seu povo. (IGMR 55)
·        O silêncio faz parte da Liturgia da Palavra, sempre depois de cada leitura, e após o término da reflexão. (IGMR 56)
·        Não é permitido trocar as leituras e o salmo respon-sorial, constituídos da Palavra de Deus, por outros textos não-bíblicos. (IGMR 57) Exemplo: Ler a biografia da vida de um santo, uma história da comunidade ou parte de uma Regra de vida de uma congregação religiosa.
·        Na celebração com o povo, as leituras e o salmo devem ser profe-ridas sempre do ambão. (IGMR 58) O Salmo Responsorial é Palavra de Deus, e por isso é aconselhável que siga a orientação da Igreja, na hora de proclamá-lo.
·        As leituras são proclamadas pelo leitor. (IGMR 59). Aqui evita-se teatralização, jogral, poesia que mostre a arte na substituição da leitura obrigatória da Palavra.
·        O Credo é símbolo ou profissão de nossa fé. Ele pode ser cantado ou recitado pelo Ministro com o povo aos domingos e solenidades. (IGMR 67)
·        As preces recebe o nome de Oração Universal. Normal-mente serão estas as séries de intenções: pelas neces-sidades da Igreja, pelos pode-res públicos e pela salvação do mundo, pelos que sofrem qualquer dificul-dade, pela comunidade local. (IGMR 69)
·        As preces são proferidas do ambão em primeiro lugar. (IGMR 71)
Rito da Comunhão


















·        Podem ser oferecidos flores, velas, também podem trazer em oferta os mantimentos para os pobres e a oferta em dinheiro para a manutenção do templo, que serão colocados em lugar conveniente, fora da mesa eucarística.
·        O canto do ofertório se prolonga até que os dons tenham sido colocados junto ao altar.
·        Não está prescrito o uso da Oração sobre as Oferendas. Porém, a comissão para a Liturgia da CNBB em 2001 fez Esta oração é substituída com um Momento de Louvor dialogado pelos dons apresentados.















































































Rito Final
·        Terminado o Momento de Louvor, os Ministros da Comunhão recebem das mãos dos acólitos o corporal, estende sobre o Altar, e logo em seguida trazem a Eucaristia para o breve momento de adoração silenciosa de que deve ter antes da oração do Pai Nosso. Todos se ajoelham em sinal de adoração.
·        O próprio Ministro da Comunhão designado antes da celebração para este momento, convida o povo a rezar a Oração do Pai Nosso.
·        Notem que a celebração é realizada por 2 Ministros, 1 da Palavra e 1 da Comunhão, caso o Ministro não tenha os dois ministérios. Caso o ministro que presidirá a celebração tenha os dois ministérios, ele pode fazer a celebração por inteira.
·        Lembramos ainda que a celebração é conduzida por por um Diácono ou um Seminarista que foi admitido às Ordens Sacras e têm os dois Ministérios de Leitor e Acólito.
·        O Terminando o Pai Nosso, reza-se a Oração da Paz, sem fazer o embolismo.
·        Assim como na Missa, obedece a Igreja, onde não se canta para a paz e tão pouco se canta o Cordeiro de Deus.
·        Na hora da paz ou antes do momento de distribuir a Comunhão, os Ministros se dirigem à credência para purificar as mãos. Estes podem ser ajudados pelos acólitos.
·        O Ministro designado antes da celebração para este momento apresenta a Eucaristia e diz: Meus irmãos e irmãs, participemos da comunhão do Corpo do Senhor em profunda unidade com nossos irmãos que, neste dia, tomam parte da celebração eucarística, me-morial vivo da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo...
·        Depois, um Ministro comunga e dar a comunhão aos demais colegas, caso tenha mais de um. E os que comungaram e foram escalados para aquela celebração vão ajudar a distribuir a Santa Comunhão.
·        Não é permitido que os fiéis recebam por si mesmos a Eucaristia e muito menos passar de mão em mão entre si. (IGMR 161)
·        Terminado a santa comunhão, deve-se guardar um pouco de silêncio para a oração pessoal.
·        Para completar a oração do povo de Deus e encerrar todo o rito da comunhão, se faz um momento de Ação de Graças.
·        Apresentem-se os avisos
·        E pede a Benção Final e o canto de despedida.

José Wilson Fabrício da Silva, crl
Bibliografia:
INTRODUÇÃO GERAL SOBRE O MISSAL ROMANO: TERCEIRO COMENTÁRIO; Comentário de J. Aldazábal. 4ª Ed., São Paulo: Paulinas, 2011.
MANUAL DO MINISTRO EXTRAORDINÁRIO DA SAGRADA COMUNHÃO (MSC). 4ªEd. Curitiba: Mult-Graphic – Artes Gráficas Renascer Ltda, 2005. Pág. 70-77.
CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO E A DISCIPLINA DOS SACRAMENTOS. Redemptionis Sacramentum. Vaticano: Ed Vaticana, 2004.