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quinta-feira

Aprendendo a superar as dificuldades da vida com Santa Mônica

Quem foi Santa Mônica? Uma mulher que viveu no século IV, mas com uma vida muito parecida com a que vivemos hoje. Dona de casa, esposa e mãe. Mônica executava os seus afazeres domésticos com um esmero parecido a um ministério importante e intransferível em sua vida. Vivia como uma sentinela de sua família! Qual é a missão de um sentinela? Se colocar no lugar mais alto, armado e atendo a qualquer ameaça, prevenindo aos demais contra a aproximação e a dominação do inimigo. Deus tem chamado hoje, com o exemplo de Santa Mônica, muitas mães com esta função! Nenhuma mulher temente a Deus poderá ficar calada diante das ameaças contra suas famílias. Precisamos falar aos membros de nossas famílias do amor de Deus e do perigo de partir desta vida sem uma prática de fé em Cristo Jesus. Na história dos combates dos povos antigos vemos que se o sentinela não estivesse atento em avisar do perigo que estava a caminho das cidades, ele seria culpado e responderia por isso. Será que temos a consciência de que somos sentinelas de Deus no mundo?

            Deus usou tudo o que Santa Mônica tinha para a glória dEle. E nessa história podemos encontrar várias lições de vida e coragem diante de uma família cheia de dificuldades, como qualquer uma de nós hoje. Podemos abraçar certas virtudes da vida da mãe de Santo Agostinho que pode mudar a nossa história de sofrimento. Tais como sabedoria para lidar com pessoas difíceis, companheirismo ao lado dos filhos, dedicação e amor ao Reino de Deus através da fidelidade a Igreja, procurando ser uma pessoa movida pela oração e a leitura diária da Palavra de Senhor, e em todas as oportunidades de descanso que as ocupações diárias nos derem, procuramos nos abandonar diante do Santíssimo Sacramento do Altar em silêncio.
            Agostinho passava por dias de apostasia e pecado em sua juventude. Patrício, esposo de Santa Mônica estava completamente perdido e distante de Deus. Ambos viviam um círculo vicioso e assim era a vida. Enquanto Agostinho vivia esse ciclo, ia caindo cada vez mais espiritualmente e moralmente. Não devia ser fácil para Santa Mônica liderar uma família tão rebelde diante de Deus. Mas ela se manteve firme, sem qualquer arranhão em seu comportamento, e influenciou seu esposo e filho a se voltar para o Senhor Jesus Cristo. O próprio Santo Agostinho afirma em suas Confissões que “no coração de sua mãe Deus já havia começado a edificar o seu templo, a lançar os fundamentos de sua santa habitação[1]” que depois seria oferecida a seu esposo e seus filhos.
            Santo Agostinho fala que sua mãe na vida de sua família foi mediadora e conselheira, determinada e audaciosa como Débora no Antigo Testamento (Jz 4, 6-9), sensível à voz de Deus por causa da comunhão que tinha com Ele, altruísta, e acima de tudo reconhecia Deus como o segredo sua perseverança.
           
Definitivamente podemos dizer que Santa Mônica é uma inspiração para nossas vidas, nos mostrando que devemos estar sempre disponíveis ao serviço do Senhor e do nosso próximo; excluindo o individualismo, confiando nEle sem reservas, mantendo principalmente uma íntima comunhão com Deus através da persistência na oração. Afinal, este era o segredo dessa incrível mulher sofrida.



Dicas práticas para realiza-las durante esses dias
                         
Durante estes dias, procuremos a Capela do Santíssimo mais próxima de nossa casa, para rezarmos pelos filhos que suas mães acham que estão perdidos, afim de que sejam impactados pelo poder de Jesus Misericordioso que quer salvar a todos.

José Wilson Fabrício da Silva, crl
(Cônego Regular Lateranense)




[1] AGOSTINHO, Santo. Confissões. São Paulo: Paulus, 2002. Livro II. n. 6. pág. 53.

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