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segunda-feira

A Missa com Diácono




171.   Quando está presente na celebração eucarística, o diácono exerce o seu ministério revestido com as vestes sagradas. Com efeito, ele próprio:

a) assiste ao sacerdote e está sempre a seu lado[1];

b) ao altar, ministra ao cálice e ao livro;

c) proclama o Evangelho e pode, por mandato do sacerdote celebrante, fazer a homilia (cf. n. 66);

d) orienta o povo fiel com oportunas admonições e enuncia as intenções da oração universal[2];

e) ajuda o sacerdote celebrante a distribuir a Comunhão, e purifica e arruma os vasos sagrados;

f) ele próprio, segundo as necessidades, realiza os ofícios dos outros ministros, se nenhum deles estiver presente.

Ritos iniciais

172.   O diácono, levando o Evangeliário um pouco elevado, vai à frente do sacerdote a caminho do altar; caso contrário, vai ao lado dele.

173.   Ao chegar ao altar, se levar o Evangeliário, omitida a reverência, aproxima-se do altar. A seguir, depõe o Evangeliário sobre o altar, e juntamente com o sacerdote, venera o altar com um beijo.

Se não levar o Evangeliário, faz uma inclinação profunda ao altar juntamente com o sacerdote, do modo habitual, e venera o altar com um beijo juntamente com ele.

Por fim, se se usa o incenso, assiste o sacerdote na imposição do incenso e na incensação da cruz e do altar.[3]
174.   Incensado o altar, vai para a cadeira juntamente com o sacerdote, ficando aí de pé ao lado dele, servindo-o no que for preciso.

Liturgia da palavra

175.   Enquanto se canta o Aleluia ou o outro cântico, assiste ao sacerdote na preparação do turíbulo, se se usar incenso; em seguida, inclinando-se profundamente diante do sacerdote[4], pede-lhe a bênção, dizendo em voz baixa: A vossa bênção (Iube, domne, benedicere). O sacerdote abençoa-o, dizendo: O Senhor esteja no teu coração. (Dominus sit in corde tuo). O diácono benze-se com o sinal da cruz e responde: Amém. Em seguida, depois de fazer a inclinação ao altar[5], toma o Evangeliário, que louvavelmente está sobre ele, levando-o um pouco elevado, dirige-se para o ambão, precedido do turiferário com o turíbulo fumegante e dos ministros com as velas acesas. No ambão saúda o povo, dizendo, de mão juntas: O Senhor esteja convosco (Dominus vobiscum); depois, às palavras Leitura do santo Evangelho (Lectio sancti Evangelii), faz com o polegar o sinal da cruz no livro e depois persigna-se a si próprio na fronte, na boca e no peito, incensa o livro e proclama o Evangelho. No fim aclama: Palavra da salvação (Verbum Domini), e todos respondem: Glória a Vós, Senhor (Laus tibi, Christe). Depois beija o livro em sinal de veneração, dizendo em silêncio: Por este santo Evangelho (Per evangélica dicta); e volta para junto do sacerdote[6].

Quando o diácono ministra ao Bispo, leva-lhe o livro para que ele o beije ou beija-o ele próprio, dizendo em silêncio: Por este santo Evangelho (Per evangélica dicta). Nas celebrações mais solenes o Bispo, se for oportuno, dá a bênção ao povo com o Evangeliário. Por fim, o Evangeliário pode ser levado para a credência ou para outro lugar adequado e digno.

176.   Se não estiver presente outro leitor idóneo, o diácono profere as outras leituras.

177.   As intenções da oração dos fiéis, após a introdução do sacerdote, é o diácono quem as profere, habitualmente do ambão.

Liturgia eucarística

178.   Terminada a oração universal, enquanto o sacerdote permanece sentado na cadeira, o diácono prepara o altar, auxiliado pelo acólito. A ele compete cuidar dos vasos sagrados. Assiste também o sacerdote na recepção dos dons do povo. Entrega depois ao sacerdote a patena com o pão que vai ser consagrado; deita no cálice o vinho e um pouco de água, dizendo em silêncio: Pelo mistério desta água e deste vinho (Per huius aquae) e entrega o cálice ao sacerdote. Esta preparação do cálice, pode ser feita na credência. Se se usa incenso, ministra ao sacerdote na incensação das oblatas, da cruz e do altar e, em seguida, ele próprio ou o acólito incensa o sacerdote e o povo.

179.  Durante a Oração eucarística, o diácono permanece ao lado do sacerdote, um pouco atrás, servindo-o, quando for preciso, ao cálice e ao Missal.

Desde a epiclese até à ostensão do cálice, o diácono permanece habitualmente de joelhos[7]. Se estiverem presentes vários diáconos, um deles pode impor incenso no turíbulo para a consagração e incensar a hóstia e o cálice durante a ostensão.

180.   Durante a doxologia final da Oração eucarística, o diácono, ao lado do sacerdote, eleva o cálice, enquanto o sacerdote eleva a patena com a hóstia, até que o povo tenha respondido com a aclamação: Amém.

181.   Quando o sacerdote tiver concluído a oração da paz e dito A paz do Senhor esteja sempre convosco (Pax Domini sit semper vobiscum), com a resposta do povo O amor de Cristo nos uniu (Et cum spiritu tuo), o diácono, se for oportuno, de mãos juntas e voltado para o povo, faz o convite para a paz, dizendo: Saudai-vos na paz de Cristo (Offerte vobis pacem). Ele próprio recebe do sacerdote a paz e pode dá-la aos ministros que estiverem mais perto de si.

182.   Depois da Comunhão do sacerdote, o diácono recebe do próprio sacerdote a Comunhão sob as duas espécies[8] e ajuda em seguida o sacerdote na distribuição da Comunhão ao povo. No caso de a Comunhão se fazer sob as duas espécies, ele próprio ministra o cálice aos comungantes e, acabada a distribuição, consome imediatamente e com reverência, no altar, todo o Sangue de Cristo que sobrou, ajudado, se necessário, por outros diáconos e presbíteros.

183.   Terminada a Comunhão, o diácono regressa com o sacerdote ao altar, recolhe os fragmentos que porventura houver, leva o cálice e os outros vasos sagrados para a credência, onde os purifica e arranja na forma habitual, enquanto o sacerdote regressa à cadeira. Os vasos a purificar podem também deixar-se na credência, sobre o corporal, devidamente cobertos, sendo purificados imediatamente depois da Missa, após a despedida do povo.

Ritos de conclusão

184.   Terminada a oração depois da Comunhão, o diácono faz ao povo eventuais breves avisos, a não ser que o sacerdote prefira fazê-los por si próprio.

185.   Se se usa a fórmula de bênção solene ou a oração sobre o povo, o diácono diz: Inclinai-vos para receber a bênção (Inclinate vos ad benedictionem). Depois da bênção dada pelo sacerdote, o diácono despede o povo, dizendo, de mãos juntas, voltado para o povo: Ide em paz e o Senhor vos acompanhe (Ite, missa est).

186.   Então, juntamente com o sacerdote, beija o altar em sinal de veneração e, feita a inclinação profunda, retira-se pela mesma ordem da entrada.


CERIMONIAL DOS BISPOS


74 – O Diácono na proclamação do Evangelho, no ambão, de pé, voltado para o povo, depois de saudar o povo de mãos juntas, faz o sinal da cruz primeiro sobre o livro, no início do Evangelho que vai ler, e depois sobre si mesmo na fronte, na boca e no peito. (proclama o Evangelho de mãos juntas). Atenção: Jamais leve o folheto litúrgico para ser osculado pelo Bispo, mas somente o Livro.

76 – O Bispo é saudado com inclinação profunda.

77 – Quando a cátedra do Bispo fica por trás do altar, os ministros saúdam o Bispo ou o altar, evitando, contudo, passar entre os dois.

78 – Se no presbitério houver vários bispos, a reverência é feita apenas ao que preside.


80 – Nas procissões de entrada, o Bispo que preside à celebração litúrgica vai sempre só, atrás dos presbíteros mas à frente dos diáconos que o assistem, que o acompanham um pouco atrás.

92 – são incensados com três ductos: Santíssimo Sacramento, a relíquia da Santa Cruz, as imagens de Cristo, as oferendas, a cruz do altar, o livro dos Evangelhos, o círio pascal, o Bispo ou Presbítero celebrante, a autoridade oficialmente presente, o coro, o povo, o corpo do defunto. São incensados com dois ductos: apenas as relíquias e imagens de SANTOS expostas à pública veneração.

Catecismo da Igreja Católica 1569 – Na ordenação diaconal somente o Bispo impõe as mãos 1630 – O Diácono que assiste o Matrimônio e acolhe o consentimento dá a bênção em nome da Igreja.




CÓDIGO DE DIREITO CANÔNICO


517 – Pode ser confiado a um Diácono o cuidado pastoral de uma paróquia.

757 – Compete aos Diáconos servir o povo de Deus no ministério da palavra.

764 – Os Diáconos têm a faculdade de pregar em qualquer lugar.

767 –A homilia é reservada ao sacerdote ou diácono. (Os leigos podem ser admitidos somente em casos bem particulares (766) 86l – Ministro ordinário do Batismo é o Bispo, o Presbítero e o Diácono. 910 – Ministro ordinário da sagrada comunhão é o Bispo, Presbítero, Diácono.

943 – Ministro da exposição e da bênção com o Santíssimo Sacramento é o sacerdote ou o diácono. Em casos especiais ministros e acólitos fazem exposição e reposição.

1169 – O Diácono pode dar todas as bênçãos concernentes ao seu ministério. Nota: Pela rubrica do Missal Romano quem convida para rezar o “Pai Nosso” é o sacerdote e não o diácono.

Mas qual é o serviço que os diáconos prestam à Igreja?

“Os diáconos participam de modo especial na missão e na graça de Cristo. O sacramento da Ordem marca-os com um selo ('caráter') que ninguém pode fazer desaparecer e que os configura com Cristo, que se fez 'diácono', isto é, o servo de todos. Entre outros serviços, pertence aos diáconos assistir o bispo e os sacerdotes na celebração dos divinos mistérios, sobretudo da Eucaristia, distribuí-la, assistir ao Matrimônio e abençoá-lo, proclamar o Evangelho e pregar, presidir aos funerais e consagrar-se aos diversos serviços da caridade.” (Catecismo da Igreja Católica, 1570)

Entendido desta maneira, o diaconato não é somente um passo intermediário rumo ao sacerdócio, mas oferece à Igreja a possibilidade de contar com uma pessoa de grande ajuda para as tarefas pastorais e ministeriais.

Este diaconato permanente é um enriquecimento importante para a missão da Igreja. Desde o Concílio Vaticano II, a Igreja latina restabeleceu o diaconato como um grau particular dentro da hierarquia, enquanto as Igrejas do Oriente sempre o mantiveram assim.

Dessa forma, os homens casados que se dedicam a ajudar a Igreja por meio da vida litúrgica, pastoral ou nas obras sociais e caritativas podem se fortalecer recebendo a ordem do diaconato, unindo-se mais intimamente ao altar, para cumprir seu ministério com maior eficácia, por meio da graça sacramental do diaconato. Assim, a Igreja Católica, como na parábola do homem que tira algo novo e velho do seu tesouro, está sempre oferecendo formas novas de entrega em sua tarefa de ajudar a humanidade inteira.

Côn. José Wilson Fabrício da Silva, crl


[1]             Por mais que tenha diversos concelebrantes, 2 diáconos têm sempre a precedência ao lado do presidente da celebração, logo em seguida dos diáconos os concelebrantes.

[2]             Já esclarecido na nota 2 deste rodapé. 

[3] ATENÇÃO! A cruz primeira que deve ser incensada é a cruz sobre o altar, não a cruz do presbitério.

Caso não tenha a cruz sobre o altar, mas está junto a ele, porque não se tem a cruz sobre o altar, o presidente da celebração vai incensar esta cruz que está junto ao altar.

As normas litúrgicas são bem claras: Não se pode haver 3 cruzes no presbitério, apenas duas! Uma para o povo – e esta deve ser a maior, e a outra para o altar da celebração – sendo esta voltada para o presidente da celebração. É a cruz voltada para o presidente da celebração que sempre é incensada por primeiro.

Para não haver dúvidas sobre esta questão se pode ou se não pode a cruz sobre o altar, a IGMR é bem clara, Vejamos:

Coisas a preparar

117.   O altar deve ser coberto pelo menos com uma toalha de cor branca. Sobre o altar ou perto dele, dispõem-se, em qualquer celebração, pelo menos dois castiçais com velas acesas, ou quatro ou seis, sobretudo no caso da Missa dominical ou festiva de preceito, e até sete, se for o Bispo diocesano a celebrar. Igualmente, sobre o altar ou junto dele, haja uma cruz, com a imagem de Cristo crucificado. Os castiçais e a cruz ornada com a imagem de Cristo crucificado podem ser levados na procissão de entrada. Também se pode colocar sobre o altar o Evangeliário, distinto do livro das outras leituras, a não ser que ele seja levado na procissão de entrada.

Caso o Evangeliário seja colocado sobre o altar, JAMAIS SE RETIRE A CRUZ QUE ESTEJA SOBRE O ALTAR! Isto em qualquer celebração! Aonde se tem, não se retira!

A Cruz é tão importante que esteja sobre o altar primeiramente ou junto dele, que se pede as rubricas que seja ela no início da Missa o primeiro objeto a ser incensado, antes mesmo do altar. Veja Isto na IGMR nn. 276 e 277.

Também, caso no presbitério não tenha o crucificado fixo voltado para o povo, servirá a cruz processional de cruz de presbitério, que deverá está direcionada a assembleia, ficando a cruz sobre o altar, direcionada para o sacerdote. Esta orientação não deve ser interpretada de outro jeito! Sendo assim, evita-se o erro de querer obrigar os coroinhas a “direcionar para os fiéis a cruz processional” que ficar no presbitério, quando já se tem um crucificado fixo no presbitério.

É necessário orientarmos bem o presidente da celebração e as equipes que ajudarão no culto cristão católico para: Se já houver a crucificado fixo no presbitério, e se já tem a cruz sobre o altar, não é correto, e nem se deve deixar ao lado do altar a cruz processional. Também, se não houver a cruz no meio das velas sobre o altar, a cruz processional deverá ficar ao lado dele, voltado para o presidente da celebração, onde será ela a primeira a ser incensada no rito da missa. Assim, encerramos esta questão!

[4]             Caso seja o Bispo o presidente da celebração, deve-se o diácono se ajoelhar para pedir a benção.

Outro detalhe importante, permanece assentado para a deposição do incenso, apenas o Bispo! Quanto o presidente da celebração for o presbítero, este depõe incenso na hora da aclamação, de pé.

[5]              Novamente insistimos na importância da reverência para o altar, sempre para o altar! Caso o Sr. Bispo seja o presidente da celebração, os acólitos que o servirão, ao se aproximarem dele, deve fazer uma breve reverência em sinal de respeito, mas somente ao Bispo se deve esta orientação.

[6]              Caso esteja o Bispo presidindo a celebração, toma o Evangeliário silenciosamente e leva ao Bispo para o beijo e a benção com o Evangeliário sobre a assembleia, DEVOLVENDO O EVANGELIÁRIO SOBRE O ALTAR. Caso seja uma missa solene, após a proclamação do Evangelho, o Evangeliário sempre é devolvido ao altar, permanecendo ali, até a preparação das oferendas. Onde o coloca quando se retira do altar? Na credência, conforme a IGMR.

É necessário termos consciência de que após a proclamação do evangelho, evite-se “os aplausos” para a Palavra, pois este é um momento de profundo silêncio para receber a benção com o livro dos Evangelhos das mãos do Bispo. Sendo assim, nossos fiéis devem ser orientados para este momento de profundo significado para a comunidade que celebra o Mistério.
[7]             Eis a norma da Igreja!

[8]              A IGMR é bem clara: Nem o diácono ou outros ministros, podem se “auto-comungar”. Sempre recebe a comunhão de quem preside!

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