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segunda-feira

SANTA MÔNICA, A MULHER QUE QUIS SANTIFICAR A SUA CASA

Estimadas Mães Cristãs, é com espírito de oração que iniciamos a nossa meditação de hoje, fixando o olhar de nosso coração na manifestação de Deus realizada na vida de Santa Mônica. Assim como muitos cônjuges tem algumas dificuldades com os pais de seus parceiros, com Mônica não foi diferente. Mônica teve uma sogra muito difícil de lhe dar. Mas, com a mesma paciência amável conquistou o seu respeito[1], pois viu que a fé se sua nora lhe fazia ser uma mulher sábia e prudente, diferente das outras esposas pagãs.

Santa Mônica desde muito cedo procurou a santidade de vida como um propósito herdado de família, já que ela teve uma educação cristã dada por seus pais. Mônica casou-se com um jovem pagão, porém, não abandonou a sua religião. Patrício seu esposo sabia que sua mulher era católica e jamais iria deixar de praticar a sua fé, por causa de seus caprichos. Isto é um dado muito importante que devemos elevar da vida dessa mulher extraordinária. Hoje, infelizmente vemos a migração de religião com facilidade, porque não se sabe escolher bem a pessoa que se pretende casar ou mais ainda, simplesmente se apostada ou abandona a religião, porque a “tal pessoa amada” não quer que você pratique as obras da fé por diversos motivos.

Santa Mônica teve sempre presente em sua memória a passagem bíblica em que Israel escolhe Javé por seu Deus: “Porém, se não vos parece bem servir a IAHWEH, escolhei hoje a quem quereis servir: se aos deuses aos quais serviram vossos pais do outro lado do Rio, ou aos deus dos amorreus em cuja terra agora habitais. Quanto a mim e à minha casa, serviremos ao Senhor” (Js 24, 15).  Mônica entendeu que não importa o que passamos, deveremos servir ao Senhor. Trata-se de um compromisso com Deus que está acima das circunstancias. Venha o que vier, eu e minha casa serviremos ao Senhor. Com Deus eu passo e venço qualquer crise ou luta. Significa em outras palavras: eu confio em Deus. Ele é fiel, Ele não mente, todas as Suas promessas serão cumpridas em minha vida. Deus promete e cumpre. Nela você pode confiar. É uma poderosa declaração de Fé em Deus. É uma convicção Profética: com o Senhor vencemos qualquer batalha. Nesta declaração está implícito mais uma certeza de Santa Mônica. A vida é uma luta, inimigos contra a paz na família surgirão. Servindo ao Senhor nós venceremos. Hoje, muitos deuses se colocam diante de nós: o orgulho, a busca insaciável pelo ter, a realização pessoal acima de tudo e de todos e, com isso, o desvio total da adoração e o nosso afastamento e o de nossa família de Deus. Santa Mônica teve esse cuidado, como mulher sábia e prudente de não se afastar da Lei do Senhor e não descansou enquanto não ganhou para Deus o seu esposo amado e o seu filho Agostinho, pois o Espírito de Deus jamais a abandonou e inquestionavelmente continuava amando-a, independentemente se sua família estivesse completa na presença do Senhor ou não.


Dicas Práticas para realiza-las durante esses dias:

Procura fazer uma visita ao Santíssimo Sacramento, primeiramente ficando em silêncio na presença do Senhor por alguns minutos, deixando Deus falar, e depois, falas tu, colocando cada membro da tua casa na presença de Nosso Senhor Jesus Cristo, pedindo-lhe o dom da coragem para que sua família não se desvie do Caminho de Deus, nem você seja esse sinal de divisão em sua casa, quando lhe faltar a paciência.

JOSÉ WILSON FABRÍCIO DA SILVA, CRL
(Cônego Regular Lateranense)



[1] AGOSTINHO, Santo. Confissões. . 5ª Ed. São Paulo, Paulus. 2010. Livro IX, pág. 253.

terça-feira

SANTA MÔNICA, MULHER QUE SOUBE USAR O SILÊNCIO COMO RESPOSTA ÀS ADVERSIDADES DA VIDA

Estimadas Mães Cristãs, é com espírito de oração que iniciamos a nossa meditação de hoje, fixando o olhar de nosso coração na manifestação de Deus realizada na vida de Santa Mônica. O silêncio de uma mãe usado no momento certo, na grande maioria das vezes ensina mais do que inúmeras palavras de ordem repetidas. Por quê? Porque deixam o esposo e os filhos pensarem, refletirem. Vemos na história de vida da mãe de Santo Agostinho, que ela desde muito pequena foi educada a ser uma mulher sábia e prudente. “Desse modo, educada no pudor e na sobriedade, e submissa por ti a seus pais, mais que por seus pais a ti, quando chegou à idade de casar-se, foi dada a um marido, a quem serviu como senhor. Procurava consquistá-lo para ti... Suportou infidelidades conjugais, sem jamais hostilizar, demonstrar ressentimento contra o marido por isso. Esperava que tua misericórdia descesse sobre ele, para que tivesse fé em ti e se tornasse casto. Embora de coração afetuoso, ele se encolerizava facilmente. Minha mãe havia aprendido a não contrariar com atos ou palavras, quando o via irado.”[1]
 
A exemplo de Santa Mônica, lembro-me de um testemunho muito interessante que certo dia ouvi de uma mãe nordestina, abandonada por seu marido, que rezava muito pelos seus filhos, um deles estava envolvido com as drogas e em caminhos obscuros. Ela não conseguia dormir enquanto o filho não chegasse, mas, quando ele chegava, sua ansiedade e pavor pelo que poderia ter lhe acontecido, surgiam com o discurso de sempre e muita discussão. Seu filho estava afastado da Igreja, pois havia recebido todos os sacramentos da Iniciação cristã e ela insistentemente o lembrava de como ele poderia retornar ao Caminho. Foi em uma manhã de mais uma espera, que essa mãe lutadora e cheia de fé decidiu usar o silêncio. Ele chegou assustado e quando entrou em casa pensando que novamente a mãe iria repreendê-lo, ele se depara com uma cena que o tocou profundamente, ela estava de joelhos rezando por ele. Ela encerra a oração e vê o seu filho ali, parado, já há alguns minutos, perplexo, observando-a. A mãe olha para ele, o cumprimenta com um simpático bom dia! O convida para tomar o café que iria preparar, sem mais nada falar. O filho com o coração totalmente quebrantado, refletiu, segundo ela: “Meu Deus! O que estou fazendo? O que eu estou causando a minha mãe, que já não tem o meu pai para sustentar a casa? A partir de hoje eu vou mudar!” no dia seguinte foi procurar o Sacramento da Reconciliação, fez um pacto com Deus e aquela mãe pôde ver ainda antes de partir, seu filho ser infinitamente mais do que sonhou. Isto não foi de uma hora para outra, mas aconteceu no tempo de Deus. Quando esta mulher procurou seguir o exemplo de Santa Mônica, este fato extraordinário aconteceu em sua vida.


Dicas Práticas para realiza-las durante esses dias:

Procura imitar, quando for necessário, o exemplo de Santa Mônica na administração de tuas palavras. Têm coisas nesta vida que obrigatoriamente temos que falar para evitar um mal pior, por exemplo, advertir os filhos para que não andem com pessoas erradas, nem vão a lugares reprovados pela doutrina da fé cristã. Porém, o silêncio quando temperado, é a melhor resposta para certas circunstâncias da vida. Aprenda isso!
 José Wilson Fabrício da Silva, crl
(Cônego Regular Lateranense)

[1] AGOSTINHO, Santo. Confissões. . 5ª Ed. São Paulo, Paulus. 2010. Livro IX, pág. 252.

segunda-feira

SANTA MÔNICA, MÃE SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS

Estimadas Mães Cristãs, é com espírito de oração que iniciamos a nossa meditação de hoje, fixando o olhar de nosso coração na manifestação de Deus realizada na vida de Santa Mônica. A mãe de Santo Agostinho, vindo de uma família cristã, sabia que importância tinha a vontade de Deus na vida da pessoa humana, por isso, era uma obrigação santa participar do santo sacrifício da missa, pois ali se ouvia a Palavra do Senhor e comungava de seu próprio corpo e sangue, Alimentos de Salvação. Mônica sabia que ser mãe cristã não era somente ter um marido e filhos, mas deveria ser ela, uma mestra de sua própria casa.

“Conceberás e darás a luz um filho” (Lc 1,31). Quantas mulheres na Bíblia receberam essa promessa? Sara, Ana, Santa Isabel, Nossa Senhora, etc. Algumas dessas mulheres eram estéreis, outras bastante idosas e uma por excelência era Virgem! Seus filhos nasceriam contrariando toda a lógica dos acontecimentos naturais! Mas, mais que um milagre, nasceriam para que se cumprissem os planos de Deus. Cada uma conceberia com propósitos bem definidos. Quando Santa Mônica viu seu filho Agostinho extraviado do Caminho da Salvação (At 18, 26), não se conformou e usou do poder da fé e da perseverança para conduzir o seu primogênito de volta a Cristo. Podemos compreender que Deus escolhera tais mulheres não apenas para realizar seus propósitos e manifestar através delas o seu poder, mas também demonstrar seu incomparável amor e bondade fazendo-as viver uma das maiores experiências que é ser mãe, e mãe que tem fé! Nos dias de hoje, há muito que aprender sobre ser mãe segundo o coração de Deus.  Santa Mônica sabia que no capítulo 13 do livro de Juízes apresentava uma mãe que não está entre as citadas acima. Uma mulher notável, perspicaz. Com ela podemos aprender a ser tementes ao Senhor e como proceder no convívio diário do lar. O escritor sagrado não dá o seu nome, apenas a cita como a mulher de Manoá. Sendo ela uma mulher estéril, recebeu a notícia de que conceberia e teria um filho; promessa que veio acompanhada de recomendações sobre algumas restrições, as quais ela prontamente acatou e obedeceu, pois confiou no Anjo de Deus que lhe aparecera. Tal como as outras crianças prometidas, seu filho, o tão conhecido Sansão, viria para cumprir uma missão. Qual? “Ele livraria Israel das mãos dos filisteus” (v. 5). Assumiu a responsabilidade de criar um filho nazireu, separado e consagrado ao Senhor desde o ventre até o fim de sua vida. Acatou a ordem do Anjo do Senhor de que ela mesma não bebesse vinho ou comesse alguma coisa imunda, pois seu filho seria consagrado desde o ventre. Não guardou para si aquele acontecimento; ao contrário, correu e compartilhou a experiência com seu marido. Um exemplo bíblico de casal companheiro, que buscou juntos orientação clara de Deus de como deveriam proceder quando seu filho nascesse.  Quando Manoá e sua esposa perceberam que aquele homem era o Anjo do Senhor (uma prefigura do Cristo que haveria de vir), prostraram-se com o rosto em terra. Aquela mãe foi submissa à palavra do Anjo do Senhor, pois, Sansão nasceu, e a palavra diz que Deus o abençoou e o Espírito do Senhor passou a agir por meio dele. Cada um de nossos filhos é dádiva do Senhor (Sl. 127.3) e é necessário que eles recebam de nós, especialmente as mães, em parceria com os esposos, essa consciência e vivam por ela. Há muito que podemos fazer para que nossos filhos sejam separados e consagrados ao Senhor, cheios do Espírito de Deus, sendo bênçãos onde quer que forem. Podemos rezar por eles sempre, a exemplo de Santa Mônica, mesmo que não vejamos os frutos da mudança na vida dos filhos. 


Dicas Práticas para realiza-las durante esses dias:


Procura nestes dias ser exemplo de mães consagradas, tendo como modelo Santa Mônica. Você pode ser companheira dedicada de seu marido ou de seus filhos, dialogando mais com eles, e sendo audaciosa na fé, convidando-os para andarem juntos no temor do Senhor, procurando colocar em prática a disciplina bíblica em casa, e apresentando-os a Deus como oferta de cada dia. 

José Wilson Fabrício da Silva, crl
(Cônego Regular Lateranense)