Jesus Cristo, imolado sobre a Cruz no Calvário, é o termo ao qual conduz essa longa série de vítimas imoladas desde o princípio do mundo. Com efeito, se o sangue dessas vítimas era ineficaz para aplacar a Deus, surgia diante da humanidade, cada vez mais urgente, a necessidade de um novo Sacrifício, capaz de satisfazer plenamente a justiça divina. A gravidade da ofensa mede-se pela dignidade da pessoa ofendida. Quando esta pessoa é um Deus infinito, a ofensa reveste uma culpabilidade em certo modo infinita, de lesa-majestade divina. Ora, um ultraje de gravidade infinita só pode ser reparado por uma satisfação de valor infinito.
O pecado de Adão e Eva foi uma desobediência lançada à face de Deus pela soberba humana instigada pelo demônio, foi um pecado de gravidade infinita. Por isso, não podia ser expiado por nenhum ato da criatura, quer o homem se imolasse a si mesmo, quer se fizesse substituir no altar de Deus pelos animais submetidos ao seu domínio.
Então, Deus na sua infinita misericórdia se humaniza, se faz Filho no seu Espírito e decide habitar no meio dos homens. Se faz homem em tudo, menos no pecado. Nasce Deus Filho, que é puro de uma criatura preparada e purificada desde a fundação dos tempos, para ser Ele mesmo, Oferta e Ofertado pela salvação dos homens.
Atenção!

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